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Volume dos Serviços cresce 1,4% em dezembro e fecha 2021 com alta de 10,9%

10/02/2022 09h00 | Atualizado em 10/02/2022 09h00

Em dezembro de 2021, o volume de serviços no Brasil cresceu 1,4% frente a novembro, na série com ajuste sazonal. Com isso, o setor de serviços ampliou o distanciamento com relação ao nível pré-pandemia, situando-se 6,6% acima do nível de fevereiro de 2020, e alcançou seu maior o patamar desde agosto de 2015.

Frente a dezembro de 2020, o setor teve sua décima taxa positiva consecutiva: 10,4%. No acumulado do ano, o volume de serviços fechou 2021 com alta de 10,9% frente a igual período do ano anterior, recorde da série histórica iniciada em 2012. O acumulado nos últimos doze meses foi de 9,5% em novembro para 10,9% em dezembro de 2021, mantendo trajetória ascendente desde fevereiro de 2021 (-8,6%).

Período Variação (%)
Volume Receita Nominal
Dezembro 21 / Novembro 21* 1,4 2,9
Dezembro 21 /Dezembro 20 10,4 15,7
Acumulado Janeiro-Dezembro 10,9 14,1
Acumulado nos Últimos 12 Meses 10,9 14,1
 *série com ajuste sazonal  

O avanço de 1,4% do volume de serviços de novembro para dezembro de 2021, foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para os ganhos vindos de transportes (1,8%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,6%), com ambos avançando pelo segundo mês consecutivo.

As demais expansões vieram de outros serviços (1,4%) e de serviços prestados às famílias (0,9%), com o primeiro reduzindo a magnitude de crescimento frente a novembro (4,2%); e o último emplacando o nono avanço seguido, período em que acumulou 61,6% de expansão. A única taxa negativa do mês foi dos serviços de informação e comunicação (-0,2%) que devolveu uma pequena parcela do ganho obtido em novembro (4,7%).

A média móvel trimestral cresceu (0,8%) no trimestre encerrado em dezembro de 2021 frente ao nível do mês anterior, após ligeira variação positiva de 0,1% em novembro. Entre os setores, quatro deles acompanharam o crescimento do índice global: os serviços prestados às famílias (1,8%), os transportes (1,3%), os serviços de informação e comunicação (0,7%) e os profissionais, administrativos e complementares (0,3%). Por outro lado, apenas os outros serviços (-0,5%) tiveram resultado negativo no trimestre terminado em dezembro de 2021.

Pesquisa Mensal de Serviços  -  Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação  -  Dezembro 2021 - Variação (%)   
Atividades de Divulgação Mês/Mês anterior (1) Mensal (2) Acumulado no ano (3) Últimos 12 meses (4)   
OUT NOV DEZ OUT NOV DEZ JAN-OUT JAN-NOV JAN-DEZ Até OUT Até NOV Até DEZ   
Volume de Serviços - Brasil -1,6 2,7 1,4 7,3 10,2 10,4 11,0 10,9 10,9 8,1 9,5 10,9   
1. Serviços prestados às famílias 1,8 2,7 0,9 24,6 20,7 21,5 17,4 17,8 18,2 6,4 11,8 18,2   
1.1 Serviços de alojamento e alimentação 1,5 2,6 0,7 26,3 20,7 21,6 19,8 19,9 20,1 7,9 13,5 20,1   
1.2 Outros serviços prestados às famílias 1,3 1,3 2,7 14,8 20,6 21,0 5,5 7,0 8,2 -1,4 3,5 8,2   
2. Serviços de informação e comunicação -2,2 4,7 -0,2 6,4 11,2 9,9 9,2 9,4 9,4 7,8 8,7 9,4   
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) -1,8 5,4 -0,9 5,8 11,7 10,0 9,0 9,3 9,4 8,0 8,7 9,4   
2.1.1 Telecomunicações -2,3 0,9 -0,7 -2,9 -1,4 -2,5 0,2 0,0 -0,2 -0,3 -0,2 -0,2   
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação -0,9 10,6 1,3 19,3 31,2 25,3 24,0 24,7 24,8 21,8 23,3 24,8   
2.2 Serviços audiovisuais -1,9 1,4 1,9 10,8 7,6 9,1 10,6 10,3 10,1 6,1 8,1 10,1   
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares -2,8 1,3 2,6 4,7 5,1 7,5 7,5 7,3 7,3 4,1 5,7 7,3   
3.1 Serviços técnico-profissionais -4,6 -0,9 2,0 5,9 3,1 8,5 13,7 12,6 12,1 10,3 10,9 12,1   
3.2 Serviços administrativos e complementares -1,6 1,9 1,4 4,2 6,0 7,1 5,1 5,2 5,4 1,8 3,6 5,4   
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio -0,1 2,1 1,8 9,9 13,7 14,9 15,2 15,1 15,1 11,8 13,5 15,1   
4.1 Transporte terrestre 1,2 1,1 2,6 8,2 12,8 16,9 14,7 14,5 14,7 10,9 12,8 14,7   
4.2 Transporte aquaviário 1,7 1,7 2,0 14,8 18,2 19,2 13,7 14,2 14,6 12,8 13,9 14,6   
4.3 Transporte aéreo -5,9 11,7 10,6 26,7 36,7 52,2 35,3 35,5 37,0 17,7 26,0 37,0   
4.4 Armazenagem, serviços auxiliares aos transportes e correio -1,3 1,5 -3,3 8,3 9,5 4,5 13,0 12,7 11,9 11,8 12,2 11,9   
5. Outros serviços -6,6 4,2 1,4 -6,2 -3,0 -4,4 7,0 6,1 5,0 7,3 6,4 5,0   
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria.   (1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal;  (2) Base: igual mês do ano anterior;  (3) Base: igual período do ano anterior;  (4) Base: 12 meses anteriores. 

Na comparação com dezembro de 2020, o volume de serviços avançou 10,4%, décima taxa positiva seguida. Houve altas em quatro das cinco atividades e em 69,3% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre os setores, o de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (14,9%) e o de serviços de informação e comunicação (9,9%) exerceram as principais contribuições positivas sobre o volume total de serviços. Os demais avanços vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (7,5%) e dos prestados às famílias (21,5%). Em contrapartida, a única taxa negativa ficou com o setor de outros serviços (-4,4%).

No acumulado de janeiro a dezembro de 2021, frente a igual período do ano anterior, o setor de serviços cresceu 10,9%, com altas nas cinco atividades e em 74,1% dos 166 tipos de serviços investigados. As contribuições positivas mais importantes foram de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (15,1%) e informação e comunicação (9,4%). Os demais avanços vieram de serviços profissionais, administrativos e complementares (7,3%); de serviços prestados às famílias (18,2%); e de outros serviços (5,0%).

Serviços crescem em 19 das 27 unidades da federação em dezembro 

Regionalmente, frente a novembro, houve altas em 19 das 27 unidades da federação, acompanhando o avanço (1,4%) observado no Brasil. Entre os locais com taxas positivas, o impacto mais importante veio de São Paulo (1,5%), seguido por Distrito Federal (9,3%) e Minas Gerais (2,3%). Já o Rio de Janeiro (-1,5%) registrou a principal retração.

Frente a dezembro de 2020, o avanço do volume de serviços no Brasil (10,4%) foi acompanhado por 24 das 27 unidades da federação. A principal contribuição positiva ficou com São Paulo (13,1%), seguido por Minas Gerais (11,1%), Distrito Federal (21,5%), Rio Grande do Sul (13,3%) e Santa Catarina (13,1%). Em sentido oposto, Amazonas (-1,7%), Rondônia (-6,0%) e Piauí (-1,8%) tiveram os únicos resultados negativos do mês.

No acumulado do ano, a alta no volume de serviços no Brasil (10,9%) se deu nas 27 unidades da federação. O principal impacto positivo veio de São Paulo (11,5%), seguido por Minas Gerais (14,0%), Rio de Janeiro (7,3%), Rio Grande do Sul (12,1%) e Santa Catarina (14,7%).

Atividades turísticas crescem 3,5% em dezembro e 21,1% em 2021

Em dezembro de 2021, o índice de atividades turísticas cresceu 3,5% frente ao mês anterior, sétima taxa positiva nos últimos oito meses, período em que acumulou ganho de 66,7%. Contudo, que o segmento de turismo ainda se encontra 11,4% abaixo do patamar de fevereiro de 2020. Regionalmente, oito dos 12 locais pesquisados acompanharam a alta. A contribuição positiva mais relevante veio de São Paulo (5,7%), seguido por Paraná (6,0%), Distrito Federal (7,5%) e Rio Grande do Sul (4,0%). Em sentido oposto, Rio de Janeiro (-1,4%), Bahia (-2,2%) e Ceará (-3,9%) assinalaram os resultados negativos mais importantes do mês.

Na comparação dezembro de 2021 / dezembro de 2020, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 30,7%, nona taxa positiva seguida, impulsionado, principalmente, pelos ramos de transporte aéreo; hotéis; restaurantes; rodoviário coletivo de passageiros; locação de automóveis; agências de viagens; e serviços de bufê. Houve altas nas doze unidades da federação onde o indicador é investigado, com destaque para São Paulo (34,0%), seguido por Minas Gerais (48,5%), Rio de Janeiro (17,6%), Rio Grande do Sul (57,2%) e Bahia (33,1%).

No acumulado do ano, o agregado especial de atividades turísticas cresceu 21,1%, impulsionado, sobretudo, pelos ramos de transporte aéreo; hotéis; restaurantes; rodoviário coletivo de passageiros; e locação de automóveis. Houve altas nos doze locais investigados, com destaque para São Paulo (11,9%), Rio de Janeiro (16,9%), Minas Gerais (31,6%), Bahia (47,3%), Pernambuco (40,9%) e Rio Grande do Sul (39,0%).