Petróleo e álcool influenciam aumento do Índice de Preços ao Produtor
27/09/2017 09h00 | Atualizado em 27/09/2017 10h41
Após dois meses de resultados negativos, o Índice de Preços ao Produtor (IPP) apresenta avanço de 0,31% em agosto, valor fortemente influenciado pelo setor de refino de petróleo e produtos de álcool, que alcançou variação de 6,48%, a maior da série iniciada em 2009.
O acumulado do ano atingiu -0,99%, contra -1,29% em julho de 2017. Na comparação entre agosto de 2017 e agosto de 2016, a variação de preços foi de 1,66%.
De acordo com o pesquisador da Coordenação de Indústria do IBGE, Alexandre Brandão, apesar de terem crescido, os preços de agosto foram contidos principalmente pelo setor de alimentos, que tem segurado o IPP de forma geral. “É o setor de maior peso no IPP, mas está com variações negativas”, explica.
Além de refino de petróleo e produtos de álcool, os setores indústrias extrativas (6,21%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (3,06%) e outros produtos químicos (-2,06%) também se destacaram em agosto, na comparação com julho.
O Índice de Preços ao Produtor (IPP) das Indústrias Extrativas e de Transformação mede a evolução dos preços de produtos, sem impostos e fretes, e abrange informações por grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis e semiduráveis e não duráveis).
Texto: Marcelo Benedicto
Gráfico: Pedro Vidal
Foto: Licia Rubinstein