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Em julho, comércio cresceu 0,31% em vendas e 0,47% em receita

Volume de vendas acumulou 4,62% no ano e 6,34% nos últimos doze meses, enquanto a receita nominal acumulou, nos mesmos períodos, 11,47% e 12,72%, respectivamente.

15/09/2005 06h31 | Atualizado em 15/09/2005 06h31

Volume de vendas acumulou 4,62% no ano e 6,34% nos últimos doze meses, enquanto a receita nominal acumulou, nos mesmos períodos, 11,47% e 12,72%, respectivamente. Em relação a julho de 2004, houve alta no volume de vendas de vinte e duas das 27 Unidades da Federação

Em julho de 2005, a Pesquisa Mensal de Comércio do IBGE apurou que o varejo do País cresceu 0,31% em volume de vendas e 0,47% em receita nominal, em relação a junho, na série com ajuste sazonal. O volume de vendas cresceu 4,50% sobre julho de 2004, acumulando 4,62% no ano e 6,34% nos últimos 12 meses. Já a receita nominal cresceu 9,33% sobre julho de 2004, acumulando 11,47% no ano e 12,72% nos últimos 12 meses.

Para quatro das oito atividades do comércio varejista, ainda em relação a junho e com ajuste sazonal, somente houve alta no volume de vendas de Tecidos, vestuário e calçados (7,23%). Os resultados das demais atividades foram: Combustíveis e lubrificantes (-4,74%); Móveis e eletrodomésticos (-1,88%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,80%).

Em relação a julho de 2004, cresceu o volume de vendas de seis das oito atividades do varejo: Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,33%); Móveis e eletrodomésticos (17,40%); Tecidos, vestuário e calçados (7,22%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,52%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (58,18%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (13,63%). Houve quedas em Combustíveis e lubrificantes (-10,56%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (-1,78%).

 



Em julho, o maior impacto positivo sobre a taxa mensal do volume de vendas do Comércio varejista continuou sendo da atividade Móveis e eletrodomésticos, que vem atingindo taxas de desempenho acima da média, beneficiado pela manutenção de condições favoráveis do crédito direto ao consumidor e, também, pelos empréstimos pessoais consignados em folha. Suas variações acumuladas atingiram 19,33% no ano e 20,82% nos últimos 12 meses.

O volume de vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 3,33% sobre julho de 2004 e também exerceu significativa influência no crescimento do varejo. Este resultado foi influenciado pela estabilidade no nível de ocupação e pelo aumento de 2,5% (sobre junho de 2005) no rendimento médio real da população ocupada nas seis regiões investigadas pela Pesquisa Mensal de Emprego. O segmento acumulou taxas de 3,36% no ano e de 5,58% nos últimos 12 meses.

Os 13,63% de crescimento mensal no volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico também ajudaram o desempenho positivo do Comércio varejista em julho, uma vez que tal atividade engloba ramos sensíveis ao crédito, como lojas de departamento, ótica, artigos esportivos, brinquedos etc. No acumulado do ano, o volume de vendas superou a média do varejo ao atingir 13,35%.

 



Ainda em relação a julho de 2004, o quarto maior impacto sobre o Comércio varejista coube a Tecidos, vestuário e calçados com 7,22% de crescimento, influenciado pelo início das liquidações de final de estação. Os acumulados no ano e dos 12 meses foram de 2,80% e 2,35%, respectivamente.

A atividade de Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação com variação de 58,18% com relação a julho/04, acumula no ano crescimento de 40,57%. Tais resultados explicam-se pela valorização do Real frente ao Dólar, que vem tornando os produtos de informática relativamente mais baratos, como mostra o índice de Preços ao Consumidor Amplo – IPCA, cuja variação nos últimos 12 meses para o subitem Microcomputador foi de -6,25%.

Dos resultados negativos do volume de vendas na relação julho05/julho04, o de maior impacto na formação da taxa do Comércio varejista coube, sem dúvida, a Combustíveis e lubrificantes (-10,56%), com o sétimo resultado negativo consecutivo. Tal comportamento se deva à elevação dos preços dos combustíveis bem acima da média (10,87% em 12 meses, segundo IPCA). O segmento acumulou queda de –7,19% no ano e de –3,34% 12 últimos meses.

Vinte e duas das 27 Unidades da Federação registraram altas no volume de vendas em relação ao mesmo mês do ano passado, com as variações de maior magnitude se estabelecendo em Tocantins (36,45%); Paraíba (32,53%); Acre (29,09%); Sergipe (22,71%); Rio Grande do Norte (21,10%) e Piauí (20,33%). As maiores influências sobre a taxa do Comércio varejista vieram de São Paulo (2,64%), Rio de Janeiro (5,17%), Goiás (18,50%), Bahia (7,89%), Pernambuco (12,93%) e Ceará (15,57%).

No Comércio varejista ampliado (varejo e as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção), as variações em relação a julho/04 foram de 0,54% no volume de vendas e de 6,48% na receita nominal, resultados inferiores aos do Comércio varejista, na mesma comparação. No acumulado do ano, as variações foram 3,02% no volume de vendas e 11,45% na receita nominal.

Após quatro meses positivos, a atividade de Veículos, motos, partes de peças teve queda de - 4,70% no volume de vendas (sobre julho/04), acumulando 1,81% no ano e 8,43% nos últimos 12 meses. Já o segmento de Material de construção teve quedas de -12,40% em relação a julho/04 e de - 6,17% no acumulado do ano.

Por Unidades da Federação, ainda em relação ao varejo ampliado, as maiores taxas em volume de vendas ocorreram no Acre (41,05%); Tocantins (26,09%); Piauí (25,05%); Paraíba (23,82%) e em Alagoas (23,18%). As maiores contribuições sobre o resultado global do setor foram, basicamente, as dos mesmos estados que determinaram a taxa de Comércio varejista, com destaque para Pernambuco (12,76%); Ceará (15,72%); Distrito Federal (10,15%) e Rio de Janeiro (2,33%).

O volume de vendas com ajuste sazonal foi positivo em quinze das 27 Unidades da Federação, destacando-se Pernambuco (2,32%); Amapá (2,15%); Bahia (1,32%) e Maranhão (1,15%). As quedas mais significativas foram: Alagoas (-4,51%); Tocantins (-4,42%); Sergipe (-3,89%) e Rondônia (-2,46%).