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Em outubro, vendas no varejo sobem 0,9%

10/12/2020 09h00 | Atualizado em 10/12/2020 10h12

Em outubro de 2020, o volume de vendas do comércio varejista nacional subiu 0,9% frente a setembro, na série com ajuste sazonal, sexta taxa positiva consecutiva desde maio. A média móvel trimestral foi de 1,4%. Na série sem ajuste sazonal, frente a outubro de 2019, o comércio varejista teve aumento de 8,3%, quinta taxa positiva consecutiva. No acumulado no ano, o varejo cresceu 0,9%, após ficar estável (0,0%) em setembro e cair nos cinco meses anteriores. Já o acumulado em 12 meses ficou em 1,3%.

Período Varejo (%) Varejo Ampliado (%)
Volume de vendas Receita nominal Volume de vendas Receita nominal
Outubro / Setembro* 0,9 2,0 2,1 3,1
Média móvel trimestral* 1,4 2,5 2,4 3,3
Outubro 2020 / Outubro 2019 8,3 15,9 6,0 13,4
Acumulado 2020 0,9 4,9 -2,6 1,3
Acumulado 12 meses 1,3 5,1 -1,4 2,2
*Série COM ajuste sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria

No varejo ampliado, que inclui Veículos, motos, partes e peças e Material de construção, o volume de vendas cresceu 2,1% em relação a setembro de 2020, sexta variação positiva consecutiva. A média móvel (2,4%) sinalizou desaceleração no ritmo de vendas. Em relação a outubro de 2019, o varejo ampliado cresceu 6,0%, quarta taxa positiva consecutiva. O acumulado no ano ficou em -2,6%, contra -3,6% no mês anterior. O acumulado nos últimos 12 meses repetiu a taxa de setembro (-1,4%).

O volume de vendas no varejo, em outubro de 2020, mantém a trajetória de crescimento iniciada em maio de 2020, após dois meses de queda por conta da pandemia de Covid-19. Na série livre de influências sazonais, o comércio varejista voltou a demonstrar aumento no ritmo de vendas na passagem de setembro para outubro.

Na comparação com o mesmo mês do ano anterior, a quinta taxa positiva consecutiva também é a maior variação, em termos de magnitude, dos últimos cinco meses. Tais resultados contribuem para que o patamar de vendas de outubro de 2020 se posicione como o nível recorde da série, 0,9% acima do patamar anterior, o mês setembro de 2020.

Sete das oito atividades cresceram em outubro na série com ajuste sazonal

O acréscimo de 0,9% no volume de vendas do comércio varejista na passagem de setembro para outubro de 2020, na série com ajuste sazonal, teve taxas positivas em sete das oito atividades pesquisadas: Tecidos, vestuário e calçados (6,6%), Livros, jornais, revistas e papelaria (6,6%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (3,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,3%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,9%), Combustíveis e lubrificantes (1,1%) e Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,6%) influenciaram positivamente o resultado geral do varejo.

Por outro lado, o setor de Móveis e eletrodomésticos (-1,1%) apresentou recuo nas vendas frente a setembro de 2020.

Considerando o comércio varejista ampliado, em outubro, o volume de vendas tanto do setor de Veículos, motos, partes e peças quanto o de Material de construção registraram variações positivas na comparação com setembro: 4,8% e 0,2%.

Tabela 1 - BRASIL - VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Outubro 2020
ATIVIDADES MÊS/MÊS
ANTERIOR (1)
MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
AGO SET OUT AGO SET OUT NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 2,9 0,5 0,9 6,2 7,3 8,3 0,9 1,3
1 - Combustíveis e lubrificantes 1,7 2,8 1,1 -9,0 -5,3 -5,4 -10,4 -8,6
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo -2,1 -0,3 0,6 3,0 4,3 7,3 5,7 4,5
2.1 - Super e hipermercados -2,2 -0,6 0,8 4,3 5,6 9,1 6,8 5,4
3 - Tecidos, vest. e calçados 37,3 -2,6 6,6 -6,1 -6,9 -2,6 -27,6 -20,7
4 - Móveis e eletrodomésticos 4,1 -1,1 -1,1 36,3 28,8 21,9 10,8 11,0
4.1 - Móveis - - - 39,9 32,5 30,7 11,1 11,1
4.2 - Eletrodomésticos - - - 35,8 25,5 18,9 10,7 11,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -1,2 2,2 2,3 9,0 13,8 13,8 7,2 7,4
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -21,4 8,2 6,6 -43,3 -36,8 -33,1 -30,7 -25,7
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 0,8 1,1 3,7 -11,8 -7,0 -10,9 -17,4 -13,4
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 10,6 -1,1 1,9 18,8 18,6 18,4 0,7 2,2
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 4,0 1,2 2,1 3,8 7,4 6,0 -2,6 -1,4
9 - Veículos e motos, partes e peças 8,1 5,2 4,8 -10,4 -1,6 -5,9 -16,8 -12,8
10- Material de construção 3,4 2,4 0,2 24,0 31,4 20,9 9,4 8,6
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal.
(2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8.
(3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10

Varejo teve equilíbrio entre taxas positivas e negativas frente a outubro de 2019

Na comparação com outubro de 2019, o comércio varejista cresceu 8,3%, com equilíbrio entre taxas positivas e negativas. Os setores de Móveis e eletrodomésticos (21,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (18,4%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (13,8%) e Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (7,3%), impactaram positivamente no indicador.

Já as quedas ficaram por conta de Livros, jornais, revistas e papelaria (-33.1%), Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (-10,9%), Combustíveis e lubrificantes (-5,4%) e Tecidos, vestuário e calçados (-2,6%).

No caso do comércio varejista ampliado, enquanto a atividade de Veículos e motos, partes e peças (-5,9%), apresentou resultado no campo negativo, o setor de Material de Construção (20,9%) obteve desempenho, em termos de variação da taxa, próximo à maior variação para este indicador, da atividade de Móveis e eletrodomésticos (21,9%).

O resultado de outubro de 2020 refletiu, principalmente, a contribuição de Hiper e supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,5 p.p.), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,4 p.p.) e Móveis e eletrodomésticos (2,1 p.p.).

Tabela 2 - BRASIL - RECEITA NOMINAL DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Outubro 2020
ATIVIDADES MÊS/MÊS ANTERIOR (1) MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR ACUMULADO
Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%) Taxa de Variação (%)
AGO SET OUT AGO SET OUT NO ANO 12 MESES
COMÉRCIO VAREJISTA (2) 3,6 1,9 2,0 10,1 13,4 15,9 4,9 5,1
1 - Combustíveis e lubrificantes 2,5 4,5 1,4 -9,9 -4,9 -5,3 -11,9 -9,7
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo -0,8 2,5 2,7 12,4 17,1 22,8 13,9 12,2
2.1 - Super e hipermercados -1,0 2,4 2,9 13,8 18,3 24,6 15,1 13,2
3 - Tecidos, vest. e calçados 36,2 -2,1 6,8 -8,0 -8,6 -4,1 -27,9 -20,7
4 - Móveis e eletrodomésticos 4,4 0,5 -0,1 35,4 31,4 26,3 9,9 10,3
4.1 - Móveis - - - 28,7 23,3 23,3 5,3 6,4
4.2 - Eletrodomésticos - - - 39,6 33,3 28,5 11,9 12,0
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria -1,0 2,2 2,4 8,3 12,8 12,6 7,6 8,2
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria -21,5 7,9 6,9 -41,9 -35,4 -31,7 -28,0 -22,7
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação 1,9 3,1 5,0 -5,2 2,6 -0,3 -14,8 -11,5
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico 8,4 4,1 2,8 20,1 20,2 20,8 2,5 4,1
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) 5,0 2,1 3,1 7,6 13,1 13,4 1,3 2,2
9 - Veículos e motos, partes e peças 6,5 4,7 6,1 -8,7 0,9 -2,6 -15,4 -11,6
10- Material de construção 5,2 4,6 1,8 27,8 39,8 32,4 13,1 12,2
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio.
(1) Séries com ajuste sazonal.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com avanço de 7,3% frente a outubro de 2019, registrou a nona taxa positiva consecutiva nessa comparação, com ganho de ritmo em relação ao resultado de setembro (4,3%). O segmento exerceu o maior impacto positivo sobre a taxa global do varejo. O acumulado no ano, até outubro (5,7%), comparado ao mês anterior (5,5%), mostrou ganho de ritmo próximo à estabilidade. Nos últimos doze meses, o setor registra 4,5% em outubro, sustentando ganho de ritmo que se iniciou em janeiro de 2020.

O setor de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc., com 18,4% no volume de vendas em relação a outubro de 2019, mostrou ritmo similar ao resultado de setembro (18,6%), exercendo a segunda maior contribuição positiva do varejo. O acumulado no ano, até outubro (0,7%) foi o primeiro no campo positivo após sete meses de queda. No acumulado dos últimos doze meses (2,2%) cresceu 0,9 p.p. em relação a setembro (1,3%).

O segmento de Móveis e eletrodomésticos cresceu 21,9% no volume de vendas em relação a outubro de 2019, tendo exercido o terceiro maior impacto positivo na formação da taxa total do comércio varejista de outubro de 2020. O setor registra a quinta taxa positiva para esse indicador. Em relação ao acumulado no ano, ao passar de 9,4% até setembro para 10,8% até outubro, o setor mostra elevação no ritmo de vendas. O indicador dos últimos doze meses acumulou 11,0% em outubro, contra 9,8% em setembro.

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria apresentou 13,8% nas vendas frente a outubro de 2019, mesmo valor que setembro, em relação a igual mês de 2019, quinta taxa positiva consecutiva. Em relação ao acumulado no ano até outubro, ao passar de 6,5% até setembro para 7,2% no mês de referência, mostra ganho de ritmo. O acumulado nos últimos doze meses passou de 6,8% até setembro para 7,4% em outubro.

Combustíveis e lubrificantes (-5,4%) exerceu a contribuição negativa mais intensa para o resultado do varejo. Esta atividade tem percebido os impactos da pandemia de Covid-19. Apesar disso, o acumulado no ano, ao passar de -11,0% até setembro para -10,4% até outubro, também mostra recuperação. O acumulado nos últimos doze meses intensificou a perda de ritmo (-8,6%) em relação ao mês anterior (-7,9%).

O setor de Tecidos, vestuário e calçados, por sua vez, mostrou -2,6% em relação a outubro de 2019, registrando a oitava taxa negativa nessa comparação. A atividade perfez o segundo maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo (Tabela 1). Com isso, o acumulado no ano até o mês de referência, ao passar de -30,5% em setembro para -27,6% em outubro mostra ganho de ritmo. O indicador dos últimos doze meses registrou -20,4%, patamar similar ao do mês anterior (-20,7%).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação apresentou queda de 10,9% em relação a outubro de 2019, décimo mês consecutivo no campo negativo. No acumulado no ano até o mês de referência, a atividade registrou -17,4% até outubro, patamar superior ao mês anterior (-18,2%). O indicador acumulado nos últimos doze meses (-13,4%) aumenta ritmo de queda nas vendas em relação a setembro (-12,1%).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria apresentou queda de 33,1% frente a outubro de 2019. O indicador acumulado no ano, também registrou queda (-30,7%) até outubro e permanece no campo negativo desde fevereiro de 2020 (-1,3%). O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de -24,3% para -25,7%, permanece no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%).

O setor de Veículos, motos, partes e peças, ao registrar -5,9% em relação a outubro de 2019, assinalou a oitava taxa seguida negativa, exercendo a maior contribuição negativa no resultado do mês para o varejo ampliado (-1,4 p.p.). O indicador acumulado no ano até outubro (-16,8%), mostra ganho de ritmo, comparado ao mês de setembro (-18,1%). A análise pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar -12,8% até outubro, mostrou perda de ritmo em relação ao acumulado até setembro (-11,6%).

Com 20,9% em relação a outubro, depois de setembro (31,4%), o segmento de Material de Construção contabiliza a quinta taxa positiva consecutiva, nessa comparação. O indicador acumulado no ano até outubro mostra aumento de ritmo nas vendas (9,4%), comparado ao mês de setembro, com 7,9%. Com isso, o indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 7,2% em setembro para 8,6% em outubro, manteve trajetória de crescimento iniciada em junho de 2020.

Vendas sobem em 22 das 27 Unidades da Federação na comparação com outubro

Na passagem de setembro para outubro de 2020, na série com ajuste sazonal, a taxa média nacional de vendas do comércio varejista mostrou acréscimo de 0,9%, com predomínio de resultados positivos em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Bahia (3,5%), Piauí (3,1%) e Mato Grosso do Sul (2,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram cinco das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Tocantins (-5,4%), Roraima (-2,2%) e Pará (-0,7%).

Para a mesma comparação, no comércio varejista ampliado, a variação entre setembro e outubro foi de aumento de 2,1%, com predomínio de resultados positivos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Paraíba (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e São Paulo (2,8%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 9 das 27 Unidades da Federação, com destaque para o Espírito Santo (-2,4%).

Frente a outubro de 2019, a variação das vendas do comércio varejista nacional foi de 8,3%, com predomínio de resultados positivos em 26 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Piauí (23,0%), Acre (18,2%) e Maranhão (17,8%), Por outro lado, pressionando negativamente, figura Tocantins (-5,7%), conforme Gráfico 6. Quanto à participação na composição da taxa do varejo, destacaram-se positivamente: Minas Gerais (12,3%), São Paulo (7,0%) e Rio de Janeiro (5,5%).

Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com outubro de 2019, o aumento de 6,0% foi acompanhado por resultados positivos nas 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rondônia (18,6%), Amazonas (18,2%) e Amapá (17,5%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacaram-se: Minas Gerais (10,8%), Santa Catarina (11,0%) e São Paulo (3,5%).