Em abril, indústria avança em seis dos 15 locais pesquisados
11/06/2025 09h00 | Atualizado em 13/06/2025 11h04
Com variação positiva de 0,1% na indústria nacional em abril, na série com ajuste sazonal, seis dos 15 locais pesquisados pelo IBGE neste indicador apresentaram taxas positivas.
A expansão mais intensa em abril de 2025 foi registrada em Pernambuco (31,3%), sendo a mais elevada da série histórica.
Região Nordeste (7,2%), Goiás (4,6%), Bahia (0,5%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,1%).
Já Ceará (-3,9%) e Espírito Santo (-3,5%) mostraram os recuos mais elevados nesse mês.
Rio de Janeiro (-1,9%), São Paulo (-1,7%), Mato Grosso (-1,4%), Amazonas (-1,3%), Pará (-0,8%), Minas Gerais (-0,3%) e Paraná (-0,1%) também assinalaram resultados negativos em abril de 2025.
Em relação à média móvel trimestral (0,5%), nove dos 15 locais pesquisados apontaram taxas positivas no trimestre encerrado em abril, com destaque para os avanços mais acentuados registrados por Pernambuco (8,5%), Pará (2,0%), Espírito Santo (1,2%), Rio de Janeiro (1,0%) e Paraná (1,0%).
Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, houve decréscimo de 0,3% no setor industrial do país, com resultados negativos em onze dos 18 locais pesquisados. Dentre eles, Rio Grande do Norte (-12,9%), Mato Grosso do Sul (-9,0%), Rio Grande do Sul (-7,1%), São Paulo (-5,3%), Ceará (-5,3%) assinalaram os avanços mais intensos.
No acumulado no ano de 2025, a alta de 1,4% da indústria nacional foi acompanhada por resultados positivos em oito dos 18 locais pesquisados. Já no acumulado dos últimos 12 meses, o setor industrial avançou 2,4%, com taxas positivas em doze dos 18 locais pesquisados.
Indicadores Conjunturais da Indústria - Resultados Regionais |
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Locais | Variação (%) | |||
Abril 2025/ Março 2025* |
Abril 2025/ Abril 2024 |
Acumulado Janeiro-Abril | Acumulado nos Últimos 12 Meses | |
Amazonas | -1,3 | 3,7 | -1,5 | 1,0 |
Pará | -0,8 | 27,3 | 10,0 | 9,0 |
Região Nordeste | 7,2 | 0,2 | -3,1 | 1,7 |
Maranhão | - | -0,2 | -6,7 | -0,2 |
Ceará | -3,9 | -5,3 | -1,8 | 3,8 |
Rio Grande do Norte | - | -12,9 | -18,2 | -6,6 |
Pernambuco | 31,3 | -3,4 | -15,9 | -1,6 |
Bahia | 0,5 | 3,3 | 2,7 | 3,1 |
Minas Gerais | -0,3 | -0,3 | 0,1 | 1,7 |
Espírito Santo | -3,5 | -5,1 | -5,4 | -5,2 |
Rio de Janeiro | -1,9 | 3,3 | 0,5 | -1,6 |
São Paulo | -1,7 | -5,3 | -0,7 | 1,5 |
Paraná | -0,1 | -0,1 | 5,3 | 5,6 |
Santa Catarina | 0,1 | 0,5 | 6,4 | 7,4 |
Rio Grande do Sul | 0,1 | -7,1 | -1,1 | -1,3 |
Mato Grosso do Sul | - | -9,0 | -3,5 | 1,7 |
Mato Grosso | -1,4 | -2,9 | 1,2 | 3,6 |
Goiás | 4,6 | 4,6 | 0,9 | 0,2 |
Brasil | 0,1 | -0,3 | 1,4 | 2,4 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas* Série com Ajuste Sazonal |
Na variação positiva de 0,1% da produção industrial na passagem de março para abril, na série com ajuste sazonal, seis dos 15 locais pesquisados mostraram taxas positivas. Nesse mês, Pernambuco (31,3%) assinalou avanço de dois dígitos e o mais acentuado, marcando, dessa forma, a expansão mais elevada da série histórica e que foi explicada pela volta à produção de unidades produtivas que estavam (total ou parcialmente) paralisadas nos primeiros meses de 2025. Vale destacar que o resultado deste mês eliminou a queda de 10,1% observada em março de 2025. Região Nordeste (7,2%), Goiás (4,6%), Bahia (0,5%) também apontaram taxas positivas mais intensas do que a média nacional (0,1%), enquanto Rio Grande do Sul (0,1%) e Santa Catarina (0,1%) completaram o conjunto de locais com índices positivos em abril de 2025.
Por outro lado, Ceará (-3,9%) e Espírito Santo (-3,5%) mostraram os recuos mais elevados nesse mês, com o primeiro local eliminando o avanço de 2,8% verificado em março último; e o segundo interrompendo dois meses consecutivos de crescimento na produção, período em que acumulou ganho de 7,4%. Rio de Janeiro (-1,9%), São Paulo (-1,7%), Mato Grosso (-1,4%), Amazonas (-1,3%), Pará (-0,8%), Minas Gerais (-0,3%) e Paraná (-0,1%) também assinalaram resultados negativos em abril de 2025.
O índice de média móvel trimestral para a indústria mostrou variação positiva (0,5%) no trimestre encerrado em abril de 2025 frente ao nível do mês anterior, repetindo o resultado observado em março último, quando interrompeu a trajetória predominantemente descendente iniciada em novembro de 2024. Em termos regionais, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, nove dos quinze locais pesquisados apontaram taxas positivas nesse mês, com destaque para os avanços mais acentuados registrados por Pernambuco (8,5%), Pará (2,0%), Espírito Santo (1,2%), Rio de Janeiro (1,0%) e Paraná (1,0%). Por outro lado, Ceará (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) mostraram os principais recuos em abril de 2025.
Na comparação com abril de 2024, a indústria nacional recuou 0,3% em abril de 2025, com onze dos dezoito locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que abril de 2025 (20 dias) teve 2 dias úteis a menos do que igual mês do ano anterior (22). Nesse mês, Rio Grande do Norte (-12,9%) assinalou recuo de dois dígitos e o mais acentuado, pressionado, principalmente, pelo comportamento negativo observado no setor de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva). Mato Grosso do Sul (-9,0%), Rio Grande do Sul (-7,1%), São Paulo (-5,3%), Ceará (-5,3%), Espírito Santo (-5,1%), Pernambuco (-3,4%) e Mato Grosso (-2,9%) também apontaram taxas negativas mais intensas do que a média nacional (-0,3%), enquanto Minas Gerais (-0,3%), Maranhão (-0,2%) e Paraná (-0,1%) completaram o conjunto de locais com queda na produção no índice mensal de abril de 2025.
Por outro lado, Pará (27,3%) assinalou avanço de dois dígitos e o mais elevado nesse mês, impulsionado, em grande parte, pela atividade de indústrias extrativas (minérios de ferro, de manganês e de cobre – em bruto ou beneficiados). Goiás (4,6%), Amazonas (3,7%), Rio de Janeiro (3,3%), Bahia (3,3%), Santa Catarina (0,5%) e Região Nordeste (0,2%) também mostraram resultados positivos no índice mensal de abril de 2025.
O acumulado no ano de 2025, frente a igual período de 2024, mostrou expansão de 1,4% do setor industrial, com taxas positivas em oito dos 18 locais pesquisados.
Pará (10,0%), Santa Catarina (6,4%) e Paraná (5,3%) assinalaram os avanços mais acentuados no índice acumulado para os quatro primeiros meses do ano, impulsionados, em grande parte, pelas atividades de indústrias extrativas (minérios de manganês, de cobre e de ferro – em bruto ou beneficiados), no primeiro local; de máquinas e equipamentos (partes e peças para válvulas, torneiras e registros, aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola, dispositivos de evaporação para arrefecimento do ar e bombas centrífugas), produtos alimentícios (preparações e conservas de peixes, produtos embutidos ou de salamaria e outras preparações de carnes de suínos e de aves e carnes e miudezas de aves congeladas), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (quadros, painéis, cabines e outros suportes equipados com aparelhos elétricos de interrupção ou proteção, transformadores de dielétrico líquido e refrigeradores ou congeladores para uso doméstico), veículos automotores, reboques e carrocerias (reboques e semirreboques e autopeças) e produtos de metal (esquadrias de alumínio), no segundo; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gasolina automotiva), veículos automotores, reboques e carrocerias (automóveis e autopeças) e produtos químicos (ureia, herbicidas e inseticidas - ambos para uso na agricultura e fertilizantes minerais ou químicos das fórmulas NPK), no terceiro. Bahia (2,7%) também apontou taxa positiva mais intensa do que a média nacional (1,4%), enquanto Mato Grosso (1,2%), Goiás (0,9%), Rio de Janeiro (0,5%) e Minas Gerais (0,1%) completaram o conjunto de locais com crescimento na produção no índice acumulado para o primeiro quadrimestre de 2025.
Por outro lado, Rio Grande do Norte (-18,2%) e Pernambuco (-15,9%) registraram recuos de dois dígitos e os mais elevados no índice acumulado para o período janeiro-abril de 2025, pressionados, principalmente, pelas atividades de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (gasolina automotiva e óleo diesel), no primeiro local; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (óleo diesel e gás liquefeito de petróleo), no segundo.
Maranhão (-6,7%), Espírito Santo (-5,4%), Mato Grosso do Sul (-3,5%), Região Nordeste (-3,1%), Ceará (-1,8%), Amazonas (-1,5%), Rio Grande do Sul (-1,1%) e São Paulo (-0,7%) também mostraram resultados negativos no índice acumulado no ano.
O acumulado nos últimos doze meses, ao avançar 2,4% em abril de 2025, dezesseis dos dezoito locais pesquisados mostraram menor dinamismo frente aos índices de março de 2025. Rio Grande do Norte (de -4,0% para -6,6%), Rio Grande do Sul (de 0,3% para -1,3%), Santa Catarina (de 8,7% para 7,4%), Ceará (de 5,2% para 3,8%), São Paulo (de 2,8% para 1,5%), Pernambuco (de -0,4% para -1,6%), Mato Grosso do Sul (de 2,8% para 1,7%) e Espírito Santo (de -4,2% para -5,2%) assinalaram as principais perdas entre março e abril de 2025, enquanto Pará (de 6,2% para 9,0%) e Bahia (de 2,5% para 3,1%) mostraram os ganhos entre os dois períodos.
IBGE atualiza métodos de ajustamento sazonal de pesquisas conjunturais
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) vai atualizar os parâmetros dos métodos de ajustamento sazonal da Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física (PIM-PF) Brasil, Pesquisa Industrial Mensal: Produção Física (PIM-PF) Regional, Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) e da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS).
Trata-se de procedimento de rotina, realizado pela última vez em abril de 2022, com o objetivo de incorporar os dados disponíveis dos períodos mais recentes. A modelagem estatística aplicada serve para retirar os efeitos sazonal e de calendário das séries temporais dessas pesquisas, o que não implica em alteração dos dados originais.
As íntegras das notas técnica e metodológica de cada pesquisa podem ser acessadas aqui. Para mais informações sobre Ajuste Sazonal de Séries Temporais, acesse aqui. Os resultados da atualização dos métodos de ajustamento sazonal serão disponibilizados na data de divulgação de cada pesquisa: Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Brasil - 3 de junho, às 9 horas; Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional - 11 de junho, às 9 horas; Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) - 12 de junho, às 9h; Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) - 13 de junho, às 9h.