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Em junho, emprego industrial cresce 0,5% e rendimento dos trabalhadores sobe 8,9% no primeiro semestre

Pelo segundo mês consecutivo, o número de contratações no setor industrial supera o de demissões, na comparação mês/mês anterior, na série livre de influências sazonais.

17/08/2004 06h31 | Atualizado em 17/08/2004 06h31

No confronto mensal (8,4%), todos os locais e 14 das 18 atividades tiveram aumento na folha de pagamento. Os estados de São Paulo (9,0%) e Minas Gerais (10,5%) representaram as principais contribuições positivas no total do país, enquanto Pernambuco apresentou a taxa de crescimento de menor magnitude (2,4%). Os impactos positivos sobre a folha destes estados foram verificados, sobretudo, nos setores de máquinas e equipamentos (53,4% na indústria paulista), metalurgia básica (18,6% na indústria mineira) e papel e gráfica (43,1% na indústria pernambucana).

No total do país, as influências positivas mais importantes para o aumento do valor da folha de pagamento foram de máquinas e equipamentos (30,8%), alimentos e bebidas (10,1%) e fabricação de meios de transporte (7,4%). Por outro lado, as quatro atividades que apresentaram taxas negativas foram: produtos de metal (-10,2%), vestuário (-5,7%), têxtil (-3,0%) e minerais não-metálicos (-2,1%).

Em bases trimestrais, o total da indústria apresentou resultados positivos. No entanto, observa-se recuo no índice na passagem do primeiro (9,7%) para o segundo trimestre de 2004 (8,1%). Com exceção das regiões Sudeste e Sul, este movimento foi acompanhado por nove das 14 áreas, sendo que Rio de Janeiro (de 8,4% para 0,5%) e Pernambuco (de 7,4% para 3,5%) destacaram-se.

Entre os setores, na comparação do segundo com o primeiro trimestre, 12 atividades apresentaram resultados inferiores, em especial, extrativa mineral e produtos de metal, que passaram de 21,1% para 9,6% e de 0,9% para -9,5%, respectivamente.

No acumulado do ano, o crescimento de 8,9% na indústria geral foi acompanhado por 15 ramos. Os principais impactos positivos foram de máquinas e equipamentos (29,9%), alimentos e bebidas (8,7%) e fabricação de meios de transporte (8,6%) e os negativos, de têxtil (-8,7%), produtos de metal (-4,3%) e vestuário (-3,2%). Na análise regional, todos os locais apresentaram variações positivas, com destaque para São Paulo (9,3%) e Minas Gerais (12,4%).

Por fim, o indicador acumulado nos últimos doze meses apresenta uma trajetória ascendente, com resultados positivos observados nos últimos três meses: 0,8% até abril; 2,0% até maio e 3,1% até junho. Entre as áreas investigadas, apenas o Rio de Janeiro ainda apresenta diminuição no valor da folha de pagamento (-1,7%).

Em resumo, os resultados positivos no total da folha de pagamentos, nas várias comparações, sugerem que a recuperação dos rendimentos é conseqüência do maior dinamismo observado na produção e da manutenção dos índices de preços em níveis reduzidos.

 

Pelo segundo mês consecutivo, o número de contratações no setor industrial supera o de demissões, na comparação mês/mês anterior, na série livre de influências sazonais. Em conseqüência do maior ritmo na atividade industrial em 2004, o mês de junho teve aumento de 0,5% no pessoal ocupado, após o crescimento de 1,1% observado em maio. Este movimento de expansão é confirmado no índice de média móvel trimestral, que aponta aumento de 0,4% entre os trimestres encerrados em junho e maio de 2004. Esse índice encontra-se no seu patamar mais elevado desde março do ano passado.

Outro indicativo da expansão no setor industrial diz respeito à folha de pagamento que, no primeiro semestre, alcançou crescimento de 8,9% no rendimento dos trabalhadores. Esses dados fazem parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (PIMES).

 



No índice mensal, o emprego também apresenta resultado positivo (1,6%), a segunda elevação consecutiva neste tipo de comparação. Quanto aos indicadores para períodos mais abrangentes, o acumulado no ano registra taxa de 0,1%, enquanto o acumulado nos últimos doze meses cai 0,6%.

Em relação a junho do ano passado, 12 locais e atividades industriais pesquisadas mostram crescimento no pessoal ocupado. Setorialmente, no total do país, os ramos que, em função do dinamismo na produção, participaram com os maiores impactos positivos foram: máquinas e equipamentos (13,7%) e alimentos e bebidas (3,6%). Por outro lado, entre as seis atividades que tiveram redução no emprego, sobressaíram vestuário (-9,7%) e produtos de metal (-7,4%).

Ainda no confronto mensal, entre os locais que apontaram as principais expansões no nível de emprego, destacam-se Minas Gerais (4,6%) e São Paulo (1,1%), cujos destaques foram os setores de máquinas e equipamentos (22,6%) e de alimentos e bebidas (10,9%); Paraná (4,4%), influenciado por vestuário (18,7%); e região Norte e Centro-Oeste (4,2%), devido, principalmente, ao aumento da mão-de-obra em alimentos e bebidas (7,7%). Já o Rio de Janeiro (-3,7%) e Pernambuco (-5,8%) foram os dois únicos locais que tiveram resultados negativos no emprego.

Na análise trimestral, observa-se um aumento no ritmo do indicador, contra igual período do ano anterior, na passagem do primeiro trimestre (-0,7%) para o segundo (0,9%). Este movimento atinge 12 dos 14 locais e 15 das 18 atividades pesquisadas. Especificamente no que se refere ao segundo trimestre deste ano, as indústrias que mais ampliaram o nível de emprego foram as da região Norte e Centro-Oeste (4,7%), Minas Gerais (3,9%) e Paraná (3,4%). Já as quedas mais expressivas no emprego ocorreram em Pernambuco (-4,5%), Rio de Janeiro (-3,8%) e Espírito Santo (-2,9%).

Indicador acumulado tem primeiro resultado positivo no ano

Em relação ao indicador acumulado no primeiro semestre do ano, o emprego industrial cresceu  0,1%, assinalando assim o primeiro resultado positivo no ano. Entre as regiões, predominam as taxas negativas, com destaque para o fechamento de vagas no Rio de Janeiro (-3,9%), São Paulo (-0,5%) e Rio Grande do Sul (-1,8%). Nestes locais, sobressaem, respectivamente, as quedas de produtos de metal (-30,9%), vestuário (-26,4%) e calçados e couro (-7,5%). Em contraposição, Minas Gerais com aumento de 3,6%, tem o melhor desempenho, seguido pela região Norte e Centro-Oeste (2,8%) e Paraná (2,2%), ambos influenciados pelas expansões das contratações no setor de alimentos e bebidas.

Setorialmente, ainda no indicador acumulado para janeiro-junho, as admissões superam as demissões em 11 ramos, com destaque para a influência positiva vinda de máquinas e equipamentos (11,7%), seguida por alimentos e bebidas (2,2%) e fabricação de meios de transporte (3,8%). Novamente respondendo pela pressão negativa mais significativa, destaca-se a indústria de vestuário, cuja queda no pessoal ocupado chega a 10,5%.

Ritmo de queda no indicador acumulado nos últimos doze meses é menor em junho

Já o indicador acumulado nos últimos doze meses apresenta suave desaceleração no ritmo de queda do emprego frente aos meses anteriores: -0,9% em abril, -0,8% em maio e -0,6% em junho. O número de demissões foi maior que o de admissões em dez locais analisados, entre os quais destacaram-se, com as principais influências negativas, as indústrias de São Paulo (-1,3%), Rio de Janeiro (-4,5%) e Rio de Grande Sul (-2,2%). Em contraposição, a região Norte e Centro-Oeste (2,7%), Paraná (2,2%) e Minas Gerais (1,3%) foram os locais com os principais impactos positivos sobre o emprego. Em termos setoriais, cabe a vestuário (-9,4%) a principal pressão negativa, enquanto máquinas e equipamentos (7,7%) se destaca como a maior contribuição positiva.

Em síntese, o aumento do pessoal ocupado na indústria observado em junho, tem reflexo no índice de média móvel trimestral que permanece mostrando trajetória ascendente nos últimos meses, acumulando 1,8% entre os trimestres encerrados em junho último e dezembro de 2003. Nas comparações com o ano anterior, os resultados já são positivos tanto no mensal quanto no acumulado no ano, enquanto o indicador acumulado dos últimos doze meses, mesmo ainda registrando taxa negativa, mantém uma progressiva redução no ritmo de queda.

Número de horas pagas cresce 0,9% em junho

Em junho, o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria cresce 0,9% em relação a maio, já descontado o efeito sazonal. Os indicadores mensal e acumulado do ano apresentaram altas de 2,1% e de 0,5%, respectivamente. Embora mantenha trajetória ascendente, o acumulado nos últimos doze meses permaneceu em queda (-0,5%), uma vez que em maio, a taxa foi de -0,8%. Todos os indicadores da jornada média de trabalho foram positivos: o indicador mensal teve um aumento de 0,5%; o acumulado do ano cresceu 0,4% e os últimos doze meses, 0,1%.

O indicador de média móvel trimestral, ao apontar aumento de 0,3% na jornada de trabalho entre os trimestres encerrados entre junho e maio, retoma a trajetória ascendente iniciada em janeiro de 2004, que havia sido interrompida pelo resultado de maio.

Na comparação com igual mês do ano anterior, o número de horas pagas da indústria cresceu 2,1%, influenciado pelo desempenho positivo de 12 dos 14 locais e também 12 dos 18 ramos pesquisados. Entre os setores, os principais impactos positivos vieram das atividades de máquinas e equipamentos (14,6%), fabricação de meios de transporte (10,1%) e borracha e plástico (8,7%). Em contrapartida, as maiores contribuições negativas ficaram por conta das indústrias de vestuário (-10,2%), produtos de metal (-6,0%) e papel e gráfica (-5,3%).

Entre as regiões, ainda no confronto junho 04/ junho 03, as maiores influências positivas para o resultado geral vieram de São Paulo (2,1%), Minas Gerais (4,9%) e região Norte e Centro-Oeste (4,0%). Na indústria paulista, os maiores impactos positivos foram dos segmentos de máquinas e equipamentos (22,9%), alimentos e bebidas (6,9%) e borracha e plástico (10,2%). Já na indústria da região Norte e Centro-Oeste, os ramos de alimentos e bebidas (8,5%), máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (14,4%) e fabricação de meios de transporte (14,9%), foram os destaques positivos. Em contraposição, Rio de Janeiro (-5,1%) e Pernambuco (-4,7%) foram as únicas influências negativas.

Em bases trimestrais, o número de horas pagas reverte o resultado de queda no primeiro trimestre (-0,1%), ao mostrar aumento no segundo trimestre de 1,1%. Nesta passagem, as maiores alterações foram dos seguintes segmentos: fumo, que passou de 0,8% para 30,7% em decorrência de alterações no período de safra; máquinas e aparelhos eletro-eletrônicos (de 0,5% para 5,9%) e outros produtos da indústria da transformação (de -5,2% para 1,4%). Em contraposição, coube a produtos de metal (de -1,7% para -7,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (de 4,1% para 1,7%) as maiores baixas.

Entre o primeiro e o segundo trimestre deste ano, 10 dos 12 locais pesquisados ampliaram o índice de número de horas pagas. A região Norte e Centro-Oeste teve o crescimento mais significativo (de 0,0% para 3,8%), enquanto Pernambuco apresentou a maior queda (de 4,4% para -2,6%).

De janeiro a junho, número de horas pagas na indústria cresce 0,5%

O número de horas pagas na indústria, no acumulado janeiro-junho, apresentou pequena alta de 0,5%. Dez regiões e 11 setores industriais apresentaram resultados positivos. Entre os locais, os maiores impactos positivos foram de Minas Gerais (4,1%), região Norte e Centro-Oeste (1,9%) e Paraná (1,7%). Por outro lado, Rio de Janeiro (-5,1%), Rio Grande do Sul (-1,4%) e Espírito Santo (-3,6%) exerceram as maiores pressões negativas. Em termos setoriais, os impactos positivos mais relevantes no total do país vieram de máquinas e equipamentos (13,4%), fabricação de meios de transporte (6,4%) e borracha e plástico (5,8%). Já as principais contribuições negativas vieram de vestuário (-10,8%) e papel e gráfica (-5,0%).

Por fim, o índice acumulado nos últimos doze meses caiu 0,5%, porém, com esse resultado, mantém a trajetória ascendente iniciada em fevereiro (-1,2%). A atividade de vestuário (-9,7%) foi o destaque negativo, enquanto máquinas e equipamentos (8,2%) foi a principal influência positiva. Entre os locais pesquisados, Rio de Janeiro (-5,5%) apresentou o maior impacto negativo, enquanto Paraná (2,5%) destacou-se positivamente.

Folha de pagamento volta a crescer, após três meses em queda

Após três meses consecutivos apresentando taxas negativas, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria volta a crescer na série livre de influências sazonais, atingindo 0,7% entre maio e junho. Nos demais indicadores, os resultados foram amplamente positivos: 8,4% no índice mensal; 8,9% no acumulado do ano e 3,1%, nos últimos doze meses. O segundo trimestre de 2004 apresentou crescimento de 8,1% sobre igual período de 2003. Em relação à folha de pagamento média, os resultados continuam positivos: 6,7% no mensal; 8,8% no acumulado do ano e 3,8% nos últimos doze meses.

O indicador de média móvel trimestral mostra que os resultados da folha de pagamento, no início de 2004, foram mais elevados, por conta da redução da inflação e do pagamento de benefícios, enquanto que os trimestres encerrados em maio e junho foram mais baixos. Porém, mesmo apresentando ligeira redução entre maio e junho (-0,2%), o nível da folha de pagamento real é 7,9% superior ao registrado em junho de 2003.