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Em maio, vendas do comércio varejista crescem 0,40%

Na passagem de abril para maio, a variação do comércio varejista no País foi de 0,40% para o volume de vendas e de 2,19% para a receita nominal, já com ajuste sazonal.

13/07/2005 06h31 | Atualizado em 13/07/2005 06h31





Na passagem de abril para maio, a variação do comércio varejista no País foi de 0,40% para o volume de vendas e de 2,19% para a receita nominal, já com ajuste sazonal (gráficos 1 e 2). Nas demais comparações (séries sem ajustamento), as taxas para o volume de vendas foram de 2,67%, em relação a maio de 2004; de 4,51%, no acumulado do ano e 7,52%, no acumulado dos últimos doze meses. Já a receita nominal obteve taxas de 10,72% sobre igual mês do ano; 11,96%, no acumulado de janeiro a maio e 13,67%, no acumulado dos últimos doze meses (Tabelas 1 e 2).

Quanto ao comércio varejista ampliado, que inclui, além das oito atividades do varejo, Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o crescimento, na comparação maio 2004/maio 2005, foi de 1,76% para o volume de vendas e de 10,58% na receita nominal de vendas; resultados um pouco inferiores aos do comércio varejista, na mesma comparação. No acumulado dos cinco primeiros meses de 2005 sobre igual período do ano anterior, o setor apresentou taxas de variação de 3,55% para o volume de vendas e 12,81% na receita nominal.



Vinte e cinco das 27 Unidades da Federação registraram resultados mensais positivos no volume de vendas do comércio varejista, com as variações de maior magnitude se estabelecendo em Tocantins, com 35,32%; Paraíba (26,63%); Sergipe (25,38%); Acre (24,05%); e Rio Grande do Norte (18,79%). Quanto a influência na composição da taxa do Comércio varejista, os destaques foram Minas Gerais (4,21%), Pernambuco (13,39%); Goiás (16,84%); Distrito Federal (11,04%); e Ceará (16,13%).

Por Unidades da Federação, as maiores taxas de desempenho no volume de vendas do varejo ampliado, ainda na comparação mensal, ocorreram no Acre (30,68%); Tocantins (30,65%);Rondônia (25,55%); Pará (25,06%); e em Sergipe (23,55%). Em termos de impacto no resultado global do setor, as maiores contribuições foram, basicamente, as dos mesmos estados que determinaram a taxa de Comércio varejista, com destaque para Pernambuco (15,89%); Goiás (15,20%); e Ceará (16,17%).

Na relação mês/mês anterior com ajuste sazonal, calculada para quatro das oito atividades que compõem o comércio varejista, houve resultados positivos do volume de vendas em Móveis e eletrodomésticos, com 2,08% de variação, e em Combustíveis e lubrificantes (0,87%). Já as quedas ocorreram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,39%) e em Tecidos, vestuário e calçados (-13,02%), com o ramo específico de Hipermercados e supermercados também registrando queda (-0,45%).

Em relação a maio de 2004, cinco das oito atividades do varejo registraram crescimento no volume de vendas, com taxas de 1,23% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 18,30% para Móveis e eletrodomésticos; 5,09% para Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; 51,19% para Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação; e 9,10% para Outros artigos de uso pessoal e doméstico. As variações negativas ocorreram em Combustíveis e lubrificantes, com -7,26%; Tecidos, vestuário e calçados com -6,09%; e em Livros, jornais, revistas e papelaria (-0,16%).



Na composição da taxa mensal de maio para o volume de vendas do comércio varejista, o maior impacto positivo continuou sendo da atividade de Móveis e eletrodomésticos. Beneficiado pela ampliação do crédito direto ao consumidor e dos empréstimos pessoais consignados em folha, este segmento vem atingindo taxas de desempenho acima da média, sendo de 19,31% no acumulado dos cinco primeiros meses do ano e de 22,93% no acumulado dos últimos 12 meses.

 A atividade de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, cujo aumento no volume de vendas sobre maio de 2004 (1,23%) foi basicamente influenciado pelo aumento dado ao salário mínimo em maio (15,4%) e do crescimento de 3,8% no nível de ocupação em relação a igual mês do ano anterior, captado pela Pesquisa Mensal de Emprego – PME no total das seis regiões pesquisadas, exerceu também significativa influência no crescimento do varejo este mês. Nos indicadores acumulados do ano e dos últimos 12 meses, o segmento registrou taxas de variação da ordem de 3,34% e 6,58%, respectivamente.



Os 9,10% de crescimento mensal no volume de vendas de Outros artigos de uso pessoal e doméstico também foram significativos na explicação do desempenho positivo do comércio varejista em maio. A justificativa para este resultado torna-se difícil pela variedade de ramos do varejo que formam o segmento (lojas de departamento; ótica, brinquedos etc.). No acumulado dos cinco primeiros meses do ano a taxa de variação do seu volume de vendas atingiu 13,07%.

Dos resultados negativos do volume de vendas na relação maio05/maio04, o de maior impacto na formação da taxa do comércio varejista coube a Combustíveis e lubrificantes (-7,26%), sendo este o quinto resultado negativo consecutivo. Tal comportamento tem como justificativa básica a elevação dos preços dos combustíveis bem acima da média, fato que vem provocando a racionalização do consumo desses produtos. Nos cinco primeiros meses de 2005, o segmento registra queda de -6,68% sobre igual período de 2004, acumulando em 12 meses taxas de -1,00% de variação.

Quanto a Tecidos, vestuário e calçados com variação de -6,09%, o desempenho foi influenciado pela antecipação de compras para o Dia das Mães, realizada no mês de abril (crescimento de 14,82%) estimulada pelas promoções de fim de estação. No ano a variação acumulada foi de 2,13%, enquanto para os últimos 12 meses a taxa apresentada foi de 3,38%.

Das duas atividades que compõem o Comércio varejista ampliado e não entram no resultado do varejo, destacou-se Veículos, motos, partes de peças, com variações no volume de vendas de 1,83% sobre maio/04; 3,54%, no acumulado do ano; e 12,90% no acumulado dos últimos 12 meses. O segmento de Material de construção apresentou movimento antagônico, com quedas de -6,96% na relação maio05/maio04 e de -4,89% no acumulado de janeiro a maio de 2005 sobre o mesmo período do ano passado.