PNAD Contínua: desocupação vai a 8,7% no tri encerrado em agosto
29/10/2015 11h26 | Atualizado em 06/06/2017 11h17
Indicador / Período | junho-julho-agosto de 2015 |
março-abril-maio de 2015 |
junho-julho-agosto de 2014 |
---|---|---|---|
Taxa de desocupação
|
8,7%
|
8,1%
|
6,9%
|
Rendimento real habitual
|
R$ 1.882
|
R$$ 1.904
|
R$ 1.864
|
Valor do rendimento em relação a:
|
-1,1%
|
1,0% (estável)
|
A taxa de desocupação para o Brasil, no trimestre encerrado em agosto de 2015, foi estimada em 8,7%, superando a do trimestre encerrado em maio de 2015 (8,1%) e, também, a do mesmo trimestre do ano anterior (6,9%). Foi a maior taxa de desocupação da série, iniciada em 2012. A população desocupada (8,8 milhões de pessoas) cresceu 7,9% (mais 647 mil pessoas) em relação ao trimestre de março a maio e subiu 29,6% (mais 2,0 milhões de pessoas) no confronto com igual trimestre de 2014. Já a população ocupada (92,1 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações. O número de empregados com carteira assinada recuou 1,2% (menos 425 mil pessoas) frente ao trimestre de março a maio e caiu 3,0% (menos 1,1 milhão de pessoas) frente a igual trimestre de 2014.
O rendimento médio real habitualmente recebido (R$ 1.882) recuou 1,1% frente ao trimestre de março a maio (R$ 1.904) e ficou estatisticamente estável em relação ao mesmo trimestre de 2014 (R$ 1.864). A massa de rendimento médio real habitualmente recebida para o trimestre encerrado em agosto (R$ 167,8 bilhões) caiu 1,1% frente ao trimestre móvel anterior e ficou estável em relação ao mesmo trimestre de 2014.
A publicação completa da PNAD Contínua pode ser acessada aqui.
Os indicadores da Pnad Contínua são calculados para trimestres móveis, utilizando-se as informações dos últimos três meses consecutivos da pesquisa. A taxa do trimestre móvel terminado em agosto de 2015 foi calculada a partir das informações coletadas em junho/2015, julho/2015 e agosto/2015. Nas informações utilizadas para o cálculo dos indicadores para os trimestres móveis encerrados em julho e agosto, por exemplo, existe um percentual de repetição de dados em torno de 66%. Essa repetição só deixa de existir após um intervalo de dois trimestres móveis. Mais informações sobre a metodologia da pesquisa estão aqui.
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
---|---|---|---|---|---|
1°
|
jan-fev-mar
|
7,9
|
8,0
|
7,2
|
7,9
|
2°
|
fev-mar-abr
|
7,8
|
7,8
|
7,1
|
8,0
|
3°
|
mar-abr-mai
|
7,6
|
7,6
|
7,0
|
8,1
|
4°
|
abr-mai-jun
|
7,5
|
7,4
|
6,8
|
8,3
|
5°
|
mai-jun-jul
|
7,4
|
7,3
|
6,9
|
8,6
|
6°
|
jun-jul-ago
|
7,3
|
7,1
|
6,9
|
8,7
|
7°
|
jul-ago-set
|
7,1
|
6,9
|
6,8
|
|
8°
|
ago-set-out
|
6,9
|
6,7
|
6,6
|
|
9°
|
set-out-nov
|
6,8
|
6,5
|
6,5
|
|
10°
|
out-nov-dez
|
6,9
|
6,2
|
6,5
|
|
11°
|
nov-dez-jan
|
7,2
|
6,4
|
6,8
|
|
12°
|
dez-jan-fev
|
7,7
|
6,8
|
7,4
|
No trimestre de junho a agosto de 2015, havia cerca de 8,8 milhões de pessoas desocupadas no Brasil. Esta estimativa no trimestre de março a maio de 2015 correspondia a 8,2 milhões, representando um acréscimo de 7,9%, ou mais 647 mil pessoas nesse contingente. No confronto com igual trimestre do ano passado esta estimativa subiu 29,6%, significando um aumento de 2,0 milhões de pessoas desocupadas na força de trabalho.
O número de pessoas ocupadas foi estimado em 92,1 milhões e não apresentou variação estatisticamente significativa em relação ao trimestre de março a maio de 2015. Frente ao mesmo trimestre de 2014, esta estimativa também ficou estável.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado reduziu-se 1,2% (menos 425 mil pessoas) frente ao trimestre de março a maio de 2015. Na comparação com igual trimestre do ano passado (junho a agosto de 2014) a redução foi mais acentuada: -3,0%, ou cerca de 1,1 milhão de pessoas. Já os contingentes de empregadores e de trabalhadores por conta própria cresceram 7,3% e 4,4%, respectivamente, frente ao trimestre de junho a agosto de 2014.
Na análise da ocupação segundo os grupamentos de atividade, houve retração de 1,7% na Indústria geral (menos 223 mil pessoas) em relação ao trimestre de março a maio de 2015. Já frente ao trimestre de junho a agosto de 2014, quatro grupamentos de atividade tiveram variação significativa, sendo duas quedas e duas altas: Indústria geral (-3,5%), Construção (-2,9%), Alojamento e alimentação (4,6%) e Transporte, Armazenagem e Correio (3,8%).
O rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas foi estimado em R$ 1.882, denotando declínio de 1,1% frente ao trimestre de março a maio de 2015 (R$ 1.904) e quando comparado com o mesmo trimestre do ano passado, houve estabilidade (R $ 1.864).
Trimestre móvel | 2012 | 2013 | 2014 | 2015 | |
---|---|---|---|---|---|
1°
|
jan-fev-mar
|
1.808
|
1.847
|
1.918
|
1.918
|
2°
|
fev-mar-abr
|
1.821
|
1.853
|
1.916
|
1.909
|
3°
|
mar-abr-mai
|
1.809
|
1.862
|
1.911
|
1.904
|
4°
|
abr-mai-jun
|
1.811
|
1.878
|
1.882
|
1.909
|
5°
|
mai-jun-jul
|
1.825
|
1.889
|
1.856
|
1.893
|
6°
|
jun-jul-ago
|
1.828
|
1.896
|
1.864
|
1.882
|
7°
|
jul-ago-set
|
1.827
|
1.896
|
1.885
|
|
8°
|
ago-set-out
|
1.823
|
1.902
|
1.899
|
|
9°
|
set-out-nov
|
1.821
|
1.895
|
1.893
|
|
10°
|
out-nov-dez
|
1.819
|
1.883
|
1.903
|
|
11°
|
nov-dez-jan
|
1.826
|
1.878
|
1.918
|
|
12°
|
dez-jan-fev
|
1.837
|
1.897
|
1.918
|
Frente ao trimestre de março a maio de 2015, os Trabalhadores domésticostiveram redução em seus rendimentos (-2,7%), assim como os Empregados no setor privado com carteira de trabalho (-1,8%). Já frente ao trimestre de junho a agosto de 2014 todas as categorias de posição na ocupação mantiveram estabilidade em seus rendimentos.
A massa de rendimento médio real habitualmente recebido em todos os trabalhos pelas pessoas ocupadas (R$ 167,8 bilhões de reais) teve queda de 1,1% em relação ao trimestre de março a maio de 2015, e ficou estável frente ao mesmo trimestre de 2014.
Comunicação Social
29 de outubro de 2015
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