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Emprego na indústria cai 0,5% em abril

17/06/2004 06h31 | Atualizado em 17/06/2004 06h31

Na comparação abril 04/ abril 03, a folha de pagamento real cresceu 7,9%, reflexo do resultado positivo nos 14 locais pesquisados. A maior contribuição positiva foi assinalada na região Sudeste (7,3%), devido à expansão nos estados de São Paulo (6,8%) e Minas Gerais (15,2%).

Em São Paulo, o destaque ficou por conta do forte crescimento na produção de máquinas e equipamentos (53,0%) e, em menor medida, na de produtos químicos (16,2%). Em Minas Gerais, o bom desempenho é explicado pelos setores de metalurgia básica (20,8%) e extrativo (39,1%). A região Sul também obteve boa performance (7,7%), destacando-se fabricação de meios de transporte (21,3%) e alimentos e bebidas (8,6%). Os três estados desta região obtiveram resultados significativos: Paraná com 9,2%, Santa Catarina com 8,5% e Rio Grande do Sul com 6,1%.

Em 14 dos 18 setores industriais houve ganho real na folha de pagamento. As maiores influências positivas foram máquinas e equipamentos (32,7%), produtos químicos (11,5%) e fabricação de meios de transporte (8,2%). Já as negativas vieram de produtos de metal (-10,6%) e têxtil (-10,5%).

No indicador acumulado do ano (8,8%), também houve aumento real da folha de pagamento em todos os locais. Região Sudeste (8,7%) e São Paulo (9,1%) deram as maiores contribuições positivas. Máquinas e equipamentos foi a atividade de maior destaque nesses locais: 38,5% no Sudeste e de 47,2% em São Paulo. A região Sul também cresceu (8,3%), com destaque para fabricação de meios de transporte (21,2%). Nesta região, o estado de maior impacto foi o Paraná (8,5%).

Quinze das 18 atividades industriais investigadas registram aumento. As contribuições mais significativas foram as de máquinas e equipamentos (29,6%), produtos químicos (11,9%) e alimentos e bebidas (8,5%). As negativas, têxtil (-8,9%) e produtos de metal (-2,0%).

Com relação à folha média, houve crescimento em 16 dos 18 setores pesquisados neste indicador. Entre as regiões, as altas variaram entre os 6,7% registrados no Rio de Janeiro e os 10,7% de São Paulo (gráfico).



Pela análise do indicador acumulado nos últimos doze meses, a folha de pagamento real registra sua primeira taxa positiva (0,6%) em abril, confirmando, deste modo, a trajetória de recuperação observada a partir de novembro de 2003. Quanto à folha média, também se observa uma sensível melhora entre março (0,5%) e abril (1,7%). A estabilidade no índice mensal reflete a performance negativa de cinco dos 14 locais e oito dos 18 ramos pesquisados. Entre os setores, tiveram as maiores quedas vestuário (-10,9%), produtos de metal (-7,6%) e papel e gráfica (-5,6%). Já as principais contribuições positivas ficaram por conta das indústrias de máquinas e equipamentos (16,6%), borracha e plástico (5,8%) e fabricação de meios de transporte (4,3%).

No corte regional, ainda no confronto abril 04/ abril03, as principais influências negativas foram: São Paulo (-1,1%), Rio de Janeiro (-5,8%) e Rio Grande do Sul (-2,4%). Na indústria paulista, os segmentos de vestuário (-28,0%), produtos de metal (-10,4%) e papel e gráfica (-11,0%) exerceram os maiores impactos negativos. Na indústria fluminense destacaram-se negativamente alimentos e bebidas (-20,8%), vestuário (-16,6%) e produtos de metal (-31,3%). Já na indústria gaúcha, coube ao segmento de calçados e couros a principal pressão negativa (-7,8%). A influência positiva mais importante foi representada por Minas Gerais (2,7%).

No acumulado janeiro-abril, o número de horas pagas caiu 0,2%, resultado igual ao registrado em março. Contribuíram negativamente oito locais e também oito setores industriais. Entre as regiões, destacam-se as quedas de Rio de Janeiro (-5,1%), São Paulo (-0,7%) e Rio Grande do Sul (-2,1%). O maior impacto positivo foi determinado por Minas Gerais (3,5%).

Entre os setores, as maiores pressões negativas foram exercidas por vestuário (-11,1%), têxtil (-6,3%) e papel e gráfica (-5,2%). Por outro lado, máquinas e equipamentos (12,8%) e metalurgia básica (8,5%) foram as principais contribuições positivas.

Por fim, o índice acumulado nos últimos 12 meses apresentou, em abril, queda de 1,0%, resultado bem próximo ao de março (-1,1%). Entre os setores da indústria, os maiores impactos negativos vieram de vestuário (-8,3,%) e fabricação de outros produtos da indústria de transformação(-8,6%). Os locais de maior impacto negativos foram São Paulo (-1,5%) e Rio de Janeiro (-5,4%).

Folha de pagamento tem indicadores positivos em relação a 2003

Em abril, a folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 2,4% em comparação ao mês anterior, já descontados os efeitos sazonais. Esta queda é mais intensa que a registrada em março, no mesmo indicador (-1,0%). Nos demais indicadores, no entanto, a folha de salários da indústria brasileira apresentou crescimento: 7,9% em relação a abril do ano passado, 8,8% no acumulado do ano e 0,6% no acumulado dos últimos doze meses.

O indicador de média móvel trimestral cresceu 0,4% entre o trimestre encerrado em março e o encerrado em abril. O ritmo de crescimento se reduziu, mas foi mantida a trajetória de recuperação iniciada a partir de janeiro deste ano. O patamar desse indicador em abril é o mais elevado desde maio de 2001 (gráfico).

Em relação à folha de pagamento real média, o resultado também foi favorável nos três principais confrontos: abril 04/abril 03 (8,1%), acumulado do ano (9,5%) e acumulado dos últimos doze meses (1,7%).



Após acumular aumento de 1,6% durante três meses de expansão, o nível de emprego na indústria voltou a cair em abril (-0,5% na série contra mês anterior, com ajuste sazonal). Outros indicadores também apontam queda: -0,2% no índice mensal (confronto com abril de 2003), -0,6% no acumulado no ano e -1,0% no acumulado nos últimos doze meses. Já o índice de média móvel trimestral, que está no patamar mais elevado desde julho de 2003, mostra estabilidade (0,0%) entre o trimestre encerrado em abril e o trimestre encerrado em março.



Na comparação com abril de 2003, a queda de 0,2% foi resultado do desempenho adverso de oito dos 14 locais pesquisados e sete das 18 atividades. Entre os locais pesquisados, a indústria de São Paulo (-1,5%) e, consequentemente, a da região Sudeste (-1,1%) representaram, novamente, as principais pressões para a redução do emprego, influenciadas, sobretudo, pela diminuição dos postos de trabalho em vestuário (-26,6%, em São Paulo e -17,1% no Sudeste) e produtos de metal (-10,9% e -11,3%, respectivamente). Outras quedas de impacto ocorreram no Rio de Janeiro (-4,2%) e Rio Grande do Sul (-2,2%), devido à redução no contingente de trabalhadores em produtos de metal (-33,2%) e calçados e couro (-8,7%), respectivamente. As principais contribuições positivas para o emprego industrial vieram de Minas Gerais (2,8%) e da região Norte e Centro-Oeste (3,8%).

Entre os setores da indústria, as principais influências negativas para o nível de emprego vieram de vestuário (-9,5%), produtos de metal (-7,5%), papel e gráfica (-6,2%) e minerais não-metálicos (-5,7%). Por outro lado, tiveram impacto positivo as contratações efetuadas nos ramos de máquinas e equipamentos (12,5%) e alimentos e bebidas (2,4%), em função do dinamismo na produção.

No indicador acumulado no primeiro quadrimestre do ano, houve suave desaceleração do ritmo de queda nos últimos três meses: -1,1% até fevereiro; -0,8% até março; e -0,6% até abril. No corte regional, as taxas negativas atingem nove locais pesquisados. Destaca-se o fechamento de vagas na região Sudeste (-1,0%), uma vez que São Paulo (-1,4%) e Rio de Janeiro (-4,0%) vêm sendo responsáveis pelos principais impactos negativos no emprego. Também teve influência negativa o Rio Grande do Sul (-2,8%), com queda no número de trabalhadores em 11 atividades, sobretudo a de calçados e couro (-8,7%). A principal contribuição positiva veio de Minas Gerais (3,0%).

Entre os setores, ainda no acumulado no ano, oito ramos apresentam queda. A maior influência negativa é a de vestuário (-11,2%), seguido por papel e gráfica (-6,7%), minerais não-metálicos (-5,4%) e têxtil (-5,6%). O destaque positivo fica novamente com máquinas e equipamentos (11,1%).

O indicador acumulado nos últimos doze meses repetiu a marca de fevereiro e março (-1,0%), com resultados negativos em dez locais e nove atividades pesquisadas. Em termos regionais, novamente São Paulo (-1,8%), Rio de Janeiro (-4,5%) e Rio Grande do Sul (-2,6%) tiveram maior importância nas demissões da indústria, enquanto a região Norte e Centro-Oeste (2,7%) foi o principal destaque positivo. Em termos setoriais, a maior contribuição negativa foi a de vestuário (-8,0%) e a positiva, de máquinas e equipamentos (6,9%).

Total de horas pagas cai 0,4% em relação a março

Em abril, o total de horas pagas aos trabalhadores da indústria caiu 0,4% em relação ao mês de março, já descontado o efeito sazonal. A comparação abril 04/ abril 03 não registrou variação (0,0%), enquanto os indicadores acumulados caíram: -0,2% no ano e -1,0% nos últimos doze meses. A jornada média de trabalho, por sua vez, cresceu no indicador mensal (0,2%) e no acumulado do ano (0,5%), e ficou estável no acumulado dos últimos doze meses (0,0%).

O indicador de média móvel trimestral mantém a trajetória ascendente iniciada em janeiro de 2004, com o acréscimo de 0,4% no total de horas pagas entre o trimestre encerrado em abril e o trimestre encerrado em março (gráfico).