IPCA chega a 0,56% em dezembro e fecha o ano em 4,62%
11/01/2024 09h00 | Atualizado em 11/01/2024 09h25
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro foi de 0,56% e ficou 0,28 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de novembro (0,28%). Em dezembro de 2022, a variação havia sido de 0,62%. O IPCA fechou o ano com alta acumulada de 4,62%.
Período | Taxa |
---|---|
Dezembro de 2023 | 0,56% |
Novembro de 2023 | 0,28% |
Dezembro de 2022 | 0,62% |
Acumulado no ano /12 meses | 4,62% |
Todos os grupos de produtos e serviços pesquisados tiveram alta em dezembro. A maior variação (1,11%) eo maior impacto (0,23 p.p.) vieram do grupo Alimentação e bebidas, que acelerou em relação a novembro (0,63%). A segunda maior contribuição (0,10 p.p.) veio de Transportes, com alta de 0,48%. A segunda maior variação, por sua vez, foi de Artigos de residência (0,76%), após recuar 0,42% em novembro. O grupo Habitação (0,34%) desacelerou ante o mês anterior (0,48%). Os demais grupos ficaram entre o 0,04% de Comunicação e o 0,70% de Vestuário.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Novembro | Dezembro | Novembro | Dezembro | |
Índice Geral | 0,28 | 0,56 | 0,28 | 0,56 |
Alimentação e bebidas | 0,63 | 1,11 | 0,13 | 0,23 |
Habitação | 0,48 | 0,34 | 0,07 | 0,05 |
Artigos de residência | -0,42 | 0,76 | -0,01 | 0,03 |
Vestuário | -0,35 | 0,7 | -0,02 | 0,03 |
Transportes | 0,27 | 0,48 | 0,06 | 0,1 |
Saúde e cuidados pessoais | 0,08 | 0,35 | 0,01 | 0,05 |
Despesas pessoais | 0,58 | 0,48 | 0,06 | 0,05 |
Educação | 0,02 | 0,24 | 0 | 0,02 |
Comunicação | -0,5 | 0,04 | -0,02 | 0 |
O grupo Alimentação e bebidas registrou alta de 1,11% em dezembro, após subir 0,63% em novembro. A alimentação no domicílio subiu 1,34%, influenciada pelas altas da batata-inglesa (19,09%), feijão-carioca (13,79%), arroz (5,81%) e frutas (3,37%). Já o leite longa vida recuou pelo sétimo mês consecutivo (-1,26%).
A alimentação fora do domicílio (0,53%) acelerou em relação ao mês anterior (0,32%). Tanto o lanche (0,74%) como a refeição (0,48%) tiveram altas mais intensas que as de em novembro (0,20% e 0,34%, respectivamente).
No grupo Habitação (0,34%), a energia elétrica residencial subiu 0,54%, influenciada pelos reajustes de 13,00% em Rio Branco (7,62%), a partir de 13 de dezembro e de -1,41% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (0,72%), a partir de 22 de novembro.
Ainda em Habitação, a alta da taxa de água e esgoto (0,85%) foi influenciada pelos seguintes reajustes: de 15,76% em Belém (15,76%), a partir de 28 de novembro; de 4,97% em uma das concessionárias pesquisadas em Porto Alegre (2,46%), a partir de 1º de dezembro; e de 10,23% no Rio de Janeiro (2,45%), a partir de 8 de novembro. Já o subitem gás encanado subiu 1,25%, por conta do reajuste de 3,30% em São Paulo (2,27%), a partir de 10 de dezembro e do reajuste médio de 0,98% aplicado no Rio de Janeiro (0,03%), com vigência a partir de 1º de novembro.
No grupo dos Transportes (0,48%), o resultado foi influenciado pelo aumento nos preços das passagens aéreas (8,87%), subitem com a maior contribuição individual (0,08 p.p.) no índice do mês. Por sua vez, todos os combustíveis (-0,50%) pesquisados registraram queda de preços: óleo diesel (-1,96%), etanol (-1,24%), gasolina (-0,34%) e gás veicular (-0,21%).
Ainda em Transportes, a variação do ônibus urbano (-0,61%) foi influenciada pela gratuidade nas tarifas aos domingos em São Paulo (-4,17%), a partir de 17 de dezembro. Além disso, houve reajuste de 6,12% em Salvador (2,55%), a partir de 13 de novembro, e de 16,67% em Belo Horizonte (0,67%), a partir de 29 de dezembro.
Nos índices regionais, somente Aracaju (-0,29%) teve variação negativa em dezembro, influenciado pela queda nos preços da gasolina (-11,53%). Já a maior variação foi registrada em Rio Branco (0,90%), por conta da alta da energia elétrica (7,62%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
---|---|---|---|---|
Novembro | Dezembro | Ano | ||
Rio Branco | 0,51 | 0,04 | 0,9 | 4,62 |
Salvador | 5,99 | -0,17 | 0,84 | 4,48 |
Fortaleza | 3,23 | 0,31 | 0,83 | 4,88 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,27 | 0,8 | 5,05 |
Brasília | 4,06 | 0,4 | 0,78 | 5,5 |
Belém | 3,94 | 0,14 | 0,73 | 4,82 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,57 | 0,65 | 4,29 |
Vitória | 1,86 | 0,4 | 0,58 | 5,1 |
São Paulo | 32,28 | 0,42 | 0,54 | 4,97 |
Goiânia | 4,17 | 0,31 | 0,44 | 3,82 |
Campo Grande | 1,57 | 0,47 | 0,43 | 4,76 |
São Luís | 1,62 | -0,39 | 0,43 | 1,7 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,34 | 0,43 | 4,63 |
Curitiba | 8,09 | -0,04 | 0,26 | 4,18 |
Recife | 3,92 | -0,29 | 0,21 | 3,18 |
Aracaju | 1,03 | 0,19 | -0,29 | 3,94 |
Brasil | 100 | 0,28 | 0,56 | 4,62 |
INPC tem alta de 0,55% em dezembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC teve alta de 0,55% em dezembro, 0,45 p.p. acima do resultado de novembro (0,10%). Em dezembro de 2022, a taxa foi de 0,69%.
Os produtos alimentícios passaram de 0,57% de variação em novembro para 1,20% em dezembro. A variação dos não alimentícios também foi maior: 0,35% em dezembro frente à queda de 0,05% no mês anterior.
Quanto aos índices regionais, somente Aracaju (-0,22%) teve variação negativa em dezembro, influenciado pela queda nos preços da gasolina (-11,53%). A maior variação ocorreu em Belo Horizonte (0,85%), puxada pelas altas da batata-inglesa (29,15%) e da banana-prata (15,81%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | |
---|---|---|---|---|
Novembro | Dezembro | Ano | ||
Belo Horizonte | 10,35 | 0,23 | 0,85 | 4,5 |
Fortaleza | 5,16 | 0,33 | 0,83 | 4,87 |
Salvador | 7,92 | -0,22 | 0,8 | 3,76 |
Rio Branco | 0,72 | -0,05 | 0,75 | 4,52 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,46 | 0,71 | 3,46 |
Brasília | 1,97 | 0,15 | 0,61 | 3,85 |
Goiânia | 4,43 | 0,38 | 0,61 | 3,54 |
Belém | 6,95 | 0 | 0,61 | 4,97 |
São Paulo | 24,6 | 0,17 | 0,47 | 3,43 |
São Luís | 3,47 | -0,45 | 0,45 | 1,62 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,2 | 0,44 | 3,68 |
Vitória | 1,91 | 0,15 | 0,4 | 3,68 |
Campo Grande | 1,73 | 0,43 | 0,36 | 4,2 |
Recife | 5,6 | -0,42 | 0,26 | 2,39 |
Curitiba | 7,37 | -0,17 | 0,25 | 3,88 |
Aracaju | 1,29 | 0 | -0,22 | 3,3 |
Brasil | 100 | 0,1 | 0,55 | 3,71 |
IPCA fecha ano com alta de 4,62%
O IPCA encerrou o ano com variação acumulada de 4,62%, abaixo dos 5,79% registrados em 2022. O resultado de 2023 foi influenciado principalmente pelo grupo Transportes (7,14%), que teve o maior impacto (1,46 p.p.) no acumulado do ano. Na sequência, vieram Saúde e cuidados pessoais (6,58%) e Habitação (5,06%), com impactos de 0,86 p.p. e 0,77 p.p., respectivamente. Alimentação e bebidas, grupo de maior peso no IPCA, subiu 1,03% no ano.
Mês | Variação (%) | ||
---|---|---|---|
Mês | Trimestre | Ano | |
Janeiro | 0,53 | 0,53 | |
Fevereiro | 0,84 | 1,37 | |
Março | 0,71 | 2,09 | 2,09 |
Abril | 0,61 | 2,72 | |
Maio | 0,23 | 2,95 | |
Junho | -0,08 | 0,76 | 2,87 |
Julho | 0,12 | 2,99 | |
Agosto | 0,23 | 3,23 | |
Setembro | 0,26 | 0,61 | 3,5 |
Outubro | 0,24 | 3,75 | |
Novembro | 0,28 | 4,04 | |
Dezembro | 0,56 | 1,08 | 4,62 |
Nos Transportes, destaca-se a alta da gasolina (12,09%), subitem de maior peso entre os 377 subitens que compõem o IPCA e responsável pelo maior impacto (0,56 p.p.) em 2023. Na sequência, veio o subitem emplacamento e licença (21,22% e 0,53 p.p.). Outra alta importante foi das passagens aéreas, que subiram 47,24% e contribuíram com 0,32 p.p. no acumulado do ano. Os preços dos automóveis novos (2,37%) subiram em ritmo menor que no ano anterior (8,19%) e os automóveis usados (-4,80%) tiveram recuo em 2023.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
2022 | 2023 | 2022 | 2023 | |
Índice Geral | 5,79 | 4,62 | 5,79 | 4,62 |
Alimentação e bebidas | 11,64 | 1,03 | 2,41 | 0,23 |
Habitação | 0,07 | 5,06 | 0,01 | 0,77 |
Artigos de residência | 7,89 | 0,27 | 0,31 | 0,01 |
Vestuário | 18,02 | 2,92 | 0,78 | 0,14 |
Transportes | -1,29 | 7,14 | -0,28 | 1,46 |
Saúde e cuidados pessoais | 11,43 | 6,58 | 1,42 | 0,86 |
Despesas pessoais | 7,77 | 5,42 | 0,77 | 0,55 |
Educação | 7,48 | 8,24 | 0,42 | 0,46 |
Comunicação | -1,02 | 2,89 | -0,05 | 0,14 |
Em Saúde e cuidados pessoais (6,58%), a maior contribuição (0,43 p.p.) veio do plano de saúde (11,52%). Em junho, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) fixou o teto para reajuste dos planos individuais novos (posteriores à lei nº 9.656/98) em 9,63% para o período de maio de 2023 a abril de 2024. A partir de outubro, foram incorporadas as frações referentes aos planos antigos, com vigência retroativa a partir de julho. Destaca-se, ainda, a alta de 5,83% dos produtos farmacêuticos. Em 31 de março de 2023, passou a valer o reajuste de até 5,60% nos preços dos medicamentos.
Em Habitação (5,06%), a principal contribuição positiva veio da energia elétrica residencial (9,52% e 0,37 p.p.). Cabe ressaltar que vigorou, ao longo de todo o ano de 2023, a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional nas faturas. Outros destaques foram a taxa de água e esgoto (10,08%), o condomínio (6,74%) e o aluguel residencial (3,21%). Por outro lado, houve queda de 6,89% no gás de botijão, com impacto de -0,10 p.p. no índice acumulado do ano.
O resultado do grupo Alimentação e bebidas (1,03%) foi influenciado pela queda nos preços da alimentação no domicílio (-0,52%). Os destaques foram óleo de soja (-28,00% e -0,09 p.p.), frango em pedaços (-10,12% e -0,07 p.p.) e as carnes (-9,37% e -0,27 p.p.). Os preços do óleo de soja recuaram em dez dos 12 meses de 2023. Os preços das carnes e do frango em pedaços caíram de janeiro a setembro e, a partir de outubro, voltaram a registrar alta.
A alimentação fora do domicílio, por sua vez, subiu 5,31%. Enquanto a refeição teve aumento de 4,34%, a alta do lanche foi de 7,24%.
Nos índices regionais, Brasília (5,50%) foi a área com a maior variação em 2023, influenciada principalmente pelas altas das passagens aéreas (93,57%), plano de saúde (11,79%) e gasolina (9,44%). O menor resultado foi em São Luís (1,70%), puxado pelas quedas nos preços das carnes (-13,52%) e do gás de botijão (-15,40%).
Região | Peso Regional (%) | Variação anual (%) | |
---|---|---|---|
2022 | 2023 | ||
Brasília | 4,06 | 6,26 | 5,5 |
Vitória | 1,86 | 5,03 | 5,1 |
Belo Horizonte | 9,69 | 4,64 | 5,05 |
São Paulo | 32,28 | 6,61 | 4,97 |
Fortaleza | 3,23 | 5,76 | 4,88 |
Belém | 3,94 | 5,56 | 4,82 |
Campo Grande | 1,57 | 5,16 | 4,76 |
Porto Alegre | 8,61 | 3,61 | 4,63 |
Rio Branco | 0,51 | 5,7 | 4,62 |
Salvador | 5,99 | 6,29 | 4,48 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 6,65 | 4,29 |
Curitiba | 8,09 | 5,26 | 4,18 |
Aracaju | 1,03 | 6,03 | 3,94 |
Goiânia | 4,17 | 4,77 | 3,82 |
Recife | 3,92 | 5,8 | 3,18 |
São Luís | 1,62 | 6,1 | 1,7 |
Brasil | 100 | 5,79 | 4,62 |
INPC tem alta de 3,71% no ano
A alta acumulada do INPC em 2023 foi de 3,71%, abaixo dos 5,93% registrados em 2022. Os alimentícios tiveram alta de 0,33%, enquanto os não alimentícios variaram 4,83%. Em 2022, o grupo Alimentação e bebidas havia subido 11,91%, enquanto os não alimentícios subiam 4,08%. A tabela a seguir apresenta os resultados por grupo de produtos e serviços.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
2022 | 2023 | 2022 | 2023 | |
Índice Geral | 5,93 | 3,71 | 5,93 | 3,71 |
Alimentação e bebidas | 11,91 | 0,33 | 2,81 | 0,08 |
Habitação | 0,45 | 4,72 | 0,08 | 0,81 |
Artigos de residência | 8,08 | -0,02 | 0,38 | 0 |
Vestuário | 18,29 | 2,97 | 0,93 | 0,17 |
Transportes | -2,15 | 6,03 | -0,45 | 1,15 |
Saúde e cuidados pessoais | 12,99 | 5,46 | 1,39 | 0,63 |
Despesas pessoais | 7,85 | 5,34 | 0,59 | 0,41 |
Educação | 7,57 | 8,1 | 0,31 | 0,33 |
Comunicação | -2,04 | 2,63 | -0,11 | 0,13 |
Nos índices regionais, a maior taxa ficou com a região metropolitana de Belém (4,97%), por conta das altas do emplacamento e licença (28,69%) e da gasolina (15,16%). A menor variação ocorreu em São Luís (1,62%), cujo resultado foi influenciado pelo recuo nos preços das carnes (-12,59%) e do gás de botijão (-15,40%).
Região | Peso Regional (%) | Variação anual (%) | |
---|---|---|---|
2022 | 2023 | ||
Belém | 6,95 | 5,54 | 4,97 |
Fortaleza | 5,16 | 6,05 | 4,87 |
Rio Branco | 0,72 | 5,22 | 4,52 |
Belo Horizonte | 10,35 | 4,73 | 4,5 |
Campo Grande | 1,73 | 5,13 | 4,2 |
Curitiba | 7,37 | 4,5 | 3,88 |
Brasília | 1,97 | 5,67 | 3,85 |
Salvador | 7,92 | 7,02 | 3,76 |
Vitória | 1,91 | 4,47 | 3,68 |
Porto Alegre | 7,15 | 3,05 | 3,68 |
Goiânia | 4,43 | 5,61 | 3,54 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 6,45 | 3,46 |
São Paulo | 24,6 | 7,22 | 3,43 |
Aracaju | 1,29 | 6,53 | 3,3 |
Recife | 5,6 | 6,41 | 2,39 |
São Luís | 3,47 | 6,72 | 1,62 |
Brasil | 100 | 5,93 | 3,71 |
Para o cálculo dos índices, foram comparados os preços coletados no período de 1º de dezembro a 29 de dezembro de 2023 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de outubro a 30 de novembro de 2023 (base).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Já o INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange os mesmos locais do IPCA.