Em outubro, IPCA-15 fica em 0,66%
21/10/2015 11h49 | Atualizado em 06/06/2017 11h18
Período
|
TAXA
|
---|---|
Outubro 2015
|
0,66%
|
Setembro 2015
|
0,39%
|
Outubro 2014
|
0,48%
|
Acumulado no ano
|
8,49%
|
Acumulado 12 meses
|
9,77%
|
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) teve variação de 0,66% em outubro e ficou 0,27 ponto percentual acima da taxa de setembro (0,39%). Esse foi o índice mais elevado para um mês de outubro desde 2002 (0,90%). O acumulado no ano (8,49%) foi o mais elevado acumulado de janeiro a outubro desde 2003 (9,17%). Em 2014, o acumulado no mesmo período estava em 5,23%. Quanto aos últimos 12 meses (9,77%), a taxa acumulada ficou não somente acima dos 12 meses imediatamente anteriores (9,57%) como foi a mais elevada desde dezembro de 2003 (9,86%). Em outubro de 2014 o IPCA-15 fora de 0,48%. Os dados completos do IPCA-15 podem ser acessados aqui.
Em outubro, sete dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados mostraram aceleração na variação de preços em relação ao mês anterior, conforme mostra a tabela a seguir:
Grupo |
Variação (%)
|
Impacto (p.p.)
|
||
---|---|---|---|---|
Setembro
|
Outubro
|
Setembro
|
Outubro
|
|
Índice Geral
|
0,39
|
0,66
|
0,39
|
0,66
|
Alimentação e Bebidas
|
-0,06
|
0,62
|
-0,02
|
0,15
|
Habitação
|
0,68
|
1,15
|
0,11
|
0,18
|
Artigos de Residência
|
0,36
|
0,12
|
0,02
|
0,01
|
Vestuário
|
0,36
|
0,58
|
0,02
|
0,04
|
Transportes
|
0,78
|
0,80
|
0,14
|
0,15
|
Saúde e Cuidados Pessoais
|
0,50
|
0,55
|
0,06
|
0,06
|
Despesas Pessoais
|
0,51
|
0,56
|
0,05
|
0,06
|
Educação
|
0,24
|
0,17
|
0,01
|
0,01
|
Comunicação
|
0,01
|
0,08
|
0,00
|
0,00
|
O índice do mês foi influenciado pelos três grupos que mais pesam no orçamento das famílias: Habitação, com alta de 1,15%, Transportes (0,80%) e Alimentação e Bebidas (0,62%). Juntos, somando 0,48 pontos percentuais (p.p.) de impacto, foram responsáveis por 72,73% do resultado do IPCA-15 de outubro.
Individualmente, o impacto mais elevado foi exercido pelo item botijão de gás (0,11 p.p.), do grupo Habitação(1,15%). Os preços desse item aumentaram 10,22% em outubro, depois de subirem 5,34% em setembro, acumulando 16,11% nestes dois meses. Este foi o reflexo, nos pontos de distribuição ao consumidor, do reajuste de 15% nas refinarias autorizado pela Petrobras, com vigência a partir de 1º de setembro.
Nos Transportes (0,80%), o principal destaque ficou com a gasolina, 1,70% mais cara, refletindo, nas bombas, parte do reajuste de 6% nas refinarias autorizado pela Petrobras, com vigência a partir de 30 de setembro. Além disso, o etanol subiu 4,83% nas bombas, contribuindo também para a alta da gasolina, já que faz parte de sua composição.
No grupo Alimentação e Bebidas (0,62%), os alimentos consumidos em casa subiram 0,39%, enquanto a alimentação fora teve alta de 1,06%. Vários produtos subiram de um mês para o outro, entre eles o frangointeiro (5,11%), batata-inglesa (4,22%), arroz (2,15%), pão francês (1,14%), carnes (0.97%) e a refeição fora de casa (1,15%).
O maior índice regional foi o de Brasília (1,28%), influenciado pela alta de 26,67% no item ônibus urbano, cujas tarifas foram reajustadas em 33,34%, a partir de 20 de setembro. A energia elétrica (4,55%), cujas contas ficaram 18,26% mais caras desde 26 de agosto também influiu. O menor índice foi o da região metropolitana de Recife (0,24%). A seguir os resultados por região pesquisada.
Região
|
Peso Regional (%)
|
Variação mensal (%)
|
Variação Acumulada (%)
|
||
---|---|---|---|---|---|
Setembro
|
Outubro
|
Ano
|
12 meses
|
||
Brasília |
3,46
|
0,75
|
1,28
|
7,25
|
8,65
|
São Paulo |
31,68
|
0,44
|
0,85
|
9,03
|
10,18
|
Goiânia |
4,44
|
0,39
|
0,78
|
8,55
|
10,84
|
Curitiba |
7,79
|
0,30
|
0,68
|
9,96
|
11,12
|
Fortaleza |
3,49
|
0,49
|
0,66
|
8,01
|
9,77
|
Porto Alegre |
8,40
|
0,19
|
0,66
|
9,28
|
10,48
|
Belém |
4,65
|
0,45
|
0,63
|
7,06
|
8,79
|
Rio de Janeiro |
12,46
|
0,45
|
0,50
|
8,42
|
10,12
|
Belo Horizonte |
11,23
|
0,34
|
0,43
|
7,54
|
8,38
|
Salvador |
7,35
|
0,17
|
0,36
|
7,29
|
8,36
|
Recife |
5,05
|
0,57
|
0,24
|
8,18
|
9,01
|
Brasil |
100,00
|
0,39
|
0,66
|
8,49
|
9,77
|
Para o cálculo do IPCA-15 os preços foram coletados no período de 15 de setembro a 14 de outubro de 2015 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 14 de agosto a 14 de setembro de 2015 (base). O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica.
Comunicação Social
21 de outubro de 2015
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