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IPCA fica em 0,31% em abril

11/05/2021 09h00 | Atualizado em 11/05/2021 09h00

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de abril foi de 0,31%, ficando 0,62 ponto percentual abaixo da taxa de março (0,93%). No ano, o índice acumula alta de 2,37% e, em 12 meses, de 6,76%, acima dos 6,10% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2020, a variação havia sido de -0,31%.

Período  Taxa
Abril 2021 0,31%
Março 2021 0,93%
Abril 2020 - 0,31%
Acumulado no ano 2,37%
Acumulado em 12 meses 6,76%

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, oito tiveram alta de preços em abril. O maior impacto (0,16 p.p.) e a maior variação (1,19%) vieram de Saúde e cuidados pessoais, que havia recuado ligeiramente em março (-0,02%). A segunda maior contribuição (0,09 p.p.) veio de Alimentação e bebidas (0,40%), acelerando em relação ao mês anterior (0,13%).

O grupo Habitação seguiu movimento inverso, passando de 0,81% em março para 0,22% em abril. A única queda observada no mês veio dos Transportes (-0,08%), após as altas de 2,28% e 3,81% em fevereiro e março, respectivamente. Os demais grupos ficaram entre o 0,01% de Despesas pessoais e o 0,57% de Artigos de residência.

IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal
Grupo Variação (%) Impacto (p.p.)
Março Abril Março Abril
Índice Geral 0,93 0,31 0,93 0,31
Alimentação e bebidas 0,13 0,40 0,03 0,09
Habitação 0,81 0,22 0,12 0,03
Artigos de residência 0,69 0,57 0,03 0,02
Vestuário 0,29 0,47 0,01 0,02
Transportes 3,81 -0,08 0,77 -0,02
Saúde e cuidados pessoais -0,02 1,19 0,00 0,16
Despesas pessoais 0,04 0,01 0,00 0,00
Educação -0,52 0,04 -0,03 0,00
Comunicação -0,07 0,08 0,00 0,01
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

A alta do grupo Saúde e cuidados pessoais (1,19%) foi influenciada principalmente pelo resultado dos produtos farmacêuticos (2,69%), que contribuíram com 0,09 p.p. no índice geral. No dia 1º de abril, foi autorizado o reajuste de até 10,08% no preço dos medicamentos, dependendo da classe terapêutica. A maior variação no item veio dos remédios anti-infecciosos e antibióticos (5,20%). Além disso, houve alta também nos produtos de higiene pessoal (0,99%), com impacto de 0,04 p.p.

No grupo Alimentação e bebidas, a alta de 0,40% em abril frente a março (0,13%) é explicada pela alimentação no domicílio (0,47%), que havia recuado (-0,17%) no mês anterior. A maior contribuição (0,03 p.p.) veio das carnes (1,01%), que acumulam alta de 35,03% nos últimos 12 meses. Na sequência, vêm o leite longa vida (2,40%), o frango em pedaços (1,95%) e o tomate (5,46%). No lado das quedas, as frutas (-5,21%) foram o principal destaque, contribuindo com -0,05 p.p. no índice do mês.

A alimentação fora do domicílio (0,23%) por sua vez, apresentou variação inferior à do mês anterior (0,89%), especialmente por causa do lanche, que passou de alta de 1,88% em março para queda de 0,04% em abril.

A desaceleração no grupo Habitação (0,22%) está relacionada principalmente à alta menos intensa do gás de botijão (1,15%) frente a março (4,98%) e ao recuo nos preços da energia elétrica (-0,04%), que haviam subido 0,76% no mês anterior. Em abril, foi mantida a bandeira tarifária amarela, que acrescenta R$ 1,343 na conta de luz a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Enquanto houve quedas de preço algumas áreas, como São Paulo (-1,22%) e Porto Alegre (-1,38%), por conta da diminuição das alíquotas de PIS/COFINS, outras, como o Rio de Janeiro (3,63%) e Fortaleza (3,32%), apresentaram alta. No Rio, houve reajustes de 4,66% e 4,50% nas concessionárias pesquisadas, em vigor desde 15 de março. Os demais reajustes foram aplicados em abril.

IPCA - Energia elétrica
Região Variação (%) Reajuste (%) Data
Fortaleza 3,32 7,74 22/04
Aracaju 2,11 8,33 22/04
Salvador 1,96 7,47 22/04
Campo Grande -0,82 7,28 22/04
Recife -0,54 7,86 29/04
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

 As variações negativas em Campo Grande (-0,82%) e Recife (-0,54%) decorrem de reduções nas alíquotas de impostos. Além disso, em Recife, o reajuste passou a valer no último dia do período de referência da pesquisa.

O recuo nos Transportes (-0,08%) foi influenciado pelos combustíveis (-0,94%). Os preços da gasolina (-0,44%) caíram pela primeira vez, após 10 meses consecutivos de alta. No entanto, o recuo mais intenso veio do etanol (-4,93%), que contribuiu com -0,04 p.p. para o resultado de abril. No lado das altas, os destaques, além dos automóveis novos (1,01%) e usados (0,57%), foram as passagens aéreas (6,41%), que tiveram sua primeira alta de preços do ano.

Ainda em Transportes, a variação de 0,05% em ônibus urbano é consequência do reajuste de 4,76% no preço das passagens em Salvador (0,71%), vigente desde 26 de abril.

Todas as dezesseis áreas pesquisadas apresentaram variação positiva. O maior resultado ficou no município de Rio Branco (0,96%), principalmente por conta dos produtos farmacêuticos (4,50%). Já o menor resultado foi observado em Brasília (0,05%), especialmente em função da queda no preço da gasolina (-1,47%).

IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Março Abril Ano 12 meses
Rio Branco 0,51 0,96 0,96 3,46 10,04
Aracaju 1,03 1,09 0,75 3,31 5,88
Fortaleza 3,23 0,72 0,75 3,36 8,03
Belém 3,94 0,80 0,70 2,90 7,32
Rio de Janeiro 9,43 0,78 0,56 1,91 5,36
Recife 3,92 0,62 0,48 2,40 7,34
Campo Grande 1,57 0,96 0,46 2,90 9,22
Curitiba 8,09 1,33 0,46 3,18 8,23
São Luís 1,62 0,70 0,43 2,28 8,21
Vitória 1,86 1,10 0,38 2,94 7,53
Belo Horizonte 9,69 1,18 0,37 2,63 7,18
Goiânia 4,17 1,46 0,20 2,26 7,77
Porto Alegre 8,61 0,95 0,19 2,25 6,62
São Paulo 32,28 0,75 0,14 1,97 6,15
Salvador 5,99 0,81 0,09 2,10 5,96
Brasília 4,06 1,44 0,05 2,74 6,86
Brasil 100,00 0,93 0,31 2,37 6,76
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

 O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e Brasília.

Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de março e 29 de abril de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 2 e 29 de março de 2021 (base). Cabe lembrar que, em virtude da pandemia de COVID-19, o IBGE suspendeu, no dia 18 de março de 2020, a coleta presencial de preços. A partir dessa data, os preços passaram a ser coletados por outros meios, como sites de internet, telefone ou e-mail.

INPC tem alta de 0,38% em abril

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC do mês de abril foi de 0,38%, 0,48 p.p. abaixo do resultado de março (0,86%). No ano, o INPC acumula alta de 2,35% e, nos últimos doze meses, de 7,59%, acima dos 6,94% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em abril de 2020, a taxa foi de -0,23%.

Os produtos alimentícios subiram 0,49% em abril enquanto, ante 0,07% em março. Já os não alimentícios apresentaram alta de 0,35% em abril, contra 1,11% em março.

Todas as áreas investigadas apresentaram variação positiva no mês. O menor índice foi observado em Brasília (0,11%), principalmente por conta das quedas na gasolina (-1,47%) e nas frutas (-7,10%). Já o maior resultado ocorreu em Rio Branco (1,06%), por conta das altas na gasolina (1,95%) e nos produtos farmacêuticos (4,66%).

INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada em 12 meses
Região Peso Regional (%) Variação (%) Variação Acumulada (%)
Março Abril Ano 12 meses
Rio Branco 0,72 1,05 1,06 3,72 11,08
Aracaju 1,29 0,81 0,79 3,06 5,96
Fortaleza 5,16 0,65 0,79 3,34 8,45
Rio de Janeiro 9,38 0,71 0,63 1,80 6,50
Belém 6,95 0,75 0,58 2,74 6,72
Recife 5,60 0,57 0,53 2,49 7,80
Campo Grande 1,73 0,89 0,49 2,91 10,27
São Luís 3,47 0,65 0,44 2,14 7,82
Vitória 1,91 0,97 0,43 2,68 8,73
Belo Horizonte 10,35 1,11 0,37 2,51 7,82
Curitiba 7,37 1,33 0,34 2,98 9,00
Goiânia 4,43 1,04 0,28 1,67 7,68
São Paulo 24,60 0,75 0,24 2,00 7,46
Salvador 7,92 0,71 0,19 2,11 6,51
Porto Alegre 7,15 1,09 0,18 2,43 7,69
Brasília 1,97 1,38 0,11 2,81 7,85
Brasil 100,00 0,86 0,38 2,35 7,59
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços

O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília. Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados entre 30 de março e 29 de abril de 2021 (referência) com os preços vigentes entre 2 e 29 de março de 2021 (base).