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Demografia das empresas

Apesar da pandemia, saldo de empresas no mercado permanece positivo em 2020

Editoria: Estatísticas Econômicas | Carmen Nery e Vinícius Britto | Arte: Helga Szpiz e J.C. Rodrigues

26/10/2022 10h00 | Atualizado em 25/10/2023 16h39

  • Destaques

  • Em 2020, entraram no mercado 826,4 mil empresas e saíram 634,4 mil, com saldo final de 192,0 mil empresas.
  • A taxa de entrada de empresas foi de 16,9% e a de saída, 13,0%. Em 2019, essas duas taxas foram de 20,2% e 14%, respectivamente.
  • O saldo de ocupados assalariados das empresas entrantes em 2020 foi positivo (204,9 mil pessoas), embora menor que o de 2019 (595,5 mil pessoas).
  • A proporção de mulheres assalariadas nas empresas que saíram (44,1%) foi maior do que nas empresas entrantes (40,5%).
  • A idade média das empresas era de 11,6 anos em 2020, a mesma de 2018 e praticamente a mesma de 2019 (11,7 anos).
  • O número de empresas de alto crescimento recuou 2,6% em 2020, após dois anos consecutivos de altas.
  • Em 2020, o país tinha 2.768 “gazelas”, empresas de alto crescimento com até 5 anos de idade. Esse total foi similar ao de 2019 (2.805).
#PraCegoVer A foto mostra uma vista aérea de prédios e de uma praça numa grande cidade.
Em 2020, 826,4 mil empresas entraram em atividade e 634,4 mil fecharam as portas - Foto: Licia Rubinstein/Agência IBGE Notícias

O saldo de empresas que entraram e saíram do mercado manteve-se positivo em 2020: 192,0 mil. Apesar da pandemia, este foi o segundo ano de saldo positivo, desde 2018 (menos 65,9 mil empresas). A taxa de sobrevivência (percentual das empresas ativas em 2019 e continuaram em 2020) foi de 83,1%.

Em 2020, segundo o Cadastro Central de Empresas (Cempre) do IBGE, o país tinha 4,9 milhões de empresas ativas que empregavam 39,4 milhões de pessoas, sendo 32,4 milhões (82,3%) como assalariadas e 7,0 milhões (17,7%) na condição de sócios ou proprietários. Os salários e outras remunerações pagos somaram R$ 1,1 trilhão, com um salário médio mensal de R$ 2.568,48. A idade média das empresas era de 11,6 anos, a mesma média de 2018 e quase igual à de 2019 (11,7 anos).

As informações são do estudo “Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo”, divulgado hoje pelo IBGE.

Efeitos da pandemia não foram completamente observados

A taxa de entrada caiu de 20,2% em 2019 para 16,9% em 2020 e a de saída, de 14,0% para 13,0%. Para o gerente da pesquisa, Thiego Gonçalves Ferreira, seria natural haver redução na taxa de entrada, mas não na de saída, que foi a menor desde 2008. Porém o fenômeno se repetiu em outros países: de 12 nações analisadas, oito reportaram queda na saída de empresas.

“Talvez os efeitos da pandemia ainda levem mais tempo para serem identificados.  Algumas políticas públicas contribuíram para a sobrevida das empresas, como o Programa de Manutenção de Emprego e Renda e o Pronampe. Além disso, o choque inicial provocado pela COVID-19 foi sentido no país a partir de março. As empresas que funcionaram até esse período, mesmo que tenham encerrado as atividades nos meses seguintes, não entram na estatística de saída, por uma questão metodológica baseada em manuais internacionais”, destaca Ferreira.

Ele explica que os dados surpreenderam e devem   ser observados com certa cautela, principalmente na comparação com os anos anteriores, pois a partir de 2019 a pesquisa sofreu uma alteração na metodologia que define organizações ativas, em razão denovo sistema de registro adotado pelo governo federal.

Empresas e pessoal ocupado assalariado e respectivas
taxas, por tipos de eventos demográficos - Brasil - 2008-2020
Ano Tipos de eventos demográficos
Empresas ativas Saídas Saldos
(Entradas-Saídas)
Total Entradas
Total Taxas (%) Total Taxas (%)
Empresas
2008 4 077 662 889 486 21,8 719 915 17,7 169 571
2009 4 268 930 946 676 22,2 755 154 17,7 191 522
2010 4 530 583 999 123 22,1 736 428 16,3 262 695
2011 4 538 347 871 804 19,2 864 035 19,0 7 769
2012 4 598 919 859 992 18,7 799 419 17,4 60 573
2013 4 775 098 871 663 18,3 695 748 14,6 175 915
2014 4 557 411 726 271 15,9 943 958 20,7 (-) 217 687
2015 4 552 431 708 644 15,6 713 628 15,7 (-) 4 984
2016 4 481 596 648 474 14,5 719 551 16,1 (-) 71 077
2017 4 458 678 676 444 15,2 699 376 15,7 (-) 22 932
2018 4 392 871 697 079 15,9 762 940 17,4 (-) 65 861
2019 4 683 840 947 311 20,2 656 372 14,0 290 939
2020 4 875 827 826 404 16,9 634 439 13,0 191 965
Pessoal ocupado assalariado
2008 26 978 086 817 854 3,0 414 908 1,5 402 946
2009 28 238 708 865 133 3,1 452 208 1,6 412 925
2010 30 821 123 1 023 753 3,3 363 848 1,2 659 905
2011 32 706 200 980 131 3,0 410 407 1,3 569 724
2012 33 915 323 950 476 2,8 453 082 1,3 497 394
2013 35 050 524 887 694 2,5 524 159 1,5 363 535
2014 35 220 894 847 114 2,4 525 652 1,5 321 462
2015 33 623 393 777 826 2,3 492 182 1,5 285 644
2016 32 011 930 739 332 2,3 507 051 1,6 232 281
2017 31 877 046 829 406 2,6 469 406 1,5 360 000
2018 32 296 827 863 255 2,7 512 113 1,6 351 142
2019 33 071 591 1 034 462 3,1 438 917 1,3 595 545
2020 32 411 917 675 299 2,1 470 366 1,5 204 933
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Cadastro e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2005-2020.
Nota: O cálculo do pessoal ocupado assalariado no ano t não necessariamente equivale ao número de pessoal ocupado assalariado no ano t-1, acrescido do saldo de entradas e saídas do ano t, em virtude das variações de assalariados das empresas sobreviventes. De forma similar, as empresas ativas não podem ser calculadas com uso do saldo de entradas e saídas, devido, entre outras causas, a reclassificação de empresas. Para informações mais detalhadas, ver a seção Notas técnicas.

Empresas sobreviventes empregam 97,9% dos assalariados

Diferentemente do Cempre (35,3 milhões de empresas), a Demografia das Empresas considera somente unidades ativas que pertencem a natureza jurídica de entidades empresariais, excluindo, portanto, órgãos da administração pública, entidades sem fins lucrativos e as organizações internacionais que atuam no país. Vale lembrar que também não são considerados os Microempreendedores Individuais (MEIs).

Entre as 4,9 milhões de empresas ativas, 4,0 milhões são sobreviventes, ou seja, já estavam em atividade em 2019, o que representa uma taxa de sobrevivência 83,1%. Entraram em atividade 826 mil (16,9%), sendo a maior parte (670 mil) empresas nascidas e 157 mil, reentradas. Saíram do mercado 13,0% (634 mil empresas), a menor taxa desde o início da série histórica, em 2008.

Dos 39,4 milhões de pessoas ocupadas das empresas ativas, quase 96% estão presentes nas empresas sobreviventes. Elas remuneram, em média, R$ 2.581 ante R$ 1.469 das empresas entrantes.

Ferreira ressalta que as empresas sobreviventes, no geral, possuem um porte maior, além de responderem pela maioria das ocupações e pagarem salários mais elevados, o que possivelmente contribui para atrair mais profissionais com ensino superior.

“As sobreviventes destacaram-se em pessoal assalariado (97,9%), em salários e outras remunerações (99,3%), em salários mensais e por terem 14,7% da sua mão de obra com nível superior. Já as entrantes de 2020 tiveram participação de 2,1% de pessoal assalariado e 7,6% de nível superior, enquanto aquelas que saíram do mercado, empregavam 1,5% dos assalariados e 8,2% com maior escolaridade”, exemplifica.

Houve predomínio de empresas de menor porte em relação às entradas e às saídas. Cerca de 78,7% das que entraram no mercado em 2020 não tinham pessoal ocupado assalariado, mas apenas sócios ou proprietários, e 19,9% possuíam 1 a 9 pessoas assalariadas. Da mesma forma, com relação às saídas, 79,9% não tinham assalariados, e 18,8%, de 1 a 9 pessoas assalariadas.

Empresas que fecharam tinham maior proporção de mulheres assalariadas

No total de empresas ativas em 2020, 38,8% da mão de obra era feminina. Porém, quando analisado por evento demográfico, as empresas entrantes ocupavam 40,5% de mulheres assalariadas e nas saídas o percentual foi ainda maior, 44,1%, sendo, inclusive, o maior da série histórica. Conforme ressalva Thiego, “Contribuíram para esse resultado dois setores que empregam majoritariamente mulheres ao mesmo tempo que foram afetados na pandemia: Alojamento e alimentação e Educação”

Comércio puxa saldo positivo de empresas, mas perde pessoal ocupado

O setor que mais puxou o saldo positivo de 192 mil empresas foi Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com saldo de 39 mil, seguida pelas Atividades profissionais, científicas e técnicas (35 mil) e Saúde humana e serviços sociais (27 mil).

“Apesar do saldo positivo de entradas e saídas de empresas, o comércio foi um dos setores que mais perderam pessoal frente ao ano anterior: menos 222 mil, ficando atrás apenas de alojamento e alimentação, que perdeu 373 mil pessoas”, ressalva Ferreira.

Outro destaque, segundo o gerente da pesquisa, foi “a importância do porte na taxa de sobrevivência a longo prazo. Entre as empresas sem empregados que nasceram em 2015, apenas 35,5% sobrevivem após cinco anos. Já entre as empresas com dez ou mais pessoas ocupadas que nasceram no mesmo ano, a taxa foi quase o dobro, 67,5%”.

A pesquisa também revela como ocorreu a migração de porte entre as empresas que sobreviveram. As empresas que se mantiveram na mesma faixa de pessoal assalariado somaram 88,6%. Somente 4,5% passaram para uma faixa superior, o menor valor da série histórica, assim como a taxa das que reduziram o número de empregados 7%. “Como muito menos empresas subiram de faixa, isso indica um efeito líquido de -2,5%, a segunda maior queda da série”, ressalta Ferreira.

Na pandemia, a expansão de novas unidades locais desacelerou

Em 2019, cerca de 9,0% das unidades locais entrantes vinham de empresas que já estavam no mercado, taxa que caiu para 6,3% em 2020. “As empresas que já estavam no mercado foram cautelosas durante a pandemia”, diz o gerente da pesquisa.

Entre as unidades da federação, Santa Catarina se destaca, com uma taxa de sobrevivência de 27,6% das unidades locais nascidas em 2010. Na outra ponta, Acre tinha a menor taxa de sobrevivência (13,2%). “Entre a maior e a menor taxa há um gap de 14,4 pontos percentuais”, resume Ferreira.

Unidades locais e taxa de sobrevivência das unidades locais nascidas em 2010, por anos de observação, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação - 2010-2020
Grandes Regiões
e Unidades da Federação
Unidades
locais nascidas
em 2010
Taxa de sobrevivência, por anos de observação
1º ano
2011
(%)
2º ano
2012
(%)
3º ano
2013
(%)
4º ano
2014
(%)
5º ano
2015
(%)
6º ano
2016
(%)
7º ano
2017
(%)
8º ano
2018
(%)
9º ano
2019
(%)
10º ano
2020
(%)
Brasil 797 993 75,4 63,3 54,2 44,9 39,3 34,4 30,4 26,6 23,9 21,3
Norte 36 409 67,9 56,1 46,6 37,0 32,0 27,7 24,3 21,3 19,0 16,8
Rondônia 6 259 70,4 58,7 50,1 40,6 35,0 31,0 27,2 24,2 21,6 19,0
Acre 2 263 53,4 42,5 34,5 26,2 22,5 20,1 17,9 15,9 14,4 12,9
Amazonas 7 489 62,3 50,5 40,9 30,5 26,2 22,1 19,3 16,6 14,8 13,3
Roraima 1 122 63,4 54,1 46,4 36,2 31,6 28,4 25,2 22,1 20,6 18,0
Pará 12 833 71,1 59,6 49,4 39,9 34,5 29,7 26,0 22,7 20,0 17,8
Amapá 2 072 67,3 52,0 41,7 33,5 28,8 24,5 21,1 18,4 16,0 13,7
Tocantins 4 371 73,1 61,6 51,5 42,3 36,8 32,1 28,2 24,7 22,2 19,7
Nordeste 135 289 74,1 61,9 52,4 42,2 37,0 32,4 28,5 24,7 21,8 19,1
Maranhão 12 046 73,6 62,0 51,7 40,4 35,2 30,5 26,9 23,3 20,3 17,7
Piauí 6 338 78,9 68,3 58,8 49,3 44,0 39,3 35,8 32,0 29,1 25,4
Ceará 23 817 73,5 61,3 52,2 41,3 36,0 31,5 27,3 23,7 20,8 18,2
Rio Grande do Norte 9 777 76,2 63,4 53,5 43,6 38,5 33,9 29,5 25,4 22,3 19,4
Paraíba 8 485 75,1 61,8 53,0 42,8 38,6 34,2 30,3 26,9 23,9 21,5
Pernambuco 23 321 74,1 61,6 52,3 42,1 36,6 31,8 27,5 24,0 21,1 18,4
Alagoas 6 448 75,0 64,0 53,6 44,7 38,4 33,6 28,8 24,8 21,3 18,7
Sergipe 4 296 79,0 67,2 57,7 49,1 44,1 39,2 34,5 30,2 27,5 24,7
Bahia 40 761 72,4 60,0 50,7 40,7 35,7 31,3 27,7 23,9 20,9 18,3
Sudeste 393 614 76,3 64,0 54,9 45,7 39,8 34,6 30,5 26,8 24,1 21,4
Minas Gerais 84 287 76,8 64,0 54,9 45,1 39,5 34,8 31,0 27,3 24,6 21,8
Espírito Santo 15 079 75,1 63,4 55,2 46,0 40,7 36,0 31,9 28,1 25,3 22,4
Rio de Janeiro 59 936 73,3 61,5 53,0 44,5 39,4 34,8 30,6 26,8 24,1 21,1
São Paulo 234 312 77,0 64,7 55,5 46,3 40,0 34,3 30,1 26,5 23,9 21,3
Sul 165 423 75,5 63,7 55,1 46,6 41,3 36,8 32,8 29,1 26,6 23,9
Paraná 64 633 76,4 64,8 56,3 47,6 42,3 37,5 33,4 29,4 26,6 23,8
Santa Catarina 37 085 76,6 65,6 57,6 50,1 44,6 40,1 36,3 32,7 30,1 27,6
Rio Grande do Sul 63 705 74,0 61,5 52,5 43,4 38,2 34,0 30,3 26,8 24,5 22,0
Centro-Oeste 67 258 76,6 64,4 55,1 45,9 39,9 35,1 30,7 26,3 23,6 20,9
Mato Grosso do Sul 9 907 76,6 64,2 56,0 47,0 42,0 37,6 33,6 29,1 26,2 23,5
Mato Grosso 15 102 74,7 63,4 54,4 45,5 39,8 35,4 31,0 26,4 23,8 21,2
Goiás 27 628 76,6 64,0 54,4 45,1 39,3 34,6 30,3 26,3 23,5 20,7
Distrito Federal 14 621 78,5 66,3 56,4 47,0 39,7 33,9 29,0 24,5 21,8 19,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Cadastros e Classificações, Cadastro Central de Empresas 2007-2020.
Nota: As cores mais escuras indicam maior taxa de sobrevivência.

Após dois anos em alta, número de empresas de alto crescimento recua em 2020

O número de empresas de alto crescimento caiu 2,6% em 2020 e fechou em 24,4 mil. Em 2019, essa marca havia sido de 25,0 mil, com alta de 10,0%. Entretanto, o pessoal ocupado assalariado cresceu 8,3% frente a 2019.

“Quem mais contribuiu para o aumento de pessoal assalariado foram as empresas com 250 ou mais assalariados. De 2019 para 2020, a participação dessas empresas subiu de 8,8% para 9,2% no total de empresas”, analisa Thiego.

Empresas de alto crescimento são as que têm crescimento médio do pessoal ocupado assalariado de pelo menos 20% ao ano, por um período de três anos, e tem 10 ou mais pessoas ocupadas assalariadas no ano inicial da observação.

De 2017 a 2020, o pessoal assalariado aumentou 175,2% nas empresas de alto crescimento, contra um avanço de 13,2% no conjunto das empresas com assalariados.

Sudeste abriga quase metade das empresas de alto crescimento do país

A região Sudeste possui 46,6% das empresas de alto crescimento do país, seguida por Sul (20,4%), Nordeste (17,0%), Centro-Oeste (9,6%) e Norte (6,4%).

Como o gráfico 8 demonstra, a região Norte tem 1,3 ponto percentual (p.p.) a mais na distribuição de empresas de alto crescimento do que entre aquelas com 10 assalariados ou mais, enquanto na região Sudeste a relação é oposta, com distribuição 1,9 p.p. inferior.

Brasil tinha 2,8 mil empresas “gazelas” em 2020

A participação de empresas “gazelas” no conjunto das empresas de alto crescimento se manteve praticamente estável, de 11,4% (2 768) em 2020, enquanto em 2019 tinha 11,2% (2 805).

Em 2020, houve queda no pessoal ocupado assalariado em empresas “gazelas”, quando o número atingido foi de 212,4 mil frente a marca de 214,3 mil em 2019. Com a pequena queda, 2020 tem agora o terceiro pior nível desde 2008 (posição previamente ocupada por 2019). Os anos de 2017 e 2018, ambos com número de pessoal ocupado assalariado de 198,8 mil, completam a lista.

Empresas “gazelas” são um subconjunto das empresas de alto crescimento, formado pelas entidades mais jovens, situadas na faixa de 3 até 5 anos no ano de referência e que apresentam crescimento médio anual superior a 20%, em um período de três anos.