Em maio, IPCA fica em 0,78%
08/06/2016 11h46 | Atualizado em 07/06/2017 12h08
Período | TAXA |
---|---|
MAIO 2016
|
0,78%
|
Abril 2016
|
0,61%
|
Maio 2015
|
0,74%
|
Acumulado no ano
|
4,05%
|
Acumulado em 12 meses
|
9,32%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA de maio apresentou variação de 0,78% e superou o índice de abril (0,61%) em 0,17 ponto percentual (p.p.). Foi a taxa mais elevada para os meses de maio desde 2008 (0,79%). Assim, o acumulado no ano (4,05%) foi inferior aos 5,34% registrados em igual período de 2015. O acumulado nos últimos doze meses (9,32%) ficou pouco acima dos 9,28% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015 o IPCA fora de 0,74%.
A publicação completa sobre o IPCA pode ser encontrada aqui.
A taxa de água e esgoto, do grupo Habitação (1,79%), se destacou pela alta de 10,37%, constituindo-se no item de maior contribuição individual no mês, com 0,15 p.p.. Isto ocorreu diante da pressão exercida pela região metropolitana de São Paulo, onde a variação do item atingiu 41,90%, expressando os efeitos do fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, cancelado pela Deliberação n° 641 da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (ARSESP), de 30 de março de 2016. Além do fim da concessão de bônus por redução e de ônus por aumento de consumo de água, que vinha sendo praticada pelo Programa, passou a vigorar, em 12 de maio, reajuste de 8,40% sobre o valor das tarifas.
Na taxa de água e esgoto foram incorporados, também, aumentos nas regiões metropolitanas de Fortaleza(9,30%), reflexo de parte do reajuste de 11,96% em vigor desde 23 de abril; de Belo Horizonte (7,72%), refletindo parte do reajuste de 13,90% vigente a partir de 13 de maio, além da revisão na estrutura tarifária praticada pela empresa de abastecimento de água e de esgotamento sanitário da região; de Curitiba (0,33%), refletindo um pequeno resíduo do reajuste de 10,48% que vigora desde primeiro de abril.
Ainda no grupo Habitação, outros itens importantes exerceram pressão no IPCA do mês: energia elétrica(2,28%), mão de obra para pequenos reparos (0,87%), artigos de limpeza (0,85%) e condomínio (0,79%).
A respeito do item energia elétrica (2,28%), as pressões foram exercidas pelas seguintes regiões metropolitanas: Salvador (11,25%), com reajuste de 10,72% em 22 de abril aliado a aumento no PIS/COFINS;Recife (11,22%), onde ocorreu reajuste de 11,66% em 29 de abril; Fortaleza (6,41%), refletindo o reajuste de 12,97% aliado à redução de 8,40% na Contribuição de Iluminação Pública – CIP; ambos em vigor desde 22 de abril; Belo Horizonte (3,24%), cujo reajuste de 3,78% passou a vigorar a partir de 28 de maio, além de aumento no PIS/COFINS. Também em Campo Grande o item energia elétrica (0,64%) incorporou parte do reajuste de 7,40% nas tarifas e o reajuste na contribuição de iluminação pública em vigor a partir de 08 de abril, além de redução no PIS/COFINS. Em outras regiões pesquisadas, como São Paulo (2,02%) e Porto Alegre(-1,08%), as contas de energia elétrica ficaram mais caras ou mais baratas face às variações no PIS/COFINS.
Dessa forma, sob influência, principalmente, da taxa de água e esgoto (1,79%) e energia elétrica (2,28%), o grupo Habitação (1,79%) liderou tanto as variações de grupo quanto as contribuições (0,27 p.p.), conforme mostra a tabela a seguir.
Grupo
|
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Abril
|
Maio
|
Abril
|
Maio
|
|
Índice Geral |
0,61
|
0,78
|
0,61
|
0,78
|
Alimentação e Bebidas |
1,09
|
0,78
|
0,28
|
0,20
|
Habitação |
-0,38
|
1,79
|
-0,06
|
0,27
|
Artigos de Residência |
0,26
|
0,63
|
0,01
|
0,03
|
Vestuário |
0,40
|
0,91
|
0,02
|
0,05
|
Transportes |
0,03
|
-0,58
|
0,01
|
-0,10
|
Saúde e Cuidados Pessoais |
2,33
|
1,62
|
0,26
|
0,18
|
Despesas Pessoais |
0,23
|
1,35
|
0,02
|
0,14
|
Educação |
0,20
|
0,16
|
0,01
|
0,01
|
Comunicação |
1,47
|
0,01
|
0,06
|
0,00
|
Saúde e Cuidados Pessoais (1,62%) apresentou elevada variação, vindo logo a seguir do grupo Habitação(1,79%). Isto porque os preços dos remédios, que haviam aumentado 6,26% em abril, subiram mais 3,10% em maio. Com isto, nestes dois meses, resultam em alta de 9,55%, reflexo do reajuste de 12,50% em vigor desde o dia primeiro de abril.
No grupo da Saúde (1,62%), também sobressaem, por aumentos significativos nos preços, os itens artigos de higiene pessoal (1,17%), plano de saúde (1,06%) e serviços médicos e dentários (0,91%).
Nas Despesas Pessoais (1,35%) o destaque ficou com o cigarro, cuja alta foi a 9,33%, refletindo reajustes entre 3% e 14%, conforme a marca, em vigor a partir do dia 1º de maio. Destacaram-se, ainda, os itensempregado doméstico (0,87%) e manicure (0,64%).
No grupo Alimentação e Bebidas (0,78%), os preços continuaram a subir, embora menos do que em abril, quando foi a 1,09%. Vários produtos tiveram aumentos significativos, a exemplo da batata-inglesa, que ficou 19,12% mais cara de abril para maio e já acumula alta de 50,91% neste ano. Os principais alimentos em alta encontram-se a seguir:
Item |
Variação (%)
|
Variação
Acumulada (%) |
||
---|---|---|---|---|
Abril
|
Maio
|
Ano
|
12 meses
|
|
Batata-inglesa
|
13,13
|
19,12
|
50,91
|
74,47
|
Cebola
|
-2,36
|
10,09
|
31,29
|
5,19
|
Feijão-mulatinho
|
1,42
|
9,85
|
37,44
|
48,79
|
Feijão-carioca
|
4,00
|
7,61
|
33,49
|
41,62
|
Manteiga
|
6,42
|
4,90
|
35,22
|
50,55
|
Alho
|
0,10
|
3,58
|
31,48
|
63,60
|
Leite longa vida
|
4,09
|
3,43
|
15,02
|
19,33
|
Iogurte
|
2,38
|
3,20
|
8,26
|
12,30
|
Farinha de mandioca
|
4,65
|
3,19
|
33,47
|
43,43
|
Leite condensado
|
3,45
|
3,17
|
12,17
|
15,09
|
Margarina
|
1,39
|
2,58
|
9,83
|
14,76
|
Azeite
|
1,21
|
2,40
|
13,58
|
32,10
|
Linguiça
|
-0,43
|
2,26
|
4,02
|
9,10
|
Queijo
|
1,25
|
2,12
|
4,17
|
9,80
|
Sorvete
|
3,70
|
2,11
|
5,73
|
11,47
|
Chocolate em barra e bombom
|
3,48
|
1,87
|
9,35
|
17,37
|
Leite em pó
|
0,58
|
1,42
|
4,01
|
4,63
|
Café moído
|
1,49
|
1,38
|
7,28
|
15,08
|
Macarrão
|
0,46
|
1,36
|
5,09
|
13,57
|
Chocolate e achocolatado em pó
|
1,50
|
1,28
|
7,68
|
13,59
|
Outras bebidas alcoólicas
|
1,07
|
1,28
|
4,43
|
13,77
|
Biscoito
|
0,77
|
1,25
|
4,55
|
8,93
|
Café da manhã
|
1,36
|
1,21
|
5,32
|
11,30
|
Tomate
|
-15,26
|
1,04
|
-11,88
|
-27,99
|
Frango em pedaços
|
1,39
|
1,00
|
2,74
|
8,20
|
Doces
|
1,15
|
0,91
|
4,99
|
8,66
|
Lanche fora
|
2,10
|
0,85
|
4,82
|
8,73
|
Bolo
|
-0,63
|
0,80
|
4,91
|
11,32
|
Arroz
|
0,34
|
0,54
|
4,07
|
13,05
|
Refeição fora
|
0,50
|
0,53
|
3,68
|
8,90
|
Em contraposição, alimentos importantes na despesa das famílias se apresentaram em queda de um mês para o outro, conforme mostra a tabela abaixo.
Item | Variação (%) | Variação Acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|
Abril | Maio | Ano | 12 meses | |
Cenoura
|
-1,04
|
-23,08
|
43,15
|
9,55
|
Ovos
|
0,75
|
-2,26
|
8,58
|
13,59
|
Hortaliças
|
3,02
|
-2,07
|
16,92
|
17,50
|
Frutas
|
4,13
|
-1,37
|
22,22
|
33,97
|
Pescado
|
-0,70
|
-1,33
|
3,90
|
6,26
|
Açaí
|
9,22
|
-1,11
|
35,27
|
6,59
|
Feijão-fradinho
|
0,06
|
-0,91
|
13,14
|
9,00
|
Carnes
|
-0,21
|
-0,53
|
0,35
|
8,08
|
Óleo de soja
|
1,11
|
-0,42
|
12,32
|
20,34
|
Entre os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, os destaques em alta foram: tv, som e informática (2,57%), artigos de cama, mesa e banho (1,89%), roupa masculina (1,88%), roupa infantil(0,97%), automóvel novo (0,80%), emplacamento e licença (0,77%), roupa feminina (0,76%(, motocicletas(0,72%), automóvel usado (0,60%), conserto de automóvel (0,59%), eletrodomésticos (0,48%).
Do lado das quedas, sobressaem os seguintes itens: etanol (-9,54%), passagem aérea (-8,22%), excursão(-1,28%), hotel (-0,98%), gasolina (-0,85%), gás de botijão (-0,74%), mobiliário (-0,42%).
O maior índice regional foi em Fortaleza (0,99 %), pressionado pela taxa de água e esgoto (9,30%), que refletiu o reajuste de 11,96% em 23 de abril, e pela energia elétrica, com 6,41%, tendo em vista o reajuste de 12,97% no valor da tarifa em vigor desde 22 de abril, combinado com a queda de 8,40% na parcela referente à taxa de Contribuição de Iluminação Pública – CIP. O menor índice foi o de Goiânia, que ficou em 0,28%. A seguir, tabela com os resultados mensais por região pesquisada.
Região | Peso Regional (%) | Variação (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Abril | Maio | Ano | 12 meses | ||
Fortaleza
|
3,49
|
1,02
|
0,99
|
5,08
|
11,01
|
São Paulo
|
30,67
|
0,36
|
0,93
|
3,85
|
9,42
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,94
|
0,92
|
5,16
|
10,51
|
Recife
|
5,05
|
0,69
|
0,90
|
4,22
|
9,16
|
Salvador
|
7,35
|
0,62
|
0,83
|
4,48
|
9,54
|
Belo Horizonte
|
10,86
|
0,71
|
0,78
|
4,22
|
8,31
|
Campo Grande
|
1,51
|
0,70
|
0,73
|
3,84
|
8,19
|
Curitiba
|
7,79
|
0,75
|
0,64
|
3,55
|
9,57
|
Vitória
|
1,78
|
0,62
|
0,62
|
2,85
|
7,58
|
Belém
|
4,65
|
0,90
|
0,60
|
4,28
|
9,71
|
Rio de Janeiro
|
12,06
|
0,62
|
0,60
|
4,07
|
8,99
|
Brasília
|
2,80
|
0,43
|
0,45
|
2,65
|
8,56
|
Goiânia
|
3,59
|
0,53
|
0,28
|
3,41
|
9,10
|
Brasil
|
100,00
|
0,61
|
0,78
|
4,05
|
9,32
|
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de abril a 30 de maio de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de março a 28 de abril de 2016 (base).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
ÍNDICE NACIONAL DE PREÇOS AO CONSUMIDOR – INPC
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC apresentou variação de 0,98% em maio e ficou acima do resultado de 0,64% de abril em 0,34 p.p. O acumulado no ano está em 4,60%, percentual inferior aos 5,99% registrados em igual período de 2015. Na ótica dos últimos doze meses, a taxa foi para 9,82%, bem próxima dos 9,83% relativos aos doze meses imediatamente anteriores. Em maio de 2015 o INPC situou-se em 0,99%.
Os produtos alimentícios se apresentaram com 0,83% em maio, enquanto em abril a alta foi 1,11%. O agrupamento dos não alimentícios teve variação de 1,05% em maio, bem acima da taxa de 0,43% de abril.
Entre os índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de São Paulo (1,47%), pressionado pela taxa de água e esgoto (47,83%), que refletiu os efeitos do fim do Programa de Incentivo à Redução do Consumo de Água, cancelado através da deliberação nº 641 da Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo – ARSESP, de 30 de março de 2016. Ademais, aliado ao fim da concessão de bônus por redução e de ônus por aumento de consumo de água, que vinham sendo praticados pelo Programa, passou a vigorar, em 12 de maio, reajuste de 8,40% sobre o valor das tarifas. Goiânia (0,35%) apresentou o menor índice (tabela a seguir).
Região | Peso Regional (%) | Variação mensal (%) | Variação acumulada (%) | ||
---|---|---|---|---|---|
Abril | Maio | Ano | 12 meses | ||
São Paulo
|
24,24
|
0,32
|
1,47
|
4,61
|
10,01
|
Porto Alegre
|
7,38
|
1,05
|
1,16
|
5,43
|
11,02
|
Fortaleza
|
6,61
|
1,11
|
1,11
|
5,34
|
11,21
|
Belo Horizonte
|
10,60
|
0,69
|
0,92
|
4,51
|
8,60
|
Recife
|
7,17
|
0,67
|
0,83
|
4,62
|
9,53
|
Salvador
|
10,67
|
0,69
|
0,80
|
5,09
|
9,99
|
Rio de Janeiro
|
9,51
|
0,61
|
0,77
|
4,85
|
9,52
|
Vitória
|
1,83
|
0,54
|
0,75
|
3,62
|
7,83
|
Curitiba
|
7,29
|
0,65
|
0,75
|
3,84
|
10,04
|
Campo Grande
|
1,64
|
0,51
|
0,75
|
3,56
|
8,42
|
Belém
|
7,03
|
0,92
|
0,59
|
4,55
|
9,90
|
Brasília
|
1,88
|
0,39
|
0,43
|
2,71
|
9,13
|
Goiânia
|
4,15
|
0,57
|
0,35
|
3,46
|
9,40
|
Brasil
|
100,00
|
0,64
|
0,98
|
4,60
|
9,82
|
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de abril a 30 de maio de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 31 de março a 28 de abril de 2016 (base).
O INPC é calculado pelo IBGE desde 1979, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 05 salários mínimos, sendo o chefe assalariado, e abrange dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Comunicação Social
8 de junho de 2016