IPCA foi de 0,41% em novembro
09/12/2022 09h00 | Atualizado em 09/12/2022 10h40
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de novembro teve alta de 0,41%, 0,18 ponto percentual (p.p.) abaixo do resultado de outubro (0,59%). No ano, o IPCA acumula alta de 5,13% e, nos últimos 12 meses, de 5,90%, abaixo dos 6,47% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa havia sido de 0,95%.
Período | Taxa |
---|---|
Novembro 2022 | 0,41% |
Outubro 2022 | 0,59% |
Novembro 2021 | 0,95% |
Acumulado no ano | 5,13% |
Acumulado nos últimos 12 meses | 5,90% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. Os maiores impactos no índice do mês vieram de Transportes (0,83%) e Alimentação e bebidas (0,53%), com 0,17 p.p. e 0,12 p.p., respectivamente. Juntos, os dois grupos contribuíram com cerca de 71% do IPCA de novembro. A maior variação, por sua vez, veio de Vestuário (1,10%), cujo resultado ficou acima de 1% pelo quarto mês consecutivo. O grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) desacelerou em relação a outubro (1,16%) e ficou próximo da estabilidade, enquanto Habitação (0,51%) superou o mês anterior (0,34%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,68% em Artigos de residência e a alta de 0,21% em Despesas pessoais.
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Outubro | Novembro | |
Índice Geral | 0,59 | 0,41 | 0,59 | 0,41 |
Alimentação e bebidas | 0,72 | 0,53 | 0,16 | 0,12 |
Habitação | 0,34 | 0,51 | 0,05 | 0,08 |
Artigos de residência | 0,39 | -0,68 | 0,01 | -0,03 |
Vestuário | 1,22 | 1,10 | 0,06 | 0,05 |
Transportes | 0,58 | 0,83 | 0,12 | 0,17 |
Saúde e cuidados pessoais | 1,16 | 0,02 | 0,15 | 0,01 |
Despesas pessoais | 0,57 | 0,21 | 0,06 | 0,02 |
Educação | 0,18 | 0,02 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | -0,48 | -0,14 | -0,03 | -0,01 |
A alta dos Transportes (0,83%) deve-se principalmente ao aumento dos combustíveis (3,29%), que haviam recuado 1,27% em outubro. Os preços do etanol (7,57%), da gasolina (2,99%) e do óleo diesel (0,11%) subiram em novembro. A exceção foi o gás veicular, com queda de 1,77%. A gasolina exerceu o maior impacto individual no índice do mês (0,14 p.p.). Além dos combustíveis, destacam-se as altas de emplacamento e licença (1,72%), automóvel novo (0,50%) e seguro voluntário de veículo (0,97%), que contribuíram conjuntamente com 0,07 p.p. No lado das quedas, os preços das passagens aéreas recuaram 9,80%, após as altas de 8,22% em setembro e 27,38% em outubro.
O grupo Alimentação e bebidas teve alta de 0,53%, puxado pelos alimentos para consumo no domicílio (0,58%). As maiores variações vieram da cebola (23,02%) e do tomate (15,71%), cujos preços já haviam subido em outubro (9,31% e 17,63%, respectivamente). Além disso, houve alta nos preços das frutas (2,91%) e do arroz (1,46%).
O destaque no lado das quedas foi o leite longa vida (-7,09%), assim como já havia acontecido nos meses anteriores. No ano, a variação acumulada do produto, que chegou a 77,84% em julho, está agora em 31,20%. Houve recuo também nos preços do frango em pedaços (-1,75%) e do queijo (-1,38%).
A variação da alimentação fora do domicílio (0,39%) ficou abaixo do mês anterior (0,49%). Enquanto a refeição desacelerou de 0,61% em outubro para 0,36% em novembro, o lanche seguiu caminho inverso, passando de 0,30% para 0,42%.
No grupo Vestuário (1,10%), todos os itens tiveram variação positiva, exceto joias e bijuterias (-0,10%). Os destaques foram as roupas femininas (1,46%) e infantis (1,34%), além dos calçados e acessórios (1,03%). Em 12 meses, o grupo acumula alta de 18,65%.
A desaceleração no grupo Saúde e cuidados pessoais (0,02%) decorre principalmente da mudança de comportamento nos preços dos artigos de higiene pessoal, que passaram de alta de 2,28% em outubro para queda de 0,98% em novembro. Dois subitens se destacam: perfumes (-4,87%) e artigos de maquiagem (-3,24%). No lado das altas, a maior contribuição veio dos planos de saúde (1,20%), com 0,04 p.p. de impacto.
O resultado do grupo Habitação (0,51%) foi puxado pelas altas do aluguel residencial (0,80%) e da energia elétrica residencial (0,56%). No caso da energia elétrica, as áreas tiveram variações entre -2,93% em Vitória até 19,85% em Brasília, onde as tarifas para os clientes residenciais de baixa tensão foram reajustadas em 21,54%, a partir de 3 de novembro.
Também houve reajuste de 3,62% em uma das concessionárias de Porto Alegre (0,56%), vigente desde 22 de novembro. Outro destaque no grupo foi a taxa de água e esgoto (0,58%), que variou positivamente devido aos reajustes de 11,82% no Rio de Janeiro (7,88%), vigente desde 8 de novembro, e de 10,15% em Belém (0,61%), em vigor desde 28 de novembro.
Ainda em Habitação, cabe ressaltar as quedas do gás de botijão (-0,37%) e do gás encanado (-0,70%). O preço do botijão de 13 kg vendido nas refinarias foi reduzido em 5,28% a partir do dia 17 de novembro. No caso do gás encanado, houve redução de 2,47% na tarifa cobrada no Rio de Janeiro (-2,17%), válida desde 1º de novembro.
Todas as áreas tiveram variação positiva em novembro. O maior índice foi o de Brasília (1,03%), por conta da alta da energia elétrica (19,85%). Já a menor variação foi em Vitória (0,09%), especialmente por conta da queda de 22,25% nos preços das passagens aéreas.
Região | Peso Regional (%) |
Variação (%) | Variação Acumulada (%) |
||
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Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Brasília | 4,06 | 0,87 | 1,03 | 5,73 | 6,22 |
Goiânia | 4,17 | 0,53 | 0,95 | 4,20 | 4,80 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,54 | 0,54 | 3,89 | 4,67 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,76 | 0,42 | 3,04 | 3,90 |
São Paulo | 32,28 | 0,66 | 0,40 | 5,95 | 6,69 |
Recife | 3,92 | 0,95 | 0,39 | 4,88 | 5,98 |
São Luís | 1,62 | 0,71 | 0,36 | 5,05 | 6,03 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,41 | 0,34 | 6,30 | 7,04 |
Fortaleza | 3,23 | 0,61 | 0,28 | 5,12 | 5,70 |
Campo Grande | 1,57 | 0,47 | 0,27 | 4,77 | 5,27 |
Salvador | 5,99 | 0,61 | 0,26 | 5,88 | 6,97 |
Curitiba | 8,09 | 0,20 | 0,23 | 4,47 | 5,01 |
Rio Branco | 0,51 | 0,44 | 0,12 | 4,32 | 5,56 |
Aracaju | 1,03 | 0,58 | 0,12 | 5,33 | 6,30 |
Belém | 3,94 | 0,51 | 0,10 | 4,46 | 5,46 |
Vitória | 1,86 | 0,60 | 0,09 | 4,35 | 5,12 |
Brasil | 100,00 | 0,59 | 0,41 | 5,13 | 5,90 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2022 (base). O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
INPC tem alta de 0,38% em novembro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) teve alta de 0,38% em novembro, 0,09 p.p. abaixo do resultado de outubro (0,47%). No ano, o indicador acumula alta de 5,21% e, nos últimos 12 meses, de 5,97%, abaixo dos 6,46% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2021, a taxa foi de 0,84%.
Os produtos alimentícios passaram de 0,60% em outubro para 0,55% em novembro. Os preços dos não alimentícios também subiram menos, indo de 0,43% em outubro para 0,32% em novembro.
Nos índices regionais, apenas Aracaju (-0,04%) teve variação negativa em novembro, principalmente devido à redução nos preços do leite longa vida (-13,03%). Já a maior variação ocorreu em Brasília (1,20%), puxada pela alta da energia elétrica (19,36%).
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Outubro | Novembro | Ano | 12 meses | ||
Brasília | 1,97 | 0,66 | 1,20 | 5,06 | 5,58 |
Goiânia | 4,43 | 0,42 | 0,95 | 4,82 | 5,53 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,45 | 0,63 | 3,86 | 4,66 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,57 | 0,48 | 2,45 | 3,34 |
São Paulo | 24,60 | 0,48 | 0,37 | 6,49 | 7,13 |
Rio de Janeiro | 9,38 | 0,42 | 0,34 | 6,23 | 6,94 |
Recife | 5,60 | 0,88 | 0,31 | 5,45 | 6,57 |
São Luís | 3,47 | 0,71 | 0,29 | 5,63 | 6,68 |
Fortaleza | 5,16 | 0,60 | 0,29 | 5,28 | 5,90 |
Campo Grande | 1,73 | 0,45 | 0,23 | 4,81 | 5,28 |
Salvador | 7,92 | 0,48 | 0,21 | 6,41 | 7,67 |
Curitiba | 7,37 | 0,07 | 0,21 | 3,71 | 4,01 |
Belém | 6,95 | 0,25 | 0,15 | 4,55 | 5,46 |
Rio Branco | 0,72 | 0,25 | 0,12 | 3,77 | 4,85 |
Vitória | 1,91 | 0,45 | 0,10 | 3,80 | 4,31 |
Aracaju | 1,29 | 0,58 | -0,04 | 5,83 | 6,80 |
Brasil | 100,00 | 0,47 | 0,38 | 5,21 | 5,97 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 28 de outubro a 29 de novembro de 2022 (referência) com os preços vigentes no período de 29 de setembro a 27 de outubro de 2022 (base). O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.