IPCA foi de 0,45% em outubro
07/11/2018 09h00 | Atualizado em 07/11/2018 16h33
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro foi de 0,45%, a maior taxa para o mês desde 2015 (0,82%) e 0,03 ponto percentual (p.p.) abaixo do índice de setembro (0,48%).
Período | Taxa |
---|---|
Outubro de 2018 | 0,45% |
Setembro de 2018 | 0,48% |
Outubro de 2017 | 0,42% |
Acumulado no ano | 3,81% |
Acumulado nos 12 meses | 4,56% |
O acumulado no ano (3,81%) ficou acima do registrado em igual período do ano passado (2,21%). O acumulado nos últimos 12 meses subiu para 4,56%, enquanto havia registrado 4,53% nos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2017, a taxa atingiu 0,42%. O material de apoio do IPCA está à direita desta página.
Os preços do grupo Alimentação e bebidas aceleraram de 0,10% em setembro para 0,59% em outubro, enquanto Transportes desacelerou de 1,69% para 0,92%. Juntos, esses dois grupos responderam por 43% das despesas das famílias e contribuíram com cerca de 70% do índice do mês.
IPCA - Variação e Impacto por Grupos - Mensal | ||||
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Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
Setembro | Outubro | Setembro | Outubro | |
Índice Geral | 0,48 | 0,45 | 0,48 | 0,45 |
Alimentação e Bebidas | 0,10 | 0,59 | 0,03 | 0,15 |
Habitação | 0,37 | 0,14 | 0,06 | 0,02 |
Artigos de Residência | 0,11 | 0,76 | 0,00 | 0,03 |
Vestuário | -0,02 | 0,33 | 0,00 | 0,02 |
Transportes | 1,69 | 0,92 | 0,31 | 0,17 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,28 | 0,27 | 0,03 | 0,03 |
Despesas Pessoais | 0,38 | 0,25 | 0,04 | 0,03 |
Educação | 0,24 | 0,04 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | -0,07 | 0,02 | 0,00 | 0,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
Transportes apresentou, ainda, a maior variação entre os grupos de produtos e serviços pesquisados, além de exercer o principal impacto no índice de setembro, com 0,17 p.p. Os combustíveis foram o destaque desse grupo pelo segundo mês consecutivo, com 2,44% de variação e 0,14 p.p. de impacto, o que equivale a aproximadamente um terço do IPCA. Todos os itens apresentaram desaceleração na passagem de setembro para outubro: etanol (de 5,42% para 4,07%), óleo diesel (de 6,91% para 2,45%), gasolina (de 3,94% para 2,18%) e gás veicular (de 0,85% para 0,06%).
Ainda nos Transportes, as passagens aéreas tiveram alta de 7,49%, porém uma desaceleração frente aos 16,81%, de setembro.
Alimentação e bebidas (0,59%) teve o segundo maior impacto no IPCA (0,15 p.p.), impulsionado, principalmente, pela alimentação no domicílio (de 0,00% em setembro para 0,91% em outubro), com destaque para o tomate (51,27%), a batata-inglesa (13,67%), o frango inteiro (1,95%) e as carnes (0,57%). Entre as quedas, sobressaíram a farinha de mandioca (-4,69%), o leite longa vida (-2,60%), os ovos (-1,12%) e o café moído (-0,94%). Já a alimentação fora variou 0,02%, com destaque para o lanche (-0,25%).
No grupo Habitação (0,14%), a energia elétrica subiu 0,12%, em parte por causa de reajuste de 15,23% em uma das concessionárias de São Paulo (0,25%) a partir de 23 de outubro; 6,18% em Brasília (0,35%) e 15,56% em Goiânia (1,06%), ambas em vigor desde 22 de outubro. As demais regiões pesquisadas variaram entre os -2,39% do Recife e os 6,56% de Fortaleza, em razão dos aumentos ou reduções nas alíquotas de PIS/COFINS. Desde junho, encontra-se em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com a cobrança adicional de R$0,05 por kwh consumido.
Ainda em Habitação, a variação de 0,65% no gás encanado foi em razão do reajuste de 14,89% na tarifa em Curitiba, em vigor desde 14 de setembro.
A inflação foi maior em Porto Alegre (0,72%), influenciada pela alta de 66,08% nos preços do tomate e de 2,55% da gasolina. O menor índice, de 0,21%, foi registrado no Recife, com quedas na energia elétrica (-2,39%) e no lanche (-1,97%), e no Rio de Janeiro, com redução nos preços do leite longa vida (-5,04%) e da refeição (-0,86%).
IPCA - Variação mensal, ano e 12 meses por região | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Porto Alegre | 8,40 | 0,57 | 0,72 | 4,79 | 5,66 |
Campo Grande | 1,51 | 0,46 | 0,71 | 3,23 | 3,90 |
Vitória | 1,78 | 0,88 | 0,70 | 4,51 | 4,89 |
Fortaleza | 2,91 | 0,28 | 0,63 | 2,91 | 3,30 |
Curitiba | 7,79 | 0,57 | 0,58 | 3,83 | 4,26 |
Goiânia | 3,59 | 0,49 | 0,55 | 3,05 | 4,55 |
Belém | 4,23 | 0,06 | 0,54 | 2,50 | 2,38 |
Aracaju | 0,79 | 0,08 | 0,52 | 2,27 | 2,27 |
Rio Branco | 0,42 | 0,42 | 0,51 | 2,90 | 2,90 |
Salvador | 6,12 | 0,35 | 0,46 | 3,78 | 3,61 |
Brasília | 2,80 | 1,06 | 0,41 | 3,18 | 4,26 |
São Paulo | 30,67 | 0,61 | 0,41 | 3,96 | 5,21 |
Belo Horizonte | 10,86 | 0,27 | 0,41 | 4,08 | 4,34 |
São Luís | 1,87 | 0,72 | 0,37 | 2,51 | 2,51 |
Rio de Janeiro | 12,06 | 0,38 | 0,21 | 3,90 | 4,74 |
Recife | 4,20 | 0,15 | 0,21 | 2,76 | 3,48 |
Brasil | 100,00 | 0,48 | 0,45 | 3,81 | 4,56 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, e se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
INPC varia 0,40% em outubro
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) variou 0,40% em outubro, a maior alta para o mês desde 2015 (0,77%), e ficou 0,10 p.p. acima da taxa de 0,30% de setembro. O acumulado no ano ficou em 3,55%, acima do 1,62% registrado em igual período do ano passado. Nos últimos 12 meses, o índice ficou em 4,00%, acima dos 3,97% dos 12 meses imediatamente anteriores. Em outubro de 2017, a taxa atingiu 0,37%.
Os produtos alimentícios tiveram alta de 0,61% em outubro, enquanto, no mês anterior, a alta havia sido de 0,05%. Os não alimentícios variaram 0,31% em outubro, enquanto, no mês anterior, subiram 0,41%.
O maior índice foi em Vitória (0,71%). A localidade teve variação de 89,11% no tomate e 2,12% na energia elétrica. Já a menor taxa ocorreu no Rio de Janeiro (0,15%), onde sobressaíram as quedas no leite longa vida (-5,04%) e na refeição (-0,86%).
INPC - Variação mensal, ano e 12 meses por região | |||||
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Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação Acumulada (%) | ||
Setembro | Outubro | Ano | 12 meses | ||
Vitória | 1,83 | 0,75 | 0,71 | 4,67 | 4,88 |
Porto Alegre | 7,38 | 0,45 | 0,69 | 4,92 | 5,61 |
Campo Grande | 1,64 | 0,35 | 0,61 | 2,92 | 3,52 |
Aracaju | 1,29 | -0,17 | 0,60 | 1,85 | 1,85 |
Curitiba | 7,29 | 0,44 | 0,60 | 4,01 | 4,31 |
Goiânia | 4,15 | 0,41 | 0,54 | 2,63 | 4,13 |
Fortaleza | 5,42 | 0,15 | 0,53 | 2,48 | 2,68 |
Rio Branco | 0,59 | 0,24 | 0,50 | 3,32 | 3,32 |
Belém | 6,44 | -0,13 | 0,50 | 2,17 | 1,85 |
Salvador | 8,75 | 0,20 | 0,44 | 3,27 | 2,94 |
Brasília | 1,88 | 0,54 | 0,38 | 2,79 | 3,53 |
São Luís | 3,11 | 0,53 | 0,37 | 2,09 | 2,09 |
Belo Horizonte | 10,60 | 0,13 | 0,33 | 3,70 | 3,76 |
São Paulo | 24,24 | 0,47 | 0,31 | 3,98 | 4,98 |
Recife | 5,88 | 0,06 | 0,16 | 2,10 | 2,62 |
Rio de Janeiro | 9,51 | 0,21 | 0,15 | 4,32 | 4,84 |
Brasil | 100,00 | 0,30 | 0,40 | 3,55 | 4,00 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços |
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além de Brasília e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
O cálculo do IPCA e do INPC foi feito a partir da comparação dos preços coletados entre 28 de setembro e 26 de outubro de 2018 (referência) com os preços vigentes entre 30 de agosto e 27 de setembro de 2018 (base).