IPCA vai a 0,25% em fevereiro
11/03/2020 09h00 | Atualizado em 01/04/2020 10h55
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de fevereiro teve alta de 0,25%, depois de variar 0,21% em janeiro. Foi o menor resultado para um mês de fevereiro desde 2000, quando o índice foi de 0,13%. No ano, o IPCA acumulou alta de 0,46% e, nos últimos 12 meses, de 4,01%, abaixo dos 4,19% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2019, a taxa havia sido 0,43%.
Período | TAXA |
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Fevereiro de 2020 | 0,25% |
Janeiro de 2020 | 0,21% |
Fevereiro de 2019 | 0,43% |
Acumulado no Ano | 0,46% |
Acumulado nos 12 meses | 4,01% |
O maior impacto no índice do mês, 0,23 ponto percentual (p.p.), veio do grupo Educação, que também registrou a maior variação (3,70%) entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados. Outros quatro grupos também apresentaram alta, com destaque para Saúde e cuidados pessoais (0,73% de variação e 0,10 p.p. de impacto) e Alimentos e bebidas (0,11% de variação e 0,02 p.p. de impacto). No lado das quedas, a contribuição negativa mais intensa (-0,06 p.p.) veio de Habitação (-0,39%), enquanto a maior queda ficou com Vestuário (-0,73%). Os demais grupos ficaram entre a queda de 0,23% em Transportes e a alta de 0,31% em Despesas Pessoais.
IPCA - Variação e Impacto por grupos - mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Janeiro | Fevereiro | Janeiro | Fevereiro | |
Índice Geral | 0,21 | 0,25 | 0,21 | 0,25 |
Alimentação e Bebidas | 0,39 | 0,11 | 0,07 | 0,02 |
Habitação | 0,55 | -0,39 | 0,08 | -0,06 |
Artigos de Residência | -0,07 | -0,08 | 0,00 | 0,00 |
Vestuário | -0,48 | -0,73 | -0,02 | -0,03 |
Transportes | 0,32 | -0,23 | 0,06 | -0,05 |
Saúde e Cuidados Pessoais | -0,32 | 0,73 | -0,04 | 0,10 |
Despesas Pessoais | 0,35 | 0,31 | 0,04 | 0,03 |
Educação | 0,16 | 3,70 | 0,01 | 0,23 |
Comunicação | 0,12 | 0,21 | 0,01 | 0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
A alta do grupo Educação (3,70%) é resultado dos reajustes habitualmente praticados no começo do ano letivo, especialmente aqueles dos cursos regulares (4,42%), item responsável pela maior contribuição individual (0,20 p.p.) no IPCA de fevereiro. Os cursos diversos (2,67%) também registraram alta, com impacto de 0,02 p.p. no resultado do mês.
Em Saúde e cuidados pessoais (0,73%), o destaque ficou com os itens de higiene pessoal, que subiram 2,12%, com impacto de 0,08 p.p. em fevereiro, após a queda de 2,07% no mês anterior. Por outro lado, os preços dos produtos farmacêuticos (-0,38%) caíram na comparação com janeiro, contribuindo com -0,01 p.p.
O resultado de Alimentação e bebidas (0,11%) foi mais uma vez afetado pela queda nos preços das carnes (-3,53%), que já haviam recuado 4,03% no mês anterior. Com a deflação observada em fevereiro, as carnes apresentaram o maior impacto individual negativo no índice do mês (-0,09 p.p.) e contribuíram para a desaceleração da alimentação no domicílio (0,06%). Destaques também para o tomate (18,86%) e a cenoura (19,83%), que acumulam no ano variações de 35,17% e 36,51%, respectivamente.
A alimentação fora do domicílio (0,22%) também desacelerou em relação ao resultado de janeiro. Tanto a refeição (0,35%) quanto o lanche (0,02%) apresentaram variações menores na comparação com o mês anterior.
O grupo Vestuário (-0,73%) teve queda mais intensa em relação a janeiro (-0,48%), influenciado pelas variações negativas nos itens roupas femininas (-1,23%), roupas masculinas (-1,05%), calçados e acessórios (-0,46%) e, também, nas roupas infantis
(-0,34%). Por outro lado, joias e bijuterias (1,32%) subiram pelo oitavo mês consecutivo.
Após a alta de 0,55% em janeiro, o grupo Habitação registrou deflação de 0,39%, por conta do item energia elétrica (-1,71%), cujo impacto no índice do mês foi de -0,08 p.p. Em fevereiro, passou a vigorar a bandeira tarifária verde, em que não há cobrança adicional na conta de luz. À exceção de Vitória (2,32%) e Fortaleza (0,25%), todas as áreas apresentaram variações negativas.
Ainda em Habitação, destaca-se o resultado do item gás encanado (0,18%), decorrente dos reajustes no Rio de Janeiro (-0,81%), em Curitiba (4,49%) e São Paulo (-0,05%). A taxa de água e esgoto (0,03%), por sua vez, teve variação positiva por conta do reajuste de 6,43% nas tarifas em Campo Grande (1,14%).
O grupo Transportes (-0,23%) teve deflação em fevereiro, após a alta de 0,32% observada em janeiro. Os maiores impactos negativos no grupo vieram da gasolina (-0,72%) e das passagens aéreas (-6,85%), ambas com -0,04 p.p. No dia 20 de fevereiro, a Petrobras aumentou em 3,00% o preço da gasolina nas refinarias, após o anúncio feito no mês anterior de uma redução nos preços, também em 3,00%, a partir de 13 de janeiro.
No lado das altas, os destaques dos Transportes foram os reajustes em diversas modalidades de transporte público, como os ônibus urbanos (0,36%), os ônibus intermunicipais (1,95%), os trens (0,87%) e o metrô (0,55%).
Por fim, destaca-se a variação positiva do grupo Comunicação (0,21%), em função dos reajustes nos preços dos serviços postais, que levaram o item correio a uma alta de 17,30%, com impacto de 0,01 p.p. no índice do mês.
Quanto aos índices regionais, apenas a região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,02%) teve deflação em fevereiro, dada a queda nos preços das carnes (-8,39%), que contribuíram com -0,18 p.p. no resultado da área. A maior variação positiva ficou com a região metropolitana de Fortaleza (0,80%), por conta da alta nos cursos regulares (5,86%).
IPCA - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Acumulados (%) | ||
Janeiro | Fevereiro | Ano | 12 meses | ||
Fortaleza | 3,23 | 0,28 | 0,80 | 1,08 | 5,25 |
Aracaju | 1,03 | 0,39 | 0,66 | 1,05 | 4,34 |
Belo Horizonte | 9,69 | 0,20 | 0,50 | 0,70 | 3,67 |
Rio Branco | 0,51 | -0,21 | 0,49 | 0,28 | 3,04 |
Campo Grande | 1,57 | 0,13 | 0,42 | 0,55 | 4,48 |
Recife | 3,92 | 0,30 | 0,38 | 0,68 | 3,52 |
Brasília | 4,06 | -0,12 | 0,35 | 0,22 | 4,12 |
Vitória | 1,86 | 0,29 | 0,33 | 0,63 | 3,05 |
São Paulo | 32,28 | 0,33 | 0,23 | 0,56 | 4,33 |
Belém | 3,94 | 0,39 | 0,21 | 0,61 | 4,86 |
São Luís | 1,62 | -0,19 | 0,18 | -0,01 | 3,73 |
Goiânia | 4,17 | 0,10 | 0,18 | 0,28 | 3,93 |
Salvador | 5,99 | 0,34 | 0,16 | 0,50 | 3,88 |
Porto Alegre | 8,61 | 0,17 | 0,16 | 0,33 | 4,19 |
Curitiba | 8,09 | 0,05 | 0,08 | 0,13 | 3,91 |
Rio de Janeiro | 9,43 | 0,05 | -0,02 | 0,03 | 3,09 |
Brasil | 100,00 | 0,21 | 0,25 | 0,46 | 4,01 |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de um a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de janeiro a 2 de março de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2019 a 28 de janeiro de 2020 (base).
INPC varia 0,17% em fevereiro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de fevereiro variou 0,17%, enquanto, em janeiro, havia registrado 0,19%. Esse resultado é o menor para um mês de fevereiro desde 2000, quando ficou em 0,05%. A variação acumulada no ano foi de 0,36% e, nos últimos 12 meses, apresentou alta de 3,92%, abaixo dos 4,30% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em fevereiro de 2019, a taxa foi de 0,54%.
Os produtos alimentícios subiram 0,13% em fevereiro enquanto, no mês anterior, registraram 0,45%. O agrupamento dos não alimentícios, por sua vez, apresentou variação de 0,18%, enquanto, em janeiro, havia registrado 0,12%.
A região metropolitana de Fortaleza (0,84%) apresentou o maior índice, principalmente por conta das altas dos cursos regulares (6,09%). Já o menor resultado ficou com a região metropolitana do Rio de Janeiro (-0,21%), influenciado pelas quedas nos preços das carnes (-8,52%).
INPC - Variação por regiões - mensal e acumulada no ano e 12 meses | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Acumulados (%) | ||
Janeiro | Fevereiro | Ano | 12 meses | ||
Fortaleza | 5,16 | 0,30 | 0,84 | 1,13 | 5,09 |
Rio Branco | 0,72 | -0,16 | 0,64 | 0,48 | 3,17 |
Aracaju | 1,29 | 0,31 | 0,49 | 0,79 | 3,82 |
Recife | 5,60 | 0,25 | 0,42 | 0,66 | 3,26 |
Belo Horizonte | 10,35 | 0,27 | 0,42 | 0,70 | 3,70 |
Vitória | 1,91 | 0,25 | 0,36 | 0,61 | 2,87 |
Campo Grande | 1,73 | 0,16 | 0,35 | 0,50 | 4,30 |
São Luís | 3,47 | -0,28 | 0,32 | 0,05 | 3,78 |
Brasília | 1,97 | -0,04 | 0,25 | 0,22 | 3,56 |
Belém | 6,95 | 0,55 | 0,16 | 0,71 | 5,12 |
Salvador | 7,92 | 0,31 | 0,16 | 0,47 | 3,86 |
Porto Alegre | 7,15 | 0,25 | 0,10 | 0,35 | 4,34 |
Goiânia | 4,43 | 0,06 | 0,05 | 0,10 | 4,18 |
São Paulo | 24,60 | 0,25 | 0,04 | 0,29 | 4,07 |
Curitiba | 7,37 | -0,01 | -0,06 | -0,07 | 3,96 |
Rio de Janeiro | 9,38 | -0,17 | -0,21 | -0,38 | 2,62 |
Brasil | 100,00 | 0,19 | 0,17 | 0,36 | 3,92 |
Para o cálculo do índice do mês, foram comparados os preços coletados no período de 29 de janeiro a 2 de março de 2020 (referência) com os preços vigentes no período de 28 de dezembro de 2019 a 28 de janeiro de 2020 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de um a cinco salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.