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Em setembro, vendas no varejo crescem 1,1%

09/11/2022 09h00 | Atualizado em 09/11/2022 10h42

Em setembro de 2022, o volume de vendas no comércio varejista cresceu 1,1% frente a agosto, na série com ajuste sazonal. A média móvel trimestral foi de 0,3%. Na série sem ajuste, frente a setembro de 2021, o comércio cresceu 3,2%, segunda taxa positiva seguida. No ano, o acumulado foi a 0,8% e, nos últimos doze meses, a -0,7%.

Período Varejo (%) Varejo Ampliado (%)
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Setembro / Agosto* 1,1 0,2 1,5 1,0
Média móvel trimestral* 0,3 -0,6 0,4 0,2
Setembro 2022 / Setembro 2021 3,2 13,7 1,0 11,9
Acumulado 2022 0,8 15,5 -0,6 14,0
Acumulado 12 meses -0,7 13,5 -1,6 12,9
*Série COM ajuste sazonal

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas cresceu 1,5% frente a agosto. A média móvel trimestral foi de 0,4%. O volume de vendas frente a setembro de 2021 cresceu 1,0%. O acumulado no ano foi de -0,6% e o nos últimos 12 meses, de -1,6%.

Seis das oito atividades tiveram taxas positivas na série com ajuste sazonal

Em setembro de 2022, na série com ajuste sazonal, seis das oito atividades pesquisadas estavam no campo positivo: Livros, jornais, revistas e papelaria (2,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,7%), Combustíveis e lubrificantes (1,3%), Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,2%), Tecidos, vestuário e calçados (0,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, e de perfumaria (0,6%). Por outro lado, duas atividades apresentaram resultados negativos: Móveis e Eletrodomésticos (-0,1%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-1,0%).

As duas atividades complementares do varejo ampliado ficaram estáveis frente a agosto: Veículo e motos, partes e peças com -0,1% e Material de construção, com 0,0%.

VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES:  Setembro 2022
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de
Variação (%)
JUL AGO SET JUL AGO SET NO ANO 12
MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -0,3 0,1 1,1 -5,3 1,6 3,2 0,8 -0,7
1 - Combustíveis e lubrificantes 12,6 3,8 1,3 17,4 30,3 34,8 12,7 7,6
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo -0,6 0,3 1,2 -0,3 1,4 3,8 0,9 0,1
       2.1 - Super e hipermercados -0,6 0,3 1,3 0,0 1,7 4,2 0,8 0,1
3 - Tecidos, vest. e calçados -16,9 9,3 0,7 -16,2 -5,5 -9,5 6,4 3,5
4 - Móveis e eletrodomésticos -3,3 0,9 -0,1 -14,5 -8,7 -5,9 -9,5 -13,0
       4.1 - Móveis - - - -17,2 -19,7 -17,4 -10,9 -12,4
       4.2 - Eletrodomésticos - - - -13,6 -3,6 -0,5 -9,3 -13,6
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -1,7 -0,3 0,6 4,0 6,6 5,9 7,2 6,3
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -2,3 3,1 2,5 11,0 20,5 31,8 19,0 10,8
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -1,4 -1,2 1,7 -0,2 2,0 6,8 1,4 -1,2
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -0,9 -1,3 -1,0 -28,7 -10,5 -10,0 -8,1 -7,2
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -0,3 0,0 1,5 -6,9 -0,7 1,0 -0,6 -1,6
9 - Veículos e motos, partes e peças -2,6 4,9 -0,1 -8,5 -4,1 -1,2 -1,4 -1,2
10- Material de construção -1,9 -0,6 0,0 -13,7 -7,0 -7,9 -8,1 -8,4
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas 
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. 
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10.

Comércio cresce 3,2% frente a setembro de 2021, com alta em cinco das oito atividades

Em relação a setembro de 2021, cinco atividades cresceram: Combustíveis e lubrificantes (34,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (31,8%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (6,8%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (5,9%) e Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,8%).

Três setores tiveram queda: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-10,0%), Tecidos, vestuário e calçados (-9,5%), Móveis e eletrodomésticos (-5,9%).

No âmbito do varejo ampliado, ambas as atividades caíram: Veículos e motos, partes e peças (-1,2%) e Material de construção (-7,9%).

RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Setembro 2022
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
JUL AGO SET JUL AGO SET NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -1,7 -0,3 0,2 10,1 14,7 13,7 15,5 13,5
1 - Combustíveis e lubrificantes -4,4 -3,8 -6,2 26,4 22,0 12,5 32,2 33,6
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 0,7 0,4 0,8 16,7 17,2 17,7 15,0 13,0
       2.1 - Super e hipermercados 0,8 0,4 0,9 16,7 17,3 18,0 14,8 12,8
3 - Tecidos, vest. e calçados -2,5 1,5 -0,9 -2,6 11,0 8,2 22,5 17,1
4 - Móveis e eletrodomésticos -3,1 1,4 -0,2 -4,1 2,1 4,0 2,4 -1,8
       4.1 - Móveis - - - -3,2 -5,7 -3,6 2,9 0,4
       4.2 - Eletrodomésticos - - - -4,4 5,9 7,5 2,2 -2,7
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,8 0,8 1,5 18,7 22,5 21,9 19,4 16,8
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -3,4 2,1 1,5 17,5 27,7 40,4 26,2 17,2
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -3,4 -1,6 1,7 1,8 2,0 8,0 4,4 1,2
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -0,2 -0,7 -0,6 -18,9 1,0 -0,2 3,5 4,0
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -0,1 -0,3 1,0 7,8 12,4 11,9 14,0 12,9
9 - Veículos e motos, partes e peças -2,2 5,8 0,1 5,8 10,2 11,7 14,4 14,7
10- Material de construção -0,9 -0,1 1,0 -4,0 2,6 1,8 4,2 5,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas. 
(1) Séries com ajuste sazonal.  
 

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria cresceu 31,8% frente a setembro de 2021. Com isso, o setor contabiliza cinco meses consecutivos de crescimento em termos interanuais.  No ano, até setembro, o setor acumula 19,0% de crescimento, contra 17,8% até agosto, indicando intensificação de ritmo. Nos últimos doze meses, o cenário é o mesmo, com acúmulo de 10,8% até setembro, contra 8,5% até agosto.

O setor de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação registrou, em setembro, aumento de 6,8% em relação ao mesmo mês do ano anterior, segundo consecutivo no campo positivo. O indicador acumulado do ano soma 1,4%, acima do 0,8% até agosto. Nos últimos doze meses, o resultado foi de -1,2%.

O agrupamento de Combustíveis e lubrificantes, na comparação interanual, teve, em setembro de 2022, resultado 34,8% superior ao de setembro de 2021, o maior em amplitude de toda a série histórica do setor, além de ser o oitavo consecutivo no campo positivo. O setor também alcançou a maior contribuição para a composição absoluta da taxa interanual, contribuindo com 3,2 p.p. no total de 3,2% de variação do comércio varejista e 2,2 p.p. no total de 1,0% de variação do varejo ampliado.

A atividade de Hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo cresceu 3,8% na comparação interanual, segundo mês consecutivo em alta. Em termos de contribuição, o setor exerceu a segunda maior influência no campo positivo: 1,8 p.p. do total de 3,2%. No ano, o acúmulo é positivo em 0,9%, acima do resultado anterior (0,5% até agosto). Nos últimos doze meses, o resultado é próximo da estabilidade (0,1% até setembro), sendo o primeiro fora do campo negativo desde junho de 2021 (0,8%).

No caso de Tecidos, vestuário e calçados, a taxa interanual foi de -9,5%, terceira negativa consecutiva. No ano, o acúmulo é positivo em 6,4%, abaixo do observado até agosto (8,6%) indicando perda de ritmo. O mesmo se dá para o acumulado dos últimos doze meses: 4,2% em agosto e 3,5% em setembro.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria registrou crescimento pelo 11º mês consecutivo, na comparação interanual. O acumulado do ano foi de 7,2%. Nos últimos doze meses, o acumulado foi de 6,3%, 1% em julho e 6,1% em agosto).

Para o setor de Móveis e eletrodomésticos, os resultados são negativos tanto para a comparação interanual quanto para os acumulados no ano e dos últimos doze meses. No interanual, a atividade registrou -5,9%, sexta taxa consecutiva no campo negativo. No ano, o acumulado é negativo em 9,5% e nos últimos doze meses, -13,0%.

Outros artigos de uso pessoal e doméstico, caiu 10,0% na comparação com setembro de 2021, quinta queda consecutiva e a maior contribuição negativa para o varejo (-1,4 p.p.). No ano, o acumulado é de -8,1%, também quinta no campo negativo. Nos últimos doze meses, o valor foi de -7,2%, quarta a apresentar queda.

No âmbito do varejo ampliado, o setor de Material de construção teve queda de 7,9%, sexto mês consecutivo registrando resultados negativos na comparação interanual.
O acumulado do ano fechou em -8,1% e se encontra no campo negativo desde dezembro de 2021. Nos últimos doze meses, o resultado também foi de -8,4%, sétimo negativo seguido. 

A atividade de Veículos e motos, partes e peças fechou setembro de 2022 em -1,2% com relação a setembro de 2021. Na série histórica, esse é o quarto mês a apresentar queda. Em termos do acumulado no ano, o resultado foi de -1,4%, no mesmo ritmo dos dois meses anteriores. Nos últimos dozes meses, até setembro, também é negativo: -1,2%.

Vendas têm alta em 18 UFs na comparação com agosto

Na série com ajuste sazonal, 18 das 27 Unidades da Federação tiveram resultados positivos, com destaque para: Paraíba (4,5%), Rio de Janeiro (3,1%) e Pernambuco (2,3%). Por outro lado, nove atividades pressionaram negativamente, com destaque para Mato Grosso do Sul
(-1,7%), Espírito Santo (-1,5%) e Roraima (-1,2%). Tocantins apresentou estabilidade (0,0%) na passagem de agosto para setembro.

Para a mesma comparação, no varejo ampliado, 14 das 27 Unidades da Federação tiveram queda, com destaque para: Goiás (-3,6%), Mato Grosso do Sul (-3,1%) e Santa Catarina
(-2,0%). Por outro lado, 13 UFs tiveram resultados positivos, com destaques para: Rio de Janeiro (5,5%), Paraíba (2,5%) e Rio Grande do Sul (2,5%). 

Frente a  setembro  de 2021, houve resultados positivos em 24 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (41,6%), Amapá (13,7%) e Roraima (13,2%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram três UFs, com destaque para: Rio de Janeiro (-3,1%), Bahia (-2,5%) e Pernambuco (-2,1%). 

Já no comércio varejista ampliado, 16 UFs tiveram alta, com destaque para: Paraíba (25,0%), Mato Grosso (12,6%) e Tocantins (11,3%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 11 UFs, com destaque para Pernambuco (-13,6%), Bahia (-10,4%) e Ceará (-6,3%).