Em abril, IPCA-15 fica em 0,21%
20/04/2018 09h00 | Atualizado em 20/04/2018 09h00
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,21% em abril, 0,11 ponto percentual (p.p.) acima da taxa de março (0,10%). Essa foi a menor taxa para um mês de abril desde 2006, quando o índice registrou 0,17%. No ano, a variação acumulada ficou em 1,08%, menor nível para o período janeiro-abril desde a implantação do Plano Real. O acumulado dos últimos doze meses permaneceu em 2,80%, igual ao dos 12 meses imediatamente anteriores.
O material de apoio dessa divulgação está à direita dessa página.
PERÍODO | TAXA |
---|---|
Abril | 0,21% |
Março | 0,10% |
abr/17 | 0,21% |
Acumulado no ano | 1,08% |
Acumulado 12 meses | 2,80% |
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, somente Comunicação (-0,15%) apresentou queda de preços de março para abril. Os demais ficaram entre 0,02% de Educação e 0,69% de Saúde e cuidados pessoais que, além da maior variação de grupo, registrou, também, o maior impacto (0,08 p.p.).
Grupo | Variação (%) | Impacto (p.p.) | ||
---|---|---|---|---|
Março | Abril | Março | Abril | |
Índice Geral | 0,10 | 0,21 | 0,10 | 0,21 |
Alimentação e Bebidas | -0,07 | 0,15 | -0,02 | 0,04 |
Habitação | 0,13 | 0,26 | 0,02 | 0,04 |
Artigos de Residência | 0,09 | 0,13 | 0,01 | 0,00 |
Vestuário | 0,00 | 0,43 | 0,00 | 0,03 |
Transportes | 0,07 | 0,12 | 0,01 | 0,02 |
Saúde e Cuidados Pessoais | 0,54 | 0,69 | 0,07 | 0,08 |
Despesas Pessoais | 0,12 | 0,06 | 0,01 | 0,01 |
Educação | 0,25 | 0,02 | 0,01 | 0,00 |
Comunicação | -0,19 | -0,15 | -0,01 | -0,01 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
A queda de 0,15% do grupo Comunicação foi influenciada, principalmente, pelo item telefone fixo (-0,45%), em função da redução nas tarifas das ligações locais e interurbanas de fixo para móvel em vigor desde 25 de fevereiro.
No lado das altas, exceto pelos grupos Despesas Pessoais (de 0,12% em março para 0,06% em abril) e Educação (de 0,25% em março para 0,02% em abril), os demais apresentaram aceleração na variação de preços.
No grupo Saúde e cuidados pessoais (0,69%), a pressão foi exercida pelo item plano de saúde (1,06%) e pelos remédios (0,63%) refletindo parte do reajuste anual, em vigor desde 31 de março, variando entre 2,09% e 2,84%, conforme o tipo do medicamento.
O grupo Alimentação e bebidas saiu da queda de 0,07% registrada em março para a alta de 0,15% em abril. Esse movimento foi influenciado, sobretudo, pelas frutas que ficaram, em média, 6,07% mais caras e foram o principal impacto individual no índice do mês (0,06 p.p.). Além delas, outros itens também subiram de preço como o leite longa vida (4,92%) e a refeição fora (0,73%). Outros vieram em queda a exemplo das carnes (-1,03%), do tomate (-6,85%) e do frango inteiro (-3,23%). As regiões variaram do -0,58% de Fortaleza até o 0,81% de Brasília. A alimentação no domicílio registrou queda de 0,05% ao passo que a alimentação fora registrou alta de 0,49%.
No grupo Habitação (0,26%), o destaque foi o item energia elétrica (1,45%), influenciada, principalmente, pelo Rio de Janeiro, cuja variação de 10,20% reflete os reajustes de 9,09% e 21,46% nas tarifas das concessionárias, em vigor desde 15 de março.
A alta do Vestuário (0,43%) foi puxada pelos itens roupa feminina (0,62%) e roupa infantil (0,96%).
Nos Transportes (0,12%), o resultado contempla a variação de 0,85% no item conserto de automóvel e 0,35% do ônibus urbano, refletindo os reajustes de 6,17% nas tarifas em Porto Alegre (5,39%), a partir de 13 de março e parte do reajuste de 6,45% de Belém (0,92%) em vigor desde 20 de fevereiro. Ainda nos Transportes, as passagens aéreas vieram com queda de 2,69%, menos intensa que a registrada em março (-15,33%).
Quanto aos índices regionais, apenas a região metropolitana de Pernambuco (-0,07%) e o município de Goiânia (-0,10%) mostraram deflação na taxa de um mês para o outro. As demais ficaram entre 0,09% (região metropolitana de Salvador) e 0,43% (região metropolitana do Rio de Janeiro).
No Rio de Janeiro, a alta foi influenciada pela energia elétrica, que ficou 10,20% mais cara em razão dos reajustes de 9,09% e 21,46% nas tarifas das concessionárias em vigor desde 15 de março. O item plano de saúde também se destacou, com alta de 1,07%.
Em Goiânia (-0,10%), área com a menor variação, os destaques foram o tomate, com queda de 15,25% e a energia elétrica (-1,19%). Na tabela abaixo, os resultados regionais.
Região | Peso Regional (%) | Variação Mensal (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Março | Abril | Ano | 12 meses | ||
Rio de Janeiro | 12,46 | 0,17 | 0,43 | 1,66 | 2,60 |
São Paulo | 31,68 | 0,11 | 0,28 | 1,31 | 3,75 |
Brasília | 3,46 | 0,08 | 0,27 | 0,28 | 2,76 |
Belo Horizonte | 11,23 | 0,25 | 0,22 | 1,21 | 2,24 |
Porto Alegre | 8,40 | 0,02 | 0,20 | 1,03 | 2,56 |
Fortaleza | 3,49 | 0,26 | 0,18 | 1,00 | 1,52 |
Belém | 4,65 | 0,29 | 0,15 | 0,76 | 1,30 |
Curitiba | 7,79 | 0,01 | 0,14 | 0,92 | 3,02 |
Salvador | 7,35 | -0,09 | 0,09 | 0,90 | 1,72 |
Recife | 5,05 | -0,04 | -0,07 | 0,43 | 2,14 |
Goiânia | 4,44 | -0,04 | -0,10 | 0,20 | 3,29 |
Brasil | 100,00 | 0,10 | 0,21 | 1,08 | 2,80 |
Fonte: IBGE, Diretoria de Pesquisas, Coordenação de Índices de Preços, Sistema Nacional de Índices de Preços ao Consumidor. |
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados entre 16 de março e 13 de abril de 2018 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de fevereiro a 15 de março de 2018 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.