Volume de serviços varia 0,2% em abril
14/06/2022 09h00 | Atualizado em 14/06/2022 09h00
Em abril de 2022, o volume de serviços no Brasil variou 0,2% frente a março, na série com ajuste sazonal. O setor de serviços se encontra, em abril de 2022, 7,2% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 4,2% abaixo de novembro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Período | Variação (%) | |
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Volume | Receita Nominal | |
Abril 22 / Março 22* | 0,2 | 0,9 |
Abril 22 / Abril 21 | 9,4 | 16,5 |
Acumulado Janeiro-Abril | 9,5 | 15,7 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | 12,8 | 17,8 |
*série com ajuste sazonal |
Na série sem ajuste sazonal, frente a abril de 2021, o volume de serviços cresceu 9,4% e assinalou a 14ª taxa positiva consecutiva. O volume de serviços acumula alta de 9,5% no ano, frente a igual período de 2021. O acumulado nos últimos doze meses passou de 13,6% em março para 12,8% em abril de 2022, interrompendo trajetória ascendente iniciada em fevereiro de 2021 (-8,6%).
Pesquisa Mensal de Serviços - Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação - Abril 2022 - Variação (%) | ||||||||||||
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Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) |
Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
FEV | MAR | ABR | FEV | MAR | ABR | JAN- FEV |
JAN- MAR |
JAN- ABR |
Até FEV |
Até MAR |
Até ABR |
|
Volume de Serviços - Brasil | -0,1 | 1,4 | 0,2 | 7,4 | 11,6 | 9,4 | 8,4 | 9,5 | 9,5 | 13,0 | 13,6 | 12,8 |
1. Serviços prestados às famílias | -0,3 | 3,2 | 1,9 | 17,3 | 62,8 | 60,8 | 18,5 | 30,8 | 37,3 | 31,4 | 38,5 | 39,0 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | 0,6 | 1,6 | 3,9 | 17,9 | 66,9 | 67,1 | 19,0 | 31,9 | 39,4 | 34,1 | 41,5 | 41,9 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | 1,7 | 9,7 | -5,0 | 14,1 | 43,8 | 31,2 | 15,8 | 24,7 | 26,3 | 18,0 | 23,8 | 24,1 |
2. Serviços de informação e comunicação | -1,2 | 1,8 | 0,7 | 2,4 | 3,9 | 1,6 | 3,7 | 3,8 | 3,2 | 9,7 | 9,5 | 8,5 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | -2,3 | 3,0 | 0,2 | 1,9 | 3,3 | 1,2 | 3,2 | 3,3 | 2,8 | 9,1 | 8,7 | 7,8 |
2.1.1 Telecomunicações | -2,5 | -0,7 | 0,0 | -7,4 | -8,2 | -8,4 | -6,2 | -6,9 | -7,3 | -1,0 | -1,7 | -2,5 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | 0,1 | 2,8 | 2,4 | 16,2 | 19,3 | 14,7 | 17,7 | 18,3 | 17,4 | 25,0 | 24,8 | 23,5 |
2.2 Serviços audiovisuais | -1,2 | 5,4 | -3,1 | 6,2 | 9,1 | 4,4 | 8,2 | 8,5 | 7,4 | 15,3 | 16,4 | 14,9 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 1,8 | 1,9 | -0,6 | 7,2 | 9,7 | 7,8 | 7,4 | 8,2 | 8,1 | 9,5 | 10,2 | 9,9 |
3.1 Serviços técnico-profissionais | -2,2 | 5,3 | -2,3 | 4,6 | 13,1 | 4,9 | 7,5 | 9,5 | 8,3 | 12,8 | 13,2 | 12,4 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 2,7 | -0,6 | 1,1 | 8,2 | 8,3 | 8,9 | 7,3 | 7,7 | 8,0 | 8,2 | 9,0 | 8,9 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | 2,5 | 3,1 | -1,7 | 14,0 | 17,4 | 15,5 | 14,6 | 15,6 | 15,6 | 18,0 | 18,7 | 17,6 |
4.1 Transporte terrestre | 2,8 | 2,1 | 0,5 | 15,2 | 17,2 | 17,7 | 15,3 | 16,0 | 16,4 | 18,2 | 18,7 | 17,5 |
4.2 Transporte aquaviário | 0,0 | -6,1 | 3,7 | 17,9 | 4,9 | 2,4 | 18,6 | 13,5 | 10,5 | 16,5 | 16,1 | 14,7 |
4.3 Transporte aéreo | -4,9 | 22,8 | -2,4 | 45,6 | 118,9 | 159,4 | 48,0 | 67,7 | 84,1 | 58,4 | 73,4 | 77,2 |
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio | 1,5 | 2,8 | -5,9 | 5,8 | 6,4 | -0,4 | 5,8 | 6,0 | 4,4 | 11,7 | 11,1 | 9,3 |
5. Outros serviços | -0,9 | 1,4 | -1,6 | -3,9 | -4,4 | -7,7 | -1,3 | -2,4 | -3,8 | 4,9 | 4,0 | 2,0 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas. (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal; (2) Base: igual mês do ano anterior; (3) Base: igual período do ano anterior; (4) Base: 12 meses anteriores. |
A alta de 0,2% do volume de serviços em abril foi acompanhada por apenas duas das cinco atividades investigadas: informação e comunicação (0,7%) e serviços prestados às famílias (1,9%), ambas emplacando o segundo resultado positivo consecutivo, com ganho acumulado de 2,5% e 5,2%, respectivamente. Em contrapartida, transportes (-1,7%); profissionais, administrativos e complementares (-0,6%); e outros serviços (-1,6%) assinalaram as retrações deste mês. Os dois primeiros setores interromperam uma sequência de cinco taxas positivas seguidas, enquanto o último eliminou o avanço de 1,4% verificado em março.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral foi de 0,5% no trimestre encerrado em abril de 2022 frente ao nível do mês anterior, mantendo o comportamento predominantemente positivo desde julho de 2020. Entre os setores, quatro deles acompanharam o crescimento do índice global: os serviços prestados às famílias (1,6%); os transportes (1,3%), os profissionais, administrativos e complementares (1,0%) e informação e comunicação (0,4%). Por outro lado, os outros serviços (-0,4%) apontaram o único resultado negativo no trimestre terminado em abril de 2022.
Na comparação com abril de 2021, ao avançar 9,4% em abril de 2022, registrou a 14ª taxa positiva seguida. O resultado deste mês trouxe expansão em quatro das cinco atividades de divulgação e contou ainda com crescimento em 64,5% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,5%) e o de serviços prestados às famílias (60,8%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,8%) e de informação e comunicação (1,6%).
A única taxa negativa do mês ficou com o setor de outros serviços (-7,7%), pressionado, especialmente, pela menor receita oriunda de corretoras de títulos e valores mobiliários; recuperação de materiais plásticos; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; e atividades de apoio à produção florestal.
O acumulado do primeiro quadrimestre de 2022, frente a igual período do ano anterior, foi de 9,5%, com quatro das cinco atividades de divulgação apontando taxas positivas e crescimento em 66,9% dos 166 tipos de serviços investigados.
Entre os setores, a contribuição positiva mais importante veio de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,6%), impulsionado pelo aumento das receitas das empresas que atuam nos segmentos de transporte aéreo de passageiros; transporte rodoviário de cargas; rodoviário coletivo de passageiros; gestão de portos e terminais; atividades de agenciamento marítimo; navegação de apoio marítimo e portuário; e operação de aeroportos.
Os demais avanços vieram de serviços prestados às famílias (37,3%); de profissionais, administrativos e complementares (8,1%); e de informação e comunicação (3,2%).
Em sentido oposto, o setor de outros serviços (-3,8%) registrou a única taxa negativa do indicador acumulado no ano, pressionado, sobretudo, pela menor receita real recebida pelas empresas que atuam em recuperação de materiais plásticos; corretoras de títulos e valores mobiliários; administração de bolsas e mercados de balcão organizados; atividades de apoio à produção florestal; e atividades de administração de fundos por contrato ou comissão.
Serviços avançam em 12 das 27 Unidades da Federação em abril
Na série com ajuste sazonal, o volume de serviços cresceu em 12 das 27 Unidades da Federação (UF) em abril de 2022, ante o mês imediatamente anterior, acompanhando o acréscimo (0,2%) observado no Brasil. O impacto positivo mais importante veio do Rio de Janeiro (1,0%), seguido por Espírito Santo (3,6%), Rio Grande do Norte (7,9%) e Ceará (2,4%). Em contrapartida, São Paulo (-0,5%), Minas Gerais (-2,8%), Distrito Federal (-8,2%) e Rio Grande do Sul (-2,8%) exerceram as principais influências negativas.
Na comparação com abril de 2021, o avanço do volume de serviços no Brasil (9,4%) foi acompanhado por 24 das 27 UFs. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (9,9%), seguido por Minas Gerais (14,2%), Rio Grande do Sul (16,8%) e Rio de Janeiro (4,3%). Em sentido oposto, Distrito Federal (-1,1%), Rondônia (-4,5%) e Acre (-2,4%) assinalaram os únicos resultados negativos do mês.
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2022, frente a igual período do ano anterior, o avanço do volume de serviços no Brasil (9,5%) se deu de forma disseminada entre os locais investigados, já que 26 das 27 UFs também mostraram expansão na receita real de serviços. O principal impacto positivo em termos regionais ocorreu em São Paulo (11,0%), seguido por Minas Gerais (11,2%), Rio Grande do Sul (16,3%) e Bahia (14,2%). Por outro lado, Rondônia (-1,5%) registrou a única influência negativa sobre índice nacional.
Atividades turísticas crescem 2,5% em abril
Em abril de 2022, o índice de atividades turísticas apontou expansão de 2,5% frente ao mês imediatamente anterior, segundo resultado positivo consecutivo, período em que acumulou um ganho de 8,0%. Vale destacar que o segmento de turismo ainda se encontra 3,4% abaixo do patamar de fevereiro de 2020.
Todos os 12 locais pesquisados acompanharam o crescimento da atividade turística nacional (2,5%). A contribuição positiva mais relevante ficou com Rio de Janeiro (4,8%), seguido por Minas Gerais (4,6%), Bahia (6,8%) e Paraná (7,4%).
Na comparação abril de 2022/abril de 2021, o índice de volume de atividades turísticas no Brasil apresentou expansão de 85,7%, 13ª taxa positiva seguida, sendo impulsionado, principalmente, pelo aumento na receita de empresas que atuam nos ramos de transporte aéreo; restaurantes; hotéis; locação de automóveis; rodoviário coletivo de passageiros; serviços de bufê; e agências de viagens.
Em termos regionais, todas as 12 UFs onde o indicador é investigado mostraram avanço nos serviços voltados ao turismo, com destaque para São Paulo (82,4%), seguido por Minas Gerais (132,7%), Rio de Janeiro (57,9%), Bahia (105,7%) e Rio Grande do Sul (104,5%).
No acumulado do primeiro quadrimestre de 2022, o agregado especial de atividades turísticas mostrou expansão de 51,3% frente a igual período do ano passado, impulsionado, sobretudo, pelos aumentos de receita obtidos por empresas dos ramos de transporte aéreo de passageiros; hotéis; restaurantes; locação de automóveis; transporte rodoviário coletivo de passageiros; e serviços de bufê.
Regionalmente, todos os 12 locais investigados também registraram taxas positivas, em que sobressaíram os ganhos vindos de São Paulo (58,5%), seguido por Minas Gerais (82,7%), Rio de Janeiro (28,4%), Bahia (47,5%) e Rio Grande do Sul (70,7%).
Transportes de passageiros cresce 2,3% e o de cargas decresce 0,1%
Em abril de 2022, o volume de transporte de passageiros no Brasil registrou expansão de 2,3% frente ao mês imediatamente anterior, na série livre de influências sazonais, acumulando, assim, um ganho de 27,7% entre novembro de 2021 e abril de 2022.
Dessa forma, o segmento em abril se encontrava 0,1% acima do nível de fevereiro de 2020 (pré-pandemia) e 23,1% abaixo de fevereiro de 2014 (ponto mais alto da série histórica).
Depois de dois anos e dois meses, o transporte de passageiros superou pela primeira vez o patamar pré-pandemia, ratificando, assim, a maior mobilidade da população, refletida no aumento das receitas das empresas que operam os transportes de passageiros nos seus diversos modais: aéreo, rodoviário e metroferroviário.
Por sua vez, o volume do transporte de cargas apontou ligeiro decréscimo (-0,1%) em abril de 2022, após ter avançado 11,1% entre outubro de 2021 e março de 2022. Ainda assim, o segmento continua operando muito próximo (-0,1% abaixo) do ponto mais alto de sua série, alcançado em março de 2022. Com relação ao nível pré-pandemia, o transporte de cargas está 23,1% acima de fevereiro de 2020.
No confronto com igual mês do ano anterior, sem ajuste sazonal, o transporte de passageiros assinalou a 13ª taxa positiva seguida ao avançar 81,6% em abril de 2022, ao passo que o transporte de cargas, no mesmo tipo de confronto, cresceu 9,9%, registrando, assim, o 20º resultado positivo consecutivo.
No indicador acumulado do primeiro quadrimestre deste ano, o transporte de passageiros mostrou expansão de 53,8% frente a igual período de 2021, enquanto o de cargas avançou 12,0% no mesmo intervalo investigado.