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Em maio, vendas no varejo crescem 1,4%

07/07/2021 09h00 | Atualizado em 08/09/2021 16h36

Em maio de 2021, o volume de vendas do comércio varejista nacional cresceu 1,4%, frente a abril, na série com ajuste sazonal, sua segunda alta consecutiva, após subir 4,9% em abril. A média móvel trimestral foi de 1,1% no trimestre encerrado em maio. Na série sem ajuste sazonal, as vendas do varejo subiram 16,0% frente a maio de 2020. O acumulado no ano foi a 6,8% e o acumulado em 12 meses, a 5,4%.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades veículos, motos, partes e peças e material de construção, também foi o segundo mês seguido de alta, sendo que o volume de vendas cresceu 3,8% em relação a abril. A média móvel trimestral permanece negativa (-0,2%). Frente a maio de 2020, houve alta de 26,2%. No ano, o varejo ampliado acumula alta de 12,4% e, em doze meses, as vendas subiram 6,8%.

Período Varejo Varejo Ampliado
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Maio / Abril* 1,4 2,4 3,8 4,7
Média móvel trimestral* 1,1 1,7 -0,2 1,7
Maio 2021 / Maio 2020 16,0 29,8 26,2 41,1
Acumulado 2021 6,8 18,1 12,4 24,6
Acumulado 12 meses 5,4 13,3 6,8 15,0
*Série COM ajuste sazonal

Sete das oito atividades avançaram, na série com ajuste sazonal

O aumento de 1,4% no volume de vendas do varejo, na passagem de abril para maio de 2021, na série com ajuste sazonal, foi acompanhado de taxas positivas em sete das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (16,8%), Combustíveis e lubrificantes (6,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (6,7%), Livros, jornais, revistas e papelaria (1,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,3%), Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1,0%) e Móveis e eletrodomésticos (0,6%). A única atividade com recuo frente a abril foi a de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-1,4%).

Já no varejo ampliado, os dois segmentos que complementam o índice do varejo tiveram alta: Veículos, motos, partes e peças (1,0%) e Material de construção (5,0%).

Volume de vendas do comércio varejista e comércio varejista ampliado - Grupos de atividades - Maio 2021         
ATIVIDADES Mês/mês anterior (1) Mês/Igual mês de 2020 Acumulado         
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)         
MAR ABR MAI MAR ABR MAI NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -3,0 4,9 1,4 2,2 23,7 16,0 6,8 5,4  
1 - Combustíveis e lubrificantes -5,5 2,9 6,9 -1,5 19,3 19,7 2,5 -4,3  
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 3,3 -1,4 1,0 -3,9 -1,7 -4,1 -2,6 1,5  
       2.1 - Super e hipermercados 3,1 -1,2 1,0 -3,3 -1,6 -4,2 -2,1 2,6  
3 - Tecidos, vest. e calçados -7,8 6,2 16,8 -14,6 301,3 165,2 26,2 -3,9  
4 - Móveis e eletrodomésticos -18,8 19,0 0,6 11,7 71,1 22,5 15,0 18,9  
       4.1 - Móveis - - - 17,5 89,4 34,2 21,8 24,1  
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 8,9 63,7 17,8 12,4 16,8  
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -0,5 0,1 -1,4 11,8 34,1 18,8 16,7 13,9
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -4,8 8,5 1,4 -19,4 96,5 59,4 -27,3 -31,1
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -10,8 11,5 3,3 -0,4 46,6 32,7 6,4 -4,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -15,1 22,5 6,7 30,1 104,6 59,8 33,8 19,2
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -9,1 5,4 3,8 9,8 40,9 26,2 12,4 6,8
9 - Veículos e motos, partes e peças -19,8 20,3 1,0 27,0 131,9 71,9 26,3 4,1
10- Material de construção -11,9 8,2 5,0 33,4 44,4 25,7 25,6 23,7         
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal.
(2) Composto pelas atividades numeradas de 1 a 8. (3) Composto pelas atividades numeradas de 1 a 10.      

Sete das oito atividades do varejo tiveram taxas positivas frente a maio de 2020

Em relação a maio de 2020, a alta do comércio varejista (16,0%) atingiu sete das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (165,2%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (59,8%), Livros, jornais, revistas e papelaria (59,4%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (32,7%), Móveis e eletrodomésticos (22,5%), Combustíveis e lubrificantes (19,7%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,8%). A única queda foi em Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-4,1%).

No comércio varejista ampliado, as duas atividades complementares tiveram desempenho positivo: Veículos, motos, partes e peças subiu 71,9% e Material de construção, 25,7%.

Receita nominal de vendas do comércio varejista e comércio varejista ampliado - Grupos de atividades - Maio 2021
ATIVIDADES Mês/mês anterior (1) Mês/Igual mês de 2020 Acumulado
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
MAR ABR MAI MAR ABR MAI NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) -1,8 4,6 2,4 13,6 36,0 29,8 18,1 13,3
1 - Combustíveis e lubrificantes 3,5 1,0 11,8 21,5 62,2 77,8 24,5 3,0
2 - Hiper, supermercados, prods.  alimentícios, bebidas e fumo 3,1 -1,5 1,5 9,9 10,9 8,2 11,2 14,3
       2.1 - Super e hipermercados 2,9 -1,5 1,6 10,3 11,0 8,1 11,6 15,3
3 - Tecidos, vest. e calçados -20,7 22,1 12,9 -14,2 305,7 171,6 27,3 -4,6
4 - Móveis e eletrodomésticos -20,9 25,5 2,2 24,9 94,6 38,9 27,7 25,5
       4.1 - Móveis - - - 20,4 100,3 46,5 26,3 21,3
       4.2 - Eletrodomésticos - - - 26,8 92,4 36,0 28,8 27,5
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -1,0 1,5 0,0 10,4 37,4 25,1 17,8 13,8
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -0,3 4,1 1,7 -19,5 96,1 57,9 -26,7 -29,9
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação -10,4 11,4 2,3 12,4 67,9 45,5 19,8 6,1
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico -6,4 12,3 1,3 36,9 113,6 69,4 40,6 23,0
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) -4,0 4,6 4,7 22,0 54,0 41,1 24,6 15,0
9 - Veículos e motos, partes e peças -18,8 23,2 2,0 40,1 154,2 91,0 39,2 10,6
10- Material de construção -4,8 6,1 4,0 62,4 78,5 56,7 52,0 39,1
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.  (1) Séries com ajuste sazonal. 

O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., com aumento de 59,8% no volume de vendas em relação a maio de 2020, registrou o décimo segundo mês consecutivo de crescimento, para este indicador, exercendo a maior contribuição ao resultado geral do varejo (6,2 p.p., de um total de 16,0%). O acumulado do ano (33,8%) ganhou ritmo frente a abril (27,7%) e o dos últimos 12 meses (19,2%) ganhou 5,5 p.p. frente a abril (13,7%).

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, por sua vez, cresceu 165,2% em relação a maio de 2020, sua segunda taxa positiva nessa comparação. A atividade exerceu o segundo maior impacto sobre o varejo (5,8 p.p). O acumulado no ano, ao subir de 3,6% em abril para 26,2% em maio, mostra forte recuperação para o segmento, que, no entanto, continua negativo nos últimos 12 meses (-3,9%), embora com menos intensidade do que em abril (-15,0%).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos cresceu 22,5% em relação a maio de 2020, sua quarta alta consecutiva. No ano, o setor acumula 15,0% de crescimento, taxa acima do resultado do mês anterior (13,0%). Nos últimos doze meses, mantém elevação do ritmo de crescimento, tendo passado de 16,4% até abril para 18,9% em maio.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria cresceu 18,8% frente a maio de 2020, sua décima segunda variação positiva consecutiva ante igual mês do ano anterior. O acumulado no ano passou de 16,2% até abril para 16,7% até maio. Nos últimos doze meses, o segmento acumula alta de 13,9% até maio.

As vendas de Combustíveis e lubrificantes subiram 19,7% em relação a maio de 2020, segunda alta consecutiva. O acumulado do ano deixa para trás o índice negativo de abril (-1,3%) e atinge alta de 2,5% em maio. Mas o indicador dos últimos doze meses ainda se encontra no campo negativo (-7,4% em abril e -4,3% em maio).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação cresceu 32,7% frente a maio de 2020, segunda taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano passou de 1,0% até abril para 6,4% em maio, mas o dos últimos doze meses está negativo (-4,1%).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria aumentou 59,4% frente a maio de 2020, segunda taxa positiva consecutiva, após 14 meses de resultados negativos. O comportamento desta atividade vem sendo influenciado pela contínua substituição dos produtos impressos pelo meio eletrônico e redução de lojas físicas. Mas o indicador acumulado no ano passou de -33,9% até abril para -27,3% até maio, mostrando diminuição no ritmo de queda. Nos últimos doze meses, a queda soma 31,1% em maio.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo foi o único que registrou recuo no indicador interanual (-4,1%), sendo seu quarto resultado negativo seguido. No ano, acumula, até maio, recuo de 2,6% – patamar semelhante ao registrado até abril (-2,3%). Nos últimos doze meses, porém, registra aumento em maio (1,5%).

No comércio varejista ampliado, o setor de Veículos, motos, partes e peças registrou crescimento de 71,9% em relação a maio de 2020, terceira taxa positiva seguida, exercendo a maior contribuição no resultado para o varejo ampliado (11,9 p.p de um total de 26,2%). No ano, o aumento é de 26,3%. Nos últimos doze meses, o segmento sai do negativo em maio, registrando alta de 4,1% (frente a -3,7% de abril).

Por fim, o segmento de Material de Construção (25,7%) contabiliza a décima segunda taxa positiva consecutiva na comparação com igual mês do ano anterior. No ano, o indicador mostrou estabilidade em relação ao que havia registrado até abril (25,6% em ambos). Nos últimos doze meses, manteve trajetória de crescimento iniciada em junho de 2020, passando de 21,1% em abril para 23,7% em maio.

Vendas crescem em 26 unidades da Federação em relação a abril

De abril para maio de 2021, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou aumento de 1,4%, com predomínio de resultados positivos em 26 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (23,3%), Ceará (9,4%) e Minas Gerais (9,2%). O único estado com resultado no campo negativo foi Goiás (-0,3%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, o aumento foi de 3,8%, com predomínio de resultados positivos em 24 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (21,6%), Minas Gerais (8,6%) e Distrito Federal (6,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, temos Sergipe (-4,9%), Ceará (-1,0%) e Tocantins (-0,3%).

Frente a maio de 2020, as vendas do comércio varejista subiram 16,0%, com resultados positivos em 26 das 27 unidades da Federação, com destaque para: Amapá (92,0%), Piauí (44,6%) e Pará (43,4%). Pressão negativa apenas do Tocantins (-2,7%). Já no comércio varejista ampliado, o aumento de 26,2% foi seguido pelas 27 UFs, com destaque para Amapá (105,3%), Piauí (62,4%) e Pará (57,5%).