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Em maio, IPCA-15 ficou em 0,24%

26/05/2017 15h36 | Atualizado em 02/08/2017 10h17

PERÍODO

TAXA

Maio

0,24%

Abril

0,21%

Maio 2016

0,86%

Acumulado no ano

1,46%

Acumulado em 12 meses

3,77%

  

Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,24% em maio e ficou pouco acima da taxa de 0,21% de abril.  Com isso, o resultado no ano foi para 1,46%, bem abaixo dos 4,21% referentes ao mesmo período do ano anterior. Considerando os últimos doze meses, o índice desceu para 3,77%, abaixo dos 4,41% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores, constituindo-se na menor variação acumulada em períodos de 12 meses desde julho de 2007 (3,71%). Em maio de 2016, a taxa foi 0,86%.

  Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.

No mês de maio, foram os remédios, cujos preços subiram 2,08%, que tomaram a dianteira na relação dos principais impactos no IPCA-15, com 0,07 ponto percentual (p.p.). Este comportamento decorre do reajuste anual que passou a valer a partir de 31 de março, variando entre 1,36% e 4,76%, conforme o tipo de medicamento, resultando em alta de 2,96% quando considerados tanto abril (0,86%) quanto maio (2,08%).

Com isso, pelo segundo mês consecutivo, Saúde e Cuidados Pessoais (0,84%) apresentou a mais elevada variação de grupo, seguido dos artigos de Vestuário (0,74%), conforme mostra a tabela a seguir.

 

Grupo

Variação (%)

Impacto (p.p.)

Abril

Maio

Abril

Maio

Índice Geral

0,21

0,24

0,21

0,24

Alimentação e Bebidas

0,31

0,42

0,08

0,11

Habitação

0,39

0,15

0,06

0,02

Artigos de Residência

-0,43

0,02

-0,02

0,00

Vestuário

0,44

0,74

0,03

0,04

Transportes

-0,44

-0,40

-0,08

-0,07

Saúde e Cuidados Pessoais

0,91

0,84

0,10

0,10

Despesas Pessoais

0,23

0,27

0,02

0,03

Educação

0,14

0,05

0,01

0,00

Comunicação

0,18

0,19

0,01

0,01

  

Nos alimentos (0,42%), produtos como batata-inglesa (16,08%), tomate, (12,09%) e cebola (9,15%) ficaram bem mais caros, enquanto outros, como óleo de soja (-5.81%), açúcar cristal (-3,03%), frutas

(-2,73%) e feijão-carioca (-2,52%) tiveram seus preços reduzidos de um mês para o outro.

Quanto aos demais grupos, as variações situaram-se entre -0,40% e 0,27%. Destaca-se, entre eles, a queda de 0,40% no grupo Transportes, onde os combustíveis passaram a custar 1,12% menos do que custavam em abril, gerando impacto de -0,06 p.p., o mais forte impacto negativo no índice do mês. Observa-se que o preço do litro da gasolina ficou 0,85% mais barato, enquanto o preço do etanol caiu 2,48%.

Além disso, influenciando o grupo Transportes (-0,40%), as passagens aéreas chegaram a cair 11,42%, com impacto de -0,04 p.p. Juntos, as passagens aéreas (-11,42%) e os combustíveis (-1,12%) exerceram significativo impacto negativo no IPCA-15 do mês, -0,10 p.p.

A respeito dos índices regionais, conforme a tabela a seguir, foi Recife a região metropolitana que ficou com o resultado mais elevado (0,65%) pois, entre outros fatores, as contas de energia elétrica aumentaram 4,70%, bem distante da queda de 0,30% da média nacional, tendo em vista reajuste de 8,87% nas tarifas, vigente desde 29 de abril. Além disso, em Recife, as tarifas dos ônibus urbanos registraram variação de 2,89%, enquanto a média nacional situou-se em 0,36%. Isso porque, naquela região, a partir de 26 de março, deixou de ser concedido o benefício do pagamento de meia tarifa aos domingos.

 

Região

Peso Regional (%)

Variação Mensal (%)

Variação Acumulada (%)

Abril

Maio

Ano

12 meses

Recife

5,05

0,53

0,65

2,14

5,10

São Paulo

31,68

0,17

0,38

1,47

3,89

Porto Alegre

8,40

0,35

0,27

1,29

3,32

Fortaleza

3,49

0,07

0,24

2,12

5,31

Curitiba

7,79

0,06

0,21

1,17

2,37

Rio de Janeiro

12,46

0,51

0,20

2,15

4,41

Belo Horizonte

11,23

-0,07

0,18

1,18

3,90

Brasília

3,46

0,42

0,16

1,40

4,17

Belém

4,65

-0,03

-0,04

0,89

3,30

Goiânia

4,44

0,39

-0,22

0,21

1,94

Brasil

100,00

0,21

0,24

1,46

3,77

 

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de abril a 15 de maio de 2017 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 15 de março a 12 de abril de 2017 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.

 Comunicação Social
23 de maio de 2017