Em agosto, indústria cresce em 9 dos 15 locais pesquisados
10/10/2025 09h00 | Atualizado em 10/10/2025 11h57
Com a variação de 0,8% na produção industrial em agosto de 2025, na série com ajuste sazonal, 9 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE acompanharam esse movimento positivo. As altas foram no Pará (5,4%), Bahia (4,9%) e Paraná (4,2%), com os avanços mais acentuados, seguidos Rio Grande do Sul (2,9%), Mato Grosso (1,4%), Goiás (1,4%), Região Nordeste (1,0%), São Paulo (0,8%) e Espírito Santo (0,4%). Já os resultados negativos foram registrados no Amazonas (-7,4%), Pernambuco (-3,5%), Rio de Janeiro (-1,9%), Santa Catarina (-1,8%), Ceará (-1,5%) e Minas Gerais (-0,2%).
A média móvel trimestral mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em agosto de 2025 frente ao nível do mês anterior. Os avanços mais acentuados foram no Rio Grande do Sul (1,4%), Bahia (1,4%), Paraná (1,0%) e Região Nordeste (0,9%). Por outro lado, Amazonas (-2,2%), Mato Grosso (-1,1%), Espírito Santo (-1,0%) e Ceará (-1,0%) assinalaram os principais recuos.
Frente a agosto de 2024, o setor industrial recuou 0,7%. Houve quedas em 9 dos 18 locais pesquisados, com recuos mais acentuados no Mato Grosso (-12,8%), Maranhão (-11,4%) e Amazonas (-9,3%).
Indicadores Conjunturais da Indústria Resultados Regionais Agosto de 2025 |
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Locais | Variação (%) | |||
Agosto 2025/Julho 2025* | Agosto 2025/Agosto 2024 | Acumulado Janeiro-Agosto | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | -7,4 | -9,3 | -0,9 | 1,2 |
Pará | 5,4 | 5,8 | 5,0 | 6,0 |
Região Nordeste | 1,0 | 0,5 | -1,4 | 0,8 |
Maranhão | - | -11,4 | -6,1 | -4,4 |
Ceará | -1,5 | -5,5 | -1,2 | 0,3 |
Rio Grande do Norte | - | 3,3 | -16,3 | -12,7 |
Pernambuco | -3,5 | -2,5 | -7,3 | -2,0 |
Bahia | 4,9 | 3,4 | 0,9 | 1,6 |
Minas Gerais | -0,2 | -4,8 | 0,4 | 1,1 |
Espírito Santo | 0,4 | 15,3 | 6,1 | 2,4 |
Rio de Janeiro | -1,9 | 6,1 | 4,0 | 0,5 |
São Paulo | 0,8 | -2,4 | -1,9 | -0,8 |
Paraná | 4,2 | 3,8 | 4,2 | 4,7 |
Santa Catarina | -1,8 | -2,2 | 3,3 | 5,0 |
Rio Grande do Sul | 2,9 | 1,1 | 1,4 | 1,8 |
Mato Grosso do Sul | - | -5,7 | -2,7 | -1,0 |
Mato Grosso | 1,4 | -12,8 | -6,2 | -0,3 |
Goiás | 1,4 | 2,9 | 1,6 | 0,9 |
Brasil | 0,8 | -0,7 | 0,9 | 1,6 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas * Série com Ajuste Sazonal |
A produção industrial nacional mostrou crescimento de 0,8% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, com taxas positivas em 9 dos 15 locais pesquisados. Pará (5,4%), Bahia (4,9%) e Paraná (4,2%) assinalaram os avanços mais acentuados, com o primeiro local interrompendo dois meses consecutivos de queda, período em que acumulou perda de 4,5%; e os dois últimos eliminando os recuos de 2,6% e 2,0%, respectivamente, verificados no mês anterior. Rio Grande do Sul (2,9%), Mato Grosso (1,4%), Goiás (1,4%) e Região Nordeste (1,0%) também apontaram resultados positivos mais intensos do que a média nacional (0,8%), enquanto São Paulo (0,8%) e Espírito Santo (0,4%) completaram o conjunto de locais com expansão na produção em agosto de 2025.
Amazonas (-7,4%) e Pernambuco (-3,5%) mostraram os recuos mais significativos nesse mês, com o primeiro local acumulando redução de 7,8% em dois meses consecutivos de queda na produção; e o segundo interrompendo quatro meses seguidos de taxas positivas, período em que acumulou ganho de 38,3%. Rio de Janeiro (-1,9%), Santa Catarina (-1,8%), Ceará (-1,5%) e Minas Gerais (-0,2%) também assinalaram resultados negativos em agosto de 2025.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,3% no trimestre encerrado em agosto de 2025 frente ao nível do mês anterior, após registrar quedas em julho (-0,2%) e junho (-0,4%), quando interrompeu a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2025. Nessa mesma comparação, 9 dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas, com destaque para Rio Grande do Sul (1,4%), Bahia (1,4%), Paraná (1,0%) e Região Nordeste (0,9%). Os principais recuos foram registrados no Amazonas (-2,2%), Mato Grosso (-1,1%), Espírito Santo (-1,0%) e Ceará (-1,0%).
Na comparação com agosto de 2024, o setor industrial recuou 0,7% em agosto de 2025, com nove dos dezoito locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que agosto de 2025 (21 dias) teve 1 dia útil a menos que igual mês do ano anterior (22).
Mato Grosso (-12,8%), Maranhão (-11,4%) e Amazonas (-9,3%) assinalaram as quedas mais acentuadas nesse mês, pressionadas, principalmente, pelo comportamento negativo observado nos setores de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis e produtos químicos, no primeiro local; de indústrias extrativas e celulose, papel e produtos de papel, no segundo; e de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos, máquinas e equipamentos e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, no último.
Mato Grosso do Sul (-5,7%), Ceará (-5,5%), Minas Gerais (-4,8%), Pernambuco (-2,5%), São Paulo (-2,4%) e Santa Catarina (-2,2%) completaram o conjunto de locais com redução na produção no índice mensal de agosto de 2025. Por outro lado, Espírito Santo (15,3%) assinalou o avanço mais elevado nesse mês, impulsionado, em grande parte, pela atividade de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo e gás natural). Rio de Janeiro (6,1%), Pará (5,8%), Paraná (3,8%), Bahia (3,4%), Rio Grande do Norte (3,3%), Goiás (2,9%), Rio Grande do Sul (1,1%) e Região Nordeste (0,5%) registraram os demais resultados positivos no índice mensal de agosto de 2025.
No acumulado no ano, o setor industrial mostrou expansão de 0,9%, com resultados positivos em nove dos dezoito locais pesquisados. Espírito Santo (6,1%), Pará (5,0%), Paraná (4,2%) e Rio de Janeiro (4,0%) assinalaram os avanços mais acentuados para os oito meses do ano, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo, minérios de ferro pelotizados ou sinterizados e gás natural), no primeiro local; de indústrias extrativas (minérios de manganês e de cobre – em bruto ou beneficiados) e metalurgia (vergalhões de aços ao carbono), no segundo; de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (disjuntores e eletroportáteis domésticos), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis), produtos químicos (herbicidas e inseticidas – ambos para uso na agricultura, ureia e fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK) e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e querosenes de aviação), no terceiro; e de indústrias extrativas (óleos brutos de petróleo e gás natural), no último.
Santa Catarina (3,3%), Goiás (1,6%) e Rio Grande do Sul (1,4%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,9%), enquanto Bahia (0,9%) e Minas Gerais (0,4%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano. Já Rio Grande do Norte (-16,3%) assinalou recuo de dois dígitos e o mais intenso nessa comparação, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo vindo da atividade de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva). Também apresentaram resultados negativos: Pernambuco (-7,3%), Mato Grosso (-6,2%), Maranhão (-6,1%), Mato Grosso do Sul (-2,7%), São Paulo (-1,9%), Região Nordeste (-1,4%), Ceará (-1,2%) e Amazonas (-0,9%).
No acumulado em 12 meses, a produção industrial cresceu 1,6%, com alta em 12 dos 18 locais pesquisados em agosto de 2025, mas doze apresentaram menor dinamismo frente aos índices de julho de 2025. As principais perdas foram no Ceará (de 2,3% para 0,3%), Mato Grosso do Sul (de 0,8% para -1,0%), Mato Grosso (de 1,1% para -0,3%), Maranhão (de -3,2% para -4,4%), Minas Gerais (de 2,3% para 1,1%), Pará (de 6,9% para 6,0%) e Amazonas (de 2,0% para 1,2%). Os ganhos mais acentuados foram registrados no Rio Grande do Norte (de -14,7% para -12,7%) e Espírito Santo (de 0,6% para 2,4%).