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IPCA-15 é de 0,11% em janeiro

24/01/2025 09h00 | Atualizado em 24/01/2025 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) apresentou variação de 0,11% em janeiro de 2025, 0,23 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa registrada em dezembro de 2024 (0,34%). Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,50%, abaixo dos 4,71% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em janeiro de 2024, o IPCA-15 foi de 0,31%.

Período TAXA
Janeiro de 2025 0,11%
Dezembro de 2024 0,34%
Janeiro de 2024 0,31%
Acumulado no ano 0,11%
Acumulado nos 12 meses 4,50%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram resultado positivo em janeiro. O grupo Alimentação e bebidas apresentou a maior variação, 1,06%, e o maior impacto, 0,23 ponto percentual (p.p.), no índice do mês, seguido do grupo Transportes (1,01% e 0,21 p.p.). Por outro lado, o grupo Habitação (-3,43% e -0,52 p.p) registrou deflação, ajudando a conter o índice de janeiro. Os demais grupos ficaram entre os 0,72% de Artigos de residência e os 0,15% de Comunicação.

IPCA-15 - Grupos - Variação e Impacto
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Dezembro Janeiro Dezembro Janeiro
Índice Geral 0,34 0,11 0,34 0,11
Alimentação e bebidas 1,47 1,06 0,31 0,23
Habitação -1,32 -3,43 -0,20 -0,52
Artigos de residência -0,52 0,72 -0,02 0,03
Vestuário 0,34 0,46 0,02 0,02
Transportes 0,46 1,01 0,09 0,21
Saúde e cuidados pessoais -0,05 0,64 -0,01 0,08
Despesas pessoais 1,36 0,40 0,14 0,04
Educação 0,00 0,25 0,00 0,01
Comunicação 0,08 0,15 0,00 0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

No grupo Alimentação e Bebidas (1,06%), a alimentação no domicílio registrou variação de 1,10% em janeiro. Contribuíram para esse resultado os aumentos do tomate (17,12%) e do café moído (7,07%). No lado das quedas, destacam-se a batata-inglesa (-14,16%) e o leite longa vida (-2,81%).

A alimentação fora do domicílio desacelerou de 1,23% em dezembro para 0,93% em janeiro. Tanto o lanche (0,98%) quanto a refeição (0,96%) tiveram variações inferiores às observadas no mês anterior (1,26% e 1,34%, respectivamente).

No grupo dos Transportes (1,01% e 0,21 p.p.), o subitem passagem aérea subiu 10,25%. Em combustíveis (0,67%), houve aumentos nos preços do etanol (1,56%), do óleo diesel (1,10%), do gás veicular (1,04%) e da gasolina (0,53%).

Ainda em Transportes, o subitem ônibus urbano apresentou variação de 0,46%. Em Curitiba (-2,17%), a partir de 05 de janeiro, a tarifa modal aos domingos passou a custar metade do valor e, em Fortaleza (-0,45%) houve a adoção da tarifa social no dia 31/12/2024.

Foram ainda apropriados os seguintes reajustes nas tarifas: Belo Horizonte (4,00%), devido ao reajuste de 9,52% a partir de 1º de janeiro; Rio de Janeiro (2,79%), dado o reajuste de 9,30% a partir de 5 de janeiro; Salvador (2,48%), com o reajuste de 7,69% a partir de 4 de janeiro; Recife (1,46%), com o reajuste de 4,87% a partir de 5 de janeiro; e São Paulo (-4,24%), com o reajuste de 13,64% a partir de 6 de janeiro. A queda registrada reflete as gratuidades concedidas a toda a população nos dias de feriado de Natal (25/12) e Ano Novo (01/01).

Houve também aumento no táxi (3,08%) no Rio de janeiro, em decorrência do reajuste de 7,83% a partir de 02/01 e, em São Paulo, foram registrados aumentos de 1,00% no trem e no metrô, em razão do reajuste de 4,00% nas passagens a partir de 06 de janeiro. A variação de -1,78% na integração transporte público em São Paulo é reflexo da combinação dos reajustes citados e de gratuidades concedidas a toda população nos dias de feriado de Natal (25/12) e Ano Novo (01/01).

No grupo Habitação (-3,43% e -0,52 p.p.), a energia elétrica residencial foi o subitem com o maior impacto negativo no índice (-0,60 p.p.), ao recuar 15,46% em janeiro. A queda registrada é em decorrência da incorporação do Bônus de Itaipu, creditado nas faturas emitidas no mês de janeiro.

Também em Habitação, o resultado da taxa de água e esgoto (0,86%) é decorrente do reajuste de 9,83% nas tarifas do Rio de Janeiro (5,68%) a partir de 1º de dezembro; do reajuste de 6,42% nas tarifas em Belo Horizonte (2,73%) a partir de 1º de janeiro e do reajuste de 6,45% nas tarifas em Porto Alegre (1,36%) vigente desde 1º de janeiro. A variação de 0,62% no gás encanado ocorre devido ao reajuste de 4,71% nas tarifas no Rio de Janeiro (2,00%).

Em janeiro, IPCA-15 subiu em nove regiões

Quanto aos índices regionais, a maior variação foi observada em Goiânia (0,53%), por conta das altas da gasolina (5,77%) e do etanol (12,29%). Já o menor resultado ocorreu em Porto Alegre (-0,13%) em razão da queda na energia elétrica residencial (-16,84%) e da batata-inglesa (-21,62%).

IPCA-15 Regiões
Região Peso Regional (%) Variação
Mensal (%)
 Variação Acumulada (%) 
Dezembro Janeiro 12 meses
Goiânia 4,96 0,35 0,53 5,17
Salvador 7,19 0,66 0,28 4,60
Brasília 4,84 -0,04 0,26 4,55
Fortaleza 3,88 0,40 0,21 4,36
Curitiba 8,09 0,19 0,16 4,19
Belo Horizonte 10,04 0,41 0,13 5,41
São Paulo 33,45 0,36 0,09 4,73
Recife 4,71 -0,03 0,06 3,91
Belém 4,46 0,56 0,01 4,33
Rio de Janeiro 9,77 0,36 0,00 4,22
Porto Alegre 8,61 0,27 -0,13 3,13
Brasil 100,00 0,34 0,11 4,50
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor.

Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados no período de 13 de dezembro de 2024 a 14 de janeiro de 2025 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 13 de novembro a 12 de dezembro de 2024 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.