PIB fica em R$ 438,6 bilhões e Capacidade de Financiamento chega a R$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre
O Produto Interno Bruto medido a preços de mercado, do primeiro trimestre de 2005, foi de R$ 438,6 bilhões, sendo R$ 388,7 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 49,9 bilhões de Impostos sobre Produtos.
30/06/2005 06h31 | Atualizado em 30/06/2005 06h31
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¹ Incluindo variações dos ativos de reserva.
² Exclusive variação dos ativos de reserva
Tabela IV.4 - Agregados da Conta Financeira - 1tri/ 2004 e 2005
(sem a contabilização dos acordos com o FMI)

Reservas internacionais passam de R$ 7,4 para R$ 27,6 bilhões
Essa acumulação de reservas internacionais, no primeiro trimestre de 2005, é a maior no trimestre, nos últimos dez anos. Para esse aumento, contribuíram as compras líquidas do Banco Central no mercado de câmbio que, entre janeiro e março de 2005, somaram cerca de US$ 10,2 bilhões e a emissão de Bônus Soberanos, que somaram, no trimestre, US$ 2,9 bilhões.
Na tabela IV.3 verifica-se o crescimento da acumulação das reservas internacionais, que atingiram R$ 27,6 bilhões, contra uma acumulação de R$ 7,4 bilhões no primeiro trimestre de 2004. Sem a contabilização das operações junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) - tabela IV.4 -, a acumulação de reservas atingiria R$ 30,7 bilhões. Tanto nos agregados que contabilizam os acordos com o FMI, quanto naqueles que excluem essa contabilização, a acumulação de reservas internacionais no primeiro trimestre de 2005 é bastante superior à acumulação do total do ano de 2004. Além disso, a acumulação de reservas internacionais em R$ 27,6 bilhões nesse trimestre é a maior dos últimos dez anos. Contribuindo para esse aumento destacam-se as compras líquidas do Banco Central no mercado de câmbio que, entre janeiro e março de 2005, somaram cerca de US$ 10,2 bilhões. Além das compras feitas pela Autoridade Monetária, houve no trimestre a emissão de Bônus Soberanos, que somaram US$ 2,9 bilhões.
No que se refere ao comportamento dos instrumentos financeiros, a tabela IV.5 mostra as operações passivas e ativas da Economia Nacional para os primeiros trimestre de 2004 e 2005.
Com relação ao instrumento F.2 – Numerários e Depósitos - observa-se o crescimento da aplicação líquida positiva, que passou de R$ 12,0 bilhões no primeiro trimestre de 2004 para R$ 33,4 no mesmo período de 2005. Esse crescimento foi influenciado pelo aumento das Reservas em forma de depósitos no exterior, que passaram de R$ 13,7 bilhões para R$ 30,8 bilhões entre os trimestres supracitados.
O instrumento financeiro F.3 – Títulos exceto Ações – registrou crescimento de aproximadamente R$ 4,2 bilhões na captação liquida positiva, passando de R$ 4,3 bilhões para R$ 8,6 bilhões no primeiro trimestre de 2005. Esse movimento deveu-se à redução das amortizações dos títulos de renda fixa de longo prazo negociados no exterior, particularmente de notes e commercial papers e às emissões de Bônus Soberanos no exterior.
A redução da captação líquida negativa no instrumento F.4 – Empréstimos e financiamentos – pode ser atribuída a dois componentes. O primeiro deles diz respeito à elevação da captação de empréstimos e financiamentos de curto prazo. Além desse fator, houve redução das amortizações pagas, que passaram de R$ 12,5 bilhões no primeiro trimestre de 2004 para R$ 10,2 bilhões no primeiro trimestre de 2005. Dessa redução de cerca de R$ 2,3 bilhões nas amortizações pagas no primeiro trimestre de 2005 destacam-se as quedas dos pagamentos em R$ 765,7 milhões ao FMI, R$ 899,2 milhões a outros Organismos Internacionais e de R$ 1,3 bilhão referentes aos financiamentos de compradores de longo prazo.
Aumentou em 242% a entrada de recursos através de empréstimos de matrizes no exterior às filiais no Brasil
A captação líquida positiva em Ações e outras participações de capital – F5 – mostrou ligeira queda, passando de R$ 11,4 bilhões no primeiro trimestre de 2004 para R$ 11,1 bilhões no mesmo período de 2005. Observou-se, nesse trimestre, o crescimento do ingresso líquido de recursos estrangeiros através da aquisição de ações de companhias brasileiras, que passou de R$ 2,0 bilhões no primeiro trimestre de 2004 para R$ 5,9 bilhões no mesmo período de 2005.
No que se refere ao instrumento F.7 – Outros créditos e débitos, houve reversão de uma captação líquida negativa de R$ 616,7 milhões no primeiro trimestre de 2004 para uma captação líquida positiva de R$ 7,1 bilhões no mesmo período de 2005. Essa variação deveu-se ao crescimento do ingresso de empréstimos intercompanhia de matriz no exterior à filial no Brasil - que atingiu R$ 7,0 bilhões no primeiro trimestre de 2005, contra R$ 2,1 bilhões no mesmo período de 2004 – registrando, portanto, uma elevação de 242%.

Tabela IV.2 – Contas Econômicas Integradas- 1tri/ 2004 e 2005
Transações do Resto do Mundo com a Economia Nacional

Captação líquida no exterior cresce em R$ 20 bilhões
No primeiro trimestre de 2005, a Economia Nacional totalizou uma captação líquida positiva de R$ 25,8 bilhões junto ao Resto do Mundo. No mesmo trimestre de 2004, essa captação foi de R$ 5,7 bilhões, apresentando um crescimento de R$ 20,1 bilhões. Com relação às aplicações em ativos¹, registrou-se um resultado líquido positivo de R$ 33,2 bilhões no primeiro trimestre de 2005, frente a uma aplicação líquida positiva de R$ 10,6 bilhões no primeiro trimestre de 2004.
A elevada captação líquida positiva no 1º trimestre de 2005 deveu-se à redução das amortizações de empréstimos e financiamento, ao aumento do ingresso de empréstimos de curto prazo, às operações de títulos de longo prazo e ao ingresso de empréstimos intercompanhia de matriz no exterior à filial no Brasil. Já, no resultado da aplicação líquida positiva no trimestre, ressalta-se o crescimento dos numerários e depósitos no exterior, que atingiram R$ 33,4 bilhões.As tabelas IV.3 e IV.4 sintetizam os resultados agregados das operações ativas² e passivas da Economia Nacional junto ao Resto do Mundo, na comparação do primeiro trimestre de 2005 e o primeiro trimestre de 2004.
Tabela IV.3 - Agregados da Conta Financeira – 1tri/ 2004 e 2005(com a contabilização dos acordos com o FMI)

O Produto Interno Bruto medido a preços de mercado, do primeiro trimestre de 2005, foi de R$ 438,6 bilhões, sendo R$ 388,7 bilhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 49,9 bilhões de Impostos sobre Produtos. Dentre os componentes do Valor Adicionado, a Agropecuária atingiu R$ 35,9 bilhões, a Indústria R$ 151,7 bilhões e os Serviços R$ 223,4 bilhões.
Entre os componentes da demanda, no mesmo período, o Consumo das Famílias totalizou R$ 252,5 bilhões, o Consumo do Governo R$ 75,9 bilhões e a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 87,5 bilhões. Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 18,2 bilhões (R$ 75,6 bilhões de exportações e R$ 57,4 bilhões de importações), e a Variação de Estoques foi de R$ 4,5 bilhões.

Capacidade de Financiamento da Economia aumenta em 2,1 bilhões
A Capacidade de Financiamento da Economia Nacional ficou em R$ 7,2 bilhões no primeiro trimestre de 2005, ou seja, aumentou R$ 2,1 bilhões em relação a igual período de 2004 (Capacidade de Financiamento de R$ 5,1 bilhões). Tal aumento deve-se, sobretudo, à variação do Saldo Externo Corrente (R$ 2,2 bilhões) causada pela elevação do Saldo Externo de Bens e Serviços, que passou de um superávit de R$ 15,4 bilhões no primeiro trimestre de 2004, para R$ 18,2 bilhões no mesmo período de 2005.
A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 424,9 bilhões no primeiro trimestre de 2005 contra R$ 382,7 bilhões no respectivo período de 2004. Nessa mesma base de comparação, a Poupança Bruta atingiu R$ 98,8 bilhões em 2005, representando um aumento de R$ 7,1 bilhões, quando comparado ao primeiro trimestre de 2004 (R$ 91,7 bilhões). As tabelas V.I e V.II apresentam as Contas Econômicas Trimestrais e as Contas das Transações do Resto do Mundo com a Economia Nacional no primeiro trimestre de 2004 e de 2005.
Tabela IV.1 – Contas Econômicas Integradas–1tri/ 2004 e 2005 e Economia Nacional
