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Em junho, indústria tem queda em 10 dos 15 locais pesquisados

09/08/2022 09h00 | Atualizado em 09/08/2022 10h01

Com o recuo de 0,4% na indústria nacional em junho, na série com ajuste sazonal, 10 dos 15 locais pesquisados pelo IBGE apresentaram taxas negativas. As maiores quedas foram no Mato Grosso (-2,8%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Espírito Santo (-2,3%).

Amazonas (-1,6%), Ceará (-1,4%), Região Nordeste (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) registraram recuos mais intensos do que a média nacional (-0,4%). Por outro lado, Pará (9,8%) teve a maior alta nesse mês e eliminou parte do recuo de 13,3% verificado em maio.

A média móvel trimestral (0,0%) ficou positiva em oito dos 15 locais, liderados por Bahia (2,0%), Santa Catarina (1,9%), Amazonas (1,6%) e Goiás (1,0%). A menor média foi do Pará.

No acumulado do ano, houve queda em oito dos 15 locais pesquisados, com destaque para Pará (-10,4%), Santa Catarina (-5,4%) e Ceará (-5,1%). Já o acumulado dos últimos 12 meses recuou em onze dos 15 dos quinze locais pesquisados.

Indicadores Conjunturais da Indústria - Resultados Regionais - Junho de 2022
Locais  Variação (%)
Junho 2022/ Maio 2022* Junho 2022/ Junho 2021 Acumulado Janeiro-Junho Acumulado nos Últimos 12 Meses
Amazonas -1,6 -3,2 1,2 -3,7
Pará 9,8 -3,6 -10,4 -9,0
Região Nordeste -0,6 2,9 0,3 -6,5
Ceará -1,4 0,2 -5,1 -8,2
Pernambuco 1,0 1,7 -4,3 -6,2
Bahia 2,4 11,9 9,4 -2,7
Minas Gerais -0,1 -3,8 -2,5 0,0
Espírito Santo -2,3 -2,2 -1,2 -0,6
Rio de Janeiro -2,4 -4,0 3,6 3,9
São Paulo 0,8 0,3 -2,7 -3,9
Paraná -0,3 7,3 -1,0 0,6
Santa Catarina 0,2 0,6 -5,4 -3,8
Rio Grande do Sul -0,5 3,0 0,4 -0,3
Mato Grosso -2,8 18,8 22,6 13,0
Goiás -0,4 3,5 1,6 -1,4
Brasil -0,4 -0,5 -2,2 -2,8
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Estatísticas Conjunturais em Empresas
* Série com Ajuste Sazonal

Na variação negativa de 0,4% na atividade industrial nacional em junho, na série com ajuste sazonal, dez dos 15 locais pesquisados mostraram taxas negativas. Mato Grosso (-2,8%), Rio de Janeiro (-2,4%) e Espírito Santo (-2,3%) assinalaram as reduções mais acentuadas, com o primeiro local eliminando parte da expansão de 4,9% verificada em maio; o segundo acumulando perda de 6,5% em dois meses consecutivos de queda na produção; e o terceiro voltando a recuar após avançar em maio (3,1%), quando interrompeu três meses seguidos de taxas negativas e que acumularam redução de 7,4%.

Amazonas (-1,6%), Ceará (-1,4%), Região Nordeste (-0,6%) e Rio Grande do Sul (-0,5%) também registraram recuos mais intensos do que a média nacional (-0,4%), enquanto Goiás (-0,4%), Paraná (-0,3%) e Minas Gerais (-0,1%) completaram o conjunto de locais com índices negativos em junho de 2022.

Por outro lado, Pará (9,8%) teve a expansão mais elevada e eliminou parte do recuo de 13,3% verificado em maio último. Bahia (2,4%), Pernambuco (1,0%), São Paulo (0,8%) e Santa Catarina (0,2%) assinalaram as demais taxas positivas.

O índice de média móvel trimestral para a indústria mostrou variação nula (0,0%) no trimestre encerrado em junho de 2022 frente ao nível do mês anterior, após registrar taxas positivas em maio (0,4%) e abril (0,5%) últimos. Oito dos quinze locais pesquisados tiveram taxas positivas, com destaque para Bahia (2,0%), Santa Catarina (1,9%), Amazonas (1,6%) e Goiás (1,0%). Por outro lado, Pará (-1,2%) registrou a principal magnitude de perda em junho de 2022.

Na comparação com junho de 2021, a indústria nacional mostrou recuo de 0,5% em junho de 2022, com cinco dos quinze locais pesquisados apontando resultados negativos. Vale citar que junho de 2022 (21 dias) teve o mesmo número de dias úteis do que igual mês do ano anterior (21). Rio de Janeiro (-4,0%), Minas Gerais (-3,8%) e Pará (-3,6%) tiveram as reduções mais intensas, pressionadas, principalmente, pelo comportamento negativo observado nos setores de indústrias extrativas e metalurgia, no Rio de Janeiro; de veículos automotores, reboques e carrocerias e celulose, papel e produtos de papel, em Minas Gerais; e de indústrias extrativas, no Pará. Amazonas (-3,2%) e Espírito Santo (-2,2%) completaram o conjunto de locais com índices negativos nesse mês.

Por outro lado, Mato Grosso (18,8%) e Bahia (11,9%) apontaram os avanços de dois dígitos e os mais intensos em junho de 2022, impulsionados, em grande parte, pelo comportamento positivo vindo das atividades de produtos alimentícios e coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, no Mato Grosso; e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis, na Bahia. Paraná (7,3%), Goiás (3,5%), Rio de Grande do Sul (3,0%), Região Nordeste (2,9%), Pernambuco (1,7%), Santa Catarina (0,6%), São Paulo (0,3%) e Ceará (0,2%) mostraram os demais resultados positivos nesse mês.

No acumulado no ano, frente a igual período de 2021, a redução na produção nacional alcançou oito dos quinze locais pesquisados, com destaque para Pará (-10,4%), Santa Catarina (-5,4%) e Ceará (-5,1%), pressionados pelos recuos nos setores de indústrias extrativas e metalurgia, no Pará; de produtos têxteis, máquinas, aparelhos e materiais elétricos, máquinas e equipamentos e produtos de borracha e de material plástico, em Santa Catarina; e de confecção de artigos do vestuário e acessórios, produtos alimentícios e máquinas, aparelhos e materiais elétricos, no Ceará. Pernambuco (-4,3%), São Paulo (-2,7%) e Minas Gerais (-2,5%) registraram taxas negativas mais acentuadas do que a média nacional (-2,2%), enquanto Espírito Santo (-1,2%) e Paraná (-1,0%) completaram o conjunto de locais com recuo na produção no índice acumulado no ano.

Por outro lado, Mato Grosso (22,6%) apontou o avanço mais elevado no acumulado de janeiro-junho de 2022, impulsionado, principalmente, pelo comportamento positivo vindo dos setores de produtos alimentícios e de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis. Bahia (9,4%), Rio de Janeiro (3,6%), Goiás (1,6%), Amazonas (1,2%), Rio de Grande do Sul (0,4%) e Região Nordeste (0,3%) mostraram as demais taxas positivas.

O acumulado dos últimos 12 meses, ao recuar 2,8% em junho de 2022, manteve a trajetória descendente iniciada em agosto de 2021 (7,2%). Em termos regionais, onze dos 15 locais pesquisados registraram taxas negativas em junho e nove apontaram menor dinamismo frente aos índices de maio. Minas Gerais (de 2,1% para 0,0%), Amazonas (de -1,8% para -3,7%), Espírito Santo (de 1,3% para -0,6%), Ceará (de -6,5% para -8,2%), Rio de Janeiro (de 5,4% para 3,9%), Santa Catarina (de -2,3% para -3,8%) e São Paulo (de -2,9% para -3,9%) mostraram as principais perdas entre maio e junho de 2022, enquanto Mato Grosso (de 10,7% para 13,0%) e Bahia (de -3,9% para -2,7%) assinalaram os maiores ganhos.