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IPCA-15 de dezembro teve variação de 0,84% e IPCA-E fecha o ano de 2004 em 7,54%

Em dezembro, gasolina, álcool, ônibus urbanos, telefone fixo e vestuário foram os principais responsáveis pela alta do índice

21/12/2004 07h31 | Atualizado em 21/12/2004 07h31

Em dezembro, gasolina, álcool, ônibus urbanos, telefone fixo e vestuário foram os principais responsáveis pela alta do índice

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) teve variação de 0,84% em dezembro e ficou acima do resultado de 0,63% de novembro. Os preços para cálculo foram coletados no período de 12 de novembro a 10 de dezembro e comparados com os preços vigentes de 14 de outubro a 11 de novembro.

Em dezembro, além da gasolina, que ficou 3,45% mais cara para o consumidor em razão de reajuste ocorrido nas refinarias, e do álcool, que teve alta de 8,64% devido aos aumentos praticados nas usinas, outros itens importantes na despesa das famílias também contribuíram para elevar o resultado do índice. As tarifas dos ônibus urbanos, refletindo aumento em quatro regiões (Belo Horizonte, Recife, Belém e Fortaleza), ficaram, em média, 1,74% mais caras. As contas de telefone fixo aumentaram 1,89%. Os artigos de vestuário tiveram alta de 1,13%. Juntos, estes itens foram responsáveis por cerca da metade da taxa do IPCA-15 do mês (0,45 ponto percentual).

Destacaram-se, ainda, os aumentos nos preços de cigarros (2,71%), conserto de automóvel (2,16%), seguro de automóvel (2,15%), ônibus intermunicipal (1,59%), empregado doméstico (1,13%) e gás de cozinha (1,03%)

No grupo dos alimentos, a alta em dezembro (0,19%) em relação a novembro (-0,05%) foi reflexo, basicamente, do aumento de preços das carnes (3,31%).

Entre as regiões, o maior resultado foi de Belo Horizonte (1,51%) e o menor, de Fortaleza (0,58%).



No ano, principal impacto individual do IPCA-E foi da gasolina (0,51 ponto percentual)

Acumulando 1,80% no último trimestre, o IPCA-E encerrou 2004 com 7,54%, taxa inferior ao resultado de 9,86% registrado em 2003. Os resultados mensais foram:



A gasolina, cujo litro teve aumento de 12,09% para o consumidor, foi responsável por 0,51 ponto percentual do IPCA-E do ano, constituindo-se no principal impacto individual. Já em 2003, os preços haviam se mantido relativamente estáveis, com apenas 0,63% em todo o ano. O álcool, por sua vez, que fechou 2003 com 14,23% de queda, em 2004 chegou a ficar 30,84% mais caro. Desta forma, a contribuição da gasolina e do álcool no índice foi de 0,80 ponto percentual.

Outros itens que exerceram pressão no ano foram: telefone fixo (14,73%), automóveis usados (13,79%), automóveis novos (11,36%), colégios (11,22%), remédios (7,38%) plano de saúde (10,52%) e energia elétrica (9,66%). Somados aos combustíveis, estes itens foram responsáveis por 3,32 ponto percentual de contribuição, ou seja, quase metade do resultado do ano.

Os alimentos, com 3,64% de variação e 0,85 ponto percentual de contribuição, aumentaram menos do que em 2003 (8,57%). Poucos produtos apresentaram alta significativa, destacando-se, pela importância, o leite pasteurizado (8,54%). Vários alimentos ficaram mais baratos, a exemplo da farinha de mandioca (-19,43%) e do arroz (-14,64%).

Curitiba (9,72%) foi a região que apresentou o maior resultado, enquanto Salvador (5,68%) ficou com o menor.