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SINGED

IBGE anuncia ações visando à recuperação do Rio Grande do Sul

Editoria: IBGE | Igor Ferreira

21/05/2024 14h45 | Atualizado em 22/05/2024 11h30

Na segunda-feira, 20, o IBGE apresentou como funcionará a força-tarefa organizada pelo Instituto para auxiliar o processo de reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul (RS). O principal objetivo é capacitar os gestores municipais no uso de diversas ferramentas digitais do IBGE, de modo que eles possam atuar no diagnóstico, planejamento e recuperação dos locais atingidos pela maior tragédia causada por fenômenos climáticos na história do estado.

Neste primeiro momento a força-tarefa do IBGE será virtual, mas as 36 unidades da instituição no Rio Grande do Sul serão utilizadas como apoio na reconstrução. Mais de mil pessoas acompanharam o evento de divulgação da iniciativa, transmitido ao vivo pelo IBGE Digital e pelas redes sociais oficiais do órgão (YouTube), e que contou com a participação de autoridades federais, estaduais e municipais.

“O IBGE não poderia deixar de colaborar com as ações que estão em curso por parte do governo federal, do governo do Rio Grande do Sul e das prefeituras gaúchas, especialmente aquelas de cidades atingidas fortemente pelas chuvas. Isso exige um reposicionamento do plano de trabalho estabelecido pelo IBGE para 2024. É fundamental uma resposta técnica, qualificada, especializada, à altura dos desafios que o Rio Grande do Sul está enfrentando”, destacou Marcio Pochmann, presidente do IBGE. Ele lembrou que em outros momentos decisivos da história do Brasil o IBGE também esteve presente.

Presidente Marcio Pochmann criou uma força-tarefa para ajudar na reconstrução do Rio Grande do Sul

Na mesma ocasião foi lançado o SINGED Lab, laboratório de inovação do IBGE. Formado por uma equipe multidisciplinar, ele tem como propósito criar um ambiente propício para experimentação, geração de novas ideias e projetos para o diagnóstico e planejamento de políticas públicas, por meio do uso da tecnologia combinada com o imenso manancial de informações técnicas, estatísticas, geocientíficas e de dados produzidas pelo Instituto, centralizadas no Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados (SINGED). Com o SINGED, o IBGE pretende estabelecer uma coordenação nacional de informações estratégicas.

A primeira ação do SINGED Lab será um treinamento prático pela plataforma de ensino do IBGE, fazendo com que os participantes aprendam como pesquisar, cruzar informações, gerar mapas e gráficos, além de produzir dados dinâmicos a partir dos mais de 30 mil indicadores de todos os municípios brasileiros. Recursos de inteligência artificial permitirão que informações sejam organizadas em tabelas, rankings e cartogramas. Algumas das ferramentas que compõem o SINGED Lab são o IBGE Cidades, o Panorama do Censo, a Plataforma Geográfica Interativa (PGI), o Sistema de Recuperação Automática (SIDRA) e o Portal de Mapas.

“É essencial resgatarmos o planejamento nacional, regional, e o SINGED Lab representa isso. Por meio dele temos uma integração dos bancos de dados de diferentes fontes de informação, possibilitando a experimentação de novas formas de atuar sobre a realidade. Os cursos oferecidos pela Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) permitirão que gestores públicos aprimorem o acesso aos dados disponibilizados pelo IBGE”, acrescentou Pochmann.

Pochmann também afirmou que o IBGE solicitou, na semana passada, R$ 38 milhões de suplemento orçamentário ao Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO) para o desenvolvimento das ações da força-tarefa, reparos em suas instalações, tanto na superintendência estadual quanto nas agências afetadas, e elaboração de uma nova pesquisa específica com o objetivo de mensurar os impactos econômicos e em outros segmentos da catástrofe climática no RS.

A diretora de Pesquisas do IBGE, Elizabeth Hypolito, falou sobre a possibilidade de o Instituto desenvolver pesquisa sobre as enchentes no Rio Grande do Sul semelhante à realizada no período da pandemia de Covid-19

A diretora de Pesquisas do IBGE, Elizabeth Hypolito, falou sobre a possibilidade de o Instituto desenvolver pesquisa sobre as enchentes no Rio Grande do Sul semelhante à realizada no período da pandemia de Covid-19. “Estamos discutindo a possibilidade de fazermos uma pesquisa específica no Rio Grande do Sul. Ela seria amostral, feita por telefone, nos mesmos moldes de como agimos durante a pandemia de Covid-19. Isso depende, evidentemente, de recursos orçamentários adicionais”, explicou ela.

“Esta força-tarefa faz parte do esforço do IBGE em oferecer, em tempo real, estatísticas relevantes, precisas, necessárias para o fortalecimento de políticas públicas. Além de retratar a situação do país, produzindo dados, o IBGE agora tem condições de aplicar essas informações na implementação de ações que mudem a realidade”, concluiu Marcio Pochmann.

O Coordenador de Documentação e Disseminação de Informações, Daniel Castro, mediou o evento on line de lançamento do Singed Lab IBGE

Participaram também da apresentação Ivone Batista, diretora de Geociências, Marcos Mazoni, diretor de Tecnologia da Informação, e Paulo Jannuzzi, coordenador-geral da ENCE, além do coordenador do Centro de Documentação e Disseminação de Informações e Coordenação de Comunicação Social, Daniel Castro, que mediou o evento.

“Nossa intenção é fornecer informações que possam servir como apoio não só ao Rio Grande do Sul, mas também a ações públicas em diferentes esferas, frente ao aumento da magnitude dos eventos climáticos extremos”, observou Ivone Batista.

A diretora de Geociencias, Ivone Batista, também participou da reunião onde foram anunciadas medidas de apoio ao Rio Grande do Sul

Segundo Marcos Mazoni, “a ideia de laboratórios como o SINGED Lab é gerar oportunidades de novas políticas, trocas de informações entre agentes públicos, de maneira que eles possam construir soluções para os problemas da sociedade. Queremos resolver os problemas e evitar que eles ocorram novamente.”

“Planejamos ações de curtíssimo, curto e médio prazo. A ENCE oferecerá vários cursos aos gestores públicos, que abordarão temas como sustentabilidade ambiental, desenvolvimento econômico e políticas públicas. Além disso, desejamos construir uma cidade virtual a partir das coordenadas e informações já existentes de três cidades gaúchas afetadas pelas chuvas. Nesse ambiente virtual haverá simulações de cenários de desenvolvimento urbano”, ressaltou Paulo Jannuzzi.