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Semana de treinamento para as pesquisas MUNIC e ESTADIC 2024 reúne dezenas de supervisores na sede

Editoria: IBGE | Caio Belandi

16/08/2024 15h27 | Atualizado em 16/08/2024 15h27

Servidores de todas as SES participaram de treinamento para a MUNIC e ESTADIC na sede do IBGE - Foto: Caio Belandi/Agência IBGE Notícias

O IBGE realizou nesta semana, entre os dias 12 e 16 de agosto, um treinamento visando à realização da Pesquisa de Informações Básicas Municipais (MUNIC) e Pesquisa de Informações Básicas Estaduais (ESTADIC) de 2024. Cerca de 60 servidores representantes das superintendências estaduais do Instituto estiveram reunidos na sede, no Rio de Janeiro, para obter instruções e debater assuntos acerca da aplicação dos questionários. Na programação dos cinco dias, os participantes fizeram uma retrospectiva de 2023, receberam instruções gerais e discutiram os suplementos temáticos das pesquisas, além de exposição sobre o sistema de entrada de dados.

As coletas da MUNIC e da ESTADIC são feitas anualmente, com exceção dos anos em do Censo Demográfico, e irá de agosto de 2024 a janeiro de 2025, com previsão de divulgação de resultados em setembro de 2025.

Rosane Oliveira, gerente das pesquisas, exaltou a iniciativa, destacando a importância de ser realizada de maneira presencial. “O treinamento presencial é fundamental. Já realizamos de maneira remota outras vezes, e foi bem-sucedido. Mas no presencial, a pessoa se sente mais à vontade para falar do que no remoto. Perde dinamismo. Um pode falar para o colega do lado, pode no cafezinho...não é um gasto, é um investimento, e o resultado é maravilhoso”, justifica a pesquisadora.

As Superintendências Estaduais (SES) foram orientadas a enviarem dois representantes – o supervisor da pesquisa, responsável pela ESTADIC, e um técnico diretamente envolvido na coleta da MUNIC. Quando chegam em seus estados, eles repassam o mesmo treinamento que receberam. “É o mesmo slide, mesmo material de coleta. Isso ajuda na padronização”, explica Rosane. A participação dos representantes das SES ajuda também na melhoria do questionário, quando possível. “Os questionamentos que eles trazem, muitas vezes, são dos pesquisadores da rede de coleta. É uma troca. A partir daí, a gente consegue fazer algumas trocas, adicionar algumas coisas nos questionários para auxiliar na coleta”, complementa, lembrando que o treinamento não é a última interação entre a gerência e a rede de coleta. “Algumas Superintendências fazem reunião remotamente para alinhar as questões, e a gente participa. Se precisar, reunimos todos novamente de maneira online”.

Inclusão de bloco específico sobre Igualdade Racial é destaque para 2024

Um dos destaques das pesquisas é a inclusão do bloco específico sobre Igualdade Racial. "É uma novidade porque a MUNIC nunca investigou esse tema. Já incluiu questões relacionadas à igualdade racial, mas em outros blocos como direitos humanos e políticas para mulheres. Dessa vez, será um bloco específico voltado para as políticas, programas e ações desenvolvidas pelos municípios e estados. O treinamento também englobou essa novidade”, desenvolve Vânia Pacheco, gerente da Coordenação de População e Indicadores Sociais (Copis) do IBGE. O bloco foi desenvolvido em parceria com a Secretaria de Gestão do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial do Ministério da Igualdade Racial (MIR) e tem como objetivo discutir e aprimorar as estratégias de promoção da igualdade racial no país, além de elaborar e formular estudos técnicos e melhorar as ações do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. O treinamento sobre o bloco contou com a participações de representantes do MIR.

Para Vânia, o fator regional e os diferentes níveis de técnicos das prefeituras que respondem à MUNIC obrigam o IBGE a buscar um entendimento coeso e padronizado dos questionários. “Com todos os agentes de coleta entendo o questionário e os conceitos, a possibilidade de ser uma coleta de qualidade é muito maior”, afirma.

Mariana Pordeus, supervisora de pesquisa da SES de Pernambuco, elogiou o treinamento. “É muito importante, ainda mais da forma presencial, porque a gente consegue não só interagir com os colegas de outras localidades, mas também conhecer as peculiaridades de cada região e fazer alguns ajustes no questionário, se for o caso para tentar adaptar de forma que seja mais fácil para o informante entender a pergunta”, diz. “São várias realidades diferentes, tanto de interior quanto de capital, municípios pequenos, de médio e grande porte. Enfim, essa troca de experiências, de ideias, que vai permitir que a gente leve a campo a pesquisa da melhor forma possível”, completa a servidora.

A contribuição entre supervisores também foi ponto positivo levantado por Pedro Marchezini, supervisor de coleta e qualidade da Bahia “Acho há muita contribuição das Superintendências para ajustar na qualidade do questionário, com sugestões de alteração de texto, ou acrescentar alguma informação no intuito de deixar o questionário mais claro possível para o informante. Isso é bastante positivo para nós”, afirma.