Em abril, setor de serviços cresce 1,0% frente a março
14/06/2018 09h00 | Atualizado em 14/06/2018 14h53
Em abril, pela primeira vez no ano, o setor de serviços cresceu frente ao mês anterior, avançando 1,0% em relação a março (série com ajuste sazonal). Em comparação a abril de 2017 (série sem ajuste sazonal), o volume de serviços cresceu 2,2%, a taxa mais alta desde março de 2015 (2,3%). Com isso, o acumulado do ano ficou em -0,6% e o dos 12 meses, em -1,4%, a taxa negativa menos intensa desde agosto de 2015 (-1,2%).
O crescimento foi acompanhado por quatro das cinco atividades investigadas, com destaque para transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,2%) e serviços profissionais, administrativos e complementares (1,7%). Os demais resultados positivos vieram de serviços prestados às famílias (1,5%) e de outros serviços (0,7%). Por outro lado, o único impacto negativo veio dos serviços de informação e comunicação (-1,1%). O agregado das atividades turísticas subiu 3,3% na passagem de março para abril. O material de apoio da PMS está à direita desta página.
Indicadores da Pesquisa Mensal de Serviços | ||
Brasil - Abril de 2018 | ||
Período | Variação (%) | |
Volume | Receita Nominal | |
Abril 18 / Março 18* | 1,0 | 0,9 |
Abril 18 / Abril 17 | 2,2 | 4,6 |
Acumulado Janeiro-Abril | -0,6 | 1,9 |
Acumulado nos Últimos 12 Meses | -1,4 | 2,9 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria | ||
*série com ajuste sazonal |
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel trimestral para o volume de serviços avançou 0,3% no trimestre encerrado em abril de 2018 frente ao mês anterior, revertendo, assim, o comportamento negativo de fevereiro (-0,2%) e março (-0,7%).
Entre os setores, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, os serviços prestados às famílias (1,1%) e os serviços profissionais, administrativos e complementares (0,7%) mostraram os avanços mais acentuados neste mês. O setor de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio variou 0,1% e duas atividades apontaram estabilidade em abril: outros serviços (0,0%) e serviços de informação e comunicação (0,0%).
Em relação a abril de 2017, o volume do setor de serviços cresceu 2,2%, com resultados positivos em quatro das cinco atividades e em 54,2% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (4,4%) tiveram o principal impacto positivo, impulsionados, sobretudo, pelo aumento na receita dos transportes rodoviários de cargas, coletivo de passageiros, transporte aéreo, correio e operação de aeroportos. Os demais avanços vieram de outros serviços (11,4%), de serviços profissionais, administrativos e complementares (2,7%) e de serviços prestados às famílias (0,8%). Por outro lado, a única atividade que caiu foi serviços de informação e comunicação (-1,6%), pressionada, em grande parte, pela menor receita real das telecomunicações.
O acumulado do ano recuou 0,6%, com taxas negativas em três das cinco atividades e em 56,0% dos 166 tipos de serviços investigados. Entre as atividades, os serviços de informação e comunicação (-3,2%) exerceram o principal impacto negativo, pressionados, em grande parte, pela retração na receita dos segmentos de telecomunicações e de consultoria em tecnologia da informação. As demais influências negativas vieram dos serviços profissionais, administrativos e complementares (-1,2%) e dos serviços prestados às famílias (-1,6%). Em contrapartida, os impactos positivos ficaram com transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio (1,9%) e outros serviços (4,1%).
Pesquisa Mensal de Serviços | ||||||||||||
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Indicadores do Volume de Serviços, segundo as atividades de divulgação | ||||||||||||
Abril 2018 - Variação (%) | ||||||||||||
Atividades de Divulgação | Mês/Mês anterior (1) | Mensal (2) | Acumulado no ano (3) | Últimos 12 meses (4) | ||||||||
FEV | MAR | ABR | FEV | MAR | ABR | JAN-FEV | JAN-MAR | JAN-ABR | Até FEV | Até MAR | Até ABR | |
Volume de Serviços - Brasil | 0,0 | -0,2 | 1,0 | -2,3 | -0,9 | 2,2 | -1,9 | -1,5 | -0,6 | -2,4 | -2,1 | -1,4 |
1. Serviços prestados às famílias | -0,8 | 2,8 | 1,5 | -5,2 | 1,0 | 0,8 | -4,0 | -2,4 | -1,6 | -0,8 | -0,5 | -0,1 |
1.1 Serviços de alojamento e alimentação | -0,1 | 2,6 | 1,6 | -4,8 | 2,2 | 1,6 | -3,5 | -1,7 | -0,9 | 0,0 | 0,4 | 0,7 |
1.2 Outros serviços prestados às famílias | -1,2 | 1,0 | 0,0 | -7,4 | -5,0 | -3,6 | -6,6 | -6,1 | -5,5 | -5,5 | -5,2 | -4,8 |
2. Serviços de informação e comunicação | -1,0 | 2,2 | -1,1 | -5,2 | -0,9 | -1,6 | -5,1 | -3,7 | -3,2 | -2,8 | -2,8 | -2,7 |
2.1 Serviços de tecnologia da informação e comunicação (TIC) | -0,6 | 3,6 | -2,0 | -5,4 | 0,3 | -2,1 | -5,1 | -3,3 | -3,0 | -1,9 | -1,7 | -1,8 |
2.1.1 Telecomunicações | -1,2 | 0,8 | -1,5 | -6,8 | -4,3 | -5,1 | -6,8 | -5,9 | -5,7 | -3,9 | -4,1 | -4,4 |
2.1.2 Serviços de tecnologia da informação | -0,5 | 6,9 | -2,4 | -1,9 | 11,5 | 5,6 | -0,9 | 3,3 | 3,9 | 1,0 | 2,1 | 2,4 |
2.2 Serviços audiovisuais | -0,4 | -5,0 | 4,4 | -4,1 | -8,4 | 1,1 | -5,2 | -6,3 | -4,5 | -7,6 | -8,0 | -7,1 |
3. Serviços profissionais, administrativos e complementares | 2,1 | -1,6 | 1,7 | -1,5 | -2,7 | 2,7 | -2,5 | -2,6 | -1,2 | -6,3 | -5,7 | -4,6 |
3.1 Serviços tecnico-profissionais | 1,6 | -3,8 | 5,2 | 0,2 | -2,1 | 8,0 | -1,3 | -1,6 | 0,8 | -10,1 | -8,9 | -6,7 |
3.2 Serviços administrativos e complementares | 1,6 | -1,6 | 1,1 | -2,1 | -2,9 | 1,1 | -2,9 | -2,9 | -1,9 | -4,1 | -3,8 | -3,1 |
4. Transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio | -0,3 | -0,6 | 1,2 | 0,6 | -0,8 | 4,4 | 2,2 | 1,1 | 1,9 | 3,2 | 3,3 | 3,8 |
4.1 Transporte terrestre | -0,2 | -2,0 | 4,4 | 0,5 | 1,4 | 5,6 | 1,8 | 1,6 | 2,6 | 1,9 | 2,6 | 3,4 |
4.2 Transporte aquaviário | -2,7 | -5,0 | 4,9 | 13,7 | 1,2 | -7,0 | 12,8 | 8,4 | 3,9 | 21,0 | 21,0 | 18,2 |
4.3 Transporte aéreo | -12,3 | 6,7 | 10,7 | -19,9 | -14,4 | 7,8 | -9,3 | -11,2 | -6,7 | -18,4 | -18,9 | -17,0 |
4.4 Armazenagem, serviços axiliares aos transportes e correio | 0,8 | -2,0 | 1,3 | 4,2 | -0,6 | 4,6 | 4,1 | 2,4 | 3,0 | 8,5 | 8,0 | 8,1 |
5. Outros serviços | -0,5 | -0,2 | 0,7 | 1,7 | 2,2 | 11,4 | 1,6 | 1,8 | 4,1 | -7,7 | -6,3 | -4,1 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Indústria | ||||||||||||
(1) Base: mês imediatamente anterior - com ajuste sazonal | (3) Base: igual período do ano anterior | |||||||||||
(2) Base: igual mês do ano anterior | (4) Base: 12 meses anteriores |
RESULTADOS REGIONAIS
Regionalmente, entre março e abril (série com ajuste), houve altas em 11 dos 27 estados. Os destaques positivos foram São Paulo (1,7%) e Rio Grande do Sul (5,7%). Por outro lado, as principais influências negativas vieram da Bahia (-5,5%) e do Paraná (-2,1%).
Em relação a abril de 2017, a expansão do volume no Brasil (2,2%) foi acompanhada por 12 das 27 unidades da federação. São Paulo (5,1%) exerceu o principal impacto positivo e alcançou a maior taxa desde março de 2015 (5,4%). Outras contribuições relevantes vieram do Rio Grande do Sul (6,8%), Distrito Federal (5,3%) e Espírito Santo (9,6%). Por outro lado, os recuos mais importantes vieram da Bahia (-11,2%) e do Rio de Janeiro (-1,1%).
AGREGADO ESPECIAL DE ATIVIDADES TURÍSTICAS
O índice de atividades turísticas avançou 3,3% entre março para abril de 2018, segunda taxa positiva. Regionalmente, houve altas em sete das 12 unidades da federação, com destaque para São Paulo (5,3%). Outros impactos positivos vieram da Bahia (3,0%), Minas Gerais (2,5%) e Rio Grande do Sul (3,7%). Já o Rio de Janeiro (-2,0%) mostrou a principal queda.
Em relação a abril de 2017, o volume de atividades turísticas no Brasil cresceu 2,2%, impulsionado, principalmente, pelo aumento dos serviços de hotéis e de transporte aéreo. Em sentido oposto, os restaurantes exerceram a influência negativa mais importante sobre os serviços turísticos. O turismo nacional volta a crescer após 14 taxas negativas e uma estável e seu resultado nesse mês é o mais elevado desde setembro de 2014 (3,7%).
Em nove dos 12 estados onde o indicador é investigado houve altas, com destaque para São Paulo (3,0%). Outras contribuições positivas vieram de Santa Catarina (10,5%), Minas Gerais (5,9%), Rio Grande do Sul (5,8%) e Espírito Santo (17,4%). Já o impacto negativo mais importante foi o Rio de Janeiro (-6,0%), com sua 24ª taxa negativa consecutiva.