PNAD Contínua: taxa de desocupação é de 12,6% e taxa de subutilização é de 25,6% no trimestre encerrado em abril de 2020
28/05/2020 09h00 | Atualizado em 16/07/2020 17h22
A taxa de desocupação (12,6%) no trimestre móvel encerrado em abril de 2020, cresceu 1,3 ponto percentual em relação ao trimestre de novembro de 2019 a janeiro de 2020 (11,2%) e ficou estatisticamente estável em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12,5%).
Indicador/Período | Fev-Mar-Abr 2020 | Nov-Dez-Jan 2020 | Fev-Mar-Abr 2019 |
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Taxa de desocupação | 12,6% | 11,2% | 12,5% |
Taxa de subutilização | 25,6% | 23,2% | 24,9% |
Rendimento real habitual | R$ 2.425 | R$ 2.378 | R$ 2.366 |
Variação do rendimento habitual em relação a: | 2,0% | 2,5% |
A população desocupada (12,8 milhões de pessoas) teve aumento de 7,5% (898 mil pessoas a mais) frente ao trimestre móvel anterior (11,9 milhões de pessoas) e ficou estatisticamente estável frente ao mesmo trimestre de 2019 (13,2 milhões de pessoas).
A população ocupada (89,2 milhões) caiu 5,2% em relação ao trimestre anterior (4,9 milhões de pessoas a menos) e de 3,4% (3,1 milhões de pessoas a menos) em relação ao mesmo trimestre de 2019. Ambas as quedas foram recordes da série histórica.
O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) caiu para 51,6%, o menor da série histórica iniciada em 2012, com redução de 3,2 p.p. frente ao trimestre anterior (54,8%) e de 2,6 p.p. frente a igual trimestre de 2019 (54,2%).
A taxa composta de subutilização (25,6%) foi recorde da série, crescendo 2,5 p.p. em relação ao trimestre anterior (23,2%) e 0,7 p.p. frente a igual trimestre de 2019 (24,9%).
A população subutilizada (28,7 milhões de pessoas) foi recorde da série, crescendo 8,7% (2,3 milhões pessoas a mais) frente ao trimestre anterior (26,4 milhões de pessoas) e ficando estatisticamente estável frente a igual trimestre de 2019 (28,4 milhões de pessoas).
A população fora da força de trabalho (70,9 milhões de pessoas) apresentou novo recorde na série iniciada em 2012, com altas de 7,9% (mais 5,2 milhões de pessoas) em relação ao trimestre anterior e de 9,2% (mais 6,0 milhões) quanto a igual período de 2019.
A população desalentada (5,0 milhões) foi recorde da série, crescendo 7,0% em relação ao trimestre anterior e apresentou estabilidade em relação ao mesmo período de 2019.
O percentual de desalentados em relação à população na força de trabalho ou desalentada (4,7%) também foi recorde, subindo 0,5 ponto percentual em relação ao trimestre anterior (4,2%) e 0,3 p.p. comparado a igual trimestre do ano anterior (4,4%).
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) caiu para 32,2 milhões de pessoas, menor nível da série histórica, caindo 4,5% frente ao trimestre anterior e 2,8% frente ao mesmo trimestre de 2019.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (10,1 milhões de pessoas) caiu 13,2% em relação ao trimestre anterior e 9,7% contra o mesmo trimestre de 2019.
O número de trabalhadores por conta própria caiu para 23,4 milhões de pessoas, uma redução de 4,9% em relação ao trimestre anterior e de 2,1% frente igual período de 2019.
A taxa de informalidade foi de 38,8% da população ocupada, representando um contingente de 34,6 milhões de trabalhadores informais, o menor da série, iniciada em 2016. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,7% e no mesmo trimestre de 2019, 40,9%.
O rendimento real habitual (R$ 2.425) subiu 2,0% frente ao trimestre anterior e 2,5% relação ao mesmo trimestre de 2019. Já a massa de rendimento real habitual (R$ 211,6 bilhões) recuou 3,3% frente ao trimestre anterior (R$ 218,9 bilhões) e ficou estatisticamente estável frente ao mesmo período de 2019 (R$ 213,3 bilhões).
Taxa de desocupação – Brasil – 2012-2020 (%)
Nos grupamentos de atividades, frente ao trimestre anterior, a ocupação cresceu apenas no grupamento de Administração Pública, Defesa, Seguridade Social, Educação, Saúde Humana e Serviços Sociais (1,8%).
Por outro lado, houve redução em sete atividades: Indústria (-5,6%), Construção (-13,1%), Comércio e Reparação de Veículos (-6,8%), Transporte, Armazenamento e Correio (-4,9%), Alojamento e Alimentação (-12,4%), Outros Serviços (-7,2%) e Serviços Domésticos
(-11,6%).
Frente a igual trimestre de 2019, também só houve alta no grupamento que envolve a Administração Pública (2,9%). Nessa comparação, as quedas foram: Indústria (-2,9%), Construção (-10,2%), Comércio e Reparação de Veículos (-4,5%), Alojamento e Alimentação (-9,3%) e Serviços domésticos (-10,1%).
A força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas), estimada em 102,1 milhões de pessoas, caiu 3,8% (4,0 milhões de pessoas a menos) comparada ao trimestre anterior e teve uma redução de 3,5 milhões de pessoas em relação a igual período de 2019.
O número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) recuou 5,1% (-226 mil pessoas) em relação ao trimestre anterior, mas ficou estatisticamente estável em relação ao mesmo trimestre de 2019.
A categoria dos trabalhadores domésticos, estimada em 5,5 milhões de pessoas, apresentou redução de 11,8% no confronto com o trimestre anterior e de 10,1% frente a igual período do ano anterior.
Já o grupo dos empregados no setor público (11,9 milhões de pessoas), que inclui servidores estatutários e militares, apresentou aumento de 3,3% (mais 379 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e de 3,9% (mais 442 mil pessoas) no confronto com igual período do ano anterior.
O número de subocupados por insuficiência de horas trabalhadas (6,1 milhões) recuou 7,6% frente ao trimestre anterior (501 mil pessoas a menos) e 12,8% frente a igual período de 2019, quando havia no Brasil 7,0 milhões de pessoas subocupadas.
Taxa composta de subutilização – trimestres de fevereiro a abril – 2012 a 2020 – Brasil (%)
Em relação ao rendimento médio real habitual, todos os grupamentos de atividades apresentaram estabilidade tanto na comparação com o trimestre anterior quanto em relação ao mesmo período do ano anterior.
Mas, entre as categorias, houve aumento no rendimento médio real habitual dos empregados com carteira assinada (3,2%) e redução no dos empregados no setor público (-2,4%) frente ao trimestre anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, houve aumento na categoria dos empregados sem carteira (9,2%).
Rendimento médio mensal real habitualmente recebido no mês de referência, de todos os trabalhos das pessoas ocupadas – Brasil – 2012/2020 (R$)