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Em dezembro, vendas no comércio cresceram 11,43%

17/02/2005 07h31 | Atualizado em 17/02/2005 07h31

Volume de Vendas cresceu em 25 das vinte e sete Unidades da Federação, e o acumulado de 2004 cresceu 9,25% em relação ao de 2003.

O comércio varejista do País encerrou o ano de 2004 mantendo o quadro de taxas positivas, registrando na relação dezembro 04/dezembro 03 variações de 18,76% para receita nominal de vendas e de 11,43% no volume de vendas. Tais resultados superam os de novembro, de 11,96% e 6,23%, respectivamente (Gráfico 1). No acumulado de janeiro a dezembro, com relação ao mesmo período do ano anterior, as taxas se estabeleceram em 12,97% para a receita nominal e em 9,25% no volume de vendas.

Em dezembro, o volume de vendas cresceu em vinte e cinco das 27 Unidades de Federação, em comparação à igual mês de 2003. As maiores taxas foram em Mato Grosso (21,35%), Mato Grosso do Sul (15,91%), Paraná (15,32%), Espírito Santo (15,26%) e Pernambuco (15,21%). As maiores influências no desempenho mensal do varejo do País vieram de São Paulo (11,36%), Rio de Janeiro (7,81%), Paraná (15,32%), Minas Gerais (10,60%), Rio Grande do Sul (10,25%) e Santa Catarina (12,13%). Houve quedas em Roraima (-9,87%) e no Acre (-9,69%)

 



Ainda com relação ao volume de vendas, das cinco atividades pesquisadas com resultados a partir de 2000, todas assinalaram crescimento na relação dezembro 04/dezembro 03 (Tabela 1), com taxas de variação de 12,36% para Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo; 23,46% em Móveis e eletrodomésticos; 18,70% para Veículos, motos, partes e peças; 4,89% para Tecidos, vestuário e calçados e 3,36% em Combustíveis e lubrificantes (Tabela 1).

Entre as novas atividades pesquisadas, os resultados mensais do volume de vendas, em dezembro, foram de 15,05% em Outros artigos de uso pessoal e doméstico; 10,98% para Livros, jornais, revistas e papelaria; 4,15% em Material de construção; 3,82% em Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos; e -9,68% para Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (Tabela 2).

Em dezembro, Móveis e eletrodomésticos manteve o patamar de crescimento dos últimos meses: seu volume de vendas cresceu 23,46%sobre o mesmo mês de 2003. Essa atividade foi favorecida pela melhoria nas condições de crédito e da massa de salários, bem como pela demanda reprimida dos anos anteriores, e tornou-se o segmento com a maior crescimento no volume de vendas em 2004: 26,37%, em relação a 2003, seu primeiro resultado positivo dos últimos quatro anos. O maior incremento nos negócios do ramo ocorreu no segundo trimestre do ano: 34,91% com relação a igual período do ano anterior (Tabela 3).

 



As condições mais favoráveis de crédito foram, também, um dos principais fatores responsáveis pelo expressivo desempenho de Veículos, motos, partes e peças em 2004. Com 18,70% de aumento no volume de vendas na relação dezembro 04/ dezembro 03, a atividade acumulou, no ano, crescimento de 17,80% sobre o mesmo período de 2003, o segundo maior crescimento de 2004 e seu primeiro resultado positivo em quatro anos.

Em dezembro, o volume de vendas de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, ao contrário do mês anterior, cresceu acima da média geral do varejo: 12,36% em relação a igual mês de 2003. Em termos de indicador mensal, continuou sendo o segmento com a maior influência na formação da taxa global do setor. Em 2004 acumulou 7,22% com relação a 2003, resultado inferior à taxa anual do varejo, de 9,25%.

Atividade bastante dependente da evolução da massa de salários, o desempenho de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu à medida que melhoravam os níveis de ocupação e do rendimento médio real das pessoas ocupadas, daí seu melhor desempenho em volume de vendas ter ocorrido no último trimestre do ano: 10,47% sobre o mesmo trimestre de 2003. Nos quatro anos da Pesquisa Mensal de Comércio, foi seu segundo desempenho anual positivo (Tabela 3).

 



O ramo específico de Hipermercados e supermercados apresentou taxas de variação do volume de vendas um pouco mais elevadas do que as do grupo como um todo, obtendo acréscimos de 12,62% em relação a dezembro do ano anterior e 7,51% no acumulado de 2004 sobre 2003.

A atividade de Tecidos, vestuário e calçados termina o ano aumentando o ritmo de crescimento do volume de vendas, que obteve taxa de variação de 4,89% sobre dezembro do ano anterior, contra 0,16% de acréscimo mensal registrado em novembro. A ocorrência de vários resultados negativos ao longo do ano levou o segmento a acumular em 2004 taxa de desempenho da ordem de 4,73%, o que significa praticamente metade da variação percentual assinalada pelo setor varejista. Mesmo assim, este foi o maior acréscimo obtido pela atividade nos quatro anos de resultados da Pesquisa Mensal de Comércio. Seu último desempenho positivo ocorreu em 2001, quando registrou 1,59% de expansão sobre o ano anterior.

Obtendo taxa 3,36% na relação dezembro 04/dezembro 03, o segmento de Combustíveis e lubrificantes foi outro a revelar em 2004 desempenho inferior à média, colaborando para isto o fraco resultado estabelecido no último trimestre do ano, em que o volume de vendas teve taxa de variação de 1,54% sobre igual período de 2003 (Tabela 3). Afetado pelos acréscimos de preço dos combustíveis acima da média geral de inflação (17,87% contra 7,60% no acumulado de 2004 segundo o IPCA), o crescimento da atividade deixou de acompanhar o ritmo de expansão do setor varejista, acumulando nos 12 meses do ano aumento de 4,67% sobre o mesmo período do ano anterior, taxa inferior à de 2002 (de 5,64%), que era o último resultado anual positivo assinalado pelo setor.

Com relação às novas atividades selecionadas em 2003, duas apresentaram em 2004 taxas de desempenho superiores à média do comércio varejista: Outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 16,25% de crescimento na relação janeiro-dezembro 04/janeiro-dezembro 03, e Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (10,07%). O ramo de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 7,20% de variação anual, obteve resultado próximo da média; bem abaixo desta se localizaram as taxas de Material de construção (2,46%) e de Livros, jornais, revistas e perfumaria (-1,14%).

Em dezembro, São Paulo e do Rio de Janeiro, estados que respondem, juntos, por quase metade da receita de vendas do varejo nacional, continuaram com resultados diferenciados em relação à média: o volume de vendas paulista chegou a 11,36% com relação a dezembro/03 e do Rio de Janeiro ficou em 7,81%. Em conseqüência, aumentou a distância entre suas taxas acumuladas no ano: 8,93% para São Paulo e 6,85% no Rio de Janeiro, na relação entre 2004 e 2003. Tal diferencial é justificado pela discrepância regional nas performances de Combustíveis e lubrificantes e de Tecidos, vestuário e calçados: respectivamente, 8,86% e 5,47% em São Paulo e -0,76% e -1,93% no Rio de Janeiro.