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IBGE divulga Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil para 2016

Editoria: Geociências

12/11/2018 10h00 | Atualizado em 12/11/2018 16h40

O IBGE divulga hoje o Monitoramento da Cobertura e Uso da Terra do Brasil para 2016, ampliando a série histórica que já abrange os anos 2000, 2010, 2012 e 2014. O objetivo deste trabalho é acompanhar a dinâmica do território, seus processos de ocupação e suas transformações, através de um monitoramento espacial e quantitativo da cobertura vegetal e do uso da terra em todo o país. Com exceção do decênio 2000 – 2010, este estudo vem sendo feito pelo IBGE a cada dois anos.

Os resultados deste trabalho estão no Portal IBGE e na Plataforma Interativa, em grade estatística com detalhamento para cada km² do território brasileiro.

Entre 2014 e 2016, mais de 62 mil km² do território brasileiro sofreram algum tipo de mudança na cobertura e uso da terra. De forma geral, prossegue a redução das áreas de vegetação natural e a expansão das áreas agrícolas e da silvicultura, porém em ritmo mais lento do que nos períodos anteriores (2000-2010, 2010-2012 e 2012-2014). As pastagens com manejo continuam avançando, principalmente sobre a borda do bioma amazônico. Em algumas regiões, destacou-se o aumento da área agrícola, como na porção sudeste de Rondônia, na divisa com o Mato Grosso; na região de Paragominas (PA); no eixo entre os municípios de Campo Grande (MS) e Cassilândia (MS) e na campanha gaúcha (RS).

ESTOQUES /
CLASSES
Área Artificial Área Agrícola Pastagem com Manejo Mosaico de Ocupações em Área Florestal Silvicultura Vegetação Florestal Área Úmida Vegetação Campestre Mosaico de Ocupações em Área Campestre Corpo d'água Continental Corpo d'água Costeiro Área Descoberta
Estoque (2000) 34.567 458.975 885.186 847.721 50.543 4.017.505 34.297 1.834.153 234.729 128.749 222.461 3.680
Adições ao estoque 1.650 99.400 237.614 81.785 21.535 1.617 104 1.219 18.632 0 0 19
Redução do estoque 0 2.143 23.769 98.645 2.234 216.404 115 109.588 10.673 0 0 4
Estoque (2010) 36.217 556.232 1.099.031 830.861 69.844 3.802.718 34.286 1.725.784 242.688 128.749 222.461 3.695
Adições ao estoque 513 28.329 36.210 24.164 8.310 722 62 723 10.285 0 0 8
Redução do estoque 0 793 9.135 24.367 2.083 36.610 140 32.570 3.621 0 0 7
Estoque (2012) 36.730 583.768 1.126.106 830.658 76.071 3.766.830 34.208 1.693.937 249.352 128.749 222.461 3.696
Adições ao estoque 731 42.328 22.634 15.303 6.566 1.950 206 1.447 6.092 0 0 4
Redução do estoque 0 1.464 24.916 17.943 501 24.316 232 24.519 3.369 0 0 1
Estoque (2014) 37.461 624.632 1.123.824 828.018 82.136 3.744.464 34.182 1.670.865 252.075 128.749 222.461 3.699
Adições ao estoque 311 19.764 9.016 25.164 1.775 1.022 202 849 4.694 0 0 45
Redução do estoque 0 627 13.947 9.255 265 25.685 102 10.656 2.306 0 0 0
Estoque final (2016) 37.772 643.769 1.118.893 843.927 83.646 3.719.801 34.282 1.661.058 254.463 128.749 222.461 3.744

Além dos dados cartográficos e dos textos explicativos, o monitoramento produz as Contas Físicas de Cobertura e Uso da Terra e a Matriz de Mudanças, que traduzem os resultados em valores numéricos agregados.

A tabela das Contas Físicas mostra, em km², os estoques iniciais, reduções, adições e os estoques finais para cada uma das classes de cobertura e uso da terra em cada período analisado. Nela é possível observar, por exemplo, que a área de vegetação florestal do país sofreu uma redução de 7,5% entre 2000 e 2016.

Já a Matriz de Mudanças apresenta, também em km², todas as conversões entre os diferentes tipos de cobertura e uso da terra, permitindo a realização de diversas análises. Por exemplo, é possível constatar que cerca de 10 mil km² de pastagem com manejo foram convertidos em área agrícola no biênio 2014-2016. A análise temporal da Matriz de Mudanças também mostra que, entre 2012 e 2016, intensificou-se a substituição das pastagens com manejo pelas áreas agrícolas.

A geração de uma série histórica com informações estatísticas sobre todas as mudanças nas formas de ocupação do país fornece subsídios à construção das Contas Ambientais, à elaboração de políticas públicas de planejamento territorial, bem como para a implementação dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, entre outros.

Evolução da cobertura e uso da terra em Mato Grosso – 2000 e 2016