Em junho, IPCA-15 fica em 0,40% e IPCA-E em 1,78%
21/06/2016 10h03 | Atualizado em 30/05/2017 11h16
PERÍODO
|
TAXA
|
---|---|
Junho
|
0,40%
|
Maio
|
0,86%
|
Junho 2015
|
0,99%
|
Acumulado no ano
|
4,62%
|
Acumulado em 12 meses
|
8,98%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) variou 0,40% em junho, menos da metade da taxa de maio (0,86%). Foi o menor IPCA-15 para os meses de junho desde 2013, quando ficou em 0,38%. O IPCA-E, IPCA-15 acumulado por trimestre, situou-se em 1,78%, abaixo da taxa de 2,68% registrada em igual período de 2015. Com isto, o primeiro semestre do ano está em 4,62%, bem abaixo dos 6,28% registrados no primeiro semestre do ano anterior. Considerando os últimos 12 meses, o índice desceu para 8,98%, enquanto estava em 9,62% nos 12 meses encerrados em maio. Em junho de 2015, a taxa havia sido 0,99%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Na comparação com o mês anterior, a maioria dos grupos de produtos e serviços pesquisados mostrou taxas em desaceleração. Habitação (1,13%), Despesas Pessoais (0,89%) e Artigos de Residência (0,57%) foram as exceções, conforme a tabela a seguir.
Grupo
|
Variação
Mensal (%) |
Impacto (p.p.)
|
Variação Acumulada (%)
|
|||
---|---|---|---|---|---|---|
Abril
|
Maio
|
Junho
|
Junho
|
Trimestre
|
12 meses
|
|
Índice Geral
|
0,51
|
0,86
|
0,40
|
0,40
|
1,78
|
8,98
|
Alimentação e Bebidas
|
1,35
|
1,03
|
0,35
|
0,09
|
2,75
|
12,46
|
Habitação
|
-0,41
|
0,99
|
1,13
|
0,17
|
1,71
|
7,85
|
Artigos de Residência
|
0,28
|
0,55
|
0,57
|
0,02
|
1,41
|
6,12
|
Vestuário
|
0,49
|
0,72
|
0,42
|
0,03
|
1,64
|
5,15
|
Transportes
|
0,18
|
-0,30
|
-0,69
|
-0,13
|
-0,81
|
6,81
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
1,32
|
2,54
|
1,03
|
0,12
|
4,96
|
11,82
|
Despesas Pessoais
|
0,36
|
0,81
|
0,89
|
0,10
|
2,07
|
8,58
|
Educação
|
0,15
|
0,29
|
0,06
|
0,00
|
0,50
|
9,22
|
Comunicação
|
-0,96
|
1,26
|
0,01
|
0,00
|
0,30
|
3,56
|
Ficou com Habitação (1,13%) o resultado mais elevado entre os grupos, com destaque para a taxa de água e esgoto, que, com alta de 4,50%, representou o principal impacto individual no índice do mês (0,07 p.p.). Isto por influência das regiões metropolitanas de Belo Horizonte (13,20%), onde houve um reajuste de 13,90% em 13 de maio, além da revisão na estrutura tarifária praticada pela empresa de abastecimento; São Paulo(7,79%), com reajuste de 8,40% no dia 12 de maio; Brasília (3,48%), reflexo do reajuste de 7,95% em primeiro de junho; Fortaleza (3,33%), onde o reajuste de 11,96% está valendo desde 23 de abril e Salvador (2,80%), com reajuste de 9,98% em 06 de junho.
Além disso, os itens energia elétrica (1,37%), condomínio (0,76%) e artigos de limpeza (0,68%) também contribuíram para a elevação das despesas com Habitação (1,13%).
No caso da energia elétrica, a alta de 1,37% se deve às regiões metropolitanas de Recife (7,39%), com reajuste de 11,66% desde 29 de abril; Salvador (5,79%), onde o reajuste de 10,72% vigora desde 23 de abril;Belo Horizonte (3,80%), com reajuste de 3,78% em 28 de maio; Fortaleza (2,48%), cujo reajuste de 12,97% está em vigor desde 22 de abril. Além disso, excetuando-se Curitiba, as contas de energia foram influenciadas por oscilações para mais ou para menos nas parcelas referentes ao PIS/COFINS.
No grupo Despesas Pessoais (0,89%), sobressai o item cigarro, cujos preços subiram 5,44% após reajustes entre 3% e 14%, conforme a marca, com vigência a partir de 1º de maio, em todas as regiões. No grupoArtigos de residência (0,57%), destaca-se o item Tv, som e informática, com variação de 2,15%.
Já os demais grupos de produtos e serviços pesquisados, contribuíram para a desaceleração do IPCA-15 de maio para junho, especialmente Saúde e Cuidados Pessoais (1,03%), Alimentação e Bebidas (0,35%) eTransportes (-0,69%).
Em Saúde e Cuidados Pessoais (1,03%), os remédios sobressaem com preços 1,11% mais caros, após a alta de 6,50% em maio, totalizando 11,29% no semestre. O reajuste de 12,50% autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA entrou em vigor a partir do dia 1° de abril. Os artigos de higiene pessoal, com aumento de 1,26%, também merecem destaque.
No grupo Alimentação e Bebidas (0,35%), vários produtos tiveram seus preços significativamente reduzidos de maio para junho, a exemplo da cenoura (-25,63%), do açaí (-9,06%), do tomate (-8,10%), das frutas(-5,43%) e das hortaliças (-3,82%). Mesmo assim, em contraposição, alimentos de peso na despesa das famílias como feijão-carioca (16,38%) e leite (5,35%) ficaram bem mais caros.
Quanto ao grupo Transportes (-0,69%), a queda se deve, principalmente, ao etanol, 6,60% mais barato, influenciando a gasolina, com o preço do litro mais baixo em 1,19%, além das passagens aéreas, com queda de 4,11%.
Sobre os índices regionais, o maior foi registrado na região metropolitana de Belo Horizonte, com 0,81%, pressionado pela taxa de água e esgoto (13,20%), com reajuste de 13,90% em 13 de maio, e pela energia elétrica, com 3,80%, tendo em vista o reajuste de 3,78% no valor da tarifa em vigor desde 28 de maio. O menor índice foi o de Brasília com queda de 0,02%.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação Mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
|||
---|---|---|---|---|---|---|
Abril
|
Maio
|
Junho
|
Trimestre
|
12 Meses
|
||
Belo Horizonte
|
11,23
|
0,66
|
0,70
|
0,81
|
2,19
|
8,33
|
Recife
|
5,05
|
0,30
|
0,72
|
0,68
|
1,71
|
8,85
|
Fortaleza
|
3,49
|
0,74
|
1,19
|
0,48
|
2,43
|
10,22
|
Salvador
|
7,35
|
0,08
|
1,13
|
0,44
|
1,66
|
9,29
|
Porto Alegre
|
8,40
|
0,76
|
0,98
|
0,42
|
2,17
|
9,84
|
Belém
|
4,65
|
0,78
|
0,88
|
0,41
|
2,08
|
9,24
|
São Paulo
|
31,68
|
0,59
|
0,88
|
0,36
|
1,84
|
9,10
|
Rio de Janeiro
|
12,46
|
0,30
|
0,90
|
0,34
|
1,55
|
8,66
|
Curitiba
|
7,79
|
0,47
|
0,81
|
0,23
|
1,52
|
8,73
|
Goiania
|
4,44
|
0,39
|
0,58
|
0,01
|
0,98
|
9,08
|
Brasília
|
3,46
|
0,30
|
0,55
|
-0,02
|
0,83
|
7,48
|
Brasil
|
100,00
|
0,51
|
0,86
|
0,40
|
1,78
|
8,98
|
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 14 de maio a 14 de junho (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de abril a 13 de maio (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Comunicação Social
21 de junho de 2016