PNAD COVID19: 2,8 milhões de pessoas com sintomas de síndrome gripal procuraram estabelecimento de saúde entre 31 de maio e 6 de junho
26/06/2020 14h00 | Atualizado em 21/07/2020 20h58
Esse contingente diminuiu em relação à semana anterior (3,6 milhões) e, também, frente à primeira semana da PNAD COVID19, de 3 a 9 de maio (3,7 milhões).
Na semana entre 31 de maio a 6 de junho, a PNAD COVID19 do IBGE estimou que 15,8 milhões de pessoas (ou 7,5% da população do país) apresentavam pelo menos um dos 12 sintomas associados à síndrome gripal (febre, tosse, dor de garganta, dificuldade para respirar, dor de cabeça, dor no peito, náusea, nariz entupido ou escorrendo, fadiga, dor nos olhos, perda de olfato ou paladar e dor muscular) que são investigados pela pesquisa. Esse contingente recuou frente à semana anterior (22,1 milhões ou 10,5% da população) e a de 3 a 9 de maio (26,8 milhões ou 12,7%).
Cerca de 2,8 milhões de pessoas (ou 17,5% daqueles que apresentaram algum sintoma) procuraram estabelecimento de saúde em busca de atendimento (postos de saúde, equipe de saúde da família, UPA, Pronto Socorro ou Hospital do SUS ou, ainda, ambulatório /consultório, pronto socorro ou hospital privado). Esse contingente caiu em relação à semana anterior (3,6 milhões ou 16,4%) e, também, frente à semana de 3 a 9 de maio (3,7 milhões ou 13,7%). Mais de 85% destes atendimentos foram na rede pública de saúde.
Cerca de 943 mil pessoas procuraram atendimento em hospital, púbico, particular ou ligado às forças armadas na semana de 31 de maio a 6 de junho. Esse contingente ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (1,084 milhão) e, também, frente à semana de 3 a 9 de maio (1,065 milhão) Entre os que procuraram atendimento, 121 mil (12,8%) foram internados. Nesse caso, também houve estabilidade frente à semana anterior (127 mil ou 11,7%) e a semana de 3 a 9 de maio (97 mil ou 9,1%).
A PNAD COVID19 estimou em 83,7 milhões a população ocupada do país na semana de 31 de maio a 6 de junho com estabilidade em relação à semana anterior (84,4 milhões de pessoa) e em relação à semana de 3 a 9 de maio (83,9 milhões de pessoas). Entre os 67,3 milhões de ocupados e não afastados, 8,9 milhões (ou 13,2%) trabalhavam remotamente, contingente que ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (8,8 milhões ou 13,2%) e, também, em relação à semana de 3 a 9 de maio (8,6 milhões ou 13,4%).
O nível de ocupação foi de 49,3%, permanecendo estável frente a semana anterior (49,7%) e à semana de 3 a 9 de maio (49,4%). Já a proxy da taxa de informalidade chegou a 35,6%, crescendo em relação à semana anterior (34,5%) e permanecendo estatisticamente estável (35,7%) frente à semana de 3 a 9 de maio.
Cerca de 13,5 milhões (16,1% da população ocupada) estavam afastados do trabalho devido ao distanciamento social. Esse contingente teve redução em relação à semana anterior (14,6 milhões ou 17,2% da população ocupada) e também frente à semana de 3 a 9 de maio (16,6 milhões ou 19,8% dos ocupados).
Percentual de pessoas ocupadas e afastadas do trabalho devido ao distanciamento social
em relação ao total da população ocupada na semana de referência - Brasil (%)
A população desocupada chegou a 11,2 milhões de pessoas e ficou estatisticamente estável frente à semana anterior (10,9 milhões), mas cresceu em ralação à semana de 3 a 9 de maio (9,8 milhões).
A população fora da força de trabalho (que não estava trabalhando nem procurava por trabalho) era de 75,0 milhões de pessoas, com estabilidade estatística em relação à semana anterior (74,6 milhões) e queda em relação à semana de 3 a 9 de maio (76,2 milhões). Nessa população, cerca de 26,8 milhões de pessoas (ou 35,8% da população fora da força de trabalho) disseram que gostariam de trabalhar. Esse contingente cresceu em relação à semana anterior (25,7 milhões ou 34,4%) e ficou estatisticamente estável em relação à semana de 3 a 9 de maio.
Cerca de 17,9 milhões de pessoas fora da força que gostariam de trabalhar e não procuraram trabalho, não o fizeram por causa da pandemia ou por não encontrarem uma ocupação na localidade em que moravam. Elas correspondiam a 66,8% das pessoas não ocupadas que não buscaram por trabalho e gostariam de trabalhar. Esse contingente ficou estatisticamente estável em relação à semana anterior (17,7 milhões ou 68,9%) e recuou frente à semana de 3 a 9 de maio (19,1 milhões ou 70,7%).