Vendas do varejo variam 0,1% em outubro
11/12/2019 09h00 | Atualizado em 12/12/2019 17h30
As vendas no varejo variaram 0,1% em outubro de 2019 na comparação com o mês anterior (série com ajuste sazonal). É o sexto mês consecutivo de crescimento, com um acréscimo de 2,7% no período. O índice de média móvel trimestral, após acréscimo de 0,6% no trimestre encerrado em setembro, mostrou perda de ritmo no trimestre encerrado em outubro (0,4%).
Período
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Varejo (%)
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Varejo Ampliado (%)
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Volume de vendas
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Receita nominal
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Volume de vendas
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Receita nominal
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Outubro / Setembro*
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0,1
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0,5
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0,8
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1,1
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Média móvel trimestral*
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0,4
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0,4
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0,7
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0,8
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Outubro 2019 / Outubro 2018
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4,2
|
5,2
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5,6
|
6,6
|
Acumulado 2019
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1,6
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4,7
|
3,8
|
6,4
|
Acumulado 12 meses
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1,8
|
5,0
|
3,8
|
6,4
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*Série COM ajuste sazonal
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria |
Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu 4,2%, sendo a sétima taxa positiva consecutiva. Com esse resultado, o varejo acumulou 1,6% de janeiro a outubro frente ao mesmo período de 2018. O indicador sinaliza ganho de ritmo nas vendas no acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 1,6% em setembro para 1,8% em outubro.
Já no varejo ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas cresceu 0,8% em relação a setembro de 2019, oitava expansão seguida, acumulando 5,2% no período. Com isso, a média móvel do trimestre encerrado em outubro (0,7%) mantém o ritmo das vendas do trimestre móvel anterior (0,7%).
Frente a outubro de 2018, o comércio varejista ampliado avançou 5,6%, sendo a sétima taxa positiva consecutiva. O indicador acumulado de janeiro a outubro de 2019 registrou aumento de 3,8%, enquanto o indicador acumulado nos últimos 12 meses se manteve estável ao registrar avanço de 3,8% até outubro.
Seis das oito atividades pesquisadas cresceram em outubro
Seis das oito atividades pesquisadas pela PMC tiveram resultados positivos em outubro. São elas: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (5,3%), Combustíveis e lubrificantes (1,7%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (1,2%), Móveis e eletrodomésticos (0,9%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (0,3%) e Tecidos, vestuário e calçados (0,2%). O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, após avançar 4,0% entre maio e setembro, mostrou variação próxima a estabilidade (-0,1%), contribuindo para variação de 0,1% no volume de vendas do comércio varejista. Na mesma comparação, o segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria recuou 1,1%.
Considerando o comércio varejista ampliado, o volume de vendas em outubro teve acréscimo de 0,8% frente a setembro de 2019, na série com ajuste sazonal, refletindo, principalmente, o aumento nas vendas de Veículos, motos, partes e peças (2,4%) e de Material de construção (2,1%), ambos após avanços significativos registrados no mês anterior, 1,2% e 1,8%, respectivamente.
Em comparação com outubro de 2018, o comércio varejista mostrou aumento de 4,2%, com taxas positivas atingindo sete das oito atividades pesquisadas. Entre as atividades com crescimento, destacaram-se Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%), setor de maior peso, Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,3%) e Móveis e eletrodomésticos (8,0%).
Ainda apresentando as taxas positivas, em relação a outubro de 2018, figuram: Combustíveis e lubrificantes (2,9%), Tecidos, vestuário e calçados (2,5%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%). O segmento de Livros, jornais, revistas e papelaria (-13,3%) foi o único que teve queda nessa comparação.
Frente a outubro de 2018, o comércio varejista ampliado registrou a sétima taxa positiva, com contribuição do desempenho de Veículos, motos, partes e peças (9,2%), Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%) e Material de construção (6,5%).
BRASIL - INDICADORES DO VOLUME DE VENDAS DO COMÉRCIO VAREJISTA E COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO, SEGUNDO GRUPOS DE ATIVIDADES: Outubro 2019 |
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ATIVIDADES | MÊS/MÊS ANTERIOR (1) | MÊS/IGUAL MÊS DO ANO ANTERIOR | ACUMULADO | |||||
Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | Taxa de Variação (%) | ||||||
AGO | SET | OUT | AGO | SET | OUT | NO ANO | 12 MESES | |
COMÉRCIO VAREJISTA (2) | 0,3 | 0,8 | 0,1 | 1,4 | 2,2 | 4,2 | 1,6 | 1,8 |
1 - Combustíveis e lubrificantes | -3,3 | 1,2 | 1,7 | -2,8 | -0,5 | 2,9 | 0,8 | 0,4 |
2 - Hiper, supermercados, prods. alimentícios, bebidas e fumo | 0,5 | 0,3 | -0,1 | 2,5 | 0,2 | 2,6 | 0,6 | 0,9 |
2.1 - Super e hipermercados | 0,6 | 0,2 | -0,4 | 2,8 | 0,5 | 2,7 | 0,9 | 1,2 |
3 - Tecidos, vest. e calçados | -1,9 | 3,4 | 0,2 | -3,4 | -1,6 | 2,5 | 0,0 | 0,3 |
4 - Móveis e eletrodomésticos | -2,6 | 6,2 | 0,9 | -1,3 | 8,2 | 8,0 | 1,5 | 0,8 |
4.1 - Móveis | - | - | - | 3,0 | 8,5 | 5,1 | 4,7 | 2,9 |
4.2 - Eletrodomésticos | - | - | - | -3,5 | 8,1 | 9,3 | 0,3 | 0,0 |
5 - Artigos farmaceuticos, med., ortop. e de perfumaria | -0,1 | 0,7 | 1,2 | 5,2 | 6,7 | 7,3 | 6,5 | 6,6 |
6 - Livros, jornais, rev. e papelaria | -1,2 | -2,1 | -1,1 | -16,9 | -15,3 | -13,3 | -23,6 | -24,5 |
7 - Equip. e mat. para escritório, informatica e comunicação | 3,9 | -1,7 | 5,3 | -3,5 | -1,0 | 4,9 | -0,1 | -0,1 |
8 - Outros arts. de uso pessoal e doméstico | 0,2 | 1,8 | 0,3 | 4,7 | 8,5 | 8,3 | 5,6 | 6,3 |
COMÉRCIO VAREJISTA AMPLIADO (3) | 0,2 | 1,0 | 0,8 | 1,4 | 4,4 | 5,6 | 3,8 | 3,8 |
9 - Veículos e motos, partes e peças | -1,5 | 1,2 | 2,4 | 2,7 | 10,5 | 9,2 | 10,5 | 10,4 |
10- Material de construção | -0,3 | 1,8 | 2,1 | -1,5 | 5,8 | 6,5 | 4,2 | 3,5 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Serviços e Comércio. (1) Séries com ajuste sazonal. (2) O indicador do comércio varejista é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 8. (3) O indicador do comércio varejista ampliado é composto pelos resultados das atividades numeradas de 1 a 10 |
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,6%) registrou a quinta taxa positiva consecutiva na comparação com outubro de 2018, exercendo a maior contribuição positiva na formação da taxa global do varejo. O avanço da massa de rendimento real habitualmente recebida1 vem contribuindo para o desempenho positivo da atividade. O resultado do acumulado de janeiro a outubro registrou avanço de 0,6%, comparado a igual período do ano anterior. O indicador acumulado nos últimos 12 meses ficou praticamente estável em relação a setembro (0,8%), ao registrar acréscimo de 0,9% em outubro.
O segmento de Outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,3%), que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos, etc., registrou crescimento pelo quarto mês consecutivo e respondeu pela segunda maior contribuição positiva ao resultado geral do varejo. Com isso, o indicador acumulado para os dez primeiros meses do ano mostrou avanço de 5,6%, comparado a igual período do ano anterior. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (6,3%) manteve-se estável em relação a setembro (6,3%).
A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (7,3%) exerceu a terceira maior contribuição na taxa global do varejo. Com esse resultado, o indicador acumulado no ano até outubro mostrou avanço de 6,5%, frente a igual período de 2018. O acumulado nos últimos 12 meses manteve-se estável ao registrar taxa de 6,6% em outubro.
O segmento de Móveis e eletrodomésticos (8,0%) mantém ritmo observado em setembro (8,2%) e responde também pelo terceiro maior impacto positivo na formação da taxa total do varejo de outubro de 2019. A redução da taxa de juros à pessoa física juntamente com o aumento da concessão de crédito contribuíram para o desempenho positivo do setor. O indicador acumulado no ano, ao passar de 0,8% até setembro para 1,5% até outubro, evidencia a recuperação em curso observada no setor. Assim, o indicador acumulado nos últimos 12 meses ganha dinamismo ao sair da estabilidade observada até setembro (0,0%) para crescimento de 0,8% em outubro.
O setor de Combustíveis e lubrificantes (2,9%) voltou a mostrar crescimento após dois recuos seguidos. A redução dos preços do grupamento de combustíveis vem contribuindo para o desempenho do setor. O acumulado para os dez primeiros meses do ano registrou variação de 0,8%, frente a igual período do ano anterior. O indicador anualizado, acumulado nos últimos 12 meses (0,4%), passa ao campo positivo após 55 taxas negativas seguidas.
A atividade de Tecidos, vestuário e calçados (2,5%) voltou a registrar taxa positiva após dois meses seguidos de recuo nessa comparação. Com isso, o indicador acumulado no ano (0,0%) ficou estável em outubro, em relação ao igual período de 2018, já o indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de 0,5% em setembro para 0,3% em outubro mantém a trajetória descendente iniciada em julho de 2019 (1,3%).
O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (4,9%) variou -0,1% no acumulado de janeiro a outubro. O indicador acumulado nos últimos 12 meses (-0,1%) reduz ritmo de queda nas vendas em relação a setembro (-0,3%).
A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria (-13,3%) completa sequência de vinte e sete taxas negativas seguidas, registrando a menor magnitude de queda desde julho de 2018 (-10,4%). O indicador acumulado no ano (-23,6%) permanece no campo negativo desde fevereiro de 2014 (-4,8%). Com isso, o indicador anualizado, acumulado nos últimos 12 meses, ao passar de -25,0% para -24,5%, permanece no campo negativo desde março de 2014 (-0,2%).
O setor de Veículos, motos, partes e peças (9,2%) assinalou a sétima taxa seguida positiva e exerceu a maior contribuição no resultado do mês para o varejo ampliado. O indicador acumulado de janeiro a outubro registrou taxa de variação a dois dígitos (10,5%). A análise pelo indicador acumulado nos últimos 12 meses, ao registrar 10,4% até outubro, mostrou perda de ritmo em relação ao acumulado até setembro (11,2%).
O segmento de Material de Construção (6,5%) registrou o segundo resultado positivo consecutivo nessa comparação. O indicador acumulado para os dez primeiros meses do ano mostrou aumento de 4,2% em relação a igual período do ano anterior, enquanto o indicador acumulado nos últimos 12 meses manteve-se estável ao registrar taxa de 3,5% em outubro.
Vendas avançam em 18 das 27 unidades da federação
Na comparação com outubro de 2018, na série com ajuste sazonal, o varejo apresentou resultados positivos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (2,4%), Paraíba (1,9%) e Piauí (1,7%). Por outro lado, pressionando negativamente, o destaque foi Minas Gerais (-5,2%).
Para essa mesma comparação, o comércio varejista ampliado, com variação de 0,8%, também mostrou predomínio de resultados positivos, que alcançaram 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Alagoas (3,1%), Ceará (2,8%) e Espírito Santo (2,2%). Por outro lado, pressionando negativamente, os destaques foram Tocantins (-1,5%), Minas Gerais (-1,3%) e Goiás (-0,8%).
Frente a outubro de 2018, a taxa de variação do volume de vendas do comércio varejista nacional foi de 4,2%, com predomínio de resultados positivos em 22 das 27 Unidades da Federação, com destaque para Amapá (22,6%), Santa Catarina (12,3%) e Amazonas (12,1%), enquanto Piauí registrou estabilidade (0,0%).
Por outro lado, pressionando negativamente, figuram quatro das 27 Unidades da Federação, com destaque para Rondônia (-2,5%) e Rio Grande do Sul (-2,1%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, a maior contribuição veio de São Paulo (6,0%), Santa Catarina (12,3%) e Minas Gerais (3,1%).
Considerando o comércio varejista ampliado, no confronto com outubro de 2018, o aumento de 5,6% teve predomínio de resultados positivos em 25 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (29,7%), Santa Catarina (12,5%) e Distrito Federal (9,9%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram apenas Piauí (-0,4%) e Rio Grande do Sul (-0,1%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, a maior contribuição veio de São Paulo (7,3%), Santa Catarina (12,5%) e Minas Gerais (4,6%).