IPCA fica em 0,26% em julho
12/08/2025 09h00 | Atualizado em 12/08/2025 09h05
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de julho foi de 0,26%, 0,02 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de 0,24% de junho. No ano, o IPCA acumula alta de 3,26% e, nos últimos 12 meses, o índice ficou em 5,23%, abaixo dos 5,35% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2024, a variação havia sido de 0,38%.
Período | Taxa |
---|---|
Julho de 2025 | 0,26% |
Junho de 2025 | 0,24% |
Julho de 2024 | 0,38% |
Acumulado no ano | 3,26% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 5,23% |
O grupo Alimentação e bebidas apresentou variação negativa (-0,27%) na passagem de junho para julho, assim como os grupos Vestuário (-0,54%) e Comunicação (-0,09%). Os demais grupos de produtos e serviços pesquisados ficaram entre o 0,91% de Habitação e o 0,02% de Educação.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Junho | Julho | |
Índice Geral | 0,24 | 0,26 | 0,24 | 0,26 |
Alimentação e bebidas | -0,18 | -0,27 | -0,04 | -0,06 |
Habitação | 0,99 | 0,91 | 0,15 | 0,14 |
Artigos de residência | 0,08 | 0,09 | 0,00 | 0,00 |
Vestuário | 0,75 | -0,54 | 0,04 | -0,03 |
Transportes | 0,27 | 0,35 | 0,05 | 0,07 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,07 | 0,45 | 0,01 | 0,06 |
Despesas pessoais | 0,23 | 0,76 | 0,02 | 0,08 |
Educação | 0,00 | 0,02 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | 0,11 | -0,09 | 0,01 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Em julho, o grupo Habitação registrou alta de 0,91% impulsionado pela variação de 3,04% na energia elétrica residencial, subitem com o maior impacto individual no índice do mês (0,12 p.p.). A alta reflete o reajuste de 13,97% em uma das concessionárias em São Paulo (10,56%) vigente desde 04 de julho; 1,97% em Curitiba (2,47%) desde 24 de junho; 14,19% em uma das concessionárias de Porto Alegre (1,48%) a partir de 19 de junho e redução de 2,16% nas tarifas de uma das concessionárias do Rio de Janeiro (0,71%) a partir de 17 de junho. Cabe destacar que, em julho, permanecia vigente a bandeira tarifaria vermelha patamar 1, adicionando R$4,46 na conta de luz a cada 100 KWh consumidos.
Região | Variação (%) | Variação Acumulada (%) |
|
---|---|---|---|
Julho | Ano | 12 meses | |
São Paulo | 10,56 | 17,81 | 13,59 |
Curitiba | 2,47 | 6,25 | 5,40 |
Salvador | 2,08 | 7,70 | 5,83 |
Recife | 2,01 | 10,73 | 8,13 |
Aracaju | 1,69 | 13,58 | 12,39 |
Porto Alegre | 1,48 | 13,72 | 12,12 |
Rio de Janeiro | 0,71 | 4,65 | 1,45 |
Brasília | 0,61 | 6,79 | 1,55 |
Rio Branco | 0,26 | 3,04 | -0,44 |
Belo Horizonte | 0,10 | 12,61 | 9,54 |
Vitória | 0,06 | 4,98 | 3,21 |
Goiânia | -0,68 | 4,93 | 8,64 |
Campo Grande | -1,39 | 3,63 | 1,92 |
São Luís | -1,53 | 4,47 | 1,73 |
Fortaleza | -2,08 | 4,64 | 2,07 |
Belém | -2,38 | 3,73 | -2,03 |
Brasil | 3,04 | 10,18 | 7,27 |
No ano, energia elétrica residencial acumula uma alta de 10,18%, destacando-se como o principal impacto individual (0,39 p.p.) no resultado acumulado do IPCA (3,26%). Esta variação (10,18%) é a maior para o período janeiro a julho desde 2018 quando o acumulado foi de 13,78%.
Ainda em Habitação, a taxa de água e esgoto (0,13%) contemplou os seguintes reajustes: 4,97% em Salvador (2,16%) a partir de 18 de julho; 9,88% em Brasília (0,57%) a partir de 1º de junho; e 4,76% em Rio Branco (0,14%) desde 1º de maio, este outorgado de forma escalonada entre os meses de maio e junho.
Com a segunda maior variação e impacto no mês de julho, a alta do grupo Despesas pessoais (0,76 % e 0,08 p.p.) foi impulsionada pelo reajuste, a partir de 9 de julho, nos jogos de azar (11,17% e 0,05 p.p.).
No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,45%) destacam-se as altas nos itens de higiene pessoal (0,98%) e no plano de saúde (0,35%), que reflete a incorporação dos reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Para os planos contratados após a Lei nº 9.656/98, o percentual é de até 6,06%, com vigência a partir de maio de 2025 e cujo ciclo se encerra em abril de 2026. Para os planos contratados antes da Lei nº 9.656/98, os percentuais autorizados foram de 6,47% e 7,16%, a depender do plano.
O grupo Transportes acelerou de junho (0,27%) para julho (0,35%), impulsionado pela alta nas passagens aéreas (19,92% e 0,10 p.p.). Os combustíveis, por sua vez, recuaram 0,64% em julho com quedas nos preços do etanol (-1,68%), do óleo diesel (-0,59%), da gasolina (-0,51%) e do gás veicular (-0,14%).
Registre-se, também, o reflexo da gratuidade concedida aos domingos e feriados no metrô (0,16%) em Brasília (2,80%), e no ônibus urbano (0,46%), em Brasília (2,80%) e Belém (6,68%), além da redução de tarifa aos domingos e feriados em Curitiba (2,94%). Adicionalmente, o táxi (0,21%) incorpora o reajuste médio de 8,71% nas tarifas em Belo Horizonte (2,05%), a partir de 7 de junho.
No Vestuário (-0,54%) destacam-se as quedas na roupa feminina (-0,98%) e na roupa masculina (-0,87%).
O grupo Alimentação e bebidas, que tem o maior peso no índice, apresentou queda (-0,27%) na média de preços pelo segundo mês consecutivo (em junho a variação foi de -0,18%). A queda em julho foi impulsionada pela alimentação no domicílio que caiu 0,69% na passagem de junho para julho, com destaque para as quedas da batata-inglesa (-20,27%), da cebola (-13,26%) e do arroz (-2,89%).
A alimentação fora do domicílio registrou variação de 0,87% em julho, frente ao 0,46% de junho. O subitem lanche acelerou de 0,58% em junho para 1,90% em julho, e a refeição saiu de 0,41% em junho para 0,44% em julho.
Quanto aos índices regionais, São Paulo apresentou a maior variação (0,46%) por conta da passagem aérea (13,56%) e da energia elétrica residencial (10,56%). A menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,19%) em razão da queda na batata-inglesa (-33,84%) e na energia elétrica residencial (-1,39%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) |
||
---|---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
São Paulo | 32,28 | 0,29 | 0,46 | 3,47 | 5,62 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,05 | 0,41 | 3,59 | 4,90 |
Curitiba | 8,09 | 0,14 | 0,33 | 3,41 | 5,15 |
Recife | 3,92 | 0,33 | 0,32 | 3,35 | 4,76 |
Aracaju | 1,03 | 0,14 | 0,28 | 3,74 | 4,53 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,08 | 0,24 | 2,71 | 4,91 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,53 | 0,22 | 3,61 | 5,66 |
Fortaleza | 3,23 | 0,37 | 0,11 | 3,16 | 5,08 |
Vitória | 1,86 | 0,25 | 0,10 | 3,32 | 5,20 |
Salvador | 5,99 | 0,29 | 0,02 | 3,02 | 5,06 |
Brasília | 4,06 | 0,12 | 0,01 | 3,25 | 4,99 |
São Luís | 1,62 | 0,22 | -0,02 | 2,88 | 4,60 |
Belém | 3,94 | 0,16 | -0,04 | 3,35 | 5,07 |
Goiânia | 4,17 | 0,16 | -0,14 | 2,09 | 4,75 |
Rio Branco | 0,51 | 0,64 | -0,15 | 2,03 | 4,65 |
Campo Grande | 1,57 | -0,08 | -0,19 | 2,55 | 5,01 |
Brasil | 100,00 | 0,24 | 0,26 | 3,26 | 5,23 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 01 de julho de 2025 a 30 de julho de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de maio de 2025 a 30 de junho de 2025 (base).
INPC tem alta de 0,21% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,21% em julho. No ano, o acumulado é de 3,30% e, nos últimos 12 meses, de 5,13%, abaixo dos 5,18% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2024, a taxa foi de 0,26%.
Os produtos alimentícios passaram de -0,19% em junho para -0,38% em julho. A variação dos não alimentícios passou de 0,37% em junho para 0,41% em julho.
Quanto aos índices regionais, a maior variação (0,56%) ocorreu em São Paulo por conta da energia elétrica residencial (10,61%) e do conserto de automóvel (2,94%). A menor variação ocorreu em Campo Grande (-0,27%) em razão da queda na batata-inglesa (-33,84%) e na energia elétrica residencial (-1,37%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) |
||
---|---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
São Paulo | 24,60 | 0,35 | 0,56 | 3,75 | 5,75 |
Curitiba | 7,37 | 0,13 | 0,38 | 3,36 | 5,23 |
Porto Alegre | 7,15 | -0,10 | 0,34 | 3,73 | 4,69 |
Aracaju | 1,29 | 0,11 | 0,30 | 3,96 | 4,60 |
Recife | 5,60 | 0,24 | 0,30 | 3,33 | 4,53 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,02 | 0,14 | 2,64 | 4,93 |
Fortaleza | 5,16 | 0,34 | 0,10 | 3,26 | 5,12 |
Vitória | 1,91 | 0,20 | 0,04 | 3,29 | 5,06 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,55 | 0,04 | 3,66 | 5,46 |
Brasília | 1,97 | 0,16 | -0,01 | 3,01 | 4,92 |
Salvador | 7,92 | 0,17 | -0,02 | 3,09 | 5,01 |
São Luís | 3,47 | 0,18 | -0,08 | 2,85 | 4,46 |
Goiânia | 4,43 | 0,17 | -0,13 | 1,84 | 4,70 |
Belém | 6,95 | 0,24 | -0,16 | 3,27 | 4,65 |
Rio Branco | 0,72 | 0,51 | -0,20 | 1,92 | 4,58 |
Campo Grande | 1,73 | -0,08 | -0,27 | 2,38 | 5,06 |
Brasil | 100,00 | 0,23 | 0,21 | 3,30 | 5,13 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 01 de julho de 2025 a 30 de julho de 2025 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de maio de 2025 a 30 de junho de 2025 (base).