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Desocupação fica estável em 21 das 27 UFs no terceiro trimestre de 2022

17/11/2022 09h00 | Atualizado em 17/11/2022 09h06

A taxa de desocupação do país no terceiro trimestre de 2022 foi de 8,7%, recuando 0,6 ponto percentual (p.p.) ante o segundo trimestre de 2022 (9,3%) e caindo 3,9 p.p. frente ao mesmo trimestre de 2021 (12,6%). Em relação ao trimestre anterior, a taxa de desocupação recuou em seis das 27 unidades da federação, mantendo-se estável nas outras 21. Houve queda da taxa de desocupação em todas as regiões na comparação com o trimestre anterior. O Nordeste permaneceu com a maior taxa (12,0%), e o Sul, a menor (5,2%).

As maiores taxas de desocupação foram da Bahia (15,1%), Pernambuco (13,9%) e Rio de Janeiro (12,3%), e as menores, de Rondônia (3,9%), Mato Grosso (3,8%) e Santa Catarina (3,8%).

A taxa de desocupação por sexo foi de 6,9% para os homens e 11,0% para as mulheres no terceiro trimestre de 2022. Já a taxa de desocupação por cor ou raça ficou abaixo da média nacional (8,7%) para os brancos (6,8%) e acima para os pretos (11,1%) e pardos (10,0%).

A taxa de desocupação para as pessoas com ensino médio incompleto (15,3%) foi maior que as taxas dos demais níveis de instrução analisados. Para as pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi de 9,1%, mais que o dobro da verificada para o nível superior completo (4,1%).

No terceiro trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho (percentual de pessoas desocupadas, subocupadas por insuficiência de horas trabalhadas e na força de trabalho potencial em relação à força de trabalho ampliada) foi de 20,1%. Piauí (40,6%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (36,1%) e Bahia (33,7%). As menores taxas de subutilização ficaram com Santa Catarina (6,8%), Rondônia (9,1%) e Mato Grosso (10,5%).

O número de desalentados no terceiro trimestre de 2022 foi de 4,3 milhões de pessoas. O maior número estava na Bahia (602 mil desalentados).

O percentual de desalentados (frente à população na força de trabalho ou desalentada) no terceiro tri de 2022 foi de 3,8%. Alagoas (17,3%) e Piauí (13,3%) tinham os maiores percentuais e Santa Catarina (0,5%) e Rondônia (1,2%), os menores.

No terceiro trimestre de 2022, no Brasil, 16,6% dos desocupados buscavam por trabalho há menos de um mês, 44,5% buscavam de um mês a menos de um ano, 11,7% de um ano a menos de dois anos e 27,2% (ou 2,6 milhões de pessoas) há dois anos ou mais.

O percentual de empregados com carteira assinada no setor privado foi de 73,3%. O Norte (57,7%) e o Nordeste (57,3%) registraram patamares inferiores aos das demais regiões, enquanto o Sul (82,7%) apresentou o maior patamar entre elas.

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,9%. Os maiores percentuais eram de Rondônia (37,4%), Amapá (34,7%) e Amazonas (32,4%) e os menores, de Goiás (23,2%), Mato Grosso do Sul (22,0%) e Distrito Federal (21,1%).

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,4% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (60,5%), Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%) e as menores, com São Paulo (30,6%), Distrito Federal (29,8%) e Santa Catarina (25,9%).

O rendimento médio real mensal habitual foi de R$ 2.737, crescendo frente ao segundo tri de 2022 (R$ 2.640) e ao mesmo trimestre de 2021 (R$ 2.670). Frente ao segundo trimestre de 2022, houve aumento em todas as regiões. Já em relação ao terceiro trimestre de 2021, houve expansão do rendimento no Sul e Centro-Oeste, enquanto as demais regiões permaneceram estáveis.

Taxa de desocupação recua em seis UFs e fica estável nas outras 21

Frente ao 2º trimestre de 2022, a taxa de desocupação caiu em seis unidades da federação e ficou estável nas demais UFs. Destaque para o Acre, que saiu de 11,9% para 10,1%; Ceará (de 10,4% para 8,6%) e Rondônia (5,8% para 3,9%).

Taxa de desocupação, por UF, frente ao trimestre anterior (%) - 3° trimestre de 2022
UF 2T 2022 3T 2022 situação
Bahia 15,5 15,1
Pernambuco 13,6 13,9
Rio de Janeiro 12,6 12,3
Sergipe 12,7 12,1
Distrito Federal 11,5 10,9
Paraíba 12,2 10,9
Amapá 11,4 10,8
Rio Grande do Norte 12,0 10,5
Alagoas 11,1 10,1
Amazonas 10,4 9,4
Piauí 9,4 9,2
Pará 9,1 8,8
São Paulo 9,2 8,6
Espírito Santo 8,0 7,3
Goiás 6,8 6,1
Rio Grande do Sul 6,3 6,0
Tocantins 5,5 5,6
Mato Grosso do Sul 5,2 5,1
Roraima 6,2 4,9
Mato Grosso 4,4 3,8
Santa Catarina 3,9 3,8
Brasil 9,3 8,7
Paraná 6,1 5,3
Minas Gerais 7,2 6,3
Maranhão 10,8 9,7
Acre 11,9 10,1
Ceará 10,4 8,6
Rondônia 5,8 3,9

Piauí tem a maior taxa de subutilização (40,6%) e Santa Catarina, a menor (6,8%)

No 3° trimestre de 2022, a taxa composta de subutilização da força de trabalho foi de 20,1%. O Piauí (40,6%) teve a maior taxa, seguido por Sergipe (36,1%) e Bahia (33,7%). Já as menores taxas ficaram com Santa Catarina (6,8%), Rondônia (9,1%) e Mato Grosso (10,5%).

Taxa composta de subutilização da força de trabalho por UF (%) – 3° trimestre de 2022

Rondônia tem a maior proporção de conta própria (37,4%) e DF a menor (21,1%)

O percentual da população ocupada do país trabalhando por conta própria foi de 25,9%. Os maiores percentuais foram de Rondônia (37,4%), Amapá (34,7%) e Amazonas (32,4%) e os menores, do Distrito Federal (21,1%), Mato Grosso do Sul (22,0%) e Goiás (23,2%).

Percentual de pessoas ocupadas como conta própria, por UF (%) - 3° trimestre 2022
UF Valor
Distrito Federal 21,1
Mato Grosso do Sul 22,0
Goiás 23,2
São Paulo 23,3
Paraná 23,7
Tocantins 24,4
Minas Gerais 24,4
Mato Grosso 24,4
Santa Catarina 24,6
Espírito Santo 24,8
Roraima 25,0
Rio Grande do Sul 25,5
Alagoas 25,8
Sergipe 25,8
Brasil 25,9
Rio Grande do Norte 26,1
Piauí 27,3
Acre 27,6
Rio de Janeiro 27,9
Bahia 28,0
Paraíba 28,1
Ceará 28,6
Maranhão 30,8
Pará 31,6
Pernambuco 31,8
Amazonas 32,4
Amapá 34,7
Rondônia 37,4

MA tem menor percentual de (47,0%) de trabalhadores com carteira e SC (88,4%) o maior

No 3º trimestre de 2022, 73,3% dos empregados do setor privado tinham carteira de trabalho assinada. As regiões Norte (57,7%) e Nordeste (57,3 %) apresentaram as menores taxas.

Dentre as unidades da federação, os maiores percentuais de empregados com carteira assinada no setor privado estavam em Santa Catarina (88,4%), Rio Grande do Sul (81,3%) e São Paulo (81,2%) e os menores, no Maranhão (47,0%), Piauí (48,5%) e Pará (50,3%).

Percentual de empregados COM carteira entre os
empregados do setor privado, por UFs (%) - 3º trimestre 2022

UF Valor
Maranhão 47,0
Piauí 48,5
Pará 50,3
Bahia 55,4
Paraíba 56,7
Sergipe 57,1
Ceará 57,3
Roraima 58,0
Tocantins 59,1
Alagoas 61,1
Acre 62,8
Amazonas 64,4
Rio Grande do Norte 64,9
Pernambuco 65,9
Amapá 68,6
Goiás 71,3
Rondônia 71,7
Brasil 73,3
Espírito Santo 74,2
Minas Gerais 74,7
Rio de Janeiro 75,3
Mato Grosso 75,6
Mato Grosso do Sul 76,5
Distrito Federal 78,5
Paraná 80,1
São Paulo 81,2
Rio Grande do Sul 81,3
Santa Catarina 88,4

No Brasil, 2,6 milhões de pessoas procuram trabalho há 2 anos ou mais

No terceiro trimestre de 2022, no Brasil, 16,6% dos desocupados buscavam por trabalho há menos de um mês, 44,5% buscavam de um mês a menos de um ano, 11,7% de um ano a menos de dois anos e 27,2% (ou 2,6 milhões de pessoas) há dois anos ou mais.

Tempo de procura de trabalho 3º Trimestre
2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022
Menos de 1 mês 837 879 784 966 1.184 1.523 1.707 1.846 1.437 1.481 1.573
De 1 mês a menos de 1 ano 3.695 3.880 3.752 5.063 6.321 6.365 5.888 6.023 8.441 5.463 4.208
De 1 ano a menos de 2 anos 952 971 1.121 1.572 2.240 2.331 1.880 1.739 1.806 2.620 1.103
2 anos ou mais 1.458 1.185 1.156 1.551 2.411 2.849 3.219 3.191 2.913 3.889 2.575
            
Tempo de procura de trabalho Variação percentual
2013/
2012
2014/
2013
2015/
2014
2016/
2015
2017/
2016
2018/
2017
2019/
2018
2020/
2019
2021/
2020
2022/
2021
2022/
2012
Menos de 1 mês 5,0 -10,8 23,2 22,6 28,6 12,1 8,1 -22,2 3,1 6,2 87,9
De 1 mês a menos de 1 ano 5,0 -3,3 34,9 24,8 0,7 -7,5 2,3 40,1 -35,3 -23,0 13,9
De 1 ano a menos de 2 anos 2,0 15,4 40,2 42,5 4,1 -19,3 -7,5 3,9 45,1 -57,9 15,9
2 anos ou mais -18,7 -2,4 34,2 55,4 18,2 13,0 -0,9 -8,7 33,5 -33,8 76,6

Pará tem a maior taxa de informalidade (60,5%) e SC, a menor (25,9%)

A taxa de informalidade para o Brasil foi de 39,4% da população ocupada. As maiores taxas ficaram com Pará (60,5%), Maranhão (59,1%) e Amazonas (57,1%) e as menores, com Santa Catarina (25,9%), Distrito Federal (29,8%) e São Paulo (30,6%).

No cálculo da proxy de taxa de informalidade da população ocupada são considerados: Empregados no setor privado sem carteira de trabalho assinada; Empregado doméstico sem carteira de trabalho assinada; Empregador sem registro no CNPJ; Trabalhador por conta própria sem registro no CNPJ e Trabalhador familiar auxiliar.

Taxa de informalidade da população ocupada, por UFs (%) - 3º trimestre de 2022
UF Valor
Pará 60,5
Maranhão 59,1
Amazonas 57,1
Piauí 54,5
Bahia 53,3
Ceará 52,2
Sergipe 51,4
Paraíba 50,7
Pernambuco 50,6
Amapá 48,8
Roraima 48,5
Rondônia 47,8
Alagoas 46,9
Acre 46,6
Rio Grande do Norte 43,9
Tocantins 43,6
Brasil 39,4
Goiás 38,8
Espírito Santo 38,0
Rio de Janeiro 38,0
Minas Gerais 37,8
Mato Grosso 36,3
Mato Grosso do Sul 33,7
Paraná 32,2
Rio Grande do Sul 31,5
São Paulo 30,6
Distrito Federal 29,8
Santa Catarina 25,9