Em maio, indústria recua em nove dos 15 locais pesquisados
11/07/2025 09h00 | Atualizado em 11/07/2025 10h56
Com o recuo de 0,5% na indústria nacional em maio de 2025, na série com ajuste sazonal, nove dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apontaram taxas negativas. Os recuos mais intensos foram em Mato Grosso (-7,0%), Bahia (-3,7%) e Amazonas (-3,3%), enquanto Minas Gerais (-1,9%), Região Nordeste (-1,3%), Goiás (-1,1%), São Paulo (-0,8%) e Pernambuco (-0,6%) também registraram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-0,5%). Santa Catarina (-0,2%) também teve variação negativa.
Por outro lado, houve altas no Espírito Santo (16,2%) Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (1,3%), Pará (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,2%).
A média móvel trimestral da indústria mostrou variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em maio de 2025 frente ao nível do mês anterior. Houve taxas positivas em nove dos quinze locais pesquisados, com destaque para Espírito Santo (6,8%), Pernambuco (5,6%), Rio de Janeiro (1,8%) e Pará (1,6%). Por outro lado, Mato Grosso (-2,7%) mostrou o recuo mais intenso.
Frente a maio de 2024, o setor industrial cresceu 3,3. Houve altas em onze dos 18 locais pesquisados. Os maiores avanços foram no Rio Grande do Sul (29,1%) e no Espírito Santo (23,9%).
Resultados Regionais da Indústria - Maio de 2025 | ||||
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Locais | Variação (%) | |||
Maio 2025/ Abril 2025* | Maio 2025/ Maio 2024 | Acumulado Janeiro-Maio | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | -3,3 | 1,9 | -0,8 | 1,7 |
Pará | 0,9 | 8,3 | 9,6 | 9,7 |
Região Nordeste | -1,3 | -3,7 | -3,2 | 1,1 |
Maranhão | - | -1,3 | -5,6 | -0,8 |
Ceará | 3,5 | 4,3 | -0,6 | 3,9 |
Rio Grande do Norte | - | -16,2 | -17,8 | -9,5 |
Pernambuco | -0,6 | -4,5 | -13,8 | -2,4 |
Bahia | -3,7 | -7,3 | 0,6 | 1,9 |
Minas Gerais | -1,9 | 4,7 | 1,7 | 2,9 |
Espírito Santo | 16,2 | 23,9 | 0,3 | -2,8 |
Rio de Janeiro | 2,0 | 7,1 | 1,7 | -1,4 |
São Paulo | -0,8 | -1,3 | -0,7 | 1,6 |
Paraná | 1,3 | 8,9 | 5,7 | 6,4 |
Santa Catarina | -0,2 | 3,7 | 4,8 | 6,3 |
Rio Grande do Sul | 0,2 | 29,1 | 4,1 | 2,8 |
Mato Grosso do Sul | - | 0,9 | -2,3 | 2,4 |
Mato Grosso | -7,0 | -11,5 | -1,7 | 3,6 |
Goiás | -1,1 | 1,3 | 1,1 | -0,3 |
Brasil | -0,5 | 3,3 | 1,8 | 2,8 |
* Série com Ajuste Sazonal |
Em maio de 2025, enquanto a produção industrial nacional recuou 0,5% frente ao mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, nove dos quinze locais pesquisados apontaram taxas negativas. Os recuos mais acentuados foram em Mato Grosso (-7,0%), Bahia (-3,7%) e Amazonas (-3,3%), com o primeiro local acumulando perda de 8,9% em dois meses consecutivos de queda na produção; o segundo interrompendo dois meses seguidos de resultados positivos, período em que acumulou expansão de 2,3%; e o último intensificando o recuo observado em abril (-1,3%).
Em Minas Gerais (-1,9%), Região Nordeste (-1,3%), Goiás (-1,1%), São Paulo (-0,8%) e Pernambuco (-0,6%) também houve quedas mais intensas do que a média nacional (-0,5%), enquanto Santa Catarina (-0,2%) completou o conjunto de locais com índices negativos em maio de 2025. Por outro lado, Espírito Santo (16,2%) mostrou avanço de dois dígitos e o mais elevado nesse mês, marcando, dessa forma, a expansão mais intensa desde janeiro de 2023 (24,2%). O resultado deste mês eliminou a queda de 2,2% verificada no mês anterior. Ceará (3,5%), Rio de Janeiro (2,0%), Paraná (1,3%), Pará (0,9%) e Rio Grande do Sul (0,2%) também assinalaram resultados positivos em maio de 2025.
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução da média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,2% no trimestre encerrado em maio de 2025 frente ao nível do mês anterior e permaneceu com a trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2025. Em termos regionais, na mesma comparação, nove dos quinze locais pesquisados apontaram taxas positivas nesse mês, com destaque para Espírito Santo (6,8%), Pernambuco (5,6%), Rio de Janeiro (1,8%) e Pará (1,6%). Por outro lado, Mato Grosso (-2,7%) mostrou o recuo mais intenso em maio de 2025.
Na comparação com maio de 2024, o setor industrial mostrou expansão de 3,3% em maio de 2025, com resultados positivos em onze dos dezoito locais pesquisados. Vale citar que maio de 2025 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21).
Em maio, Rio Grande do Sul (29,1%) e Espírito Santo (23,9%) assinalaram avanços de dois dígitos e os mais acentuados nesse mês, impulsionados, principalmente, pelo comportamento positivo observado nos setores de produtos químicos (fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK, etileno não-saturado, polipropileno, propeno não-saturado e polietileno de alta e baixa densidade), produtos alimentícios (pães, tortas, bagaços e farelos da extração do óleo de soja, carnes e miudezas de aves congeladas, rações e produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos), máquinas e equipamentos (tratores agrícolas, máquinas para colheita, semeadores, plantadeiras ou adubadores, partes e peças para serras de corrente de uso manual e ferramentas hidráulicas com motor não elétrico de uso manual), produtos do fumo (fumo processado), artefatos do couro, artigos para viagem e calçados (calçados de couro e de material sintético – ambos de uso feminino) e veículos automotores, reboques e carrocerias (autopeças, automóveis e carrocerias para ônibus), no primeiro local; e de indústrias extrativas (minérios de ferro pelotizados ou sinterizados, óleos brutos de petróleo e gás natural), no segundo.
O resultado do Rio Grande do Sul em maio foi influenciado, em grande parte, pela baixa base de comparação, uma vez que em maio de 2024, o setor produtivo local recuou 22,9%, afetado pelas fortes chuvas ocorridas no estado. Paraná (8,9%), Pará (8,3%), Rio de Janeiro (7,1%), Minas Gerais (4,7%), Ceará (4,3%) e Santa Catarina (3,7%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (3,3%), enquanto Amazonas (1,9%), Goiás (1,3%) e Mato Grosso do Sul (0,9%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice mensal de maio de 2025.
Por outro lado, Rio Grande do Norte (-16,2%) e Mato Grosso (-11,5%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais intensos no mês, pressionados pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (álcool etílico), no segundo. Bahia (-7,3%), Pernambuco (-4,5%), Região Nordeste (-3,7%), São Paulo (-1,3%) e Maranhão (-1,3%) também mostraram resultados negativos no índice mensal de maio de 2025.
No acumulado no ano, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial cresceu 1,8%, com resultados positivos em nove dos dezoito locais pesquisados. Pará (9,6%) e Paraná (5,7%) assinalaram os maiores avanços no índice acumulado para os cinco primeiros meses do ano, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (minérios de manganês, de cobre e de ferro – em bruto ou beneficiados) e metalurgia (vergalhões de aços ao carbono), no primeiro local; e de veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e autopeças), coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel, gasolina automotiva e querosenes de aviação), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (disjuntores, eletroportáteis domésticos e refrigeradores ou congeladores para uso doméstico) e produtos químicos (herbicidas e inseticidas – ambos para uso na agricultura, ureia, fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK e desodorantes), no segundo.
Santa Catarina (4,8%) e Rio Grande do Sul (4,1%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (1,8%), enquanto Rio de Janeiro (1,7%), Minas Gerais (1,7%), Goiás (1,1%), Bahia (0,6%) e Espírito Santo (0,3%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado no ano.
Por outro lado, Rio Grande do Norte (-17,8%) e Pernambuco (-13,8%) assinalaram recuos de dois dígitos e os mais acentuados no índice acumulado entre janeiro e maio de 2025, pressionados, principalmente, pelo comportamento negativo vindo das atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva e óleo diesel), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gás liquefeito de petróleo), no segundo. Maranhão (-5,6%), Região Nordeste (-3,2%), Mato Grosso do Sul (-2,3%), Mato Grosso (-1,7%), Amazonas (-0,8%), São Paulo (-0,7%) e Ceará (-0,6%) também mostraram resultados negativos no acumulado do ano.
No acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 2,8% em maio de 2025, permaneceu mostrando taxa positiva e assinalou ganho de ritmo frente ao resultado de abril último (2,4%). Em termos regionais, doze dos dezoito locais pesquisados registraram taxas positivas em maio de 2025, mas somente nove apontaram maior dinamismo frente aos índices de abril último. Rio Grande do Sul (de -1,3% para 2,8%), Espírito Santo (de -5,1% para -2,8%), Paraná (de 5,4% para 6,4%), Minas Gerais (de 2,0% para 2,9%), Pará (de 9,0% para 9,7%), Mato Grosso do Sul (de 1,7% para 2,4%) e Amazonas (de 1,0% para 1,7%) assinalaram os principais ganhos entre abril e maio de 2025, enquanto Rio Grande do Norte (de -6,6% para -9,5%), Mato Grosso (de 5,0% para 3,6%) e Bahia (de 3,1% para 1,9%) mostraram as perdas mais acentuadas entre os dois períodos.