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PIB acumulado nos três trimestres de 2004 foi de R$ 1,3 trilhão

22/12/2004 07h31 | Atualizado em 22/12/2004 07h31

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1 Inclui Participação no Capital e Empréstimos Intercompanhia.

2 Inclui Participação no Capital e Ações.

O Produto Interno Bruto, medido a preços de mercado, do terceiro trimestre de 2004 foi de R$ 457.736 milhões, sendo R$ 410.139 milhões de Valor Adicionado a preços básicos e R$ 47.597 milhões de Impostos sobre Produtos. Sendo assim, o PIB acumulado nos três trimestres de 2004 foi de R$ 1.289.450 milhões. Já a capacidade de financiamento da Economia Nacional acumula, em 2004, R$ 30,3 bilhões até o terceiro trimestre.

Entre os componentes da demanda, o Consumo das Famílias totalizou R$ 250.097 milhões, a Formação Bruta de Capital Fixo R$ 96.158 milhões e o Consumo do Governo R$ 82.222 milhões no terceiro trimestre do ano. Já a Balança de Bens e Serviços ficou superavitária em R$ 24.892 milhões (R$ 88.740 milhões de exportações e R$ 63.848 milhões de importações), e a Variação de Estoques foi de R$ 4.368 milhões.



Capacidade de financiamento do País cresce em todas as comparações

O saldo entre captação e pagamento de compromissos com o resto do mundo foi positivo, ou seja, a Capacidade de Financiamento da Economia Nacional ficou em R$ 15,6 bilhões no 3º trimestre de 2004 - um aumento de R$ 6 bilhões em relação ao 3º trimestre de 2003, quando a Capacidade de Financiamento ficou em R$ 9,6 bilhão. Esse aumento deve-se, sobretudo, à variação de R$ 5,9 bilhões do Saldo Externo Corrente, causada pela elevação do Saldo Externo de Bens e Serviços, que passou de um superávit de R$ 16,7 bilhões no 3º trimestre de 2003, para R$ 24,9 bilhões no 3º trimestre de 2004. Já no acumulado do ano, a Capacidade de Financiamento, que alcançou R$ 30,3 bilhões contra R$ 10,6 bilhões no 3º trimestre de 2003, é igualmente explicado pelo aumento do Saldo Externo de Bens e Serviços, no montante de R$ 23,3 bilhões.

A Renda Nacional Bruta atingiu R$ 445,6 bilhões no terceiro trimestre de 2004 contra R$ 386,7 bilhões no mesmo período de 2003. Na mesma base de comparação, a Poupança Bruta, que é a parcela da renda disponível bruta não gasta em consumo final, atingiu R$ 115,6 bilhões em 2004, contra R$ 89,7 bilhões em 2003.

As tabelas VI.I e VI.II apresentam as Contas Econômicas Trimestrais e as Contas das Transações do Resto do Mundo com a Economia Nacional no terceiro trimestre de 2003 e de 2004.

Tabela VI.1 – Contas Econômicas Integradas– 3º Trim. de 2003 e 2004
Economia Nacional



 

Tabela VI.2 – Contas Econômicas Integradas- 3º Trim. de 2003 e 2004
Transações do Resto do Mundo com a Economia Nacional



Conta Financeira

Investimento estrangeiro direto cresce de R$ 8,7 bilhões para R$ 25 bilhões

No trimestre, o governo emitiu bônus no mercado externo em um total de aproximadamente R$ 2,3 bilhões. O setor privado, por sua vez, emitiu bônus no valor de R$ 289,1 milhões. O investimento estrangeiro direto (IED)1 apresentou expressivo crescimento entre o 3º trimestre de 2003 e o 3º trimestre de 2004, passando de R$ 8,7 bilhões para R$ 25 bilhões no período. Destaca-se como principal influência para o crescimento do IED, a participação no capital que registrou um montante de US$ 6,6 bilhões em agosto de 2004.

Os dados da tabela VI.3 mostram que, contabilizando-se as transações referentes aos acordos com o FMI no 3º trimestre de 2004, a Economia Nacional teve uma captação líquida positiva de R$ 7,3 bilhões, ante uma captação líquida positiva de R$ 5,2 bilhões no mesmo trimestre de 2003. No 3º trimestre de 2004, o país realizou um desembolso de aproximadamente R$ 2,0 bilhões referentes às amortizações junto ao FMI e apresentou redução das reversas internacionais em torno de R$ 2,2 bilhões, contra um crescimento dessas reservas de R$ 12,3 bilhões no 3º trimestre de 2003.

Na tabela VI.4 mostra-se que, sem a contabilização das transações com o FMI, o país apresentaria uma captação líquida positiva de R$ 9,3 bilhões e uma redução de reservas de R$ 185 milhões no 3º trimestre de 2004, ante uma acumulação de reservas da ordem de R$ 3,9 bilhões no 3º trimestre de 2003.

 



 



Em relação às variações ativas, o instrumento financeiro Numerário e Depósitos (F.2) passou de uma aplicação líquida positiva de R$ 16,1 bilhões no 3º trimestre de 2003 para uma aplicação líquida negativa de R$ 22,1 bilhões (veja tabela VI.5 em anexo). Esse resultado foi influenciado, principalmente, pela redução das aplicações das Reservas em forma de depósitos, que passaram de uma aplicação líquida positiva de R$ 12,1 bilhões para uma aplicação líquida negativa de 23,1 bilhões.

Quanto aos ativos de brasileiros no exterior, destaca-se o expressivo crescimento das aplicações em Títulos exceto Ações (F.3), passando de R$ 395 milhões no 3º trimestre de 2003 para R$ 19,4 bilhões no mesmo período de 2004. Esse aumento foi influenciado pelas aplicações das reservas em forma de bônus e notas.

No tocante às variações passivas, o instrumento financeiro Títulos exceto Ações (F.3) apresentou captação líquida negativa de R$ 2,7 bilhões no 3º trimestre de 2004, contra uma captação líquida negativa de R$ 3,9 bilhões no 3º trimestre de 2003. O resultado do 3º trimestre de 2004 deveu-se, principalmente, ao resgate de notes e commercial papers em R$ 9,3 bilhões no trimestre.

O Instrumento financeiro Empréstimos e Financiamentos (F.4) registrou uma captação líquida negativa de R$ 9,8 bilhões, contra uma captação líquida positiva de R$ 85 milhões no 3º trimestre de 2003. Essa variação é reflexo do contínuo processo de amortizações, intensificado desde o 2º trimestre de 2003. No 3º trimestre desse ano, as amortizações em F.4 totalizaram R$ 13,7 bilhões, sendo que desse total, R$ 2,0 bilhões referem-se às amortizações junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e R$ 3,9 bilhões junto aos Organismos e Agências Internacionais. Excluindo os recursos para regularização do Balanço de Pagamentos – acordos com o FMI -, as captações líquidas em Empréstimos e Financiamentos (F.4) foram negativas em R$ 7,7 bilhões no 3º trimestre de 2004. No 3º trimestre de 2003, essas captações foram negativas em R$ 8,3 bilhões.

No 3º trimestre de 2004 o instrumento financeiro Ações e Outras Participações de Capital (F.5)2 apresentou uma captação liquida positiva de R$ 25,8 bilhões, contra R$ 10,3 bilhões no 3º trimestre de 2003. Destaca-se na variação de F.5 o crescimento da participação no capital (Investimento Estrangeiro Direto – IED), que passou de uma captação líquida positiva de R$ 8 bilhões no 3º trimestre de 2003 para uma captação líquida positiva de R$ 26,2 bilhões no 3º trimestre de 2004. Em relação aos ativos de brasileiros (residentes) no exterior, observou-se também expressivo crescimento das aplicações através de F.5, passando de uma aplicação líquida negativa de quase R$ 1,6 bilhão para R$ 15,9 bilhões positivos. Esse aumento foi influenciado pela participação no capital (Investimento Brasileiro Direto – IBD), que passou de uma aplicação líquida negativa de R$ 1,8 bilhão no 3º trimestre de 2003 para uma aplicação líquida positiva de R$ 15,8 bilhões no 3º trimestre de 2004.

O instrumento Outros Créditos e Débitos (F.7) apresentou, no 3º trimestre de 2004, captação líquida negativa de R$ 6,6 bilhões, contra uma captação líquida negativa de R$ 1,7 bilhão no 3º trimestre de 2003. Nessa modalidade, o destaque foi a reversão no comportamento de F.79 (Outras contas a pagar e a receber), que passou de uma captação líquida positiva de R$ 708 milhões para uma captação líquida negativa de R$ 3,0 bilhões entre os trimestres. Já em relação às variações ativas desse instrumento, o destaque foi o crescimento das aplicações em F.7: de R$ 544 milhões no 3º trimestre de 2003 para R$ 8,2 bilhões no 3º trimestre de 2004. Esse resultado foi determinado pelo aumento dos ativos em F.79 (Outras contas a pagar e a receber), em especial, pela conta de empréstimos das empresas matrizes no Brasil às suas respectivas filiais no exterior, que atingiu R$ 8,3 bilhões no 3º trimestre de 2004, ante ao montante de R$ 628 milhões no 3º trimestre de 2003.