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PNAD COVID19: 10,1% da população ocupada estava afastada do trabalho devido ao distanciamento social entre 28/6 e 4/7

24/07/2020 09h00 | Atualizado em 24/07/2020 09h03

Essa proporção caiu em relação à semana anterior (12,5%) e frente à primeira semana da pesquisa, de 3 a 9 de maio (19,8%).

A PNAD COVID19 estimou em 81,8 milhões a população ocupada do país na semana de 28 de junho a 4 de julho, com estabilidade em relação à semana anterior (82,5 milhões de pessoas) e queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões de pessoas).

A população ocupada e não afastada do trabalho foi estimada em 71,0 milhões de pessoas, com aumento tanto em relação à semana anterior (69,2 milhões) quanto frente à semana de 3 a 9 de maio (63,9 milhões). Entre essas pessoas, 8,9 milhões (ou 12,5%) trabalhavam remotamente, contingente que ficou estatisticamente estável frente à semana anterior (8,6 milhões ou 12,4%) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%).

O nível de ocupação foi de 48,1%, estável frente à semana anterior (48,5%) e com queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (49,4%).

A proxy da taxa de informalidade foi de 34,2%, estável em relação à semana anterior (34,5%), porém recuando frente à semana de 3 a 9 de maio (35,7%).

Cerca de 8,3 milhões (10,1% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. Esse contingente teve redução em relação à semana anterior (10,3 milhões ou 12,5% da população ocupada) e frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).

Percentual de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho devido ao distanciamento social em relação ao total da população ocupada na semana de referência - Brasil (%) 

Fonte: IBGE, PNAD COVID19

A população desocupada foi estimada em 11,5 milhões de pessoas, recuando frente à semana anterior (12,4 milhões), mas cresceu em relação à semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões). Com isso, a taxa de desocupação ficou em 12,3% para o período de 28 de junho e 4 de julho, estável em relação à semana anterior (13,1%) e com alta frente à primeira semana de maio (10,5%).

A taxa de participação na força de trabalho ficou em 54,9% entre 28 de junho e 4 de julho, o que indica queda em relação à semana anterior (55,8%) e estabilidade na comparação com a primeira semana de maio (55,2%).

Já a população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 76,8 milhões de pessoas, com aumento em relação à semana anterior (75,1 milhões) e estabilidade frente à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, cerca de 28,7 milhões de pessoas (ou 37,4% da população fora da força de trabalho) disseram que gostariam de trabalhar. Esse contingente aumentou em relação à semana anterior (26,9 milhões ou 35,9%) e, também, frente à semana de 3 a 9 de maio (27,1 milhões ou 35,5%).

Cerca de 19,4 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 67,4% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. Esse contingente aumentou em relação à semana anterior (17,8 milhões ou 66,2%), mas permaneceu estável em comparação com a semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).

3,1 milhões de pessoas com sintomas de síndrome gripal procuraram estabelecimento de saúde

Na semana de 28 de junho a 4 de julho, a PNAD COVID19 estimou que 14,3 milhões de pessoas (ou 6,8% da população do país) apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) que são investigados pela pesquisa. Esse contingente caiu frente à semana anterior (15,4 milhões ou 7,3% da população) e em relação à de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).

Cerca de 3,1 milhões de pessoas (ou 21,2% daqueles que apresentaram algum sintoma) procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento (postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto socorro ou hospital privado). Esse contingente ficou estável em relação à semana anterior (3,1 milhões ou 20,0%), mas teve queda em valores absolutos frente à semana de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%). Mais de 83% destes atendimentos foram na rede pública de saúde.

Entre 28 de junho e 4 de julho, 311 mil pessoas (10,1%) que tiveram sintomas de síndrome gripal procuraram atendimento em ambulatório ou consultório privado ou ligado às forças armadas. Essa proporção representa estabilidade tanto na comparação com a semana anterior (322 mil ou 10,4%), quanto em relação à primeira semana de maio (320 mil ou 8,7%).

Cerca de 933 mil pessoas procuraram atendimento em hospital, público, particular ou ligado às forças armadas na semana entre 28 de junho e 4 de julho. Esse contingente ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (982 mil) e frente à semana de 3 a 9 de maio (1,1 milhão). Entre os que procuraram atendimento, 136 mil (14,6%) foram internados. Nesse caso, também houve estabilidade frente à semana anterior (119 mil ou 12,2%) e a semana de 3 a 9 de maio (97 mil ou 9,1%).