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Emprego na indústria caiu 0,6% em junho

16/08/2005 06h31 | Atualizado em 16/08/2005 06h31

Em junho, o emprego industrial apresentou queda de 0,6% em relação a maio, na série livre de influências sazonais. Os demais indicadores permaneceram positivos: 1,3% no índice mensal ( junho de 2005 contra junho de 2004), 2,3% no acumulado no ano e 2,9% no acumulado nos últimos doze meses. A trajetória apontada pelo gráfico de média móvel trimestral não se alterou, uma vez que a variação entre os trimestres encerrados nos dois últimos meses foi nula. A comparação do segundo trimestre de 2005 com o trimestre imediatamente anterior mostrou aumento de 0,2% no nível de emprego, revertendo queda de 0,3% assinalada entre o último trimestre de 2004 e o primeiro deste ano.



Indicador mensal tem 16º resultado positivo consecutivo

Em relação a junho de 2004, o emprego industrial se expandiu 1,3%, mantendo uma seqüência de 16 meses com resultados positivos. Dez dos 14 locais pesquisados e nove dos 18 setores registraram ampliação no número de pessoas ocupadas. Os principais destaques regionais foram São Paulo (2,6%) e Minas Gerais (3,6%), devido ao aumento das contratações verificadas em 10 e 11 segmentos, respectivamente. Na indústria paulista, alimentos e bebidas (10,8%) e meios de transporte (10,9%) foram as contribuições positivas mais relevantes e na indústria mineira, produtos de metal (37,6%) e meios de transporte (13,3%).

Em todo o Brasil, os setores articulados à agroindústria e à produção de bens de consumo duráveis sobressaíram com os principais aumentos: alimentos e bebidas, com taxa de 8,2% e meios de transporte, com 9,9%. Em sentido contrário, a indústria de calçados e artigos de couro figurou novamente como a principal pressão negativa (-12,1%) no total do País. Também no Rio Grande do Sul, estado que representou o principal impacto negativo entre as áreas pesquisadas, com taxa geral de –6,6%, a retração no segmento de calçados e artigos de couro (-21,3%) foi a principal contribuição negativa.

No primeiro semestre, 11 segmentos e 12 locais aumentaram o número de trabalhadores

No acumulado no primeiro semestre, o aumento do número de pessoas ocupadas foi de 2,3%. No total do País, 11 setores sobressaíram com influência positiva, sendo as mais relevantes as de alimentos e bebidas (7,0%), meios de transporte (12,1%) e máquinas e equipamentos (4,2%), enquanto os principais decréscimos foram verificados em calçados e artigos de couro (-9,0%) e vestuário (-3,5%).

Por local, as contribuições mais importantes, entre os 12 que ampliaram seu contingente de trabalhadores, vieram de São Paulo (3,0%) e Minas Gerais (4,5%). Por outro lado, Rio Grande do Sul (-4,1%) e Rio de Janeiro (-1,1%) foram os locais onde se observou recuo no nível de emprego.

A trajetória do indicador acumulado nos últimos doze meses é estável, apresentando, pelo terceiro mês consecutivo, variação positiva de 2,9%.

Na comparação trimestral, emprego industrial cresce em ritmo mais moderado

A análise em bases trimestrais mostrou que, no confronto 2005/2004, o emprego industrial vem crescendo em ritmo mais moderado. Observou-se uma redução na taxa do indicador entre o primeiro trimestre (2,6%) e o segundo trimestre(2,1%) de 2005, em relação aos mesmos trimestres do ano passado. Esse movimento alcançou 11dos 14 locais pesquisados, sendo particularmente intenso no Rio Grande do Sul, onde passou de -2,6% para -5,6% entre os dois períodos. Trajetória inversa foi verificada em São Paulo, que aumentou o ritmo de contratações na passagem do primeiro (2,3%) para o segundo trimestre do ano (3,6%) e em Pernambuco (de 0,1% para 2,2%).



Ainda na análise trimestral, no que se refere aos índices para o total do País, observou-se redução no ritmo de contratações em 11 segmentos, entre o primeiro e o segundo trimestres deste ano, com destaque para máquinas e equipamentos (de 7,5% para 1,0%), madeira (de 0,4% para -7,1%) e calçados e artigos de couro (de -7,1% para -10,8%).

Em síntese, os indicadores trimestrais mostram que até o terceiro trimestre de 2004, a expansão do número de horas pagas e do pessoal ocupado acompanhou a tendência crescente da produção. No quarto trimestre de 2004 observou-se perda de dinamismo na produção mas o emprego e o número de horas pagas continuaram em trajetória ascendente. A nova redução no ritmo da produção, observada no primeiro trimestre deste ano, deu início a movimento semelhante nos índices de emprego e horas pagas, movimento esse que se manteve no trimestre seguinte, mesmo com a produção apresentando elevação no seu ritmo de atividade.

 



Número de horas pagas aos trabalhadores caiu 0,2% na passagem de maio para junho

Em junho, o número de horas pagas aos trabalhadores da indústria apresentou variação negativa (-0,2%) em relação a maio, na série livre dos efeitos sazonais. A comparação com junho de 2004 registrou alta de 1,0%, e os indicadores para períodos mais abrangentes assinalaram crescimento de 1,8% no acumulado no ano e de 2,7% no acumulado nos últimos doze meses. Houve redução na jornada média de trabalho em todas as comparações: o indicador mensal exibiu variação negativa de -0,2%, o acumulado no ano, - 0,5%, e acumulado nos últimos doze meses, -0,3%. Acompanhando o movimento observado no emprego industrial, o indicador de média móvel trimestral permaneceu estável, com variação positiva de 0,1% entre os trimestres encerrados em junho e maio.

Segundo o indicador mensal (junho 2005/junho 2004), o número de horas pagas da indústria teve crescimento de 1,0%, em decorrência, principalmente, dos desempenhos positivos de 10 dos 14 locais e oito dos 18 ramos pesquisados. No corte setorial, os maiores aumentos vieram das atividades de alimentos e bebidas (9,3%) e meios de transporte (10,4%). Por outro lado, os impactos negativos mais relevantes foram observados em calçados e artigos de couro (-11,9%) e madeira (-9,9%).

Ainda na comparação com junho de 2004, os locais que apresentaram os maiores impactos positivos no resultado nacional foram São Paulo (1,9%), Minas Gerais (4,5%) e Região Norte e Centro-Oeste (4,0%). Na indústria paulista, 10 das 18 atividades pesquisadas aumentaram o número de horas pagas, com destaque para alimentos e bebidas (11,3%) e meios de transporte (10,5%). Em Minas Gerais, produtos de metal (37,5%) e meios de transporte (20,8%) exerceram as maiores pressões positivas. Na região Norte e Centro-Oeste, o aumento mais expressivo veio do segmento de alimentos e bebidas (17,6%). A maior influência regional negativa na formação do índice nacional veio do Rio Grande do Sul (-7,4%), onde sobressaiu a atividade de calçados e artigos de couro (-21,5%), entre os 12 resultados negativos.

Os resultados trimestrais mostram ligeira redução no ritmo do índice do número de horas pagas na passagem do primeiro trimestre do ano (1,9%) para o segundo (1,6%), movimento observado em oito atividades, marcadamente em calçados e artigos de couro, que passou de -9,2% para -10,6% entre os dois períodos, e madeira (de -0,2% para -8,7%).

O indicador de horas pagas da indústria, no fechamento do primeiro semestre, assinalou alta de 1,8%, refletindo as contribuições positivas de 10 locais e nove setores. As áreas que apresentaram os maiores impactos positivos foram São Paulo (2,2%), Minas Gerais (4,8%) e região Norte e Centro-Oeste (4,4%). Os estados do Rio Grande do Sul (-5,6%) e Rio de Janeiro (-2,1%) exerceram as maiores pressões negativas. No que tange aos ramos pesquisados, os incrementos mais relevantes no total do País vieram de alimentos e bebidas (7,4%) e meios de transporte (11,2%). Por outro lado, as indústrias de calçados e artigos de couro (-9,9%) e vestuário (-3,1%) foram as principais contribuições negativas.

O índice acumulado nos últimos doze meses prosseguiu estável com crescimento de 2,7%, resultado muito próximo dos dois meses anteriores: 2,8% em maio e 2,7% em abril. Doze das 14 áreas e também 12 dos 18 setores industriais pesquisados aumentaram número de horas pagas.

Em junho, valor da folha de pagamento caiu 2,4% em relação a maio

Após o avanço observado em maio (2,0%), o valor real da folha de pagamento apresentou retração de 2,4% no mês de junho em relação ao mês imediatamente anterior, já descontadas as influências sazonais. Este movimento se refletiu tanto no indicador de média móvel trimestral (-1,0%), comparação entre os trimestres encerrados em maio e em junho, como no índice do trimestre contra trimestre imediatamente anterior, onde observou-se redução de 1,1% entre o primeiro e o segundo trimestres.



No entanto, nas comparações com iguais períodos do ano anterior observou-se crescimento no valor real da folha de pagamento em todos os confrontos: 3,3% em relação a junho de 2004; 4,4% no segundo trimestre de 2005 contra igual período do ano anterior; 4,2% no acumulado do primeiro semestre do ano e 6,9% nos últimos doze meses. Essa expansão também ocorreu nos indicadores referentes à folha real média de pagamento: 2,0% no mensal, 1,8% no acumulado do primeiro semestre e 3,9% no acumulado nos últimos doze meses.

O crescimento de 3,3% observado em junho, no indicador mensal do valor da folha de pagamento real foi conseqüência, sobretudo, da expansão em 12 das 18 atividades pesquisadas. Os principais destaques positivos na composição do índice global foram meios de transporte (10,2%), alimentos e bebidas (7,5%) e produtos de metal (15,1%). Por outro lado, as maiores quedas vieram de papel e gráfica (-9,1%) e calçados e couro (-10,3%). Regionalmente, a maior parte (12) dos locais pesquisados apresentou aumento, com destaque para São Paulo (2,7%), devido, sobretudo, ao crescimento em meios de transporte (8,0%) e alimentos e bebidas (12,3%); e Minas Gerais (9,4%), conseqüência, em grande parte, do aumento em meios de transporte (33,3%) e em produtos de metal (75,1%). Apenas dois locais contribuíram negativamente para o valor real da folha de pagamento, sobressaindo o Rio Grande do Sul (-0,8%) devido, principalmente, ao resultado adverso de calçados e couro (-17,5%).

Na análise trimestral, segundo os índices que comparam o trimestre contra igual período anterior, após a desaceleração ocorrida na passagem do último trimestre do ano passado (9,6%) para o primeiro de 2005 (3,9%), observou-se ligeiro aumento neste segundo trimestre do ano (4,4%). Para esse movimento contribuíram 10 ramos industriais, sendo importante mencionar: produtos de metal (de 2,5% para 14,3%), metalurgia básica (de 1,8% para 8,3%) e alimentos e bebidas (de 8,0% para 9,9%). Já os principais destaques nos locais ficaram com São Paulo (de 2,1% para 5,0%) e Rio de Janeiro (de 4,1% para 14,6%).



O indicador acumulado no primeiro semestre do ano cresceu 4,2%, principalmente por causa da expansão em 12 das 18 atividades pesquisadas, com os principais impactos positivos sendo observados em meios de transporte (11,1%), alimentos e bebidas (9,0%) e máquinas e equipamentos (8,5%). Já entre os ramos que reduziram a produção, papel e gráfica (-8,2%) e minerais não-metálicos (-6,1%) sobressaíram com as maiores contribuições negativas para a composição do indicador global. Na análise regional, São Paulo (3,5%) e Minas Gerais (10,3%) figuraram como os maiores impactos positivos no total do País, devido às atividades de meios de transporte (11,7%) e de alimentos e bebidas (18,2%), no primeiro; e produtos de metal (74,0%), no segundo. Por outro lado, somente dois locais apresentaram contribuições negativas, valendo destacar Pernambuco (-1,9%), devido, sobretudo, ao comportamento do setor de alimentos e bebidas (-7,7%).

Em relação à folha real média de pagamento, o indicador acumulado no primeiro semestre de 2005 apresentou aumento de 1,8%. Regionalmente, nove localidades apresentaram crescimento, sobressaindo, em termos da magnitude da taxa, Rio de Janeiro (10,4%), Minas Gerais (5,6%) e Espírito Santo (5,2%). Entre as 18 atividades pesquisadas, 10 expandiram o valor da folha de pagamento real média e as que mais sobressaíram foram indústria extrativa (9,0%), produtos de metal (5,0%) e vestuário (4,9%).

Por fim, o indicador acumulado nos últimos doze meses confirmou, na passagem de maio (7,4%) para junho (6,9%), o movimento de desaceleração no ritmo de crescimento do valor real da folha de pagamento que se mantém desde janeiro. Esse comportamento foi observado na maior parte (14) das atividades e em todos os locais pesquisados.