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Em setembro, o emprego industrial cresce 1,0% em relação ao mês anterior e acumula desde abril alta de 3,5%

Em setembro, os resultados dos indicadores de emprego na indústria foram todos positivos: na série livre de influências sazonais, houve aumento de 1,0% na comparação com agosto; no confronto com setembro de 2003, o crescimento foi de 3,5%...

18/11/2004 07h31 | Atualizado em 18/11/2004 07h31

Na comparação com setembro de 2003, o número de horas pagas da indústria cresce em menor ritmo (3,4%) que em agosto (3,9%). As contribuições positivas vieram de 13 dos 14 locais e 14 dos 18 ramos pesquisados. Em termos setoriais, os maiores impactos positivos foram das atividades de máquinas e equipamentos (15,8%), meios de transporte (10,8%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (12,4%). Em contrapartida, as principais pressões negativas vieram das indústrias de vestuário (-7,3%), produtos de metal (-3,7%) e papel e gráfica (-3,4%).

Ainda segundo o indicador mensal, os locais responsáveis pelas influências mais significativas no resultado nacional foram Minas Gerais (8,1%), São Paulo (2,1%) e região Norte e Centro-Oeste (6,7%). Na indústria mineira, 16 dos 18 ramos pesquisados aumentaram o número de horas pagas, destacando-se borracha e plástico (61,7%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (28,2%) e metalurgia básica (13,3%). Na indústria paulista, os principais destaques positivos foram de máquinas e equipamentos (21,2%), meios de transporte (8,0%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (11,9%). Já na indústria da região Norte e Centro-Oeste, o principal destaque positivo ficou por conta de alimentos e bebidas (14,1%). Em contraposição, a única taxa negativa no cômputo geral foi a do Rio de Janeiro (-2,9%), influenciado, sobretudo, por alimentos e bebidas (-18,6%).

Em bases trimestrais, o número de horas pagas mantém trajetória de crescimento, passando de 1,2% no segundo trimestre para 3,1% no terceiro trimestre. Neste movimento, as principais contribuições foram dos segmentos de fumo (que passou de 30,8% para 54,8%); calçados e couros (de 0,2% para 6,0%) e têxtil (de -2,7% para 3,0%). Por outro lado, vieram de borracha e plástico (de 7,6% para 3,7%) e indústria extrativa (de 5,6% para 4,2%) as principais reduções de ritmo.

Entre o segundo e o terceiro trimestre deste ano, com exceção do Paraná que manteve-se estável, todos os locais pesquisados ampliaram o número de horas pagas. Espírito Santo (que passou de -1,3% para 3,3%) e Rio Grande do Sul (de -0,8% para 3,7%) foram os locais de maior destaque.

 



No acumulado janeiro-setembro, houve aumento de 1,5% no número de horas pagas da indústria, reflexo do desempenho positivo de 12 das 14 regiões e 12 dos 18 setores industriais pesquisados. Os principais destaques positivos vieram de Minas Gerais (5,2%), São Paulo (1,0%) e região Norte e Centro-Oeste (3,5%). Por outro lado, as duas únicas pressões negativas foram do Rio de Janeiro (-4,6%) e do Espírito Santo (-1,2%). Entre os setores, os impactos positivos mais relevantes vieram de máquinas e equipamentos (14,9%), meios de transporte (8,1%) e metalurgia básica (10,4%). Em contrapartida, vestuário (-10,0%) e produtos de metal (-4,8%) destacaram-se com as principais contribuições negativas.

FOLHA DE PAGAMENTO

Após dois meses consecutivos em queda, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria volta a crescer ligeiramente, na série livre de influências sazonais, aumentando 0,3% entre agosto e setembro. Nos demais indicadores, os resultados se mantêm favoráveis: 10,2% no índice mensal; 9,3% no terceiro trimestre de 2004 em relação a igual período do ano anterior; 9,2% no acumulado no ano e 6,4% no acumulado nos últimos doze meses. Em relação à folha de pagamento média, as taxas continuam positivas: 6,5% no mensal; 8,0% no acumulado no ano e 6,2% nos últimos doze meses.

Entre agosto e setembro, o indicador de média móvel trimestral mantém-se estável, no entanto, é 9,2% superior ao registrado em setembro de 2003. Vale destacar que, neste tipo de indicador, na comparação com os outros meses de setembro, a massa de salários em setembro de 2004 apresenta seu patamar mais elevado, desde o início da série em 2001.

 



Na comparação com setembro de 2003, houve aumento de 10,2%, sendo que os 14 locais e 16 das 18 atividades tiveram crescimento, em termos reais, na folha de pagamento. A indústria de São Paulo (11,7%) responde, mais uma vez, pela contribuição de maior impacto na formação do índice global, pressionada, sobretudo, pelo aumento observado em 15 atividades, com destaque para os setores de máquinas e equipamentos (53,3%), meios de transporte (23,7%) e alimentos e bebidas (18,9%). Em termos de magnitude da taxa, destaca-se Minas Gerais (14,5%), influenciado, principalmente, pelo crescimento em produtos de metal (49,4%), metalurgia básica (15,9%) e produtos químicos (37,7%).

Ainda nesta comparação, no total do país, 16 dos 18 setores pesquisados tiveram resultados positivos, cabendo à máquinas e equipamentos (34,0%), meios de transporte (22,0%) e alimentos e bebidas (8,2%) os principais impactos no cômputo geral. Apenas as indústrias de produtos de metal (-4,9%) e de vestuário (-4,1%) tiveram perdas reais na folha de pagamento neste confronto.

Na comparação com os iguais trimestres de 2003, observa-se, em termos reais, aumento no ritmo de crescimento do valor da folha de pagamento da indústria brasileira na passagem do segundo (8,4%) para o terceiro trimestre de 2004 (9,3%). Este movimento foi acompanhado por 7 dos 14 locais e 10 dos 18 setores pesquisados. O Rio de Janeiro (de 0,4% para 16,4%), influenciado pelo avanço atípico revelado nas indústrias extrativas (de -17,2% para 82,9%) por causa do pagamento de bônus e participações nos lucros, foi o local em que esse movimento foi mais evidente. Especificamente sobre o terceiro trimestre deste ano, as indústrias que mais expandem o valor da folha de pagamento são as do Rio de Janeiro (16,4%), Minas Gerais (12,6%), Espírito Santo (10,4%), região Norte e Centro-Oeste (9,4%) e São Paulo (9,3%).

 



No indicador acumulado no ano, o aumento de 9,2% no valor da folha de pagamento foi acompanhado por 15 ramos, sendo que os principais impactos positivos viram de máquinas e equipamentos (32,2%), meios de transporte (10,4%) e alimentos e bebidas (8,5%). Em contraposição, somente produtos de metal (-5,2%), vestuário (-3,1%) e têxtil (-3,5%) apresentaram perda real na folha de pagamentos. Na análise regional, todos os locais apresentaram variações positivas, com destaque para São Paulo (9,6%), influenciado, sobretudo, pelos ganhos assinalados em máquinas e equipamentos (51,9%).

 



Quanto à folha média real de pagamento da indústria, segundo o indicador acumulado no ano, houve ganhos em todos os locais e em 15 dos 18 setores pesquisados. Regionalmente, as maiores expansões vieram do Rio de Janeiro (12,1%), Espírito Santo (11,5%) e São Paulo (9,2%). Entre os setores, os principais destaques, em termos de magnitude da taxa, foram de máquinas e equipamentos (16,3%), indústrias extrativas (11,6%) e papel e gráfica (10,2%).

Em síntese, os resultados positivos no total da folha de pagamentos, indicam que a recuperação dos rendimentos em 2004 está consolidada. Essa trajetória ascendente da massa de salários é fruto do maior dinamismo observado na produção e da manutenção dos índices de preços em níveis reduzidos ao longo do ano.

No índice mensal, o crescimento de 3,5% foi generalizado, com 13 locais e 14 segmentos apresentando taxas positivas. São Paulo (2,2%) e Minas Gerais (7,4%) apresentaram os maiores pesos na formação da taxa global. São Paulo foi beneficiado, sobretudo, pelos setores de máquinas e equipamentos (24,3%) e de alimentos e bebidas (7,8%), entre os 13 que ampliaram o número de trabalhadores; e Minas Gerais, devido às contratações em 16 ramos, em especial, máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (30,1%) e alimentos e bebidas (4,7%). Já a única exceção negativa foi o Rio de Janeiro (-2,0%), influenciado, principalmente, por alimentos e bebidas (-14,5%) e produtos de metal (-21,9%).

Em nível nacional, a análise por setor mostra que as principais contribuições positivas vieram de máquinas e equipamentos (16,5%) e meios de transporte (11,2%), enquanto que os destaques negativos foram vestuário (-6,2%), produtos de metal (-6,1%), papel e gráfica (-4,1%) e minerais não metálicos (-1,2%).

Na análise trimestral, é clara a melhora nos índices do emprego industrial entre o segundo e o terceiro trimestres (de 0,9% para 2,9%), também observada em todos os locais (conforme o gráfico abaixo). Por atividade, no total do país, 15 segmentos também apresentaram este movimento, com destaque para fumo (de 36,4% para 45,6%), calçados e couros (de 0,4% para 6,0%) e máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos e de comunicações (de 4,4% para 9,6%).

 



Já no acumulado no ano, houve expansão de 1,1%, com nove áreas apresentando aumento no total de pessoas ocupadas. Minas Gerais (4,0%) e região Norte e Centro-Oeste (3,8%) responderam pelas principais pressões positivas, em contraposição aos resultados de Rio de Janeiro (-3,4%), Espírito Santo (-2,0%) e Pernambuco (-1,4%). Entre os setores, 12 segmentos apresentaram taxas positivas, sendo que os maiores impactos na média nacional foram de: máquinas e equipamentos (13,7%), alimentos e bebidas (2,6%) e meios de transporte (5,8%). Em sentido contrário, por ordem de influência, os ramos que apresentaram redução da mão-de-obra foram vestuário (-9,5%), produtos de metal (-5,5%) e papel e gráfica (-5,8%), por ordem de influência.

 

NÚMEROS DE HORAS PAGAS

Em setembro, o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresceu 1,3% em relação a agosto, já descontado o efeito sazonal. Na comparação com setembro de 2003, houve crescimento de 3,4%. Os indicadores para períodos mais abrangentes também registraram aumentos: 1,5% no acumulado no ano e 0,6% no acumulado nos últimos doze meses. A jornada média de trabalho apresenta pequena queda (-0,1%) frente a setembro de 2003, enquanto os indicadores acumulado no ano e nos últimos doze meses obtiveram pequena alta, ambos com 0,3%.

Com o aumento de 0,3% no número de horas pagas entre os trimestres encerrados em setembro e agosto, o indicador de média móvel trimestral dá continuidade à trajetória ascendente iniciada em julho de 2004.

 



Em setembro, os resultados dos indicadores de emprego na indústria foram todos positivos: na série livre de influências sazonais, houve aumento de 1,0% na comparação com agosto; no confronto com setembro de 2003, o crescimento foi de 3,5%; o terceiro trimestre ficou 2,9% acima do igual período de 2003; e o acumulado no ano ficou em 1,1%. O indicador acumulado nos últimos doze meses apresentou, neste mês, a primeira taxa positiva (0,3%) da série histórica, iniciada em dezembro de 2002.

Na comparação mês/mês anterior com ajuste sazonal, esse é o quinto aumento consecutivo, com o emprego acumulando crescimento de 3,5% entre abril e setembro de 2004. Este movimento de expansão também é confirmado pelo índice de média móvel trimestral, que registra um aumento de 3,6% entre os trimestres encerrados em dezembro de 2003 e setembro de 2004.