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Sinapi

Preços da construção crescem 1,48% em julho, terceira maior taxa no ano

Editoria: Estatísticas Econômicas | Vinícius Britto

09/08/2022 09h00 | Atualizado em 09/08/2022 09h00


Início do segundo semestre apresenta o terceiro maior índice no ano - Foto: Simone Mello/Acervo IBGE

Divulgado hoje (09) pelo IBGE, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 1,48% em julho, uma variação 0,17 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de junho, que foi de 1,65%. Assim, o acumulado de janeiro a julho fechou em 9,11%. Já o acumulado nos últimos doze meses foi de 14,07%, resultado um pouco abaixo dos 14,53% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.

“O segundo semestre inicia-se com o terceiro maior índice do ano, influenciado mais uma vez pela alta nas duas parcelas que o compõem, material e mão de obra”, explica Augusto Oliveira, gerente do Sinapi. O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.652,27 em julho, sendo R$ 987,88 relativos a materiais e R$ 664,39 à mão de obra. Em junho, o custo nacional fechou em R$ 1628,25.

“A parcela dos materiais apresentou alta em relação ao mês anterior. Quando comparado ao índice de julho de 2021, temos uma queda significativa”, afirma Augusto. A parcela de materiais apresentou taxa de 1,38%, registrando alta de 0,19 ponto percentual (p.p.) em relação a junho (1,19%). Considerando o índice de julho de 2021 (2,88%), houve queda de 1,50 p.p.

“Em julho, a parcela da mão de obra, apesar dos acordos coletivos firmados no período, registrou variação de 1,62%, caindo 0,73 ponto percentual em relação a junho”, completa o analista. Em relação a julho do ano anterior (0,52%), houve aumento de 1,10 p.p.

De janeiro a julho de 2022, os acumulados fecharam em 8,56% para materiais e 9,92% para mão de obra. Já os acumulados em doze meses ficaram em 15,82% e 11,52%, respectivamente.

Paraná registra maior alta entre os estados

O Paraná foi a unidade da federação com a maior taxa no recorte estadual. Com alta na parcela de materiais e reajuste observado nas categorias profissionais, o estado registrou variação mensal de 5,18%.

“Neste mês, o estado do Paraná destacou-se registrando a maior taxa entre os estados. Com o Rio Grande do Sul apresentando a terceira maior taxa do mês, a região sul registrou a maior variação em julho”, afirmou Augusto.

A região Sul, que também observou acordos de categorias profissionais no Rio Grande do Sul, ficou com a maior variação regional em julho, 3,33%. As demais regiões apresentaram os seguintes resultados: 0,85% (Norte), 1,50% (Nordeste), 1,05% (Sudeste), e 1,24% (Centro-Oeste).

Os custos regionais, por metro quadrado, foram: R$ 1.622,08 (Norte); R$ 1.546,52 (Nordeste); R$ 1.723,94 (Sudeste); R$ 1.717,01 (Sul) e R$ 1.658,26 (Centro-Oeste).

Mais sobre a pesquisa

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do Sinapi são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. Acesse os dados no Sidra.