IBGE prevê safra de 256,8 milhões de toneladas para 2021, com alta de 1,9% frente a 2020
10/12/2020 09h00 | Atualizado em 10/12/2020 12h15
O segundo prognóstico da produção nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas para 2021 prevê uma safra de 256,8 milhões de toneladas, com alta de 1,9% (ou mais 4,708 milhões de toneladas) em relação a 2020.
Já a estimativa de outubro para a safra de 2020 alcançou 252 milhões de toneladas, 4,4% superior à obtida em 2019 (241,5 milhões de toneladas). A área a ser colhida foi de 65,3 milhões de hectares, aumento de 2,1 milhões de hectares (3,3%) frente à área colhida em 2019. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representam 92,7% da estimativa da produção e respondem por 87,1% da área a ser colhida.
Em relação a 2019, houve acréscimos de 3,5% na área do milho (aumentos de 2,5% no milho 1ª safra e de 3,9% no milho 2ª safra); de 3,5% na área da soja e de 0,6% na área do algodão herbáceo, ocorrendo queda de 1,1% na área de arroz.
Quanto à produção, houve altas de 7,1% para a soja, de 7,8% para o arroz e de 0,4% para o milho (crescimento de 2,3% no milho de 1ª safra e decréscimo de 0,3% no milho 2ª safra). Já a produção de algodão herbáceo cresceu 2,9%.
Estimativa de Novembro para 2020 | 252 milhões de toneladas | |||||||
Variação safra 2020 / safra 2019 | 4,4% (10,5 milhões de toneladas) | |||||||
Variação safra 2020 / 8ª estimativa 2020 | 0,0% (65,5 mil toneladas) | |||||||
Estimativa de Novembro para 2021 | 256,8 milhões de toneladas | |||||||
Variação 2º prog. 2021/safra 2020 | 1,9% (4,7 milhões de toneladas) | |||||||
Variação 2º prog. 2021/1º prog 2021 | 1,4% (3,6 milhões de toneladas) |
Em novembro de 2020, o IBGE realizou o segundo prognóstico de área e produção para a safra de 2021. A safra brasileira de grãos, cereais e leguminosas em 2021 deve somar 256,8 milhões de toneladas, crescimento de 1,9% em relação a 2020, ou 4.708.675 toneladas.
Esse aumento deve-se, principalmente, às altas previstas na produção da soja (5,1% ou 6 259 501 toneladas) e do milho 1ª safra (3,3% ou 870 145 toneladas). Aguarda-se declínios da produção do milho 2ª safra (-2,4% ou 1 785 968 toneladas), do arroz (-1,8% ou 194 059 toneladas), do algodão herbáceo em caroço (-13,6% ou 586 875 toneladas), do feijão 1ª safra (-0,3% ou 3 619 toneladas), do feijão 2ª safra (-7,0% ou 70 471 toneladas) e do feijão 3ª safra (-5,4% ou 30 817 toneladas).
Com relação à área prevista, apresentam variações positivas: a soja em grão (1,8%), o milho em grão 1ª safra (1,9%) e o milho em grão 2ª safra (2,4%). Já as variações negativas são do algodão herbáceo em caroço (-9,1%), o arroz em casca (-0,8%), o feijão 1ª safra (-0,8%), do feijão 2ª safra (-2,0%) e do feijão 3ª safra (-4,1%).
Essa 2ª estimativa para a safra a ser colhida em 2021 é passível de retificações no próximo prognóstico, em janeiro de 2021, assim como durante o acompanhamento das safras que será feito durante todo o ano de 2021.
Safra 2020 deve chegar a 252 milhões de toneladas, com alta de 4,4%
A estimativa de outubro para a safra de 2020 alcançou 252 milhões de toneladas, 4,4% superior à obtida em 2019 (241,5 milhões de toneladas). Para a soja, foi obtida uma produção de 121,6 milhões de toneladas. Para o milho, uma produção de 101,0 milhões de toneladas (26,6 milhões de toneladas de milho 1ª safra e 74,4 milhões de toneladas de milho 2ª safra). O arroz teve uma produção de 11,1 milhões de toneladas e, o algodão, de 7,1 milhões de toneladas.
Em relação ao mês anterior, houve aumentos nas estimativas da produção do milho 2ª safra (0,2% ou 154 121 toneladas), do feijão 2ª safra (0,1% ou 938 toneladas), da soja (0,0% ou 50 159 toneladas).
Por outro lado, ocorreram declínios da produção do feijão 3ª safra (-4,7% ou 27 922 toneladas), da cevada (-2,9% ou 11 440 toneladas), do trigo (-1,1% ou 72 222 toneladas), da aveia (-0,8% ou 7 560 toneladas), do feijão 1ª safra (-0,3% ou 4 332 toneladas), e do milho 1ª safra (-0,1% ou 39 611 toneladas).
Mato Grosso lidera como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 28,9%, seguido pelo Paraná (16,0%), Rio Grande do Sul (10,5%), Goiás (10,3%), Mato Grosso do Sul (8,0%) e Minas Gerais (6,2%), que, somados, representaram 79,9% do total nacional. Com relação à participação das regiões brasileiras, tem-se a seguinte distribuição: Centro-Oeste (47,5%), Sul (29,0%), Sudeste (10,1%), Nordeste (9,0%) e Norte (4,4%).
As variações positivas nas estimativas da produção, em relação ao mês anterior, ocorreram na Bahia (150 000 toneladas), no Maranhão (43 342 toneladas), em Mato Grosso (15 475 toneladas), em Pernambuco (12 833 toneladas), em Santa Catarina (8 066 toneladas), na Paraíba (2 536 toneladas), no Acre (2 145 toneladas), e no Espírito Santo (162 toneladas).
Já as variações negativas da produção ocorreram no Paraná (-86 000 toneladas), em Goiás (-35 972 toneladas), em Minas Gerais (-27 826 toneladas), no Ceará (-9 748 toneladas), no Pará (-7 303 toneladas), no Piauí (-1 157 toneladas), no Rio Grande do Norte (-957 toneladas) e no Amapá (29 toneladas).