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Em maio, IBGE prevê safra de grãos 6,5% menor que a de 2015

09/06/2016 11h38 | Atualizado em 07/06/2017 12h03

 

Estimativa de MAIO para 2016
195,9 milhões de toneladas
Variação maio 2016 / abril 2016
-4,6 % (-9,5 milhão toneladas)
Variação safra 2016 / safra 2015
-6,5 % (-13,5 milhão de toneladas)

A quinta estimativa de 2016 para a safra nacional de cereais, leguminosas e oleaginosas totalizou 195,9 milhões de toneladas, 6,5% inferior à obtida em 2015 (209,4 milhões de toneladas). Em termos absolutos são 13,5 milhões de toneladas inferiores ao obtido na safra anterior. Na comparação com a avaliação de abril, a queda é de 4,6%, sendo a estimativa de produção menor em 9,5 milhões de toneladas. A estimativa da área a ser colhida é de 57,7 milhões de hectares, acréscimo de 0,2% frente à área colhida em 2015 (57,6 milhões de hectares), variação absoluta positiva de 105.923 hectares. Em comparação à informação de abril, variou negativamente 1,4%, com redução de expectativa da colheita de 817.746 hectares. O arroz, o milho e a soja são os três principais produtos deste grupo, que, somados, representaram 92,5% da estimativa da produção e responderam por 87,4% da área a ser colhida. Em relação ao ano anterior, houve acréscimo de 2,7% na área da soja e reduções de 0,4% na área do milho e de 9,1% na área de arroz. No que se refere à produção, as avaliações são negativas: de 0,4% para a soja, de 11,6% para o arroz e de 14,1% para o milho, quando comparadas a 2015.

A publicação completa da pesquisa pode ser acessada aqui.


Cereais, leguminosas e oleaginosas
Grandes Regiões
Participação na produção
Maio de 2016

Cereais, leguminosas e oleaginosas
Unidades da Federação
Participação na produção
Maio de 2016

Regionalmente, o volume da produção de cereais, leguminosas e oleaginosas apresentou a seguinte distribuição: Centro-Oeste, 81,7 milhões de toneladas; Sul, 75,2 milhões de toneladas; Sudeste, 19,7 milhões de toneladas; Nordeste, 12,6 milhões de toneladas e Norte, 6,7 milhões de toneladas. Comparativamente à safra passada, foi constatado incremento de 1,9% na Região Sudeste e decréscimos de 13,4% na Região Norte, de 24,3% na Região Nordeste, de 9,1% na Região Centro-Oeste e de 0,9% na Região Sul. Nessa avaliação para 2016, o Mato Grosso liderou como maior produtor nacional de grãos, com uma participação de 24,4%, seguido pelo Paraná (19,0%) e Rio Grande do Sul (16,2%), que, somados, representaram 59,6% do total nacional previsto.

Estimativa de maio em relação a abril de 2016

No Levantamento Sistemático da Produção Agrícola de maio destacaram-se as variações nas seguintes estimativas de produção, comparativamente ao mês de abril: trigo (13,2%), algodão herbáceo (2,3%), café arábica (1,2%), soja (-1,7%), arroz (-4,3%), milho 1ª safra (-6,6%), café canephora (-7,4%), milho 2ª safra (-11,1%) e sorgo (-15,1%).

ALGODÃO HERBÁCEO (em caroço) - A estimativa da produção para este mês de maio é de 3,7 milhões de toneladas, alta de 2,3% em relação ao mês de abril. O acréscimo de produção decorre da alta de 2,0% na expectativa da área plantada e da área a ser colhida. É estimado que seja colhido 1,0 milhão de hectares em todo o país. O GCEA/MT estimou decréscimo de 2,8% para o rendimento médio no Mato Grosso, devendo esse ser de 3.805 kg/ha. Contudo, a estimativa de alta de 3,5% na área plantada e na área a ser colhida fizeram com que a estimativa da produção fosse elevada em 0,5%. O GCEA/BA aumentou o rendimento médio para 3.191 kg/ha na Bahia, 9,7% superior ao informado no mês anterior. A estimativa da produção também foi elevada em 9,7%.

ARROZ (em casca) - A estimativa de maio, para a safra nacional 2016, informou uma área a ser colhida de 1,9 milhão de hectares, com uma produção esperada de 10,9 milhões de toneladas e rendimento médio de 5.593 kg/ha, menor, respectivamente, em 1,5%, 4,3% e 2,8%, quando comparados aos dados do mês anterior. O Rio Grande do Sul, maior produtor do país, com 71,9% de participação no total nacional, aguarda uma produção de 7,8 milhões de toneladas, numa área a ser colhida de 1,1 milhão de hectares e rendimento médio de 7.297 kg/ha, menor, respectivamente, em 4,8%, 0,1% e 4,7%, quando comparados aos dados do mês anterior. A queda apresentada na produção decorreu das condições climáticas adversas durante o desenvolvimento da cultura. O estado de Santa Catarina, segundo maior produtor nacional, repetiu as informações do mês anterior.

CAFÉ (em grão) - A estimativa da produção de café do país, nesta avaliação de maio, somou 2.973.711 toneladas, queda de 0,6% frente ao mês anterior. O rendimento médio apresentou uma redução de 0,5%. A produção de café arábica foi estimada em 2.388.911 toneladas, ou 39,8 milhões de sacas de 60 kg e a de café canephora, em 584.800 toneladas, ou 9,7 milhões de sacas de 60 kg.

Em Minas Gerias, principal produtor do café arábica e responsável por 68,7% do total nacional a ser colhido em 2016, prevaleceram condições climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras.

Para o café canephora, a estimativa da produção foi reduzida novamente no Espírito Santo, estado responsável por 64,4% da produção do país. Pelo segundo ano consecutivo, o Espírito Santo é acometido por uma redução da ocorrência de chuvas nos principais municípios produtores, com reflexo na redução dos mananciais utilizados para a irrigação. Em alguns municípios, inclusive, há relatos de falta de água para o abastecimento dos núcleos urbanos.

MILHO (em grão) - As condições climáticas que prejudicaram a 1ª safra de milho persistiram durante a 2ª safra e trouxeram consequências negativas para a produção total. Foram estimadas para este mês de maio 73,5 milhões de toneladas de milho. Esta produção é 9,6% menor que a estimada em abril. A queda na estimativa do rendimento médio foi o principal fator responsável por essa redução, pois são esperados agora 4.755 kg/ha, contra 5.088 kg/ha avaliados no levantamento anterior, queda de 6,5%.

Para a 1ª safra de milho espera-se 25,9 milhões de toneladas, decréscimo de 6,6% em comparação com abril. A área colhida também foi reduzida em 3,5% e estimada em 5,3 milhões de hectares. O rendimento médio passou de 5.048 kg/ha em abril para 4.885 kg/ha em maio. A região Nordeste, responsável por 14,8% da produção nacional em primeira safra, trouxe nesta informação as consequências da estiagem. Estima-se que a região produzirá 3,8 milhões de toneladas de milho, valor 31,3% menor que o estimado em abril. O GCEA da Bahia, principal estado produtor de milho primeira safra da região Nordeste, estimou queda de 27,5% em sua produção, também a estimativa de área plantada e do rendimento médio apresentaram reduções de 12,4% e 17,2%, respectivamente. No Piauí, o declínio da produção foi de 58,4% frente ao mês anterior. O clima excessivamente seco foi responsável pela redução do rendimento médio em 50,7%.

A estimativa da produção de milho 2ª safra foi reduzida em 11,1%. As longas estiagens enfrentadas por todo o território nacional, notadamente nas áreas de produção dos Cerrados brasileiros, foram computadas na presente informação. Estima-se que a produção do milho segunda safra seja de 47,6 milhões de toneladas. O rendimento médio foi estimado em 4.686 kg/ha, valor 8,3% menor que o estimado no mês de abril. Mato Grosso, Paraná e Goiás são os três estados que mais impactaram os dados nacionais, com decréscimos em suas estimativas estaduais.

SOJA (em grão) - Pela primeira vez neste ano, a estimativa de produção não foi recorde, passando a ser menor que a de 2015. A produção nacional está estimada em 96,8 milhões de toneladas, redução de 1,7% quando comparado com o mês anterior. A redução de 1,6% no rendimento médio, em decorrência de longas estiagens enfrentadas em diversos estados brasileiros, foi o principal fator a influenciar essa redução. O GCEA/MT informou uma estimativa de produção de 27,1 milhões de toneladas, redução de 1,7% em comparação com a estimativa de abril. A redução no rendimento médio foi de 1,5%, passando a ser de 2.984 kg/ha. O GCEA/RS informou uma estimativa de produção de 16,3 milhões de toneladas para o Rio Grande do Sul, alta de 2,0% quando comparada com a estimativa do mês anterior. O rendimento passou de 2.921 kg/ha para 2.985 kg/ha, alta de 2,2%.

SORGO (em grão) - A estimativa da produção de sorgo em maio foi de 1,6 milhão de toneladas, queda de 15,1% frente ao mês anterior. A área plantada e a área a ser colhida apresentaram quedas de 2,9% e 5,8%, respectivamente. Também o rendimento médio apresentou queda de 9,8%. Em Goiás, principal produtor e responsável por 46,4% da estimativa da safra nacional em 2016, a queda na estimativa da produção foi de 14,7%, reflexo, principalmente, da redução de 11,2% no rendimento médio. A estimativa da área a ser colhida apresentou redução de 4,0%. Em Minas Gerais, segundo maior produtor do país e responsável por 23,7% da estimativa da produção nacional, a queda na área a ser colhida foi de 4,9%, com o rendimento médio cedendo 11,2%. A produção do estado, segundo o GCEA/MG, deve cair 15,6% frente ao mês anterior.No Mato Grosso, o GCEA/MT informou reduções de 30,1% na estimativa da produção, 18,2% na área a ser colhida e 14,5% no rendimento médio em relação ao mês anterior.

CEREAIS DE INVERNO (em grão) - A estimativa para a produção do trigo em maio apresentou crescimento de 13,2% frente ao mês anterior, em decorrência do aumento de 19,0% no rendimento médio. Contudo, a área plantada e a área a ser colhida apresentaram quedas de 5,2% e 4,9%, respectivamente. A produção esperada para 2016 deve alcançar 6,4 milhões de toneladas.

Para a aveia, a estimativa da produção em 2016 apresentou crescimento de 32,3% frente ao mês anterior, com a área plantada devendo crescer 6,8%, a área a ser colhida aumentando 7,1% e o rendimento médio aumentando 23,5%. As maiores variações ficaram por conta do Rio Grande do Sul, maior produtor do país. Segundo o GCEA/RS, os produtores tendem a investir mais nas lavouras de aveia em função dos problemas decorrentes do clima que o trigo vem enfrentado no estado.

Estimativa de maio de 2016 em relação à produção obtida em 2015

Dentre os 26 principais produtos, 11 apresentaram variação percentual positiva na estimativa de produção em relação ao ano anterior: amendoim em casca 1ª safra (20,3%), aveia em grão (34,6%), batata-inglesa 1ª safra (5,2%), batata-inglesa 2ª safra (4,3%), cacau em amêndoa (3,2%), café em grão - arábica (19,8%), cebola (0,1%), cevada em grão (43,7%), mamona em baga (12,6%), trigo em grão (18,6%) e triticale em grão (11,8%). Com variação negativa foram quinze produtos: algodão herbáceo em caroço (9,4%), amendoim em casca 2ª safra (0,6%), arroz em casca (11,6%), batata-inglesa 3ª safra (25,1%), café em grão - canephora (10,7%), cana-de-açúcar (2,6%), feijão em grão 1ª safra (2,2%), feijão em grão 2ª safra (7,3%), feijão em grão 3ª safra (12,1%), laranja (2,7%), mandioca (1,6%), milho em grão 1ª safra (11,7%), milho em grão 2ª safra (15,4%), soja em grão (0,4%) e sorgo em grão (23,2%).

O Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) é uma pesquisa mensal de previsão e acompanhamento das safras dos principais produtos agrícolas, cujas informações são obtidas por intermédio das Comissões Municipais (COMEA) e/ou Regionais (COREA); consolidadas em nível estadual pelos Grupos de Coordenação de Estatísticas Agropecuárias (GCEA) e posteriormente, avaliadas, em nível nacional, pela Comissão Especial de Planejamento Controle e Avaliação das Estatísticas Agropecuárias (CEPAGRO) constituída por representantes do IBGE e do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento (MAPA). Em atenção a demandas dos usuários, os levantamentos para cereais (arroz, milho, aveia, centeio, cevada, sorgo, trigo e triticale), leguminosas (amendoim e feijão) e oleaginosas (caroço de algodão, mamona, soja e girassol) foram realizados em estreita colaboração com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), órgão do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), continuando um processo de harmonização das estimativas oficiais de safra, iniciado em março de 2007, para as principais lavouras brasileiras.

 

Comunicação Social
9 de junho de 2016