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Prod. Industrial: 11 das 14 regiões pesquisadas têm desaceleração no ritmo do crescimento

11/05/2005 06h31 | Atualizado em 11/05/2005 06h31

Os indicadores regionais da produção industrial mostraram que a desaceleração no ritmo produtivo, observada nos índices nacionais na passagem do quarto trimestre de 2004 (6,3%), para o primeiro trimestre de 2005 (3,9%), se refletiu também na maioria (11) dos 14 locais pesquisados. As regiões que apresentaram avanço no ritmo de crescimento entre esses dois períodos foram: Amazonas, onde a taxa passou de 11,6% para 14,2%, seguido por Minas Gerais (de 5,4% para 7,0%) e Pernambuco (de 1,8% para 3,3%). A forte presença dos segmentos de bens de consumo, tanto duráveis quanto não duráveis, explica o bom desempenho desses locais.



No fechamento do primeiro trimestre de 2005, com aumentos superiores aos 3,9% registrados no total do país, situaram-se as indústrias do Amazonas (14,2%), Santa Catarina (8,7%), Minas Gerais (7,0%), região Nordeste (6,9%), São Paulo e Ceará (ambos com 5,2%), Paraná (5,0%), Pará (4,8%) e Espírito Santo (4,7%). Também com aumento no nível de produção encontraram-se, ainda, Bahia e Goiás (ambos com 3,4%), Pernambuco (3,3%) e Rio de Janeiro (1,0%). Apenas Rio Grande do Sul (-3,7%) assinalou resultado negativo nesse confronto, com as principais pressões concentradas nas atividades de máquinas e equipamentos e fumo, reflexo do cenário desfavorável, deste início de ano, para o setor agrícola.

Em relação aos resultados de março, frente a igual mês de 2004, o quadro também foi de crescimento generalizado, uma vez que 10 entre as 14 regiões registraram expansão, mesmo sob a influência de um menor número de dias úteis em março deste ano. Os aumentos oscilaram entre 14,1% no Amazonas e 0,5% na região Nordeste. Nos demais locais as taxas positivas foram: Goiás (7,4%), Espírito Santo (6,7%), Minas Gerais (6,3%), Santa Catarina (5,2%), Pará (3,7%), Paraná (2,6%), São Paulo (2,0%) e Rio de Janeiro (1,5%). Apresentando recuo nessa comparação, ficaram Ceará (-0,2%), Bahia (-0,7%), Pernambuco (-1,0%) e Rio Grande do Sul (-7,1%)

Amazonas

Em março, a indústria do Amazonas apresentou resultados positivos nos principais indicadores. No confronto com março de 2004, a expansão foi 14,1%; no acumulado no ano, a taxa foi de 14,2% e no acumulado nos últimos doze meses, 12,5%.

O aumento de 14,1% no índice mensal é explicado, sobretudo, pelo desempenho positivo de sete dos 11 setores pesquisados. O principal impacto veio de material eletrônico e equipamentos de comunicações (30,5%), segmento de forte peso na estrutura industrial. Também mereceram destaque, outros equipamentos de transporte (11,3%) e edição e impressão (52,8%). Em contraposição, quatro setores apresentaram taxas negativas. As contribuições mais relevantes, em termos de participação, foram borracha e plástico (-29,5%) e refino de petróleo e produção de álcool (-8,3%).

Na passagem do último trimestre de 2004 para o primeiro trimestre de 2005, em comparação com iguais períodos do ano anterior, notou-se aceleração no ritmo produtivo, ao passar de 11,6% para 14,2%, respectivamente. Este movimento também foi observado em cinco ramos, com destaque para material eletrônico e equipamentos de comunicações, que passou de 15,7% para 31,4%, e alimentos e bebidas, de 1,0% para 12,8%.

No acumulado no ano, houve resultado positivo em sete segmentos. Material eletrônico e equipamentos de comunicações (31,4%) e alimentos e bebidas (12,8%) sobressaíram como as influências mais significativas para a formação da taxa global. Em sentido contrário, refino de petróleo e produção de álcool (-13,5%) e borracha e plástico (-26,0%) permaneceram exercendo as maiores pressões negativas também nesta comparação.

Pará

Em março de 2005, os indicadores industriais do Pará assinalaram taxas positivas em suas principais comparações: no mensal exibiu crescimento de 3,7%; no acumulado do primeiro trimestre, o índice foi de 4,8% e no acumulado nos últimos doze meses, 9,8%.

Após leve recuo em fevereiro (-0,3%), a indústria geral paraense voltou a crescer em março deste ano, assinalando 3,7% de expansão frente ao mesmo mês do ano passado. Esse resultado foi determinado, principalmente, pela indústria extrativa, que cresceu 12,5%, uma vez que a indústria de transformação recuou 2,1%, com três segmentos, dentre os cinco pesquisados, mostrando queda. O maior impacto negativo veio de alimentos e bebidas (-15,9%). Outros dois segmentos que pressionaram negativamente o setor industrial, porém em menor intensidade, foram: celulose e papel (-5,8%) e minerais não-metálicos (-5,2%). Por outro lado, destacaram-se positivamente metalurgia básica (2,5%) e madeira (5,5%).

A produção acumulada no primeiro trimestre de 2005 também foi positiva, avançando 4,8% em relação a igual período do ano passado. Dos seis ramos pesquisados, três assinalaram resultados positivos: indústrias extrativas (8,9%), metalurgia básica (3,9%) e madeira (7,3%). Dos que recuaram a produção no período, vale destacar celulose e papel (-6,1%) como o ramo de maior impacto negativo. A evolução trimestral sinalizou trajetória ascendente na produção nos três primeiros trimestres de 2004 (7,1%, 9,7% e 12,3%, respectivamente). Na passagem do terceiro trimestre de 2004 para o trimestre seguinte (12,3%), o ritmo de crescimento da produção ficou estável. Entretanto, no desempenho do primeiro trimestre de 2005 (4,8%), o resultado não foi tão expressivo, refletindo as férias coletivas concedidas em fevereiro último por importante empresa do setor extrativo.

Nordeste

Em março, a indústria da região Nordeste registrou crescimento de 0,5% na comparação com março de 2004. Os demais indicadores também apresentaram resultado positivo: 6,9% no acumulado no ano e 8,8% no acumulado nos últimos doze meses.

Pelo décimo quarto mês consecutivo, a produção industrial nordestina assinalou aumento no indicador mensal. O resultado de 0,5%, com crescimento em sete das 11 atividades pesquisadas, apesar de positivo, mostrou perda de dinamismo na indústria nordestina, face à taxa obtida em fevereiro (8,1%). As principais influências positivas ocorreram em máquinas, aparelhos e materiais elétricos (38,0%) e refino de petróleo e produção de álcool (6,3%). Por outro lado, alimentos e bebidas (-4,1%) e produtos químicos (-3,5%) figuraram entre as maiores quedas.

No primeiro trimestre de 2005, houve aumento em nove dos 11 setores pesquisados, com os maiores impactos positivos vindo de alimentos e bebidas (9,2%) e produtos químicos (8,8%). Em sentido oposto, indústria extrativa (-3,1%) foi o principal recuo.O resultado do primeiro trimestre do ano (6,9%) mostrou redução no ritmo de crescimento em relação à taxa do último trimestre do ano passado (10,9%) e deveu-se, principalmente, a menor expansão em refino de petróleo e produção de álcool, que passou de 66,1% no quarto trimestre de 2004 para 2,4% no trimestre seguinte, e em menor medida ao setor têxtil (de 19,9% para 5,2%).

Ceará

Em março, a indústria do Ceará apresentou retração de 0,2% em relação ao mesmo mês do ano passado, revertendo o resultado positivo assinalado em fevereiro (6,2%). No entanto, os indicadores para períodos mais abrangentes continuaram favoráveis: 5,2% no acumulado no ano e 12,6% no acumulado nos últimos doze meses.

Interrompendo uma série de dez meses de expansão, a produção industrial cearense recuou 0,2% no indicador mensal, com queda em quatro das 10 atividades pesquisadas. A maior contribuição negativa veio de refino de petróleo e produção de álcool (-45,5%). Em menor medida também pressionaram negativamente têxtil (-8,9%) e metalurgia básica (-23,5%). Do lado positivo, destacaram-se vestuário (43,2%) e alimentos e bebidas (5,3%).

O primeiro trimestre do ano apresentou crescimento de 5,2%, em comparação ao mesmo trimestre de 2004, mostrando queda acentuada no ritmo de expansão em relação ao último trimestre do ano passado (17,0%), neste mesmo tipo de comparação. Esta queda deveu-se ao setor têxtil, que passou de 36,5% para 6,0%, e à retração de calçados e artigos de couro (de 11,1% para -4,8%). Para a formação desta taxa (5,2%), contribuíram positivamente seis dos 10 setores industriais investigados, sobretudo vestuário (53,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (112,6%). Em sentido contrário, as principais retrações ocorreram em refino de petróleo e produção de álcool (-13,5%) e calçados e artigos de couro (-4,8%).

Pernambuco

Em março, a produção industrial de Pernambuco caiu 1,0% em comparação a igual mês do ano passado, resultado inferior ao registrado em fevereiro (4,0%). Entretanto, os indicadores para períodos mais abrangentes continuaram positivos: 3,3% no acumulado no ano e 4,5% no acumulado nos últimos doze meses.

No indicador mensal (-1,0%), houve queda em seis dos 11 setores industriais pesquisados. As maiores contribuições negativas foram observadas em alimentos e bebidas (-5,8%) e têxtil (-39,6%). Em sentido contrário, os maiores impactos positivos foram verificados em metalurgia básica (16,2%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (23,1%).

No acumulado no primeiro trimestre, houve aumento em sete dos 11 ramos fabris investigados. As principais contribuições para a composição da taxa global vieram de produtos químicos (12,2%) e alimentos e bebidas (3,2%). Por outro lado, as maiores perdas concentraram-se em têxtil (-38,3%) e em produtos de metal (-12,0%). A passagem do último trimestre do ano passado (1,8%) para o primeiro deste ano mostrou aumento no ritmo de crescimento. Nesse movimento, as influências positivas mais relevantes vieram de máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que passou de -21,5% para 18,4%, e de produtos químicos (-0,9% para 12,2%).

Bahia

A indústria da Bahia, em março, registrou queda de 0,7% no indicador mensal, resultado menor do que o obtido em fevereiro (4,0%). Nas demais comparações, para períodos mais amplos, as taxas prosseguiram positivas: 3,4% no acumulado no ano e 9,1% no acumulado nos últimos doze meses.

A retração de 0,7% no indicador mensal encerra uma trajetória de 13 resultados positivos consecutivos. Dos nove setores industriais pesquisados, cinco apresentaram redução, sendo produtos químicos (-8,5%) o principal responsável. Vale mencionar que este setor é responsável por aproximadamente 36,0% da produção industrial baiana. Borracha e plástico (-9,4%) e metalurgia básica (-2,4%) também pressionaram negativamente, porém em menor intensidade. Por outro lado, refino de petróleo e produção de álcool (9,5%) e veículos automotores (30,0%) foram os maiores crescimentos.

No indicador trimestral, a indústria da Bahia expandiu-se 3,4%, com aumento em cinco das nove atividades fabris, resultado bem inferior ao obtido no último trimestre de 2004 (15,5%), refletindo a forte retração em refino de petróleo e produção de álcool, que passou de crescimento de 91,8% no trimestre outubro-dezembro de 2004 para queda de 2,0% no trimestre seguinte. É importante mencionar que este crescimento em refino de petróleo e produção de álcool no último trimestre de 2004 está influenciado por uma baixa base de comparação no último trimestre de 2003, causada pela paralisação técnica parcial em uma importante refinaria. As principais influências positivas foram observadas em produtos químicos (5,2%) e alimentos e bebidas (14,9%). Em oposição, as maiores retrações vieram de refino de petróleo e produção de álcool (-2,0%) e metalurgia básica (-5,0%).

Minas Gerais

Em março de 2005, a atividade industrial de Minas Gerais apresentou taxas positivas em seus principais tipos de confrontos: no mensal apontou crescimento de 6,3%, enquanto que no acumulado nos três primeiros meses do ano e no acumulado nos últimos doze meses subiu 7,0%.

A produção de março de 2005 foi 6,3% superior a do mesmo mês do ano passado, com 10 das 13 atividades pesquisadas exibindo crescimento. Quatro ramos destacadamente apresentaram taxas positivas, cabendo o maior impacto a refino de petróleo e produção de álcool (30,2%). Logo a seguir vieram indústrias extrativas (10,1%), produtos de metal (33,9%) e outros produtos químicos (22,4%). Em contraposição, as quedas mais acentuadas foram verificadas em metalurgia básica (-2,0%) e em fumo (-18,6%).

O desempenho no primeiro trimestre de 2005 (7,0%) foi superior ao do último trimestre do ano passado (5,4%), e é explicado basicamente pela boa performance do setor de veículos automotores, que passou de 6,4% no último trimestre de 2004 para 11,9% no trimestre seguinte. A taxa de expansão desse primeiro trimestre de 2005 deve ser atribuída sobretudo a quatro ramos: além de veículos automotores (11,9%), outros produtos químicos (27,5%), indústrias extrativas (10,1%) e produtos de metal (30,0%). Em termos negativos, vale ressaltar a queda em bebidas (-16,1%).

Espírito Santo

Os indicadores industriais do Espírito Santo encerraram o mês de março revelando desempenho positivo em suas principais comparações: 6,7% em relação a março do ano passado, 4,7% no acumulado no ano e 5,7% no acumulado nos últimos doze meses

Em relação a março do ano passado, a indústria geral, com aumento de 6,7%, recuperou-se da fraca performance observada em fevereiro (-0,1%). A expansão das indústrias extrativas (9,2%) contribuiu favoravelmente (2,5 pontos percentuais) na elevação da taxa global. A indústria de transformação, por sua vez, cresceu 5,8% neste mês, apoiada, sobretudo, no aumento da produção de celulose e papel (17,5%), alimentos e bebidas (5,6%) e metalurgia básica (0,4%).

Em relação ao último trimestre do ano passado (9,6%), o ritmo de expansão no primeiro trimestre de 2005 (4,7%) diminuiu, em grande parte, motivado pelo decréscimo em metalurgia básica (que passou de 16,9% para -1,5%) e de celulose e papel (de 14,5% para 7,1%). Na análise por segmentos, sobressaíram-se positivamente alimentos e bebidas (16,1%) e indústrias extrativas (6,0%). De forma negativa, vale destacar a metalurgia básica (-1,5%).

Rio de Janeiro

O setor industrial do Rio de Janeiro voltou, em março, a mostrar aumento (1,5%) na produção no confronto com igual mês do ano passado, após recuo de 3,5% assinalado em fevereiro. Nos indicadores para períodos mais amplos os resultados permaneceram positivos: 1,0% no acumulado no primeiro trimestre do ano e 2,5% nos últimos doze meses.

Na comparação com igual mês do ano anterior, a produção industrial fluminense se ampliou com base no crescimento registrado tanto na indústria de transformação (0,7%), após queda (-4,3%) no mês anterior, como na indústria extrativa (5,3%). Na expansão desta última, que figurou como um dos principais impactos positivos no índice geral, destacou-se, sobretudo, o desempenho favorável da área de petróleo e de gás natural. Entre as seis atividades da indústria de transformação que apresentaram aumento, destacaram-se minerais não-metálicos (49,1%), veículos automotores (21,0%) e alimentos (14,9%). Por outro lado, sobressaiu a influência negativa de metalurgia básica (-10,1%).

Entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, a atividade industrial do Rio de Janeiro exibiu desaceleração no ritmo de crescimento, ao passar de 2,9% para 1,0%. Este movimento refletiu,principalmente, a perda de dinamismo na indústria de transformação, que passou de 3,4% no período outubro-dezembro para 0,6% no primeiro trimestre de 2005, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (de 20,4% para 6,9%). Por outro lado, a indústria extrativa, que passou de 0,7% para 3,2%, apoiada na extração de petróleo e gás natural, figurou como uma das atividades que mais ganharam dinamismo na passagem do último trimestre de 2004 para o primeiro de 2005.

No que tange ao fechamento do primeiro trimestre do ano, expansão global de 1,0%, foram observados aumentos em nove das 13 atividades investigadas. As maiores contribuições positivas no cômputo geral encontraram-se em minerais não-metálicos (42,4%) e veículos automotores (20,4%). Do lado negativo, a principal influência veio da metalurgia básica (-13,8%).

São Paulo

Em março, a indústria de São Paulo, com expansão de 2,0% em relação a igual mês do ano anterior, mostrou desempenho superior ao observado no total do país (1,7%). Nos indicadores para períodos mais abrangentes, a indústria paulista também obteve resultados positivos e acima da média nacional: 5,2% no acumulado no ano e 10,9% nos últimos doze meses.

O crescimento de 2,0% obtido na comparação com março de 2004 pode ser explicado pelo comportamento positivo de 14 das 20 atividades pesquisadas. Os setores que mais influenciaram o desempenho global foram farmacêutica (26,0%), máquinas e equipamentos (8,3%) e máquinas, aparelhos e materiais elétricos (11,2%). Por outro lado, entre os seis ramos em queda, destacaram-se refino de petróleo e produção de álcool (-10,9%), material eletrônico e equipamentos de comunicações (-9,7%) e edição e impressão (-6,7%).

Na análise trimestral, observou-se que após uma aceleração da produção nos três primeiros trimestres de 2004 (8,4%, 13,3% e 16,5%), a indústria paulista cresceu em ritmo mais moderado há dois trimestres consecutivos. A produção acumulada nos três primeiros meses de 2005 cresceu 5,2%, taxa inferior à do último trimestre de 2004 (8,8%). Dezesseis atividades contribuíram para esse resultado, com destaque para os recuos assinalados em material eletrônico e equipamentos de comunicações, que passou de 37,5% no período outubro-dezembro de 2004 para -11,4% em janeiro-março de 2005, veículos automotores (de 23,6% para 4,8%) e alimentos (de 9,5% para -1,7%).

O crescimento do indicador acumulado no ano (5,2%) foi influenciado, sobretudo, pela performance positiva de 16 setores. Nesta comparação, farmacêutica (35,0%) e máquinas e equipamentos (13,3%) também representaram as principais contribuições positivas no cômputo geral, seguidas por edição e impressão (15,4%), enquanto refino de petróleo e produção de álcool (-7,1%) e material eletrônico e equipamentos de comunicações (-11,4%) foram os impactos negativos mais significativos.

Paraná

Em março de 2005, os índices da produção industrial do Paraná prosseguiram apresentando expansão segundo seus principais indicadores: 2,6% no confronto com igual mês do ano passado, 5,0% no acumulado no ano e 8,7% nos últimos doze meses.

No confronto com igual mês do ano anterior, a indústria paranaense, ao crescer 2,6%, registrou taxas positivas em metade das 14 atividades investigadas. A performance favorável de veículos automotores, com aumento de 36,9%, respondeu pela principal contribuição positiva. Entre as atividades que apresentaram redução, alimentos (-5,5%) e máquinas e equipamentos (-8,2%) figuraram como as de maior influência negativa sobre o índice geral.

Nas comparações trimestrais observou-se que a indústria paranaense no primeiro trimestre deste ano se expandiu 5,0%, expressando, assim, significativa desaceleração no ritmo de crescimento em relação ao último trimestre de 2004 (12,4%), ambas as comparações contra igual trimestre do ano anterior. Oito atividades contribuíram para esse movimento, com destaque para perda de dinamismo observada em edição e impressão, que passou de 74,1% no período outubro-dezembro para 40,1% no período janeiro-março; veículos automotores (de 66,1% para 36,4%), refino de petróleo e produção de álcool (de 2,8% para -8,8%), outros produtos químicos (de -4,4% para -25,7%) e máquinas e equipamentos (de 13,0% para 3,1%).

No caso específico do indicador acumulado no ano, há expansão em oito das 14 atividades pesquisadas. Na formação da taxa global de 5,0%, a principal pressão positiva veio novamente de veículos automotores (36,4%). Também merece destaque o desempenho bastante favorável de edição e impressão (40,1%). Já as pressões negativas de maior impacto foram exercidas por outros produtos químicos (-25,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-8,8%).

Santa Catarina

Em março, a produção industrial de Santa Catarina avançou 5,2% no confronto com igual mês do ano anterior, a décima-quarta taxa positiva consecutiva. Nas comparações para períodos mais abrangentes, a indústria catarinense permaneceu apresentando expansão, 8,7% no acumulado no primeiro trimestre e 12,7% no acumulado nos últimos doze meses.

Para a formação do resultado de 5,2%, obtido na comparação com igual mês do ano anterior, contribuíram positivamente oito das 11 atividades pesquisadas, com destaque para a influência positiva vinda de veículos automotores (78,7%). Também merecem destaque os acréscimos observados em alimentos (5,8%) e em máquinas e equipamentos (7,8%). Entre as atividades que mostraram queda, vestuário (-10,3%) foi a que mais impactou negativamente o índice geral.

A evolução da atividade fabril catarinense no primeiro trimestre de 2005, quando registrou expansão de 8,7%, mostrou ritmo de crescimento inferior ao assinalado no último trimestre do ano passado (11,1%), ambas as comparações contra igual período do ano anterior. Este comportamento foi explicado, principalmente, por máquinas e equipamentos, que passou de 10,2% no período outubro-dezembro para 2,6% no período janeiro-março, e alimentos (de 12,5% para 7,3%).

No indicador acumulado nos três primeiros meses do ano (8,7%) foram observados aumentos em nove das 11 atividades investigadas. Com o maior impacto positivo no resultado geral encontrou-se novamente veículos automotores (129,1%). Outras contribuições positivas relevantes foram dadas pelas indústrias de alimentos (7,3%) e têxtil (8,1%). Do lado negativo, somente máquinas, aparelhos e materiais elétricos, com recuo de 8,2%, e vestuário (-2,0%) responderam pelas pressões negativas.

Rio Grande do Sul

A indústria do Rio Grande do Sul apresentou, em março, recuo nos índices mensal (-7,1%) e acumulado no ano (-3,7%). O indicador acumulado nos últimos doze meses permaneceu positivo (4,3%), porém em trajetória descendente. O menor ritmo da produção gaúcha pode ser explicado pelo cenário desfavorável, deste início de ano, para o setor agrícola.

A terceira queda consecutiva no índice mensal (-7,1%) foi determinada em grande parte pelo desempenho negativo de 11 dos 14 segmentos pesquisados. Fumo (-25,2%), máquinas e equipamentos (-23,9%) e refino de petróleo e produção de álcool (-11,4%) exerceram as principais influências sobre a taxa global. Em sentido contrário, três atividades tiveram resultados positivos na comparação com março de 2004: produtos de metal (20,2%), alimentos (5,8%), calçados e artigos de couro (1,7%).

No primeiro trimestre do ano, a indústria gaúcha com queda de 3,7% confirmou a trajetória de desaceleração da atividade industrial, iniciada na passagem do terceiro (10,6%) para o quarto trimestre de 2004 (2,6%). Entre o último trimestre do ano passado e o primeiro deste ano, 11 setores reduziram suas participações na composição da taxa global. As contribuições negativas mais relevantes foram as de máquinas e equipamentos (de 7,8% para -16,5%), fumo (de -2,0% para -22,7%) e calçados e artigos de couro (de 11,1% para 2,6%). Do lado positivo, a principal influência veio de alimentos (de -0,4% para 7,7%) e produtos de metal (de -1,1% para 16,3%).

No acumulado janeiro-março (-3,7%), a produção de oito segmentos foi inferior à de 2004. Os principais impactos negativos no cômputo geral vieram da indústria de máquinas e equipamentos (-16,5%), fumo (-22,7%) e refino de petróleo e produção de álcool (-10,0%). Por outro lado, as principais contribuições positivas vieram de alimentos (7,7%) e produtos de metal (16,3%).

Goiás

No mês de março de 2005, a produção industrial de Goiás cresceu 7,4% relativamente ao mesmo mês do ano passado, 3,4% no acumulado nos três primeiros meses do ano e 8,2% no acumulado nos últimos doze meses.

Na comparação com março do ano passado, o crescimento da indústria goiana foi motivado, especialmente, pela expansão de 14,6% em alimentos e bebidas. Com menor influência, seguiu-se o impacto da metalurgia básica (12,2%). Já do lado dos que retraíram a produção, destacaram-se os produtos químicos (-12,3%) e minerais não-metálicos (-12,5%).

A produção acumulada no primeiro trimestre de 2005 (3,4%) demonstrou menor ritmo de expansão frente aos desempenhos de todos os trimestres do ano passado. Os ramos de maior influência positiva foram alimentos e bebidas (5,8%) e metalurgia básica (13,2%). Por outro lado, a queda de produtos químicos (-12,2%) foi o principal impacto negativo no resultado acumulado trimestre. Comparando-se com o resultado de outubro-dezembro de 2004 (14,2%), observou-se forte arrefecimento da produção industrial goiana neste primeiro trimestre do ano, como conseqüência da redução do ritmo industrial de alimentos e bebidas (que passou de 12,3% para 5,8%), indústrias extrativas (de 24,3% para 2,8%) e produtos químicos (de 22,3% para -12,2%).