Iniciativas de Geoinformação Colaborativa na América Latina é o tema do webinário que será realizado na próxima segunda-feira (6), às 11h. O encontro vai reunir especialistas e pesquisadores do continente que atuam também na área de cartografia participativa e VGI (sigla para a expressão em inglês Volunteered Geographic Information).

O evento é coordenado pelo Hub Regional da ONU para Big Data no Brasil, que fica sediado na Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE), braço acadêmico do IBGE.

O webinário vai estimular o compartilhamento de conhecimento e contribuir para a formação de uma comunidade de especialistas e pesquisadores entre os países da região. Visa, ainda, facilitar o intercâmbio de informações e contribuir para a discussão sobre o uso de novas fontes de dados e tecnologias.

Para o coordenador de Geomática do IBGE, Rafael March, “será uma oportunidade para que os especialistas envolvidos em iniciativas e projetos de VGI possam se reunir, compartilhar experiências e conhecimentos e formar uma comunidade que promova inovação na produção de dados geográficos e estatísticos oficiais”.

As inscrições podem ser feitas aqui. Haverá tradução simultânea para espanhol, inglês e português.

Hub Regional e geoinformação colaborativa

Fruto de uma iniciativa do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU, o Hub Regional para Big Data da Plataforma Global da ONU foi lançado no último dia 23 de novembro na XI Conferência Estatística das Américas, realizada virtualmente pela Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (Cepal).

O projeto tem como objetivo fomentar a cooperação dos institutos de estatísticas da América Latina e do Caribe, a fim de contribuir para o avanço do uso de Big Data e Ciência de Dados na modernização da produção de estatísticas oficiais na região.

É dentro dessa perspectiva que se insere o webinário Iniciativas de Geoinformação Colaborativa na América Latina. Trata-se do uso de ferramentas digitais para coletar, analisar e compartilhar informações geográficas fornecidas por indivíduos.

“Avanços recentes em ferramentas de comunicação digital, aliados a técnicas e métodos de Big Data, levaram a progressos sem precedentes para VGI”, afirma a engenheira cartógrafa do IBGE, Renata Curi, coorganizadora do evento.

O VGI permite, ainda, segundo Rafael, receber as contribuições de muitas pessoas, dar respostas rápidas a necessidades locais e ser mais extensivo, no tempo e espaço, do que as abordagens tradicionais. “Contudo, existem barreiras para a ampla adoção de VGI no que se refere à produção de dados oficiais pelos órgãos nacionais de mapeamento, tais como preocupações com a qualidade dos dados, representação incompleta e outras”, conclui.