Em julho, IPCA vai a 0,38%
09/08/2024 09h00 | Atualizado em 09/08/2024 09h44
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de julho foi de 0,38%, ficando 0,17 ponto percentual (p.p.) acima da taxa registrada em junho (0,21%). No ano, o IPCA acumula alta de 2,87% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, acima dos 4,23% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a variação havia sido de 0,12%.
Período | Taxa |
---|---|
Julho 2024 | 0,38% |
Junho 2024 | 0,21% |
Julho 2023 | 0,12% |
Acumulado no ano | 2,87% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 4,50% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em julho. A maior variação (1,82%) e impacto (0,37 p.p) vieram de Transportes. Na sequência, veio o grupo Habitação (0,77% e 0,12 p.p.). No campo negativo, destaca-se a queda de Alimentação e Bebidas (-1,00% e -0,22 p.p.). Os demais grupos ficaram entre o -0,02% de Vestuário e o 0,52% de Despesas Pessoais.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Junho | Julho | |
Índice Geral | 0,21 | 0,38 | 0,21 | 0,38 |
Alimentação e bebidas | 0,44 | -1,00 | 0,10 | -0,22 |
Habitação | 0,25 | 0,77 | 0,04 | 0,12 |
Artigos de residência | 0,19 | 0,48 | 0,01 | 0,02 |
Vestuário | 0,02 | -0,02 | 0,00 | 0,00 |
Transportes | -0,19 | 1,82 | -0,04 | 0,37 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,54 | 0,22 | 0,07 | 0,03 |
Despesas pessoais | 0,29 | 0,52 | 0,03 | 0,05 |
Educação | 0,06 | 0,08 | 0,00 | 0,00 |
Comunicação | -0,08 | 0,18 | 0,00 | 0,01 |
No grupo Transportes (1,82%), a maior variação veio da passagem aérea (19,39%). Já o maior impacto foi da gasolina (3,15% e 0,16 p.p.). Em relação aos demais combustíveis (3,31%), o etanol (5,90%) e o óleo diesel (1,03%) apresentaram aumento de preços, enquanto o gás veicular (-0,20%) registrou queda.
O resultado do grupo Habitação (0,77%) foi influenciado, principalmente, pela energia elétrica residencial (1,93% e 0,08 p.p.). Em julho, passou a vigorar a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$1,885 a cada 100kwh consumidos. Além disso, houve redução média de -2,43% nas tarifas de uma das concessionárias de energia de São Paulo (0,98%), a partir de 4 de julho.
Ainda em Habitação, o recuo da taxa de água e esgoto (-0,02%) decorre dos seguintes reajustes tarifários: de 9,85% em Brasília (0,60%), a partir de 1º de junho; e redução média de -0,61% em São Paulo (-0,14%), a partir de 23 de julho. No subitem gás encanado
(-0,04%), o resultado do Rio de Janeiro (-0,12%) decorre de apropriação residual da redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho.
Em Alimentação e bebidas (-1,00%), a alimentação no domicílio caiu 1,51% em julho, após alta de 0,47% em junho. Foram observadas quedas nos preços do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), da cebola (-8,97%), da batata inglesa (-7,48%) e das frutas
(-2,84%). No lado das altas, destacam-se o café moído (3,27%), o alho (2,97%) e o pão francês (0,67%).
A alimentação fora do domicílio (0,39%) registrou variação próxima a do mês anterior (0,37%). O subitem lanche acelerou de 0,39% para 0,74%, enquanto a refeição desacelerou de 0,34% para 0,24%.
No que concerne aos índices regionais, as maiores variações ocorreram em São Luís e Rio Branco (0,53%), influenciadas pelas altas da gasolina (5,78% e 2,43%, respectivamente). Por outro lado, as menores variações ocorreram em Salvador e Aracaju (0,18%), por conta do recuo no tomate (-22,31% e -26,00%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
Rio Branco | 0,51 | 0,34 | 0,53 | 2,28 | 4,49 |
São Luís | 1,62 | 0,11 | 0,53 | 4,76 | 5,53 |
São Paulo | 32,28 | 0,29 | 0,52 | 2,88 | 4,74 |
Fortaleza | 3,23 | 0,28 | 0,47 | 3,00 | 5,02 |
Goiânia | 4,17 | 0,50 | 0,43 | 2,89 | 4,50 |
Belém | 3,94 | 0,13 | 0,39 | 2,98 | 4,94 |
Brasília | 4,06 | 0,34 | 0,36 | 2,21 | 5,06 |
Porto Alegre | 8,61 | -0,14 | 0,36 | 2,28 | 3,53 |
Recife | 3,92 | -0,09 | 0,33 | 2,95 | 3,19 |
Curitiba | 8,09 | 0,25 | 0,30 | 2,69 | 3,63 |
Campo Grande | 1,57 | 0,12 | 0,29 | 2,60 | 4,57 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,11 | 0,28 | 2,50 | 4,28 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,46 | 0,26 | 3,91 | 5,67 |
Vitória | 1,86 | 0,05 | 0,25 | 2,39 | 4,34 |
Aracaju | 1,03 | 0,08 | 0,18 | 4,03 | 4,46 |
Salvador | 5,99 | -0,04 | 0,18 | 2,65 | 3,86 |
Brasil | 100,00 | 0,21 | 0,38 | 2,87 | 4,50 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de maio a 28 de junho de 2024 (base).
INPC foi de 0,26% em julho
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC foi de 0,26% em julho, ficando 0,01 p.p. acima do resultado de junho (0,25%). No ano, o INPC acumula alta de 2,95% e, nos últimos 12 meses, de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em julho de 2023, a taxa havia sido de -0,09%.
Os produtos alimentícios caíram 0,95% em julho, após alta de 0,44% em junho. Por sua vez, a variação dos não alimentícios acelerou de 0,19% em junho para 0,65% em julho.
Quanto aos índices regionais, São Luís apresentou a maior variação (0,48%), por conta da alta da gasolina (5,78%). Já a menor variação foi observada em Salvador (0,02%), por conta do recuo do tomate (-22,31%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Junho | Julho | Ano | 12 meses | ||
São Luís | 3,47 | 0,11 | 0,48 | 4,56 | 5,25 |
Rio Branco | 0,72 | 0,40 | 0,40 | 2,68 | 4,58 |
Fortaleza | 5,16 | 0,28 | 0,39 | 2,91 | 4,73 |
Goiânia | 4,43 | 0,52 | 0,37 | 2,85 | 4,56 |
Belém | 6,95 | 0,22 | 0,36 | 3,27 | 5,04 |
São Paulo | 24,60 | 0,38 | 0,35 | 2,72 | 3,75 |
Porto Alegre | 7,15 | -0,16 | 0,34 | 2,69 | 3,41 |
Curitiba | 7,37 | 0,34 | 0,32 | 2,79 | 3,39 |
Brasília | 1,97 | 0,58 | 0,27 | 2,38 | 4,42 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,20 | 0,22 | 2,29 | 3,85 |
Campo Grande | 1,73 | 0,05 | 0,20 | 2,53 | 4,00 |
Recife | 5,60 | -0,08 | 0,14 | 2,87 | 2,63 |
Aracaju | 1,29 | 0,19 | 0,11 | 4,15 | 4,08 |
Vitória | 1,91 | 0,13 | 0,09 | 2,69 | 3,74 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,58 | 0,08 | 4,27 | 5,66 |
Salvador | 7,92 | -0,12 | 0,02 | 2,47 | 3,49 |
Brasil | 100,00 | 0,25 | 0,26 | 2,95 | 4,06 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de junho a 29 de julho de 2024 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de maio a 28 de junho de 2024 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.