Nossos serviços estão apresentando instabilidade no momento. Algumas informações podem não estar disponíveis.

Índice de Preços ao Produtor (IPP) foi de 1,31% em novembro

05/01/2022 09h00 | Atualizado em 12/01/2022 07h36

Em novembro de 2021, os preços da indústria subiram 1,31%, abaixo do registrado em outubro (2,26%). O acumulado no ano atingiu 28,36%, e o acumulado em 12 meses, 28,86%. Em novembro, 17 das 24 atividades tiveram alta de preços, contra 21 do mês anterior.

Período

Taxa (%)

Novembro de 2021 1,31
Outubro de 2021 2,26
Acumulado no ano 28,36
Acumulado em 12 meses 28,86
Novembro de 2020 1,38

O Índice de Preços ao Produtor (IPP) mede os preços de produtos “na porta de fábrica” das Indústrias Extrativas e de Transformação, sem impostos e fretes, e abrange as grandes categorias econômicas: bens de capital, bens intermediários e bens de consumo (duráveis, semiduráveis e não duráveis).

Em novembro de 2021, os preços da indústria subiram 1,31% frente a outubro. As quatro maiores variações foram nas atividades de refino de petróleo e produtos de álcool (6,63%), indústrias extrativas (-5,21%), outros produtos químicos (4,90%) e bebidas (2,52%). As maiores influências foram refino de petróleo e produtos de álcool (0,71 p.p.), outros produtos químicos (0,47 p.p.), indústrias extrativas (-0,31 p.p.) e produtos de metal (0,07 p.p.).

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e
de Transformação (Indústria Geral) e Seções - Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
SET/21 OUT/21 NOV/21 SET/21 OUT/21 NOV/21 SET/21 OUT/21 NOV/21
Indústria Geral 0,25 2,26 1,31 23,90 26,69 28,36 30,40 28,95 28,86
B - Indústrias Extrativas -16,48 -2,18 -5,21 40,72 37,66 30,49 49,71 33,48 29,17
C - Indústrias de Transformação 1,61 2,55 1,73 22,92 26,06 28,23 29,29 28,67 28,85
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

acumulado no ano foi de 28,36%, contra 26,69% em outubro/2021. Entre as atividades com as maiores variações estão: refino de petróleo e produtos de álcool (71,04%), outros produtos químicos (60,03%), metalurgia (46,45%) e madeira (38,51%). Os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (5,99 p.p.), outros produtos químicos (4,81 p.p.), alimentos (3,99 p.p.) e metalurgia (3,04 p.p.).

acumulado em 12 meses foi de 28,86%, contra 28,95% em outubro/2021. As quatro maiores variações ocorreram em refino de petróleo e produtos de álcool (80,13%), outros produtos químicos (60,69%), metalurgia (48,87%) e madeira (39,77%). Os setores de maior influência foram: refino de petróleo e produtos de álcool (6,44 p.p.), outros produtos químicos (4,86 p.p.), alimentos (3,73 p.p.) e metalurgia (3,15 p.p.).

A variação de preços de 1,31% em relação a outubro repercutiu da seguinte maneira entre as grandes categorias econômicas: 1,19% em bens de capital; 1,40% em bens intermediários; e 1,18% em bens de consumo, sendo que 0,64% foi a variação observada em bens de consumo duráveis e 1,29% em bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

A influência das categorias econômicas sobre o IPP (1,31%) foi: 0,08 p.p. de bens de capital, 0,82 p.p. de bens intermediários e 0,41 p.p. de bens de consumo. No caso de bens de consumo, 0,04 p.p. se deveu às variações de preços observadas nos bens de consumo duráveis e 0,37 p.p. nos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

No acumulado no ano, a variação foi de 28,36%, sendo 19,03% de bens de capital (com influência de 1,38 p.p.), 35,53% de bens intermediários (19,79 p.p.) e 19,41% de bens de consumo (7,18 p.p.). Este último resultado foi influenciado em 0,93 p.p. pelos produtos de bens de consumo duráveis e 6,25 p.p., pelos bens de consumo semiduráveis e não duráveis.

Índices de Preços ao Produtor, segundo Indústrias Extrativas e
de Transformação (Indústria Geral) e Grandes Categorias Econômicas
Últimos três meses
Indústria Geral e Seções Variações (%)
M/M-1 Acumulado Ano M/M-12
SET/21 OUT/21 NOV/21 SET/21 OUT/21 NOV/21 SET/21 OUT/21 NOV/21
Indústria Geral 0,25 2,26 1,31 23,90 26,69 28,36 30,40 28,95 28,86
Bens de Capital (BK) 1,29 1,85 1,19 15,50 17,63 19,03 17,30 16,43 17,71
Bens Intermediários (BI) -0,55 3,03 1,40 29,72 33,65 35,53 38,99 36,32 36,21
Bens de consumo(BC) 1,42 1,04 1,18 16,79 18,01 19,41 20,57 20,39 20,03
Bens de consumo duráveis (BCD) 0,55 1,36 0,64 12,78 14,32 15,05 15,87 16,28 16,01
Bens de consumo semiduráveis e não duráveis (BCND) 1,59 0,98 1,29 17,59 18,75 20,28 21,52 21,22 20,84
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

Frente a novembro de 2020, os preços da indústria subiram 28,86%, com as seguintes variações: bens de capital, 17,71% (1,31 p.p.); bens intermediários, 36,21% (20,15 p.p.); e bens de consumo, 20,03% (7,41 p.p.), sendo que a influência de bens de consumo duráveis foi de 0,98 p.p. e a de bens de consumo semiduráveis e não duráveis de 6,42 p.p.

Indústrias extrativas: em novembro, os preços do setor variaram, -5,21%, terceiro mês consecutivo de variações negativas, que acumularam -22,56% de queda. O destaque dado ao setor se deve ao fato de ser a segunda variação mais intensa (negativa), no indicador mensal e a terceira influência nessa mesma perspectiva (-0,31 p.p., em 1,31%). O acumulado ao longo do ano, foi de 30,49%. No acumulado em 12 meses, a variação foi de 29,17%. Vale observar que até agosto, o acumulado no ano era de 68,49%.

Em novembro, o preço dos dois produtos de maior peso no cálculo do setor (“óleos brutos de petróleo” e “minérios de ferro e seus concentrados, em bruto ou beneficiados, exceto pelotizados ou sinterizados”) tiveram suas primeiras variações negativas deste ano. O preço de “minérios de ferro e seus concentrados, em bruto ou beneficiados, exceto pelotizados ou sinterizados”, sim, caiu nos três meses recentes cujas taxas foram negativas.

Alimentos: em novembro, os preços dos alimentos variaram, em média, -0,15%, segundo resultado negativo no ano e o primeiro depois do de junho (-0,14%). No acumulado, o resultado de novembro recua de 15,70% para 15,53%, mantendo-se acima dos 15% e acima dos 10% observados desde julho de 2021 (10,06%). No acumulado em 12 meses, a variação de 14,31% é a menor do ano, mais que isso, é a menor desde fevereiro de 2020 (11,94%).

O setor exerceu a terceira maior influência tanto no acumulado no ano (3,99 p.p., em 28,36%), quanto no acumulado em 12 meses (3,73 p.p., em 28,86%).

Em termos de influência, destaque para as variações negativas de “leite esterilizado / UHT / Longa Vida”, “carnes bovinas congeladas” e “carnes e miudezas de aves congeladas”, o que está em sintonia com o comportamento do mercado, destacando-se o período de maior captação do leite, as restrições ainda sofridas pela carne bovina brasileira no mercado chinês e a demanda não muito aquecida de frango. Por outro lado, a baixa oferta tem estimulado o preço dos produtos derivados da cana-de-açúcar, como é o caso de “açúcar cristal”.

Os quatro produtos que mais influenciaram o resultado mensal responderam por -0,21 p.p., em -0,15%, o que quer dizer que os 39 demais produtos tiveram uma influência líquida positiva de 0,06 p.p.

Como o impacto maior do setor no índice geral se deu no acumulado no ano e em 12 meses, vale observar que cinco produtos se destacam, todos com variações positivas nessas perspectivas: “açúcar VHP (very high polarization)”, “carnes de bovinos frescas ou refrigeradas”, “açúcar cristal”, “óleo de soja em bruto, mesmo degomado” e “carnes e miudezas de aves congeladas”.

Entre os grupos, as variações negativas no indicador mensal ocorreram em “abate e fabricação de produtos de carne” (-1,72%), “laticínios” (-3,40%) e “moagem, fabricação de produtos amiláceos e de alimentos para animais” (-0,28%). São esses resultados, portanto, que puxam a variação para o campo negativo. Já nos demais indicadores, “fabricação e refino de açúcar” (33,06%, no acumulado no ano; 29,50%, no M/M-12) e “torrefação e moagem de café” (65,82%, no acumulado no ano; 67,03%, no indicador acumulado em 12 meses) são os únicos setores cujos preços variaram acima da média: 15,53%, no acumulado no ano; 14,31%, no acumulado em 12 meses.

Refino de petróleo e produtos de álcool: em novembro, os preços do setor variaram em média 6,63%. O último resultado negativo nessa comparação foi de abril de 2021 (-0,55%), aliás, a única do ano. Entre maio e setembro de 2021, no entanto, a variação média foi de 1,80%, contra 7,15% de outubro e 6,63% de novembro. No acumulado no ano, a variação saiu de 60,40% em outubro para 71,04% em novembro. Já no acumulado em 12 meses, houve um aumento de 8,09 p.p. entre a taxa de outubro (72,04%) e a de novembro (80,13%). O resultado anual de novembro é o terceiro maior da série, perdendo para aqueles observados em abril de 2021 (91,25%) e maio de 2021 (106,57%).

As variações positivas dos preços desse setor foram as mais intensas entre todas as atividades industriais. Além disso, sua influência no resultado geral foi, nos três indicadores calculados, a maior (0,71 p.p., em 1,31%, no indicador mensal; 5,99 p.p., em 28,36%, no acumulado no ano; e 6,44 p.p., em 28,86%, no acumulado em 12 meses).

Outros produtos químicos: com a segunda maior variação positiva de preços do IPP, 4,90%, a indústria química acumulou variação de 60,03% no ano e de 60,69% nos últimos 12 meses, devido principalmente à variação de preços internacionais de diversas matérias-primas importadas ou não, como, por exemplo, a nafta. Além disso, a demanda da indústria por produtos químicos está aquecida. Os maiores responsáveis pelo aumento são do grupo “fabricação de produtos químicos inorgânicos”, mais especificamente em adubos/fertilizantes, Devido aos aumentos significativos da ureia, à menor produção de fertilizantes no mercado externo e valorização do dólar frente ao real nos últimos cinco meses do ano com 10,4%. A variação de preços neste grupo foi de 7,12% no mês, acumulando 113,05% no ano e 110,63% nos últimos 12 meses. Ambos os valores acumulados também são os maiores em toda a série.

Já o grupo de “fabricação de resinas e elastômeros” apresentou uma variação de 4,26%, terceira variação positiva seguida, desta forma acumulando 43,21% no ano e 46,48% nos últimos 12 meses. Por fim, no grupo “fabricação de defensivos agrícolas e desinfestantes domissanitários”, o resultado seguiu o sinal da atividade, com 3,97% no mês, acumulado de 17,57% no ano e 16,93% no período de 12 meses.

Os quatro produtos que mais influenciaram o resultado (2,96 p.p., em 4,90%), tiveram aumento de preços, sendo dois do grupo de produtos químicos inorgânicos: “adubos ou fertilizantes à base de NPK” e “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”. Os demais foram representantes dos grupos destacados anteriormente, “herbicidas para uso na agricultura” e “policloreto de vinila (PVC)”. Os demais 35 produtos pesquisados na atividade também tiveram, na média, um resultado positivo, com 1,94 p.p. da variação final da atividade.

Os que mais influenciaram os resultados no acumulado do ano e em 12 meses são todos positivos e os mesmos: “adubos ou fertilizantes à base de NPK”, “adubos ou fertilizantes minerais ou químicos, fosfatados”, “polipropileno (PP)” e “propeno (propileno) não saturado”.

O setor se destacou por ter a terceira maior variação de preços no mês, e a segunda nos acumulados do ano e em 12 meses. Além disso, em termos de influência, foi a segunda maior no mês (0,47 p.p. em 1,31% do índice geral) e repetiu a posição no acumulado do ano (4,81 p.p. em 28,36%). No acumulado em 12 meses alcançou 4,86 p.p. em 28,86%.

Metalurgia: ao comparar os preços de novembro contra outubro, houve uma variação de -0,31%, quebrando uma série de 16 variações positivas na atividade. Com este resultado, o setor de metalurgia acumulou uma variação de 46,45% no ano e de 48,87%, nos últimos 12 meses. Entre dezembro de 2018 (base da amostra atual) e novembro de 2021, os preços do setor tiveram uma variação acumulada de 93,46%, perdendo apenas para a variação de preços das indústrias extrativas, 116,04%, atividade na qual aparece minério de ferro, principal matéria-prima do aço, e praticamente empatando com a atividade de refino de petróleo e biocombustíveis com 94,44%.

Considerando os grupos econômicos da atividade, o siderúrgico apresentou pela segunda vez seguida uma variação negativa, desta vez em -3,67%, a mais intensa deste grupo em toda a série pesquisada pelo IPP e que foi iniciada em janeiro de 2019, muito em razão da queda de preços do minério de ferro. O grupo econômico de siderurgia acumulou 51,86% no ano e 56,21% em 12 meses. Os dois últimos valores estão acima da média da atividade.

Os quatro produtos que mais influenciaram a variação no mês responderam por -0,69 p.p., de -0,31%, cabendo, então, 0,38 p.p. aos demais 20 produtos analisados. Três dos quatro produtos que mais influenciaram os resultados no mês tiveram variações negativas, sendo que os três são derivados do aço, influenciados, como mencionado anteriormente, pela queda de preços do minério de ferro no mercado.

O setor metalúrgico se destacou por ter a terceira maior variação no acumulado no ano e nos 12 meses. Em relação à influência, foi a quarta nos resultados acumulado no ano (3,04 p.p., em 28,36%) e acumulado em 12 meses (3,15 p.p., em 28,86%).

Produtos de metal - o setor teve aumento médio de preços de 2,49%, maior resultado desde julho deste ano (quando variou 2,50%) e a quarta maior influência no indicador mensal entre todos os setores das indústrias extrativas e de transformação analisados na pesquisa, com 0,07 p.p. em 1,31% da Indústria Geral.

Os produtos que mais influenciaram o resultado mensal foram: “latas de alumínio para embalagem”, “laminados metálicos cortados em qualquer forma”, “estruturas de ferro e aço, em chapas ou em outras formas” e “esquadrias de ferro e aço”. Os aumentos observados nesses produtos são justificados, principalmente, pelos maiores preços de seus insumos, como, por exemplo, o alumínio e o aço (o grupo de siderurgia, apesar de ter apresentado uma queda em novembro, acumula alta de 56,21% em 2021 nos últimos 12 meses). Estes quatro produtos, somados, totalizaram 2,02 p.p. no resultado do indicador mensal (2,49%). Ou seja, os demais 21 produtos da atividade contribuíram com 0,47 p.p.

O setor acumula uma variação de 37,56% em 2021, maior resultado da série histórica para um acumulado no ano, não só para um mês de novembro, mas também para qualquer mês analisado. Para comparação, do início da série histórica, em 2010, até 2020, a média de variação acumulada nos primeiros 11 meses do ano era de 5,23%. E nos últimos 12 meses, quando se compara novembro de 2021 com novembro de 2020, o setor acumula uma variação de 37,58%, quarto maior resultado observado na série, atrás apenas de outros meses de 2021: agosto (39,90%), setembro (39,11%) e julho (38,50%).